Amazonas: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ajustes, correções gerais em fontes (inativas) e adição de conteúdo
Ajustes, troca de imagens e adição de conteúdo.
Linha 109:
 
O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]] para Belém do Pará. O [[Tratado de Madrid (1750)|tratado de Madri]] de [[1750]] confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, [[Francisco Xavier de Mendonça Furtado]], instituiu uma comissão com base em Mariuá em [[1754]]. Em [[1755]] foi criada a [[Capitania de São José do Rio Negro]], no atual Amazonas, subordinada ao [[Capitania do Grão-Pará|Grão-Pará]]. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a [[Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão]] para estimular a economia local. Em [[1757]] tomou posse o primeiro governador da capitania, [[Joaquim de Melo e Póvoas]], e recebeu do [[Marquês de Pombal]] a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a [[língua portuguesa]]).<ref name="Grão-Pará" />
[[Imagem:Amazonia-moradia.jpg|thumb|250px|esquerda|A [[História do Amazonas|ocupação e povoamento do Amazonas]] deu-se de maneira esparsa, por conta da vegetação densa. Na foto, casa de caboclo na beira do rio.]]
Em [[1772]], a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir [[algodão]], [[cordoalha]]s, manteiga de [[tartaruga]], [[cerâmica]] e [[vela]]s. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram [[Manuel da Gama Lobo D'Almada|Manuel da Gama Lobo d'Almada]] e [[João Pereira Caldas]]. Em [[1821]], Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.<ref name="Grão-Pará" />
 
Linha 118:
=== Ciclo da borracha ===
{{Artigo principal|[[Ciclo da borracha]]}}
[[Imagem:Amazon Theatre in Manaus, Brazil.jpg|thumb|250px|left|O [[Teatro Amazonas]] representa o apogeu do [[ciclo da borracha]], bem como a elite amazonense da época.]]
{{Imagem múltipla
| align = left
| footer = [[Teatro Amazonas]] (esquerda) e [[Mercado Municipal Adolpho Lisboa|Mercado Municipal de Manaus]] (direita), ambos construídos com as riquezas provenientes da [[borracha]].
| image1 = Teatro amazonas.jpg
| width1 = 220
| image2 = Mercado Municipal Adolpho Lisboa em 16-04-2015-.JPG
| width2 = 234
}}
A partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado administrativo, experimentou um grandíssimo avanço populacional e econômico, resultante principalmente da exportação de matéria prima oriunda e até então, exclusiva da Amazônia. Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha natural (Hevea brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o [[Porto de Manaus]], o [[Teatro Amazonas]], o [[Palácio da Justiça do Amazonas|Palácio da Justiça]], o [[Reservatório do Mocó]], a primeira rede de energia elétrica e os serviços de transporte coletivo em bondes.<ref name="Ciclo da Borracha">{{citar web |url = http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-borracha/ciclo-da-borracha.php |publicado = Portal São Francisco |titulo = O Ciclo da Borracha |data = |acessodata = 16 de junho de 2011 | lingua = }}</ref>
 
Linha 176 ⟶ 169:
=== Hidrografia ===
{{Artigo principal|Lista de rios do Amazonas}}
[[Ficheiro:Amazon River in Brazil.jpg|alt=|miniaturadaimagem|[[Rio Amazonas]] visto da [[Estação Espacial Internacional]]. É o maior rio em volume de água do planeta, com cerca de 7 mil quilômetros de extensão.<ref>{{citar web|url=http://www.ana.gov.br/panorama-das-aguas/divisoes-hidrograficas/rios-do-brasil/rio-amazonas#targetText=Maior%20rio%20do%20mundo%20em,de%20sedimentos%20no%20Oceano%20Atl%C3%A2ntico.|titulo=Rio Amazonas|data=|acessodata=17-10-2019|publicado=Agência Nacional de Águas|ultimo=|primeiro=}}</ref>]]
[[Imagem:Encontro das Águas - Manaus.jpg|thumb|direita|Um dos maiores espetáculos da natureza, o [[Encontro das Águas]] representa a confluência dos rios [[Rio Negro (Amazonas)|Negro]], de águas escuras, e [[Rio Solimões|Solimões]], de águas barrentas.]]
[[Imagem:Bcamazonica.jpg|thumb|Complexo da [[Bacia do rio Amazonas|Região Hidrográfica do rio Amazonas]], a maior bacia hidrográfica do mundo.]]
[[ImagemFicheiro:Manaus Encontro das aguasÁguas 10- 2006 102 8x6Manaus.jpg|alt=|miniaturadaimagem|Os rios [[Rio Negro (Amazonas)|Negro]] e [[Rio Solimões|Solimões]] possuem diferentes densidades e temperaturas. Esta é a razão por não se misturarem.<ref name="Hidrografia do Amazonas 2"/>]]
 
O Amazonas é banhado pela [[Bacia do rio Amazonas|bacia hidrográfica Amazônica]], a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão.<ref name="Hidrografia do Amazonas 1">{{citar web |url= http://www.suapesquisa.com/geografia/bacia_amazonica.htm |titulo= Bacia Amazônica |data= |publicado= Sua Pesquisa |acessodata= 28 de julho de 2013 }}</ref> O [[rio Amazonas]] - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na [[Cordilheira dos Andes]], no Peru, até a sua foz no [[Oceano Atlântico]].<ref name="Hidrografia do Amazonas 1" />
 
Linha 199 ⟶ 191:
[[Imagem:Amazon_CIAT_(5).jpg|thumb|[[Fotografia aérea]] de uma pequena parte da [[Amazônia brasileira]] próximo à [[Manaus]].]]
No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCPI) e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) possuíam, juntas, uma área de 369.788&nbsp;km², equivalente ao estado de [[Mato Grosso do Sul]]. Essa área correspondia a 23,5% do território do Amazonas.<ref name="Ecologia do Amazonas 1">{{citar web |url= http://www.imazon.org.br/publicacoes/livros/areas-protegidas-na-amazonia-brasileira-avancos-e/4-unidades-de-conservaassapso-na-amazania-legal |titulo= Unidades de Conservação na Amazônia Legal |data= 2011 |publicado= Imazon |acessodata= 28 de julho de 2013 }}</ref> Individualmente, as [[Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza|Unidades de Uso de Proteção Integral]] representavam 7,8% da área territorial amazonense, e as Unidades de Uso Sustentável representavam 15,8% desse total. Comparando a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo [[Pará]], com seus 403.155&nbsp;km². A maior parte delas era administrada pelo governo estadual.
 
[[Imagem:Anavilhanas2.jpg|thumb|O [[Parque Nacional de Anavilhanas]] é considerado [[Lista do Patrimônio Mundial no Brasil|Patrimônio da Humanidade]] pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]].<ref>{{Citar web|url=http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/central-amazon-conservation-complex/#c1467463|titulo=Complexo de Conservação da Amazônia Central {{!}} UNESCO|acessodata=2018-08-17|obra=www.unesco.org|lingua=pt}}</ref>]]
A criação de Unidades de Conservação (UC) nos estados da Amazônia deu-se a partir da década de 2000. Até então, a criação e demarcação de tais locais dava-se apenas em áreas remotas dos estados. Grande parte destes foram criados com o intuito de auxiliar a regularização fundiária e desincentivar o avanço do desmatamento em áreas de grande concentração populacional.<ref name="Ecologia do Amazonas 1" /> Das Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado, 58% delas eram de uso sustentável, e 33% foram criadas em regiões de grande avanço populacional.<ref name="Ecologia do Amazonas 1" /> Em dezembro de 2010, apenas 24% das UCs possuíam plano de manejo aprovados por seus conselhos gestores, enquanto 50% destas não possuíam tal plano. Há ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas unidades é baixo: 48% delas possuíam conselhos gestores, deliberativos ou consultivos, enquanto outras 45% não possuíam e eram administradas unicamente pelo órgão estadual ou federal.<ref name="Ecologia do Amazonas 1" /> A vasta fauna possui [[felino]]s, como as [[Panthera onca|onças]], grandes roedores, como as [[capivara]]s, [[ave]]s, [[répteis]] e [[primata]]s. O maior desses animais é a [[anta]] e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.<ref name="Ecologia do Amazonas 1" /> A [[Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá]], a maior unidade de conservação em área alagada do país, localiza-se no estado. Foi criada em 1996 e está situada nos municípios de [[Fonte Boa (Amazonas)|Fonte Boa]], [[Maraã]] e [[Uarini]].<ref name="Ecologia do Amazonas 2">{{citar web |url= http://www.mamiraua.org.br/reservas/mamiraua |titulo= Unidade de Conservação de Mamirauá |data= 2010 |publicado= Instituto Mamirauá |acessodata= 28 de julho de 2013 }}</ref>
 
Linha 275 ⟶ 267:
 
=== Habitação e condições de vida ===
[[Imagem:CasasTefé flutuanteAmazonas Brasil.JPGjpg|thumb|CasasVista flutuantesda àcidade beirade do rio Amazonas[[Tefé]].]]
Em 2010 foram identificados {{fmtn|902780}} domicílios no estado, dos quais {{fmtn|801640}} deles eram ocupados e {{fmtn|101140}} não eram ocupados.<ref name="Censo 2010" /> Em relação ao tipo de material dos domicílios particulares permanentes, {{fmtn|415884}} domicílios eram feitos de alvenaria com revestimento, {{fmtn|75426}} feitos de alvenaria sem revestimento, {{fmtn|256467}} domicílios feitos de madeira aparelhada, {{fmtn|9265}} domicílios construídos em palha, {{fmtn|2519}} domicílios em taipa revestida e {{fmtn|3368}} domicílios construídos com outro tipo de material. A maior parte dos domicílios possuíam cinco cômodos.<ref name="Demografia do Amazonas" />
 
Linha 282 ⟶ 274:
== Política ==
{{Artigo principal|[[Lista de partidos políticos no Amazonas por número de filiados|Lista de partidos políticos no Amazonas]]}}
[[Imagem:Tribunal de Justiça do Amazonas.jpg|thumb|[[Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas]], instância máxima do Amazonas[[Poder Judiciário|poder judiciário]] estadual.]]
O Amazonas é um estado da [[Unidades federativas do Brasil|federação]], sendo governado por três poderes, o [[Poder executivo|executivo]], representado pelo [[governador]], o [[Poder legislativo|legislativo]], representado pela [[Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas]], e o [[Poder judiciário|judiciário]], representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas e outros tribunais e [[juízes]]. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de [[referendo]]s e [[plebiscito]]s.<ref name="Política amazonense 1">{{citar web|url=http://www.stf.jus.br/portal/legislacaoAnotadaAdiAdcAdpf/verLegislacao.asp?lei=259 |titulo=Lei nº 9.868 de 10 de novembro de 1999 |autor=Supremo Tribunal Federal (STF) |data=10 de novembro de 1999 |acessodata=26 de junho de 2011}}</ref>
 
Linha 341 ⟶ 333:
 
=== Setor secundário ===
[[Imagem:Polo Industrial de Manaus.jpg|miniaturadaimagemthumb|[[José Serra]] visita a [[linha de montagem]] da [[Honda]] no [[Polo Industrial de Manaus]]]]
[[Imagem:Samsung Factory in Manaus, Brazil.jpg|thumb|Fábrica da [[Samsung]] em [[Manaus]].]]
Responsável por 27,9% do PIB do Amazonas, de acordo com dados IBGE de 2015, a indústria destaca-se na [[Região Metropolitana de Manaus|Grande Manaus]] pelo fato da mesma abrigar a maior parte das indústrias presentes no estado. O [[Polo Industrial de Manaus]] consolidou-se como um dos maiores centros industriais do Brasil,<ref>{{Citar web|url=http://site.suframa.gov.br/assuntos/polo-industrial-de-manaus|titulo=Polo Industrial de Manaus|acessodata=2018-09-09|obra=Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA}}</ref> e em segundo pela grandíssima concentração de riquezas provenientes do setor nos municípios da Região Metropolitana de Manaus e seus arredores, sendo que outros municípios, de certa forma os mais distantes da capital, têm indústrias em menor escala na composição de suas economias municipais. Municípios com notáveis indústrias no estado, excluindo-se Manaus, são [[Itacoatiara]], [[Coari]], [[Manacapuru]] e [[Tabatinga (Amazonas)|Tabatinga]], onde originam-se unidades madeireiras. O órgão responsável pelas indústrias amazonenses ou sediadas no estado é a [[Federação das Indústrias do Estado do Amazonas]] (FIEAM).<ref name="Amazonas" />
 
Linha 359 ⟶ 352:
 
A unidade federativa abrigava em 2009, cerca de 4 530 unidades empresariais, de acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).<ref>{{Citar web|url=http://cidades.ibge.gov.br/brasil/am/pesquisa/19/29763|titulo=Cadastro Central de Empresas|data=|acessodata=2018-08-05|obra=cidades.ibge.gov.br|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Aproximadamente {{fmtn|774357}} habitantes exerciam a função de empregados no setor público ou privado, revelado pelo censo de 2010. Destes, {{fmtn|419804}} empregados exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e {{fmtn|259972}} profissionais não possuíam carteira de trabalho assinada.<ref name="Demografia do Amazonas" /> {{fmtn|374116}} habitantes eram autônomos e {{fmtn|94582}} habitantes eram funcionários públicos estatutários ou militares. Destacam-se também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio consumo, cerca de {{fmtn|128130}} pessoas e {{fmtn|33141}} que declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais.<ref name="Demografia do Amazonas" /> Na questão salarial, {{fmtn|444398}} pessoas declararam receber até um salário mínimo, {{fmtn|360494}} pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, {{fmtn|86546}} pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários mínimos e {{fmtn|7928}} declararam receber mais de 20 salários mínimos.<ref name="Demografia do Amazonas" /> É no estado que se registra a menor porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar.<ref name="Trabalho 23">{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000006460511142011051416506447.pdf |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |titulo=Percentual de pessoas que exerciam seu trabalho em outro município na população de pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência, em ordem decrescente, por Unidades da Federação - 2010|acessodata= 1 de julho de 2012}}</ref> O nível de ocupação de pessoas empregadas com mais de 10 anos no estado, foi registrado em 48,5 estando abaixo da média nacional, de 53,3.<ref name="Demografia do Amazonas 10" />[[Imagem:Mercado Municipal Adolpho Lisboa em 16-04-2015-.JPG|thumb|<center>[[Mercado Municipal Adolpho Lisboa|Mercado Municipal de Manaus]]|alt=|esquerda]]Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de {{fmtn|1466464}} [[População em idade ativa|pessoas economicamente ativas]] no estado, sendo que destas, {{fmtn|1323402}} exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e {{fmtn|143058}} encontravam-se desocupadas. Em contrapartida, {{fmtn|1261576}} pessoas declararam não serem economicamente ativas.<ref name="Demografia do Amazonas" /> Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde {{fmtn|226703}} habitantes são ativos na economia, em um total de {{fmtn|323533}} que vivem no estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde {{fmtn|87960}} habitantes dos {{fmtn|125349}} que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: {{fmtn|43233}} em um total de {{fmtn|400422}} habitantes entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na economia também é notório: {{fmtn|16338}} em um total de {{fmtn|88949}} habitantes nesta faixa etária que vivem no estado.<ref name="Demografia do Amazonas" /> Quanto a sua pauta de exportação, é representada principalmente por motocicletas (20,60%), outros preparos comestíveis (20,28%), telefones (13,81%), navalhas e lâminas de barbear (12,46%) e compostos de materiais preciosos (3,83%).<ref>{{citar web | titulo= Exportações do Amazonas (2012)| obra= Plataforma DataViva | url= http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/am/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012 | acessodata= 14 de janeiro de 2014 }}</ref>
 
Aproximadamente {{fmtn|774357}} habitantes exerciam a função de empregados no setor público ou privado, revelado pelo censo de 2010. Destes, {{fmtn|419804}} empregados exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e {{fmtn|259972}} profissionais não possuíam carteira de trabalho assinada.<ref name="Demografia do Amazonas" /> {{fmtn|374116}} habitantes eram autônomos e {{fmtn|94582}} habitantes eram funcionários públicos estatutários ou militares. Destacam-se também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio consumo, cerca de {{fmtn|128130}} pessoas e {{fmtn|33141}} que declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais.<ref name="Demografia do Amazonas" /> Na questão salarial, {{fmtn|444398}} pessoas declararam receber até um salário mínimo, {{fmtn|360494}} pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, {{fmtn|86546}} pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários mínimos e {{fmtn|7928}} declararam receber mais de 20 salários mínimos.<ref name="Demografia do Amazonas" /> É no estado que se registra a menor porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar.<ref name="Trabalho 23">{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000006460511142011051416506447.pdf |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |titulo=Percentual de pessoas que exerciam seu trabalho em outro município na população de pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência, em ordem decrescente, por Unidades da Federação - 2010|acessodata= 1 de julho de 2012}}</ref> O nível de ocupação de pessoas empregadas com mais de 10 anos no estado, foi registrado em 48,5 estando abaixo da média nacional, de 53,3.<ref name="Demografia do Amazonas 10" />
 
Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de {{fmtn|1466464}} [[População em idade ativa|pessoas economicamente ativas]] no estado, sendo que destas, {{fmtn|1323402}} exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e {{fmtn|143058}} encontravam-se desocupadas. Em contrapartida, {{fmtn|1261576}} pessoas declararam não serem economicamente ativas.<ref name="Demografia do Amazonas" /> Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde {{fmtn|226703}} habitantes são ativos na economia, em um total de {{fmtn|323533}} que vivem no estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde {{fmtn|87960}} habitantes dos {{fmtn|125349}} que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: {{fmtn|43233}} em um total de {{fmtn|400422}} habitantes entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na economia também é notório: {{fmtn|16338}} em um total de {{fmtn|88949}} habitantes nesta faixa etária que vivem no estado.<ref name="Demografia do Amazonas" /> Quanto a sua pauta de exportação, é representada principalmente por motocicletas (20,60%), outros preparos comestíveis (20,28%), telefones (13,81%), navalhas e lâminas de barbear (12,46%) e compostos de materiais preciosos (3,83%).<ref>{{citar web | titulo= Exportações do Amazonas (2012)| obra= Plataforma DataViva | url= http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/am/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012 | acessodata= 14 de janeiro de 2014 }}</ref>
 
== Infraestrutura ==
Linha 405 ⟶ 395:
 
=== Transportes ===
[[ImagemFicheiro:EmbarcaçõesPort no Porto deof Manaus, Brazil.jpg|thumbalt=|miniaturadaimagem|250x250px|Embarcações no [[Porto de Manaus]].]]
O [[transporte hidroviário]] é o mais comum, sendo também o de maior relevância.<ref name="Transporte hidroviário no Amazonas">{{citar web|url=http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4005|titulo=As dinâmicas do transporte fluvial de passageiros no Estado do Amazonas|data=16-12-2010|acessodata=12-10-2019|publicado=Universidade Federal do Amazonas - UFAM|ultimo=David|primeiro=Robert Carvalho de Azevedo}}</ref> O estado possui cinco terminais hidroviários: Terminal de Boca do Acre, Terminal de Itacoatiara, [[Porto de Manaus]], Porto de Parintins e Terminal de Humaitá. Todos são administrados pelo [[Ministério dos Transportes]], com exceção do Porto de Manaus.<ref name="Transportes no Amazonas 1">{{citar web |url= http://www.portodemanaus.com.br/?pagina=publicacao&cd_publicacao=113&cd_tipo=1 |titulo= Investimento privado mantém o Porto Público de Manaus em constante revitalização |publicado=Porto de Manaus |data= 25 de outubro de 2012 | acessodata= 6 de agosto de 2013 }}</ref>
 
Linha 439 ⟶ 429:
 
=== Turismo e artesanato ===
{{Imagem múltipla
[[Imagem:Praia-da-Ponta-Negra-Manaus-Orla.jpg|alt=|miniaturadaimagem|[[Praia da Ponta Negra (Manaus)|Praia da Ponta Negra]] em [[Manaus]].]]
| align = leftright
| direction = vertical
| width1width = 220
 
| image1 = Praia-da-Ponta-Negra-Manaus-Orla.jpg
[[Imagem:Praia-da-Ponta-Negra-Manaus-Orla.jpg |alt caption1 =|miniaturadaimagem| [[Praia da Ponta Negra (Manaus)|Praia da Ponta Negra]] em [[Manaus]].]]
 
| image2 = Anavilhanas2.jpg
[[Imagem:Anavilhanas2.jpg|thumb | caption2 = O [[Parque Nacional de Anavilhanas]] é considerado [[Lista do Patrimônio Mundial no Brasil|Patrimônio da Humanidade]] pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]].<ref>{{Citar web|url=http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/central-amazon-conservation-complex/#c1467463|titulo=Complexo de Conservação da Amazônia Central {{!}} UNESCO|acessodata=2018-08-17|obra=www.unesco.org|lingua=pt}}</ref>]]<ref>{{Citar web|url=http://sistemas.mma.gov.br/portalcnuc/rel/index.php?fuseaction=portal.exibeUc&idUc=49|titulo=Parque Nacional de Anavilhanas|data=|acessodata=2018-08-11|obra=sistemas.mma.gov.br|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=pt-br}}</ref>
 
}}
O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da [[América Latina]], prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em [[Londres]] em [[2009]].<ref name="Destino verde">{{citar web |url= http://www.amazonas.am.gov.br/2009/11/amazonas-conquista-em-londres-prmio-de-%C2%93melhor-destino-verde-da-amrica-latina%C2%94/ |publicado= Portal do Governo do Estado do Amazonas |titulo= Amazonas conquista, em Londres, prêmio de "Melhor destino verde da América Latina"|data= 12 de novembro de 2009 |acessodata= 10 de agosto de 2013 }}</ref> Em pesquisa realizada em 2018 e 2019, a taxa de satisfação dos turistas de navios cruzeiros que passaram pelo Amazonas alcançou o percentual de 77,38%. Os turistas entrevistados em um estudo realizado pela Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) responderam a um questionário contendo 16 itens, entre comidas regionais, internet, opções de lazer, informações turísticas, bares e restaurantes. Entre os pontos melhores avaliados pelos visitantes, em passagem pelo estado, estão: comida típica (98,34%); opções de lazer (96,22%); informações turísticas (95,85%); internet (91,47%); Centro de Atendimento ao Turista (89,15%); bares e restaurantes (88,25%) e segurança pública (87,23%).<ref>{{citar web|url=http://www.amazonastur.am.gov.br/media-de-satisfacao-dos-turistas-no-amazonas-e-de-7738/|título=Média de satisfação dos turistas no Amazonas é de 77,38%|publicado=Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur)|acessodata=12-10-2019}}</ref>
 
Linha 455 ⟶ 456:
 
=== Esportes ===
[[ImagemFicheiro:Amazonia Arena da Amazônia à noite.jpg|alt=|miniaturadaimagem|250x250px|Vista aérea da [[Arena Amazônia]], em [[Manaus]], uma das sedes da [[Copa do Mundo FIFA de 2014]] e dos [[Futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016|Jogos Olímpicos de 2016]].]]
Na área esportiva, a Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer (SEJEL-AM), é o órgão do governo estadual com a missão principal de estabelecer diretrizes, desenvolver e executar ações relativas à prática de esporte no estado.<ref name="Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer">{{citar web |url=http://www.amazonas.am.gov.br/entidade/sejel/ |publicado=Portal do Governo do Estado do Amazonas|titulo=Secretaria de Estado da Juventude e Lazer – SEJEL |acessodata= 7 de julho de 2013}}</ref> Desde 1914, o estado realiza o [[Campeonato Amazonense de Futebol]], sob responsabilidade da [[Federação Amazonense de Futebol]], existente desde [[26 de setembro]] de [[1962]].<ref name="Federação Amazonense de Futebol">{{citar web |url= http://www.faf-am.com.br/afederacao.html |publicado= Federação Amazonense de Futebol (FAF) |titulo= Conheça a Federação Amazonense de Futebol (FAF) |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref> O evento teve caráter amador até 1963, e passou a ter caráter profissional a partir de 1964. Antes da criação da Federação Amazonense de Futebol, os campeonatos e demais eventos esportivos no estado eram administrados por ligas. A primeira delas, ''Liga amazonense de Foot-ball'', foi fundada em 15 de janeiro de 1914 e em 1916 passou a chamar-se ''Liga Amazonense de Sport Athléticos (LASA)'', tendo durado até 1917.<ref name="Esportes no Amazonas 1" /> Após esta, criou-se a ''Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA)''.<ref name="Esportes no Amazonas 1" /> Há alguns [[Clube de futebol|clubes de futebol]] sediados no estado conhecidos em âmbito regional e nacional, sendo os principais o [[Nacional Futebol Clube (Amazonas)|Nacional Futebol Clube]], [[São Raimundo Esporte Clube (Manaus)|São Raimundo Esporte Clube]], [[Nacional Fast Clube|Fast Clube]], [[Atlético Rio Negro Clube (Amazonas)|Atlético Rio Negro]], [[Princesa do Solimões Esporte Clube|Princesa do Solimões]], [[Sul América Esporte Clube]], [[Clube Nacional Borbense|Nacional Borbense,]] [[Esporte Clube Iranduba da Amazônia|Iranduba]], [[Operário Esporte Clube|Operário]], [[Manaus Futebol Clube]], dentre outros.<ref name="Clubes de futebol do Amazonas 1">{{citar web |url= http://www.faf-am.com.br/clubesfiliados.html |publicado= Federação Amazonense de Futebol (FAF) |titulo= Clubes de futebol filiados à Federação Amazonense de Futebol (FAF) |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref><ref name="Clubes de futebol do Amazonas 2">{{citar web |url= http://www.faf-am.com.br/clubesfiliados2.html |publicado= Federação Amazonense de Futebol (FAF) |titulo= Clubes de futebol filiados à Federação Amazonense de Futebol (FAF) |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref><ref name="Clubes de futebol do Amazonas 3">{{citar web |url= http://www.faf-am.com.br/clubesfiliados3.html |publicado= Federação Amazonense de Futebol (FAF) |titulo= Clubes de futebol filiados à Federação Amazonense de Futebol (FAF) |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref><ref name="Clubes de futebol do Amazonas 4">{{citar web |url= http://www.faf-am.com.br/clubesfiliados4.html |publicado= Federação Amazonense de Futebol (FAF) |titulo= Clubes de futebol filiados à Federação Amazonense de Futebol (FAF) |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref> Entre estes clubes, o detentor do maior número de títulos no Campeonato Amazonense de Futebol é o Nacional Futebol Clube, seguido por Atlético Rio Negro, São Raimundo, Fast Clube e Sul América.<ref name="Esportes no Amazonas 1" /> Acredita-se que [[1906]] foi o primeiro ano em que partidas de futebol foram registradas no Amazonas. Essas partidas ocorreram no Campo do Parque Amazonense, onde atualmente encontra-se o [[Parque dos Bilhares]], e foram iniciativas de [[marinheiro]]s, [[empresário]]s e despachantes [[britânico]]s que imigravam para o Amazonas.<ref name="Esportes no Amazonas 1">{{citar web |url= http://www.campeoesdofutebol.com.br/amazonas_historia.html |publicado= Campeões do Futebol |titulo= A História do Futebol Amazonense |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref> Nesse mesmo espaço também ocorreram outras atividades esportivas, como corrida de cavalos.<ref name="Esportes no Amazonas 1" /> O primeiro estádio de futebol de grande porte construído no estado foi o [[Estádio Vivaldo Lima]], inaugurado em 5 de abril de 1970<ref name="Esporte no Amazonas 3">{{citar web |url= http://acritica.uol.com.br/craque/Flaviano-Limongi-considerado-influentes-historia_0_901709863.html |publicado= Jornal A Crítica |titulo= Flaviano Limongi é considerado um dos nomes mais influentes da história do futebol amazonense |autor= Craque |data= 15 de abril de 2013 |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref> e conhecido também como ''Coliseu do Norte'', ''Tartarugão'' e ''Vivaldão''.<ref name="Esportes no Amazonas 1" /> O estádio foi remodelado em 1995 e demolido em 2010, para a construção da [[Arena Amazônia]], que sediou partidas da [[Copa do Mundo FIFA de 2014|Copa do Mundo de 2014]].<ref name="Esporte no Amazonas 2">{{citar web |url= http://acritica.uol.com.br/manaus/Economia-Copa_2014-emprego-vivaldo_lima-construcao_civil-estadio-arena-Manaus-Amazonia-Amazonas_5_310218977.html |publicado= Jornal A Crítica |titulo= Obras de demolição do estádio Vivaldo Lima |acessodata= 5 de agosto de 2013}}</ref>