Golfinho-do-ganges: diferenças entre revisões

O corpo é acastanhado e atarracado no meio. A espécie tem uma única e pequena protuberância triangular no lugar da [[barbatana]] dorsal. As nadadeiras e cauda são finas e largas em relação ao tamanho do corpo, que mede de 2 a 2,2 metros nos machos e de 2,4 a 2,6 metros nas fêmeas. O mais velho animal registrado foi um macho de 28 anos de idade, com comprimento de 199 centímetros.<ref>Kasuya, T., 1972. ''Some information on the growth of the Ganges dolphin with a comment on the Indus dolphin''. Sci. Rep. Whales Res. Inst., 24: 87-108</ref> Fêmeas maduras são maiores do que machos. [[Dimorfismo sexual]] é expresso depois que fêmeas alcançam 150 centímetros. O [[Rostro (anatomia)|rostro]] das fêmeas continua a crescer depois que o rostro dos machos para de crescer, eventualmente se tornando vinte centímetros maior.

== Distribuição e ''habitat'' ==

 

A subespécie do Ganges (''P. g. gangetica'') pode ser encontrada nos sistemas hidrográficos Ganges-Bramaputra-Meghna e [[Rio Karnafuli|Karnafuli]]-Sangu da Índia e Bangladesh. Antigamente, sua área de ocorrência abrangia o Nepal.<ref>''Edge''. Disponível em http://www.edgeofexistence.org/species/ganges-river-dolphin/. Acesso em 19 de março de 2018.</ref> Uma pequena subpopulação ainda pode ser encontrada no [[rio Gagara]] e, possivelmente, no rio Sapta Kosi. A maior parte da subespécie do Indo (''P. g. minor'') se localiza entre as [[barragem|barragens]] de [[Sucur]] e Guddu, na província do [[Sind]], no Paquistão.<ref>''Edge''. Disponível em http://www.edgeofexistence.org/species/ganges-river-dolphin/. Acesso em 19 de março de 2018.</ref> Duas subpopulações menores também foram registradas nas províncias do [[Punjab (Paquistão)|Punjab]] e [[Khyber Pakhtunkhwa]]. Como estes dois sistemas hídricos (Indo e Ganges) não têm qualquer ligação, é um mistério como essas duas subespécies acabaram se localizando neles. É improvável que a subespécie de um rio tenha chegado ao outro através do oceano, pois seus [[estuário]]s são bem distantes entre si. De acordo com o livro "Terra dos sete riosː uma breve história da geografia da Índia", de Sanjeev Sanyal, uma explicação provável é que vários rios do [[norte da Índia]], como o [[rio Sutle|Sutle]] e o [[rio Yamuna|Yamuna]], alteraram seus cursos em tempos antigos e levaram os golfinhos com eles.<ref>Sanyal, Sanjeev (2012). Land of the Seven Rivers: A Brief History of India's Geography. Penguin.</ref>

O [[Tráfico de animais|comércio internacional]] da espécie é proibido segundo o apêndice I da [[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção]].<ref>''Cites''. Disponível em https://www.cites.org/. Acesso em 25 de março de 2018.</ref> A espécie é protegida pelo Ato da Vida Selvagem Indiana, embora a legislação necessite de uma execução mais estrita.<ref>''CMS''. Disponível em https://web.archive.org/web/20110611110231/http://www.cms.int/reports/small_cetaceans/data/P_gangetica/p_gangetica.htm. Acesso em 25 de março de 2018.</ref>

 

 

O perigo imediato para a população residente de ''P. gangetica'' no Santuário Nacional do Chambal é a diminuição da profundidade do rio Chambal e o surgimento de [[Banco de areia|bancos de areia]] que dividem o rio em segmentos menores.<ref>''Gangetic dolphin''. Disponível em file:///C:/Users/ERICO/Downloads/ch_dol.PDF. Acesso em 25 de março de 2018.</ref> As medidas propostas de conservação incluem tanto a criação de [[Reserva natural|santuários]] para a espécie como a criação de ''[[habitat]]'' adicional.