Partido Trabalhista (Noruega): diferenças entre revisões

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O Partido Trabalhista se apresenta como um partido [[Progressismo|progressista]] que assina a cooperação em nível nacional e internacional. Sua ala jovem é a Liga da Juventude dos Trabalhadores (em bokmål: ''Arbeidernes ungdomsfylking;'' em nynorsk: ''Arbeidarane si ungdomsfylking)''. O partido é membro do [[Partido Socialista Europeu]] e da [[Aliança Progressista]]. O Partido Trabalhista sempre apoiou fortemente a adesão da Noruega à OTAN e apoiou a adesão da Noruega à União Europeia. Durante a [[Guerra Fria]], quando o partido estava no governo na maior parte do tempo, a Noruega se tornou estreitamente alinhada com os Estados Unidos no nível internacional e seguiu uma política anticomunista no nível interno, fazendo com que a Noruega se tornasse um membro fundador da OTAN em 1949.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bjørlo|primeiro=Stein|data=2014-09-28|titulo=Haakon Lie|url=http://nbl.snl.no/Haakon_Lie|jornal=Norsk biografisk leksikon|lingua=no}}</ref>
 
Fundado em 1887, o partido aumentou constantemente de apoio até se tornar o maior partido da Noruega nas eleições de 1927; uma posição que ocupou desde então. Este ano também viu a consolidação de conflitos em torno do partido durante a década de 1920, após sua participação na [[Internacional Comunista]] de 1919 a 1923. Ele formou um governo pela primeira vez em 1928 e lidera o governo há quase dezesseis anos desde 1935. De 1945 a 1961, o partido teve uma maioria absoluta no parlamento norueguês, a única vez que isso aconteceu na história da Noruega. A dominação eleitoral pelo Partido Trabalhista, durante os anos 1960 e início dos anos 1970, foi inicialmente interrompida pela competição de pequenos partidos de esquerda; principalmente do Partido Popular Socialista. A partir do final da década de 1970, no entanto, o partido começou a perder os eleitores devido a um aumento nos partidos de direita, levando a uma oscilação da direita para o Partido Trabalhista no governo da premiê [[Gro Harlem Brundtland]] durante a década de 1980. Em 2001, o partido alcançou seus piores resultados desde as eleições de 1924. Entre 2005 e 2013, o Partido Trabalhista voltou ao poder depois de se comprometer com um acordo de coalizão com outros partidos para formar um [[governo majoritário]].<ref name=":0" /> Desde que perdeu nove cadeiras no ''[[Storting]]'', o parlamento norueguês, nas eleições de 2013, o Partido Trabalhista faz parte da [[Oposição (política)|oposição]]. O partido perdeu mais seis cadeiras nas eleições de 2017, o segundo menor número de assentos que os trabalhistas ocuparam desde 1924.{{Carece de fontes}}
 
== História ==
O partido foi fundado em 1887<ref>{{citar periódico|ultimo=Hoyer|primeiro=Svenikk|data=26.01.2016|titulo=The Political Economy of the Norwegian Press|url=http://img.kb.dk/tidsskriftdk/pdf/spso/spso_0003-PDF/spso_0003_95928.pdf|jornal=Scandinavian Political Studies|publicado=[[Biblioteca Real da Dinamarca]]|acessodata=31.10.2019}}</ref> em [[Arendal]] e disputou pela primeira vez as eleições para o [[Storting|Parlamento da Noruega]] em 1894. Entrou no Parlamento em 1904 após as eleições de 1903 e aumentou seu voto até 1927, quando se tornou o maior partido da Noruega. O partido foi membro da [[Internacional Comunista]] entre 1918 e 1923.<ref>{{citar web|url=http://arbeiderpartiet.no/Om-AP/Aps-historie/Hva-historien-forteller/1920-1935|titulo=Hva historien forteller...|data=|acessodata=31.10.2019|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=17.01.2011|obra=Arbeiderpartiet|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110117035507/http://arbeiderpartiet.no/Om-AP/Aps-historie/Hva-historien-forteller/1920-1935}}</ref>
 
Desde a criação do jornal ''[[Vort Arbeide]]'' em 1884, o partido teve uma organização crescente e notável de jornais e outros meios de comunicação. O sistema de imprensa do partido acabou resultando em ''Norsk Arbeiderpresse'' ("Imprensa Trabalhista Norueguesa", atual ''A-pressen''). Em janeiro de 1913, o partido possuía 24 jornais e mais 6 foram fundados em 1913. O partido também possuía o periódico ''Det 20de Aarhundre''.<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/929210746|título=Arbeiderbevegelsens historie i Norge. På klassekampens grunn (1900-1920)|ultimo=Bull, Edv.|primeiro=|data=1985-90|editora=Tiden|ano=|local=Oslo|páginas=|isbn=8210027506|oclc=929210746|acessodata=}}</ref> Em 1920, o partido possuía 33 jornais e 6 jornais semi-afiliados.<ref name=":1">{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/466457924|título=Gjennom kriser til makt (1920-1935)|ultimo=Maurseth, Per|primeiro=|data=1987|editora=Tiden|ano=|local=Oslo|páginas=|isbn=8210027506|oclc=466457924|acessodata=}}</ref> O partido tinha sua própria editora, a ''Det norske Arbeiderpartis forlag'', sucedida pela ''Tiden Norsk Forlag''. Além de livros e panfletos, a ''Det norske Arbeiderpartis forlag'' publicou ''Maidagen'' (publicação anual do [[Dia do Trabalhador]]), ''Arbeidets Jul'' (publicação anual de Natal) e ''Arbeiderkalenderen'' (um calendário).<ref name=":1" />
 
Desde suas raízes como uma alternativa radical ao establishment político, o partido cresceu a sua dominação atual por várias épocas:
 
=== Dissidências ===
O partido sofreu uma cisão em 1921, causada por uma decisão tomada dois anos antes de ingressar na Internacional Comunista, e o Partido Social-Democrata Trabalhista da Noruega foi formado. Em 1923, o partido deixou a Internacional Comunista, enquanto uma minoria significativa de seus membros deixou o partido para formar o Partido Comunista da Noruega. Em 1927, os social-democratas foram reunidos ao trabalho. Alguns comunistas também se uniram ao Partido Trabalhista, enquanto outros tentaram um fracassado esforço de fusão que culminou na formação do Partido Unificado da Classe Trabalhadora.
 
=== Décadas de 1930 e 1940 ===
Em 1928, [[Christopher Hornsrud]] formou o primeiro governo do Partido Trabalhista; durou apenas duas semanas. Durante o início dos anos 1930, o Partido Trabalhista abandonou seu perfil revolucionário e estabeleceu um caminho [[Reformismo|reformista]]. Os trabalhistas voltaram ao governo em 1935 e permaneceram no poder até 1965 (exceto no período de exílio durante a [[Segunda Guerra Mundial]] entre 1940-1945 e durante um mês em 1963). Durante a maior parte dos primeiros vinte anos após a Segunda Guerra Mundial, [[Einar Gerhardsen]] liderou o partido e o país. Ele é freqüentemente chamado de ''"Landsfaderen"'' (pai da nação) e é geralmente considerado um dos principais arquitetos da reconstrução da Noruega após a Segunda Guerra Mundial. Essa é frequentemente considerada como a "era de ouro" do Partido Trabalhista Norueguês. O partido foi membro da [[Internacional Operária e Socialista]] entre 1938 e 1940.<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/257455682|título=Geschichte der sozialistischen arbeiter-internationale : 1923-19|ultimo=Kowalski, Werner.|primeiro=|data=1985|editora=Dt. Verl. d. Wissenschaften|ano=|local=Berlim|páginas=|oclc=257455682|acessodata=}}</ref>
 
=== Revolta de Páscoa ===
Em 1958, dois membros da Liga da Juventude dos Trabalhadores ([[Berge Furre]] e [[Kåre Sollund]]) entraram em contato com os deputados do Partido Trabalhista, para que os deputados assinassem uma petição, como parte do que é conhecido como a Revolta de Páscoa do Partido Trabalhista. Todos os deputados que assinaram, exceto um, mais tarde retiraram suas assinaturas.<ref>{{Citar web|titulo=Påskeopprøret i 1958|url=https://www.nrk.no/kultur/paskeopproret-i-1958-1.895246|obra=NRK|data=2004-04-12|acessodata=2019-10-31|lingua=no|ultimo=|publicado=|primeiro=}}</ref>
 
Outros períodos de liderança do Partido Trabalhista no governo nacional foram 1971-1972, 1973-1981, 1986-1989, 1990-1997 e 2000-2001.{{Carece de fontes}}
 
=== Século XXI ===
Nas eleições de 2001, o partido alcançou um ponto baixo de 24,3% do voto popular, mas ainda era o maior partido no Parlamento. Nas eleições de 2005, o partido recuperou o apoio e recebeu 32,7% do voto popular. Foi o principal parceiro da Coalizão Vermelha-Verde, de centro-esquerda, que conquistou a maioria nas eleições de 2005. O líder trabalhista [[Jens Stoltenberg]] se tornou primeiro-ministro e liderou um [[governo de coalizão]], o primeiro do qual o Partido Trabalhista fez parte. Stoltenberg foi anteriormente primeiro-ministro de 2000 a 2001.
 
Em 2011, o partido mudou seu nome oficial de Partido Trabalhista Norueguês (''Det norske arbeiderparti'') para Partido Trabalhista (''Arbeiderpartiet''). A mudança de nome foi feita devido a alegação de que houve confusão entre os eleitores nas mesas de votação devido à diferença entre o nome oficial, Partido Trabalhista da Noruega e o nome de uso comum "Partido Trabalhista".<ref>{{citar web|url=https://www.aftenposten.no/nyheter/iriks/politikk/article4088256.ece|titulo=Slutt på Det norske Arbeiderparti|data=09.04.2011|acessodata=31.10.2019|publicado=|ultimo=Barstad|primeiro=Stine|lingua=no|obra=Aftenposten|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110412002350/https://www.aftenposten.no/nyheter/iriks/politikk/article4088256.ece|arquivodata=12.04.2011|urlmorta=sim}}</ref>
 
Em 22 de julho de 2011, [[Atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega|um terrorista abriu fogo]] no acampamento de jovens do Partido Trabalhista (13 a 25 anos), matando 69 pessoas e matando mais 8 em Oslo ao explodir uma bomba na direção de um prédio do governo (liderado pelo Partido Trabalhista).
 
Na eleição de 2013, a coalizão liderada pelo partido perdeu a eleição, mas o Partido Trabalhista continua ainda sendo um dos maiores partidos do parlamento. Esta eleição terminou o governo de quase dez anos de Stoltenberg. Stoltenberg permaneceu como líder do partido, mas deixou o cargo quando foi nomeado [[Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte|Secretário Geral da OTAN]]. [[Jonas Gahr Støre]] foi escolhido como novo líder do partido em 14 de junho de 2014.<ref>{{Citar web|titulo=- Jeg har følt et intenst vemod|url=https://www.aftenposten.no/article/ap-dd80X.html|obra=Aftenposten|acessodata=2019-10-31|lingua=no|primeiro=June Westerveld Geir|ultimo=Salvesen|data=|publicado=}}</ref> Em 2017, o partido foi alvo de hackers suspeitos de serem da Rússia.<ref>{{citar web|url=https://foreignpolicy.com/2018/10/03/the-new-cold-front-in-russias-information-war-nato-norway/|titulo=The New Cold Front in Russia's Information War|data=03.10.2018|acessodata=31.10.2019|publicado=|ultimo=Standish|primeiro=Reid|obra=Foreign Policy|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181004142533/https://foreignpolicy.com/2018/10/03/the-new-cold-front-in-russias-information-war-nato-norway/|arquivodata=04.10.2018}}</ref>
 
== Organização ==
Segundo dados de 2015, o partido possui cerca de 56.000 membros.<ref>{{Citar web|titulo=Høyre har mistet hvert tiende medlem|url=https://e24.no/i/4qR47g|obra=E24|acessodata=2019-10-31|lingua=no|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Eles são organizados em nível de condados, municípios e em cerca de 2.500 associações locais.<ref name=":2">{{Citar web|titulo=Information in english|url=https://www.arbeiderpartiet.no/om/information-in-english/|obra=Arbeiderpartiet|acessodata=2019-10-31|lingua=no|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
O órgão supremo do partido é o Congresso do Partido, que é realizado a cada dois anos. O órgão mais alto entre os congressos é a Reunião dos Delegados Nacionais, composta pelo Conselho Executivo e dois delegados de cada um dos 19 municípios.<ref name=":2" />
 
O conselho executivo é composto por 16 membros eleitos, além da liderança do partido.<ref name=":2" /> Desde 2015, a liderança é composta pelo líder do partido [[Jonas Gahr Støre]], os vice-líderes [[Hadia Tajik]] e [[Trond Giske]] e a secretária-geral [[Kjersti Stenseng]]. O partido variou entre ter um dos dois vice-líderes.{{Carece de fontes}}
 
Desde 2005, o partido tem uma política que exige paridade de gênero total em cada nível da organização acima da filiação comum.<ref name=":3">{{Citar web|titulo=Kvinnebevegelsen|url=https://www.arbeiderpartiet.no/om/historien-om-arbeiderpartiet/kvinnebevegelsen/|obra=Arbeiderpartiet|acessodata=2019-10-31|lingua=no|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
A ala jovem do partido é a Liga da Juventude dos Trabalhadores e há uma rede de mulheres dentro do partido.<ref name=":3" /> O partido participa das eleições para o Parlamento Lapão da Noruega e o trabalho relacionado a isso tem sua própria estrutura organizacional com sete grupos locais, um congresso semestral, um conselho nacional e o grupo trabalhista no Parlamento Lapão.<ref>{{Citar web|titulo=Samepolitisk arbeid|url=https://www.arbeiderpartiet.no/om/samepolitisk-arbeid/|obra=Arbeiderpartiet|acessodata=2019-10-31|lingua=no|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
== Resultados eleitorais ==