Estado Islâmico do Iraque e do Levante: diferenças entre revisões

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6 500 (2017)<ref>{{citar jornal|url=http://www.washingtonexaminer.com/isis-down-to-6500-fighters-holds-only-3-percent-of-iraq/article/2637810 |título=ISIS down to 6,500 fighters, holds only 3 percent of Iraq|obra=Washington Examiner |data=17 de outubro de 2017 |acessodata=19 de dezembro de 2017}}</ref>
|lema = {{langx|ar|باقية وتتمدد||"[[Califado|Bāqiyah wa-Tatamaddad]]|"Remanescendo e Expandindo"}}<ref name="national11june">{{citar jornal|publicado=[[The National (Abu Dhabi)|The National]]|url=http://www.thenational.ae/thenationalconversation/comment/political-reform-in-iraq-will-stem-the-rise-of-islamists#full|título=Political reform in Iraq will stem the rise of Islamists|data=11 de junho de 2014|acessodata=18 de junho de 2014}}</ref><ref name="carnegie12june">{{citar jornal|publicado=[[Carnegie Endowment for International Peace]]|url=http://carnegieendowment.org/2014/06/12/what-takeover-of-mosul-means-for-isis/hdng|título=What the Takeover of Mosul Means for ISIS|data=12 de junho de 2014|acessodata=18 de junho de 2014}}</ref>
|comandante= [[Abu Musab al-Zarqawi]]<ref name="global"/> [[Morto em combate|†]] <small>(2004–2006)<ref name="wt"/></small><br />[[Abu Ayyub al-Masri]]<ref name="global"/> [[Morto em combate|†]] <small>(2006–2010)<ref name="wt"/></small><br />[[Abu Omar al-Baghdadi]] [[Morto em combate|†]] <small>(2006-2010)<ref name="wt"/></small><br />[[Abu Bakr al-Baghdadi]] [[Morto em combate|†]] <ref name="hurriyet">[http://www.hurriyetdailynews.com/al-qaeda-chief-disbands-main-jihadist-faction-in-syria-al-jazeera.aspx?pageID=238&nID=57608&NewsCatID=352 Al-Qaeda chief disbands main jihadist faction in Syria: Al-Jazeera]", Hurriyet, (novembro de 2013).</ref><ref name="Ibrahim">{{citar jornal|url=https://news.siteintelgroup.com/Jihadist-News/isis-spokesman-declares-caliphate-rebrands-group-as-islamic-state.html|título=ISIS Spokesman Declares Caliphate, Rebrands Group as "Islamic State"|data=29 de junho de 2014|acessodata=29 de junho de 2014|publicado=''SITE Institute''}}</ref><small>(2010–presente2010–2019)</small>
|guarnição = [[Raca]] <small>([[de facto]], de 2013 a 2017)</small><ref>[http://www.aljazeera.com/news/2015/09/syria-launches-rare-strikes-isil-held-raqqa-150917133140290.html "Syria launches rare strikes on ISIL-held Raqqa"]. Página acessada em 13 de novembro de 2015.</ref><br />[[Alcaim (cidade)|Al-Qaim]] <small>(2017)</small><br />[[Hajin]] <small>(2017-2018)</small><br />[[Al-Susah]] <small>(2018-2019)</small><br />[[Al-Marashidah]] <small>(Janeiro–fevereiro de 2019)</small><br />Al-Baghuz Fawqani <small>(Fevereiro–Março de 2019)</small><br />''Atualmente nenhum''
|legenda_guarnição = Quartel-general
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=== Formação do grupo (1999–2006) ===
{{Artigo principal|Invasão do Iraque em 2003|Insurgência iraquiana|Alcaida no Iraque}}
[[ImagemFicheiro:Defense.gov News Photo 060608-D-0000X-004.jpg|thumb|esquerda|upright|Corpo de [[Abu Musab al-Zarqawi]] após ataque de forças dos [[Estados Unidos]] em 2006. Zarqawi foi o fundador grupo militante Tawhid wal-Jihad, que mais tarde se tornaria o Estado Islâmico]]
Após a [[invasão do Iraque em 2003]], o [[Jordânia|jordaniano]] [[Abu Musab al-Zarqawi]], adepto do [[salafismo]] [[jiadista]], e seu grupo militante, o Jamaat al-Tawhid wal-Jihad, fundado em 1999, alcançou notoriedade nos estágios iniciais da [[insurgência iraquiana]] por conta de [[Ataque suicida|ataques suicidas]] contra mesquitas islâmicas [[xiitas]], civis, instituições do governo iraquiano e soldados [[italianos]] que faziam parte da [[Coalizão militar no Iraque|coalizão militar internacional]] liderada pelos [[Estados Unidos]]. O grupo de Al-Zarqawi rompeu oficialmente com a rede [[Alcaida]], de [[Osama bin Laden]], em outubro de 2004, mudando seu nome para [[Tanzim Qaidat al-Jihad fi Bilad al-Rafidayn]] ({{lang|ar|تنظيم قاعدة الجهاد في بلاد الرافدين}}; "Organização de Base da Jihad na [[Mesopotâmia]]"), também conhecida como [[Alcaida no Iraque]] (AQI).<ref name="JamestownFoundation20041018">{{citar periódico|último1=Pool|primeiro1=Jeffrey|título=Zarqawi's Pledge of Allegiance to Al-Qaeda: From Mu'Asker Al-Battar, Issue 21|periódico=Terrorism Monitor|data=16 de dezembro de 2004|volume=2|número=24|página=The Jamestown Foundation|url=http://www.jamestown.org/publications_details.php?volume_id=400&issue_id=3179&article_id=2369020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070930180847/http://www.jamestown.org/publications_details.php?volume_id=400&issue_id=3179&article_id=2369020|arquivodata=2007-09-30|acessodata=30 de julho de 2014|urlmorta=yes}}</ref><ref name="Dawn20041018">{{citar jornal|título=Zarqawi pledges allegiance to Osama|url=http://www.dawn.com/2004/10/18/top7.htm|data=18 de outubro de 2004|arquivourl=http://web.archive.org/web/20071229020549/http://www.dawn.com/2004/10/18/top7.htm|arquivodata=29 de dezembro de 2007|agência=[[Agence France-Presse]]|obra=[[Dawn (newspaper)|Dawn]]|acessodata=13 de julho de 2007}}</ref><ref name="Msnbc20041018">{{citar jornal|url=http://www.msnbc.msn.com/id/6268680/|agência=Associated Press|publicado=NBC News|título=Al-Zarqawi group vows allegiance to bin Laden|data=18 de outubro de 2004|acessodata=13 de julho de 2007}}</ref> Os ataques do grupo contra civis, forças governamentais e de segurança iraquianas, diplomatas estrangeiros e comboios de soldados norte-americanos continuaram com aproximadamente a mesma intensidade. Em uma carta a al-Zarqawi em julho de 2005, Ayman al-Zawahiri, o então vice-líder da Alcaida, delineou um plano de quatro etapas para expandir a [[Guerra do Iraque]], que incluía expulsar das forças norte-americanas do país, criar uma autoridade islâmica através de um [[califado]], espalhar o conflito para os vizinhos [[Secularismo|seculares]] do Iraque e entrar em confronto com [[Israel]], que a carta diz que só "foi criado só para desafiar qualquer nova entidade islâmica".<ref>{{citar jornal|último =Whitaker|primeiro =Brian|título=Revealed: Al-Qaida plan to seize control of Iraq|url=http://www.theguardian.com/world/2005/oct/13/alqaida.iraq|obra=The Guardian|data=13 de outubro de 2005|acessodata=19 de setembro de 2014}}</ref>
 
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=== Estado Islâmico do Iraque (2006-2013) ===
{{Artigo principal|Guerra do Iraque}}
[[ImagemFicheiro:Iraqi insurgents with guns, 2006.jpg|thumb|Insurgentes iraquianos em 2006]]
 
De acordo com um estudo elaborado por agências de inteligência dos Estados Unidos no início de 2007, o grupo planejava tomar o poder das áreas centrais e ocidentais do Iraque e transformá-las em um [[Estado islâmico]] sunita.<ref>{{citar jornal|último =Mahnaimi|primeiro =Uzi|título=Al-Qaeda planning militant Islamic state within Iraq|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/iraq/article1782088.ece|jornal=[[The Sunday Times]]|data=13 de maio de 2007|arquivourl=http://web.archive.org/web/20110524071632/http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/iraq/article1782088.ece|arquivodata=24 de maio de 2011|local=Londres}}</ref> O grupo ganhou força e no seu auge teve uma presença significativa nas [[Províncias do Iraque|províncias iraquianas]] de [[Alambar]], [[Diala]] e [[Bagdá (província)|Bagdá]] e reivindicou a cidade de [[Bacuba]] como a sua [[capital]].<ref name="washingtonpost2006"/><ref name="washingtonpost1"/><ref name="msnbc2006"/><ref name="worldblog.msnbc.msn.com"/>
 
[[ImagemFicheiro:Flickr_Flickr -_The_U The U.S._Army_ Army -_Loading_up Loading up.jpg|thumb|Um exercício de treinamento conjunto entre militares dos [[Estados Unidos]] e do [[Iraque]] perto de [[Ramadi]] em novembro de 2009. O Estado Islâmico do Iraque havia declarado a cidade como a sua capital]]
 
Em 2007, as tropas norte-americanas realizaram operações de enfraquecimento do grupo, o que resultou em dezenas de militantes capturados ou mortos.<ref>[http://www.weeklystandard.com/weblogs/TWSFP/2007/11/targeting_al_qaeda_in_iraqs_ne.asp Targeting al Qaeda in Iraq's Network], ''[[The Weekly Standard]]'', 13 de novembro de 2007</ref> Entre julho e outubro de 2007, a Alcaida no Iraque parecia ter perdido suas bases militares seguras na província de Alambar e na região de [[Bagdá]].<ref>{{citar jornal|último1 =Ricks|primeiro1 =Thomas|último2 =DeYoung|primeiro2 =Karen|título=Al-Qaeda in Iraq Reported Crippled|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/10/14/AR2007101401245.html|jornal=[[The Washington Post]]|data=15 de outubro de 2007|acessodata=13 de fevereiro de 2015}}</ref> Em 2008, uma série de ofensivas iraquianas e norte-americanas conseguiram expulsar os insurgentes de seus antigos refúgios seguros, como as províncias Diala e Alambar, para a área da cidade de [[Moçul]], o último grande campo de batalha contra a organização.<ref name="nostra">{{citar jornal|último =Samuels|primeiro =Lennox|título=Al Qaeda in Iraq Ramps Up Its Racketeering|url=http://www.newsweek.com/id/138085|revista=[[Newsweek]]|data=20 de maio de 2008|acessodata=13 de fevereiro de 2015}}</ref>
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Enquanto a luta na Síria se intensificava, o EIIL lançou-se em uma série de ofensivas e atentados por todo o Iraque, especialmente na fronteira sírio-iraquiana e na região norte. Avanços foram reportados na província de [[Ninaua]] e diversas cidades, como [[Mossul]], foram atacadas. Em junho de 2014, em uma nova rodada de investidas, boa parte da cidade de [[Ticrite]] caiu em mãos dos jiadistas que ganhavam terreno no caminho a Bagdá. O [[exército iraquiano]] conseguiu deter ofensivas dos insurgentes em [[Samarra]] e forçou o recuo dos rebeldes em Baiji, enquanto tentavam reagir para manter a ordem no país. A nova onda de violência no Iraque, perpetrado pelo Dawlat al-ʾIslāmiyya (o Estado islâmico), deixou centenas de mortos e milhões de refugiados.<ref>[http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/06/jihadistas-iraquianos-se-aproximam-de-bagda-em-ofensiva-devastadora.html "Jihadistas iraquianos se aproximam de Bagdá em ofensiva devastadora"]. Página acessada em 12 de junho de 2014.</ref> O EIIL cometeu diversas atrocidades contra [[Sunismo|a sua própria seita]] para silenciar vozes moderadas, como no caso do assassinato de 13 clérigos muçulmanos sunitas em junho de 2014 em [[Moçul]].<ref>{{citar web|url=http://www.miamiherald.com/2014/07/08/4223130/un-islamic-state-executed-imam.html|titulo=U.N.: Islamic State executed imam of mosque where Baghdadi preached|data=8 de julho de 2014|acessodata=9 de julho de 2014|publicado=MIAMI HERALD|ultimo=Zaracostas|primeiro=John}}</ref>
[[ImagemFicheiro:Territoires de l'Etat islamique juin 2015.png|thumb|upright=1.6|Mapa da [[Guerra Civil na Síria]] e a [[Guerra Civil Iraquiana (2011–presente)|Guerra Civil Iraquiana]] em 2015, mostrando a expanção máxima do EIIL.<br />
'''Territórios sírio e iraquiano''':
{{legend|#b4b2ae|Controlados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)}}
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=== Objetivos ===
{{Artigo principal|Reivindicações territoriais do Estado Islâmico}}
[[ImagemFicheiro:Claim to power of ISIS.png|thumb|upright=1.6|Território reivindicado pelo Estado Islâmico no mundo]]
 
Desde 2004, a principal meta do grupo é a fundação de um [[Estado islâmico]].<ref name="Beauchamp14">{{Citar web|url=http://www.vox.com/cards/things-about-isis-you-need-to-know/isis-goal-theocracy|título=17 things about ISIS and Iraq you need to know|autor=Zack Beauchamp|data=2 de setembro de 2014|website=Vox|acessodata=5 de setembro de 2014}}</ref><ref name="dni.gov">{{citar jornal|último1 =Abu Mohammad|título=Letter dated 9 July 2005|url=https://web.archive.org/web/20110522153638/http:/www.dni.gov/press_releases/letter_in_english.pdf|acessodata=22 de julho de 2014|publicado=[[Office of the Director of National Intelligence]]}}</ref> O EIIL procurou estabelecer-se como um [[califado]], um tipo de Estado islâmico liderado por um grupo de autoridades religiosas sob o comando de um líder supremo, o [[califa]], que se acredita ser o sucessor de [[Maomé]].<ref name="Johnson14">{{Citar web|último=Johnson|primeiro=M. Alex|url=http://www.nbcnews.com/storyline/isis-terror/deviant-pathological-what-do-isis-extremists-really-want-n194136|título='Deviant and Pathological': What Do ISIS Extremists Really Want?|data=3 de setembro de 2014|publicado=NBC News|acessodata=5 de setembro de 2014}}</ref> Em junho de 2014, o EIIL publicou um documento em que afirmava ter rastreado a linhagem de seu líder al-Baghdadi até Maomé<ref name="Johnson14" /> e, depois da proclamação de um novo califado em 29 de junho, o grupo nomeado [[Abu Bakr al-Baghdadi|al-Baghdadi]] como seu califa. Como califa, ele exigiu a lealdade e obediência de todos os [[muçulmano]]s do mundo, de acordo com a jurisprudência islâmica (''[[fiqh]]'').<ref name="aj140707">{{citar jornal|url=http://america.aljazeera.com/watch/shows/inside-story/articles/2014/7/7/isil-s-leader-emergesfromtheshadowswhoisabubakralbaghdadi.html|título=Who is the U.S. targeting in Iraq air strikes?|data=7 de julho de 2014|autor =Laith Kubba|publicado=Al Jazeera}}</ref>
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=== Governo e liderança ===
[[ImagemFicheiro:Mugshot of Abu Bakr al-Baghdadi, 2004.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Abu Bakr al-Baghdadi]], considerado o [[califa]] do Estado Islâmico]]
O grupo é dirigido e administrado por [[Abu Bakr al-Baghdadi]], ao lado de um gabinete de conselheiros. Existem dois vice-líderes, Abu Muslim al-Turkmani para o Iraque e Abu Ali al-Anbari para a Síria, e 12 governadores locais nos territórios conquistados. Abaixo dos líderes estão os conselhos sobre finanças, liderança, assuntos militares, assuntos jurídicos, o que inclui as decisões sobre a execução de estrangeiros, segurança, inteligência e meios de comunicação. Além disso, um conselho Shura tem a tarefa de assegurar que todas as decisões tomadas pelos governadores e conselhos sejam cumpridas de acordo com a interpretação do grupo da [[sharia|xaria]].<ref>{{citar jornal|último1 =Thompson|primeiro1 =Nick|último2 =Shubert|primeiro2 =Attika|título=The anatomy of ISIS: How the 'Islamic State' is run, from oil to beheadings|url=http://edition.cnn.com/2014/09/18/world/meast/isis-syria-iraq-hierarchy/index.html?hpt=hp_t1|acessodata=21 de setembro de 2014|publicado=CNN|data=18 de setembro de 2014}}</ref> A maioria da liderança do EIIL é dominada por [[iraquianos]], principalmente entre os antigos membros do regime de [[Saddam Hussein]]. Tem sido relatado que iraquianos e sírios têm recebido maior prioridade em relação a outras nacionalidades dentro EIIL.<ref>{{Citar web| título =Military Skill and Terrorist Technique Fuel Success of ISIS| url =http://www.nytimes.com/2014/08/28/world/middleeast/army-know-how-seen-as-factor-in-isis-successes.html?_r=0| data = Agosto de 2014|acessodata=1 de Fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{Citar web| título =Foreign Recruits Are Islamic State's Cannon Fodder| url =http://www.bloombergview.com/articles/2015-02-11/foreign-fighters-are-islamic-state-s-cannon-fodder| data = Fevereiro de 2015|acessodata=1 de Fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{Citar web| título =Iraqis, Saudis call shots in Raqa, ISIL's Syrian 'capital'| url =http://www.channelnewsasia.com/news/specialreports/mh370/news/iraqis-saudis-call-shots/1178866.html| data = Junho de 2014|acessodata=1 de Fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{Citar web| título =Meet ISIS' new breed of Chechen militants| url =http://english.alarabiya.net/en/perspective/analysis/2014/08/31/Meet-ISIS-new-breed-of-Chechen-Militants-.html| data = Agosto de 2014|acessodata=1 de Fevereiro de 2015}}</ref>
 
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=== Perseguição religiosa ===
{{AP|Genocídio Yazidi}}
[[ImagemFicheiro:Yazidi_refugeesYazidi refugees.jpg|thumb|Refugiados [[yazidis|iazidis]] nas [[Montanhas Sinjar]]]]
O EIIL obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla, sob ameaça de [[pena de morte]], [[tortura]] ou [[mutilação]], a se converter ao [[islamismo]] e viver de acordo com a sua interpretação do islã [[Sunismo|sunita]] e a lei [[charia]].<ref name="McCoyTop"/><ref name="Bulos"/> O grupo direciona a violência principalmente contra muçulmanos [[Xiismo|xiitas]], [[assírios]], [[caldeus]], [[siríaco]]s nativos, [[cristão]]s [[armênios]], [[yazidis|iazidis]], [[drusos]], ''[[shabaks]]'' e [[mandeanos]].<ref name="Christian"/>
 
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=== Destruição de Patrimônio da Humanidade ===
[[ImagemFicheiro:Iraq;_Nimrud_ Nimrud -_Assyria Assyria,_Lamassu%27s_Guarding_Palace_Entrance Lamassu's Guarding Palace Entrance.jpg|thumb|esquerda|[[Lamassu]] na porta do palácio de {{lknb|Assurnasirpal|II}} em [[Nimrud]], em 2007. O EIIL destruiu a cidade antiga [[assíria]] em março de 2015]]
 
[[Irina Bokova]], a diretora-geral da [[UNESCO]], alertou que o EIIL está a destruir o [[patrimônio cultural]] do [[Iraque]], no que ela chamou de "limpeza cultural". "Não temos tempo a perder, porque os extremistas estão tentando apagar a identidade, porque eles sabem que, se não há identidade, não há memória, não há história", disse ela.<ref>{{Citar web|url=http://www.reuters.com/video/2014/11/02/iraqs-heritage-needs-protection-from-isl?videoId=346781460|título=Iraq's heritage needs protection from Islamic State - UNESCO|agência=Reuters}}</ref> Saad Eskander, diretor dos Arquivos Nacionais do Iraque disse: "Pela primeira vez você tem de limpeza cultural ... Para os [[yazidis]], a religião é oral, nada é escrito pela destruição de seus lugares de culto ... você está matando a memória cultural. É o mesmo com os [[cristãos]] ... é realmente uma ameaça que vai além da crença."<ref name=CSM>{{Citar web|url=http://www.csmonitor.com/World/Middle-East/2014/1108/Islamic-State-seeking-to-delete-entire-cultures-UNESCO-chief-warns-in-Iraq|título=Islamic State seeking to 'delete' entire cultures, UNESCO chief warns in Iraq|obra=The Christian Science Monitor}}</ref>
 
Para financiar suas atividades, o grupo rouba artefatos históricos e culturais da Síria<ref>{{Citar web|autor1 =Franklin Lamb|título=SYRIA: "Raqqa is Being Slaughtered Silently"|url=http://www.intifada-palestine.com/2014/05/syria-raqqa-slaughtered-silently/|acessodata=28 de dezembro de 2014}}</ref> e do Iraque e enviá-los para a Europa para serem vendidos. Estima-se que o EIIL levante 200 milhões de dólares por ano a partir da [[pilhagem]] cultural. A UNESCO pediu ao [[Conselho de Segurança da ONU|Conselho de Segurança]] das [[Nações Unidas]] que controle a venda de antiguidades, semelhante ao que foi imposto após a [[guerra do Iraque]] em 2003. A UNESCO também está trabalhando com a [[Interpol]], as autoridades aduaneiras nacionais, museus e grandes casas de leilão, na tentativa de impedir que os itens roubados sejam vendidos.<ref name=CSM/> O EIIL ocupou o Museu de Moçul, o segundo museu mais importante no Iraque, quando o local estava estava prestes a ser reaberto depois de anos de reconstrução dos danos causados após a guerra do Iraque. O grupo então destruiu todo o acervo da instituição cultural alegando que as estátuas da [[antiguidade]] eram contra o [[islamismo]].<ref>{{Citar web|url=http://www.npr.org/2014/07/09/330183802/the-plight-of-mosuls-museum-iraqi-antiquities-at-risk-of-ruin|título=The Plight of Mosul's Museum: Iraqi Antiquities At Risk Of Ruin|data=9 de julho de 2014|publicado=NPR}}</ref><ref name="Dickey-7.7.14">Christopher Dickey, [http://www.thedailybeast.com/articles/2014/07/07/isis-is-about-to-destroy-biblical-history-in-iraq.html "ISIS Is About to Destroy Biblical History in Iraq,"], ''[[The Daily Beast]]'', 7 de julho de 2014</ref>
[[ImagemFicheiro:Hatra_ruinsHatra ruins.jpg|thumb|Cidade antiga de [[Hatra]], fundada no {{-séc|III}} pelo [[Império Selêucida]], considerada [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[UNESCO]] desde 1985 e destruída pelo Estado Islâmico em 2015]]
 
O Estado Islâmico considera que a "adoração" de [[sepultura]]s equivale a [[idolatria]] e procura purificar a comunidade de crentes. O grupo usou escavadeiras para esmagar edifícios e [[sítios arqueológicos]]. O professor da [[Universidade de Princeton]] Bernard Haykel descreveu a ideologia de al-Baghdadi como "uma espécie de [[wahabismo]] indomável", dizendo: "Para a Al Qaeda, a violência é um meio para um fim; para o EIIL, ela é um fim em si mesmo". A destruição do túmulo e santuário do profeta Iunus (ou [[Jonas (profeta)|Jonas]] para os cristãos), da mesquita de {{ilc|Imame Iáia Abu Alcácime||Imam Yahya Abu al-Qassimin}} do {{séc|XIII}}, do santuário do {{séc|XIV}} do profeta Jerjis ([[São Jorge]] para os cristãos) e a tentativa de destruição do [[minarete]] de Hadba do {{séc|XII}} na mesquita de Al-Nuri têm sido descritas como "uma explosão desenfreada do extremismo wahabita".<ref name=Al-Alawi>{{Citar web|último1 =Al-Alawi|primeiro1 =Irfan|título=Extreme Wahhabism on Display in Shrine Destruction in Mosul|url=http://www.gatestoneinstitute.org/4574/jonah-shrine-destruction|website=Gatestone Institute|acessodata=4 de outubro de 2014}}</ref> "Houve explosões que destruíram edifícios que remontam à época [[assíria]]", disse o diretor do Museu Nacional do Iraque, Qais Rashid, referindo-se à destruição do santuário de Iunus. Ele citou um outro caso em que o "Daesh (EIIL) reuniu mais de {{fmtn|1500}} manuscritos de conventos e outros lugares sagrados e queimaram todos eles no meio da praça da cidade".<ref name="abc.net.au">{{Citar web|url=http://www.abc.net.au/news/2014-09-30/islamic-state-pillaging-iraqi-artefacts2c-unesco-warns/5777990|título=Islamic State: Jihadists destroying and looting Iraqi heritage sites for artefacts, UNESCO warns|publicado=ABC News}}</ref> Em março de 2015, o grupo destruiu a cidade antiga [[assíria]] de [[Nimrud]]e, datada do {{-séc|XIII}} Irina Bokova, da UNESCO, classificou o ato como uma "nova barbárie" e um "[[crime de guerra]]" que exige uma "mobilização sem precedentes" da comunidade internacional.<ref>{{citar jornal|título=Nimrud: Outcry as IS bulldozers attack ancient Iraq site|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-31760656|acessodata=6 de março de 2015|obra=BBC News|data=6 de março de 2015}}</ref> Em 7 de março de 2015 o EIIL também destruiu as ruínas de [[Hatra]], um [[Patrimônio da Humanidade]] localizado em [[Ninaua]], região dominada pelos terroristas.<ref>{{citar web |url=http://www.dw.de/ei-explode-ru%C3%ADnas-ass%C3%ADrias-milenares-em-hatra-iraque/a-18301963 |título=EI explode ruínas assírias milenares em Hatra, Iraque |editor=[[Deutsche Welle]] |data=7 de março de 2015}}</ref> "A destruição de Hatra marca um momento decisivo na lamentável estratégia de limpeza cultural no Iraque", afirmou Bokova.<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/estado-islamico-arrasa-patrimonio-historico-de-hatra |título=Estado Islâmico arrasa patrimônio histórico de Hatra |editor=[[Revista Veja]] |data=7 de março de 2015}}</ref>