Francisco Xavier: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Leandrod (discussão | contribs)
m Ortografia, cons. ref.
Leandrod (discussão | contribs)
m Gramática, ref.
Linha 42:
== Missionário do padroado português ==
[[Imagem:Xavier f map of voyages asia.PNG|thumb|450px|Viagens de São Francisco Xavier na Ásia]]
Em Roma, Francisco de Xavier sente-se muito abalado pela conquista do Reino de Navarra pelo Reino de Castela. É nessa altura que o rei de Portugal {{Lknb|d=s|João|III|de Portugal}}, por intermédio do seu embaixador [[Pedro Mascarenhas (c. 1484-1555) |Pedro Mascarenhas]], faz sucessivos apelos ao {{Lknb |Papa Paulo|III}} para que este lhe envie missionários para espalhar a fé cristã pelos territórios descobertos pelos portugueses. Dom João III é aconselhado entusiasticamente pelo director do Colégio de Santa Bárbara, Diogo de Gouveia, a chamar para os Reino de Portugal os jovens cultos e inteligentes da Companhia de Jesus e pede assim ao embaixador de Portugal em Roma que sonde o grupo. Inácio de Loyola escolhe Simão Rodrigues e Nicolau Bobadilla para essa missão, mas Bobadilla fica doente e Francisco é nomeado seu substituto{{sfn |De Rosa|2006|p=96}}{{sfn |Brodrick|1952|p=77}}, e chega a [[Portugal]] em 1540.
 
Francisco de Xavier parte de [[Lisboa]] para a [[Índia]] no ano seguinte, a 7 de Abril, acompanhado de outros dois jesuítas, [[Francisco de Mansila]] e [[Paulo Camarate]]. Partem a bordo da nau S. Diogo, a nau capitânia das cinco naus da frota comandada por [[Martim Afonso de Sousa]], que ia tomar posse do cargo de governador na Índia.<ref>{{Efn | "Martim ''Affonso'', nomeado governador, não se esquecendo da sua ''capitanía'', deu varias providencias, e se fez de vela a 7 de abril de 1541 em uma armada de cinco ''náos'', levando ''comsigo'' os primeiros ''jesuitas'', que vieram a Portugal e foram ''á'' ''India'', incluindo o Mestre Francisco Xavier" <ref>{{citar web| url= http://books.google.com/books?id=-F8CAAAAYAAJ&hl=pt-BR&pg=PP7#v=onepage&q&f=false | título= Diário da Navegação da Armada que foi à Terra do Brasil em 1530 - Pedro Lopes de Souza, pág xij| publicadoprenome = Francisco Adolfo | sobrenome de Varnhagen -1839| acessodata= 27 de maio de 2013}}</ref>.}}
Em Roma, Francisco de Xavier sente-se muito abalado pela conquista do Reino de Navarra pelo Reino de Castela. É nessa altura que o rei de Portugal {{Lknb|d=s|João|III|de Portugal}}, por intermédio do seu embaixador [[Pedro Mascarenhas (c. 1484-1555)|Pedro Mascarenhas]] faz sucessivos apelos ao {{Lknb|Papa Paulo|III}} para que este lhe envie missionários para espalhar a fé cristã pelos territórios descobertos pelos portugueses. Dom João III é aconselhado entusiasticamente pelo director do Colégio de Santa Bárbara, Diogo de Gouveia, a chamar para os Reino de Portugal os jovens cultos e inteligentes da Companhia de Jesus e pede assim ao embaixador de Portugal em Roma que sonde o grupo. Inácio de Loyola escolhe Simão Rodrigues e Nicolau Bobadilla para essa missão, mas Bobadilla fica doente e Francisco é nomeado seu substituto{{sfn |De Rosa|2006|p=96}}{{sfn |Brodrick|1952|p=77}} e chega a [[Portugal]] em 1540.
 
Francisco de Xavier parte de [[Lisboa]] para a [[Índia]] no ano seguinte, a 7 de Abril, acompanhado de outros dois jesuítas, [[Francisco de Mansila]] e [[Paulo Camarate]]. Partem a bordo da nau S. Diogo, a nau capitânia das cinco naus da frota comandada por [[Martim Afonso de Sousa]], que ia tomar posse do cargo de governador na Índia.<ref>"Martim ''Affonso'', nomeado governador, não se esquecendo da sua ''capitanía'', deu varias providencias, e se fez de vela a 7 de abril de 1541 em uma armada de cinco ''náos'', levando ''comsigo'' os primeiros ''jesuitas'', que vieram a Portugal e foram ''á'' ''India'', incluindo o Mestre Francisco Xavier" {{citar web| url= http://books.google.com/books?id=-F8CAAAAYAAJ&hl=pt-BR&pg=PP7#v=onepage&q&f=false| título= Diário da Navegação da Armada que foi à Terra do Brasil em 1530 - Pedro Lopes de Souza, pág xij| publicado= Francisco Adolfo de Varnhagen -1839| acessodata= 27 de maio de 2013}}</ref>
 
Em Agosto ancoraram junto da ilha de [[Moçambique]]. Devido a enorme quantidade de doentes de escorbuto na frota, que impediram a continuação regular da viagem, as naus permaneceram ali durante seis meses. Francisco dedicou o seu tempo ao auxílio e tratamento dos doentes. Tendo-se feito de novo ao mar, a nau voltou a aportar em [[Melinde]]. Aí, Francisco de Xavier conseguiu de imediato converter alguns africanos, e desejou por força lá permanecer, ao que não foi autorizado por Martim Afonso de Sousa, por essa decisão ser contrária às instruções do Rei.
 
A nau Santiago ancorou em [[Goa]], a então capital do [[Estado Português da Índia]], a 6 de Maiomaio de 1542.
 
=== Goa ===
Sabe-se, através das cartas a Inácio de Loyola, que as primeiras impressões de Francisco Xavier sobre Goa foram muito favoráveis, tendo ficado entusiasmado com a quantidade de indianos que falavam [[língua portuguesa |português]], com a quantidade de igrejas e de convertidos. No entanto, à medida que foi conhecendo melhor a cidade, apercebeu-se de que muitos dos convertidos praticavam ainda paralelamente cultos [[hindu]]s e que muitos portugueses davam também eles mau exemplo, defendendo as virtudes cristãs mas não as praticando. Estrategicamente, decidiu assim dedicar-se numa primeira fase a reencaminhar os portugueses para a verdadeira fé, tendo só posteriormente iniciado o seu trabalho de conversão.
 
Quando iniciou as conversões, dedicou-se primeiramente às crianças e só depois aos adultos. Todo o tempo que lhe sobrava era dedicado a visitar as prisões, a tratar dos doentes no Hospital Real e dos leprosos no Hospital de São Lázaro. É aí que começa a escrever um [[catecismo]] que veio a ser traduzido para várias línguas asiáticas.