Engenho de açúcar: diferenças entre revisões
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Os primeiros engenhos foram criados no [[Brasil]] para atender à [[demanda]] [[Europa|europeia]]. Eram os locais destinados à fabricação de [[açúcar]], propriamente a moenda, a casa das caldeiras e a casa de purgar. Todo o conjunto, chamado ''engenho banguê'', passou com o tempo a ser assim denominado, incluindo as plantações, a ''casa de engenho'' ou ''moita'' (a fábrica), a ''casa-grande'' (casa do proprietário), a [[senzala]] (lugar onde ficavam os [[escravo]]s) e tudo quanto pertencia à propriedade.
Em [[1516]], foi construído no litoral [[pernambucano]] o primeiro engenho de açúcar de que se tem notícia no Brasil, mais precisamente na [[Feitorias de Igarassu e na Ilha de Itamaracá|Feitoria de Itamaracá]], confiada ao administrador colonial [[Pero Capico]] — o primeiro "Governador das Partes do Brasil". Em [[1526]] já figuravam direitos sobre o açúcar de Pernambuco na Alfândega de Lisboa. Na década de [[1530]], os primeiros [[Capitanias hereditárias|donatários portugueses]] iniciaram empreendimentos nas terras da [[América Portuguesa]],
A necessidade de [[mão de obra]] levou os donos dos engenhos a tentar, sem sucesso, [[Escravidão indígena no Brasil|escravizar os indígenas]]. Então, optaram por trazer [[Comércio atlântico de escravos|escravos da África]]. Décadas depois, a [[cachaça]], um destilado dos subprodutos da produção do açúcar, [[melaço]] e espumas fermentados, serviu de troca no comércio de escravos. Os senhores de engenho dominaram a economia e a política brasileira por séculos, desde a [[Brasil colônia|época colonial]], passando pelo [[Império do Brasil|império]] e chegando à [[Brasil República|república]], embora, ao longo dessas épocas, tenham tido fases de declínios e reerguimentos. Os primitivos engenhos implantados no início do século XVI geraram, no [[Século XX|século vinte]], o setor sucroalcooleiro, que, no início do [[século XXI]], se posicionou em segundo lugar na [[matriz energética]] brasileira.<ref name="multipla">Cavalcante, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628</ref>
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