Antecedentes da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: diferenças entre revisões

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Os clubes britânicos se declaravam campeões mundiais pelo confronto "Escócia X Inglaterra" até 1902, embora em 1901 já existissem competições de clubes em outros países: Argentina (desde 1891),<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesa/argchamp.html|título=Argentina - List of Champions and Runners-Up|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> França (desde 1894),<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesf/franchamp.html|título=France - List of Champions|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> Bélgica (desde 1896),<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesb/belgchamp.html|título=Belgium - List of Champions|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> Holanda (desde 1897/98)<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesn/nedchamp.html|título=Netherlands - Champions|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> Suíça (desde 1897/98),<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesz/zwitchamp.html|título=Switzerland - List of Champions|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> Império Austro-Húngaro (a ''Challenge Cup'', desde 1897/98),<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tableso/oost-habs-challenge.html|título=Austria/Habsburg Monarchy - Challenge Cup 1897-1911|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> Itália (desde 1898)<ref>{{Citar web|titulo=Italy - List of Champions|url=http://www.rsssf.com/tablesi/italchamp.html|obra=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> e Uruguai (desde 1900)<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesu/uruchamp.html|título=Uruguay - List of Champions|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> inclusive tendo sido disputada uma competição internacional de clubes já no ano de 1900, a Copa Van der Straeten Ponthoz (que levava o nome do Conde belga que a patrocinava), disputada a partir de 1900 em Bruxelas com clubes de Holanda, Bélgica e Suíça, e que foi considerada à época na Bélgica como o "título europeu de clubes", tendo sido disputada de 1900 até 1907, e substituída em 1908 pela Copa Jean Dupuich.<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesc/coupe-vdsp.html|título=Coupe Van der Straeten Ponthoz|website=www.rsssf.com|publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation.}}</ref> Porém, na época o futebol britânico era considerado como sendo de um nível muito superior ao do resto do mundo; desta forma, a ideia de superioridade do seu futebol levou os britânicos a considerarem até 1901 o confronto Escócia x Inglaterra como sendo o "título mundial de clubes".<ref name=":3" /><ref name="europeancuphistory.com">{{citar web|url=http://www.europeancuphistory.com/origins.html|título=European Cup & Champions League History 1955-2018|website=www.europeancuphistory.com}}</ref> Esse pensamento é análogo ao que levou os espanhóis, quando do título do [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]] na Copa Intercontinental de 1960, a considerarem esta como "título mundial de clubes".<ref>{{citar periódico|data=5/9/1960|titulo=R. Madrid, 5 - Peñarol, 1|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1960/09/05/pagina-3/1384556/pdf.html?search=Intercontinental#&mode=fullScreen|jornal=El Mundo Deportivo|pagina=3|citacao=Mundial si queremos ser veraces, aunque no se pueda dejar en olvido que no participaron en la Copa Intercontinental de clubs los africanos, asiáticos u oceánicos. Pero es que cabe preguntarse, razonadamente, si existe un fútbol calificado en esos tres continentes o en los casquetes polares a la digna altura de los dos grupos de naciones que marcan la pauta en el viejo y en el nuveo mundo?}}</ref>[[Ficheiro:Eden Arms where the West Auckland FC's 'World Cup' once rested. - geograph.org.uk - 245147.jpg|300 px|thumb|left| Hotel Eden Arms, em West Auckland, Inglaterra. O hotel guardava o Troféu Sir Thomas Lipton, o troféu da primeira "Copa do Mundo de Clubes", vencida pela equipe do West Auckland em 1909 e 1911. O troféu acabaria sendo roubado e nunca mais encontrado.]]
 
 
Em 1906, a FIFA (fundada dois anos antes) cogitou pela primeira vez organizar uma competição internacional de clubes,<ref name="fifa.com">{{citar web|url=https://www.fifa.com/|título=FIFA - FIFA.com|primeiro =|último =FIFA.com|website=www.fifa.com}}</ref> mas a ideia não foi à frente, e a FIFA direcionou-se ao futebol de Seleções, primeiramente com o Torneio Olímpico de Futebol a partir de 1908 e posteriormente com a [[Copa do Mundo]] a partir de 1930.<ref name="fifa.com"/>
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[[Imagem:Cena-Vasco-River-1948.jpg|thumb|275px|direita|Partida entre [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco]] e [[Club Atlético River Plate|River Plate]], partida decisiva do [[Campeonato Sul-Americano de Campeões]] de 1948, primeiro torneio no modelo "torneio entre campeões".]]
 
Em 1930, surge a Copa do Mundo da FIFA (de seleções). No mesmo ano, por iniciativa do Servette (Suíça), foi realizado um "contraponto" "versão clubes" à Copa do Mundo: a "Copa de Nações", contando com representantes de várias nações européiaseuropeias, sendo que as federações grega e norueguesa de futebol reclamaram por não terem sido convidadas a participar.<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesc/coupedesnations30.html|título=Coupe des Nations 1930|website=www.rsssf.com}}</ref> O árbitro da final foi [[Stanley Rous]], cujo nome estaria mais tarde associado à FIFA, à Copa Rio Internacional, à [[International Soccer League]] e por fim à proposta original da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. O campeão do torneio de 1930 foi o clube húngaro Újpest. Em 1937, foi disputada uma competição semelhante à de 1930,<ref name="europeancuphistory.com"/> o Torneio da Exposição Internacional de Paris, vencido pelo Bologna.<ref>[http://www.rsssf.com/tablesc/colonialexpo37.html ] RSSSF, sobre o Torneio da Exposição Internacional de Paris de 1937</ref><ref>{{citar web|url=https://corrieredibologna.corriere.it/bologna/notizie/rossoblu/100_anni_bologna/a-parigi-subito-massimo-bologna-fa-tremare-mondo-1601829194638.shtml|título=A Parigi, subito il massimo: il Bologna fa tremare il mondo - Corriere di Bologna|website=corrieredibologna.corriere.it}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.bolognafc.it/storia.asp|título=Site do clube Bologna|publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20080510231802/http://www.enciclopediadelcalcio.com/Questione.html|título=Piedone|data=10 de maio de 2008|website=web.archive.org}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.bolognafc.it/trofei.asp|título=Site do clube Bologna|publicado=}}</ref>
 
Logo em seguida, veio a [[Segunda Guerra Mundial]] (1939-1945) interrompendo vários eventos esportivos, como a [[Mitropa Cup|Copa Mitropa]] (''que era a competição internacional de clubes mais importante no mundo quando do início da 2ª Guerra Mundial'')<ref name="RSSSF, sobre a Copa Mitropa"/> e a própria Copa do Mundo de seleções.
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=== Dificuldades para a realização ===
 
[[Ficheiro:AC Milan - Gre-No-Li.jpg|thumb|O lendário trio Gre-No-Li em sua ordem: [[Gunnar Gren]], [[Gunnar Nordahl]] e [[Nils Liedholm]]. Foi a impossibilidade de contar com estes jogadores após a [[Copa Latina]] a suposta razão para o então campeão italiano Milan ter declinado o convite para participar da [[Copa Rio de 1951]] e ter cedido sua vaga ao Juventus, campeão anterior da Itália. Assim como o Milan, os campeões Barcelona (Taça da Espanha), Atlético de Madrid (Liga Espanhola), Tottenham (Inglaterra) e Hibernian (Escócia) também declinaram o convite para participar e foram substituídos, nestes 3 casos, por clubes de países que não faziam parte do planejamento original da competição.<ref name="dlib.coninet.it" /><ref name="trivela.com.br" />]]
 
Se por um lado é fato comprovado, pelos jornais da época, que a Copa Rio foi criada com o intuito de ser o Campeonato Mundial de Clubes, por outro lado os mesmos jornais atestam que, já na própria época, a sensação era que a qualidade dos participantes ficou abaixo das intenções iniciais. O planejamento inicial da CBD era ter, na Copa Rio, os campeões de Rio de Janeiro e São Paulo como representantes do Brasil e os clubes campeões de seis países (Itália, Inglaterra, Portugal, Espanha, Uruguai, Escócia),<ref name="memoria.bn.br"/> mas em 1951 apenas 3 vagas (a metade) foram preenchidas por clubes destes países (Itália, Uruguai, Portugal), sendo que apenas em 2 casos (Uruguai, Portugal) os clubes representantes era os vigentes campeões dos seus países. Isso, pois em 1951 o campeão italiano Milan preferiu a [[Copa Latina]] e cedeu sua vaga na Copa Rio ao Juventus;<ref>{{Citar web |url=http://www.emeroteca.coni.it/bookreader.php?&c=1&f=9961&p=3#page/6/mode/1up |titulo=Corriere dello Sport 1951 - 32 - Fascicolo: 141 pág. nº4 |acessodata=2015-03-07 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131023061234/http://www.emeroteca.coni.it/bookreader.php?&c=1&f=9961&p=3#page/6/mode/1up |arquivodata=2013-10-23 |urlmorta=yes }}</ref> a alegação era que, por força contratual, os jogadores estrangeiros do Milan tinham direito a férias após a [[Copa Latina]] e o Milan não queria participar da Copa Rio desfalcado.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=030015_07&PagFis=11607&Pesq=Mario+Pollo|título=Jornal do Brasil (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> No caso dos clubes espanhóis, [[Ottorino Barassi]] disse à época que a Federação Espanhola de Futebol teria ficado receosa após a derrota de 6-1 para o Brasil na Copa do Mundo de 1950, e após a derrota do [[Atlético de Madrid]] para a [[Portuguesa de Desportos]], por isso achando que seus campeões (Atlético de Madrid, da Liga, ou Barcelona, da Taça) não seriam páreo para os clubes brasileiros.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=348970_05&pasta=ano+195&pesq=mundial+de+clubes|título=A Noite (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> O campeão escocês alegou que já tinha compromissos assentados há um ano para a mesma época do torneio.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=348970_05&pasta=ano+195&pesq=mundial+de+clubes|título=A Noite (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> Tudo considerado, 4 entre os 8 clubes participantes, a metade (Juventus, Estrela Vermelha, Nice, Austria Viena), só foram convidados após a recusa dos convidados originais (Milan, Hibernian, Barcelona, Tottenham).<ref name="dlib.coninet.it"/><ref name="trivela.com.br"/> A própria CBD não seguiu à risca o critério que ela própria formulara para a Copa Rio, convidar prioritariamente as equipes campeãs dos seus países, pois quando, mediante as recusas iniciais, decidiu-se convidar um clube austríaco, o convidado foi o Austria Viena (que havia terminado o Campeonato Austríaco em 3.º lugar), não o campeão austríaco Rapid de Viena;<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=Rapid%20Viena|título=Jornal dos Sports, edição 6656, página 08, de 10 de maio de 1951.|publicado=}}</ref> isso, pois o Rapid Viena não havia agradado em excursão feita anteriormente ao Brasil.<ref name="dlib.coninet.it"/> Ao comentar o projeto da competição, [[Jules Rimet]] havia afirmado que seria um "verdadeiro milagre" se os brasileiros conseguissem levar a cabo um torneio tão importante em tão poucos dias, pois o campeão dos países europeus é conhecido em maio, às vezes em junho, além de haver outras dificuldades e tradições europeias a contornar.<ref name="DocReader 1951"/>
 
Dado os participantes terem ficado abaixo das expectativas iniciais, houve críticas: por exemplo, em junho de 1951, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que, com aqueles participantes, o torneio deveria deixar de ser chamado de Mundial dos Campeões, pois não mereceria ser chamado nem de Mundial nem de Torneio dos Campeões.<ref name="S. Paulo 1951">{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Mesmo com a presença de um clube da Itália, o jornal italiano Corriere dello Sport comentou que, após as recusas dos campeões de Espanha, Inglaterra e Escócia a participar, a competição se tornou um "torneio a convites".<ref name="dlib.coninet.it"/> Após a final da Copa Rio de 1951, o italiano [[Vittorio Pozzo]] afirmou que a competição não teve maior êxito técnico por não terem participado representantes de Escócia, Inglaterra e Argentina,  ao que o Jornal dos Sports respondeu que as Copas do Mundo de 1934 e 1938 vencidas pela Itália também foram marcadas por ausências de Escócia, Inglaterra e Uruguai, mas não tiveram sua legitimidade de mundiais contestada, e que Pozzo fez estas críticas apenas após a derrota do seu clube compatriota Juventus na final da Copa Rio.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=campe%C3%A3o%20mundial%20dos%20clubes|título=Jornal dos Sports, 6 de setembro de 1951, página 5. Edição 6758.|publicado=}}</ref>
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Algumas fontes alegam que apenas a edição de 1951 da Copa Rio teve cunho de Mundial de Clubes.<ref name="Clubes Jornal Mundo Esportivo 1956">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano+195&pesq=Mundial+de+Clubes|título=Mundo Esportivo : Um Semanario Completo dos Esportes (SP) - 1946 a 1956 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> Entretanto, a edição de 1952 da Copa Rio também chegou a receber menção como troféu mundial pela imprensa da época, porém bem menos que a edição de 1951. Em 1951, entre 15 jornais brasileiros pesquisados, todos trataram a competição como Mundial de Clubes, enquanto em 1952, encontrou-se até hoje apenas 3 jornais tratando a segunda edição da competição como Mundial, os jornais ''Diário de Belo Horizonte'',<ref>[O ''Diário de Belo Horizonte'' estampou como manchete principal ''"Fluminense campeão do mundo"'' após a final da competição. Exemplar disponível no FLUMEMÓRIA e citado no livro 1952 - Fluminense campeão do mundo, página 112]</ref> jornal ''Última Hora''<ref name="Hora 1952">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=mundial+de+clubes|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> (cujos editores de esportes na época eram torcedores do Fluminense, organizador e campeão da Copa Rio de 1952),<ref>Livro 1952 - Fluminense Campeão do Mundo - Eduardo Coelho (8562063371). Editora Maquinária ,página 51. Refere-se aos irmãos Augustinho, Paulinho e Nelson Rodrigues, responsáveis pela seção de esportes do jornal Última Hora, e torcedores do Fluminense.</ref> e ''Jornal dos Sports'' (capitaneado pelo jornalista Mário Filho, o idealizador da Copa Rio em 1950),<ref name="DocReader 1952"/> assim como o [[Canal 100]], histórico cine-jornal brasileiro, raro documento de imprensa não escrita da época atualmente preservado.<ref>{{Citar web |url=http://www.flumania.com.br/videosinternacionais.html |titulo=Videos da Copa Rio 1952, com narração de época no jogo final, citando-a como Campeonato Mundial, página disponível em 21 de dezembro de 2013 |acessodata=2007-05-24 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927201302/http://www.flumania.com.br/videosinternacionais.html |arquivodata=2007-09-27 |urlmorta=yes }}</ref> Outra diferença entre as edições de 1951 e 1952 da Copa Rio foi quanto ao tratamento enquanto Torneio de Campeões. No início da competição de 1951, o jornal O Estado de S. Paulo (de 24 de junho de 1951) sugeriu que o nome oficial da competição (Torneio Mundial dos Campeões) fosse mudado, dizendo que pela lista de participantes estrangeiros, o torneio não merecia ser chamado nem de Mundial nem de Campeões.<ref name="S. Paulo 1951"/> Neste mesmo mês, a CBD declarou que as edições seguintes do torneio (depois da edição de 1951) não seriam tratadas oficialmente como Torneio de Campeões mas apenas como um torneio internacional.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Possivelmente por essa razão, o torneio de 1952 foi tratado apenas como Copa Rio (e não como Mundial) pela imprensa, exceto pelos 3 jornais citados acima.<ref name="Hora 1952"/> Essa é a explicação apresentada pelo jornal Mundo Esportivo de 9 de março de 1956: "''As Taças Rio foram 2 ... A primeira foi vencida pelo Palmeiras e a segundo pelo Fluminense. A'' ''primeira'' ''disputa teve verdadeiramente um cunho de Torneio de Campeões, mas não foi nada oficial. O'' ''Palmeiras'', ''com justiça, se considerou campeão mundial de clubes ao vencer a porfia.''"<ref name="Clubes Jornal Mundo Esportivo 1956"/> Outra diferença é que a Copa Rio de 1952 não estava no calendário original da CBD para aquele ano: seria disputada em 1953, mas foi antecipada para 1952 a pedido do Fluminense, pois o clube queria organizar a edição do torneio naquele ano no âmbito das celebrações do seu cinquentenário.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Quando o Peñarol desistiu da disputa da Copa Rio de 1952, em virtude dos problemas ocorridos na primeira partida de semifinal contra o Corinthians, assim perdendo de W.O. para o Corinthians a segunda partida da semifinal, o vice-presidente do Peñarol declarou que o clube tinha vindo ao Brasil com a intenção de prestigiar o cinquentenário do Fluminense; em sua declaração, o dirigente uruguaio não fez nenhuma menção à disputa de título mundial de clubes.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Para os próprios clubes campeões, as duas edições da Copa Rio teriam tido significado diferente: em 21 de agosto de 1952, [[Mário Rodrigues Filho|Mário Filho]] (o idealizador da Copa Rio, em 1950) publicou um artigo no Jornal dos Sports, dizendo que, enquanto em 1951 o Palmeiras se considerou o "campeão mundial de clubes" por vencer a Copa Rio, em 1952 o Fluminense não teve a mesma atitude, não deu a mesma dimensão à sua conquista da Copa Rio e a tratou como um "torneiozinho", postura esta do Fluminense da qual [[Mário Rodrigues Filho|Mário Filho]] discordava e lamentava,<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518&PagFis=43863&Pesq=campe%C3%A3o%20mundial%20de%20clubes|título=Jornal dos Sports, 21 de agosto de 1952, página 5. Edição 7050.|publicado=}}</ref> pois ele era da opinião de que as duas edições do certame haviam tido o mesmo nível técnico, apesar de reconhecer que muitos consideravam a segunda Copa Rio como sendo de nível técnico inferior à primeira.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518&PagFis=0&Pesq=|título=Jornal dos Sports de 5 de agosto de 1952, página 5, coluna de Mario Julio Rodrigues. Edição 7036.|publicado=}}</ref> Até o ano de 2000, não havia menções ao Fluminense considerar-se campeão mundial pelo título da Copa Rio de 1952 em anos recentes, porém o clube editou revista sobre a conquista em 1952 tratando o Fluminense como "campeão dos campeões do mundo", "empunha o Fluminense um troféu mundial", a competição como "Torneio de Futebol dos campeões do mundo", entre outros adjetivos, corrigindo o citado comentário de Mário Filho no mês anterior;<ref>Revista do Fluminense de setembro de 1952.</ref> a partir de 2000, em coerência ao pleito palmeirense relativo à Copa Rio de 1951, o Fluminense solicitou à FIFA reconhecimento da Copa Rio de 1952 como Mundial de Clubes,<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=030015_12&pasta=ano+200&pesq=Copa+Rio+de+1952|título=Jornal do Brasil (RJ) - 2000 a 2009 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> tendo renovado a solicitação de reconhecimento em 2014.<ref>{{citar web|url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2014/08/apos-promessa-acao-flu-pedira-reconhecimento-de-mundial-na-fifa.html|título=Após a promessa, a ação: Flu pedirá reconhecimento de mundial na Fifa|primeiro =Por Hector WerlangRio de|último =Janeiro|website=globoesporte.com}}</ref>
 
[[Ficheiro:Di stefano real madrid cf (cropped).png|thumb|250px|[[Alfredo Di Stéfano]] foi o grande nome do [[Millonarios Fútbol Club|Millonarios]] na [[Pequena Taça do Mundo de 1952]], torneio venezuelano em que ele enfrentou, em 2 partidas, o [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]], clube do qual se tornaria o maior ídolo.<ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/sport/football/28204560|título=Alfredo Di Stefano: Did General Franco halt Barcelona transfer?|data=7 de julho de 2014|publicado=|via=www.bbc.com}}</ref> Tais partidas poderiam ter ocorrido no Brasil: ambos os clubes foram convidados à [[Copa Rio de 1952]], mas priorizaram participar do torneio venezuelano, ocorrido nas mesmas datas, com o qual os dois clubes já estavam comprometidos.<ref name="Sports 1952"/>]]
Sobre os participantes da Copa Rio de 1952, o planejamento original, em fevereiro de 1952, era contar com os campeões de Rio de Janeiro, São Paulo, Uruguai, Argentina, Áustria, Itália, Espanha e Inglaterra ''ou'' Escócia.<ref>{{citar web|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1952/02/18/pagina-4/628884/pdf.html|título=Edición del Monday 18 February 1952, Página 4 - Hemeroteca - MundoDeportivo.com|website=hemeroteca.mundodeportivo.com}}</ref> [[Ottorino Barassi]] auxiliou nas tentativas de trazer clubes estrangeiros: foi ele que, em maio de 1952, deu notícias sobre a participação de Sporting (Portugal) e Austria Viena, assim como notícias das negativas de Barcelona (Espanha) e Hibernian (Escócia).<ref>{{citar web|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19520531&printsec=frontpage&hl=pt-BR|título=Jornal do Brasil - Pesquisa de arquivos de notícias Google|website=news.google.com}}</ref> Além de Barassi, no caso da Copa Rio de 1952 [[Jules Rimet]] teria atuado (sem sucesso) na tentativa de convencer o Barcelona (Espanha) a participar.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=Barcelona|título=Jornal dos Sports, edição 7004, 28/06/952, páginas 1 e 6.|publicado=}}</ref> A Copa Rio de 1952 chegou a ter seu início adiado em uma semana para que os clubes europeus participantes da [[Copa Latina]] não tivessem que abrir mão da sua participação no torneio brasileiro,<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518&PagFis=43033&Pesq=Barassi|título=Jornal dos Sports, edição 6982, de 3 de junho de 1952, página 6.|publicado=}}</ref> ou seja, para que não ocorresse o que ocorreu com o Milan em 1951,<ref>Ver item acima.</ref> porém, mesmo assim, na Copa Rio de 1952 não houve qualquer representante italiano ou francês. Na Copa Rio de 1952, tampouco se conseguiu contar com os clubes convidados de Espanha, Escócia, Inglaterra e Argentina, como já havia ocorrido na edição de 1951; ademais, o representante uruguaio Peñarol abandonou a Copa Rio de 1952 por W.O. nas semifinais contra o Corinthians. Além da [[Copa Latina]], a [[Copa Rio de 1952]] também sofreu concorrência da [[Pequena Taça do Mundo]]: [[Millonarios Fútbol Club|Millonarios]] e [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]] foram convidados à [[Copa Rio de 1952]], mas priorizaram participar do torneio venezuelano, ocorrido nas mesmas datas, com o qual os dois clubes já estavam comprometidos.<ref name="Sports 1952"/> Em 1952, o Fluminense (organizador da Copa Rio de 1952) chegou a ser alvo de pilhérias em função das sucessivas recusas de clubes convidados ao certame (''Barcelona, Real Madrid, Juventus, Milan, Internazionale, Millonarios de Bogotá, Racing Avellaneda, Dundee, Hibernian, Olympique de Nice, Newcastle United, Manchester United, Dinamo Zagreb'')<ref name="Jornal do Brasil, 31/05/1952"/><ref>{{citar web|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1952/04/19/pagina-3/632908/pdf.html|título=Edición del Saturday 19 April 1952, Página 3 - Hemeroteca - MundoDeportivo.com|website=hemeroteca.mundodeportivo.com}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=Dinamo%20de%20Zagreb|título=Jornal dos Sports, edição 7006, 1 de julho de 1952, páginas 1 e 6. |publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=|título=Jornal dos Sports. Edições 7004 (de 28 de junho de 1952, página 6), 6945 (de 19 de abril de 1952, página 5),6957 (de 4 de maio de 1952, página 11), 6959 (de 7 de maio de 1952, página 05), 6994 (de 17 de junho de 1952, páginas 1 e 6), 7001B (de 26 de junho de 1952, página 06).|publicado=}}</ref><ref name="Sports 1952">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=Torneio%20de%20Caracas|título=Jornal dos Sports, edição 7003, de 27 de junho de 1952, página 6.|publicado=}}</ref><ref name="bn.br1">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518&PagFis=0&Pesq=|título=Jornal dos Sports de 5 de agosto de 1952, página 5. Edição 7036.|publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref>: "convida agora o Arranca Toco", diziam os gozadores.<ref name="bn.br1"/> O Jornal dos Sports chegou a publicar em 1952 que a antecipação da segunda edição da Copa Rio (de 1953 para 1952) ocorreu à revelia de [[Ottorino Barassi]] e que, em 1952, ele não se esforçou (no recrutamento de clubes europeus) pelo sucesso da competição tanto quanto ele se esforçara em 1951, adicionando o jornal que a Copa do Mundo (de seleções) era, ao fim das contas, "a única paixão da FIFA".<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518&PagFis=44389&Pesq=Barassi|título=Jornal dos Sports, edição 7007, de 2 de julho de 1952, página 5.|publicado=}}</ref> Assim como já ocorrera em 1951, o jornal O Estado de São Paulo em 1952 pressagiou o insucesso da competição mediante a recusa dos principais convidados a participar: em 25 de junho de 1952 o jornal declarou que, sem representantes de Argentina, Espanha, Itália e Inglaterra, a competição teria provavelmente malogro financeiro.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Já o [[Club Atlético Peñarol|Peñarol]] chegou credenciado como o time base da [[Seleção Uruguaia de Futebol|Seleção Uruguaia]] campeã do mundo em [[Copa do Mundo de Futebol de 1950|1950]], quando foi representado por nove jogadores, sendo a grande atração estrangeira da competição.<ref>{{citar web |url=http://www.fluminense.com.br/site/futebol/2012/08/02/as-razoes-para-o-torcedor-tricolor-encher-o-peito-e-dizer-sou-campeao-mundial/ |titulo=As razões para o torcedor encher o peito e dizer: sou campeão mundial |publicado=fluminense.com.br |autor=BOUTHAUSER, João |data=2 de agosto de 2012 |acessodata=12 de novembro de 2015 |língua2=pt}}</ref><ref>[http://www.worldfootball.net/teams/uruguay-team/wm-1950-in-brasilien/2/ Elenco da Seleção Uruguaia na Copa do Mundo de 1950, página disponível em 1 de outubro de 2016.]</ref>
 
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== Copa Rivadavia ==
 
[[Ficheiro:Famous Five mural.JPG|220 px|thumb|left| No estádio do Hibernian, uma ilustração d' "Os cinco famosos" (The Famous Five), quinteto ofensivo do Hibernian, composto de Gordon Smith, Bobby Johnstone, Lawrie Reilly, Eddie Turnbull e Willie Ormond, que foram o grande atrativo do clube perante o público brasileiro em 1953.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano+195&pesq=Hibernian|título=Mundo Esportivo : Um Semanario Completo dos Esportes (SP) - 1946 a 1956 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Hibernian|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> Após sua atuações pelo Hibernian na Copa Rivadavia, Smith e Johnstone chamaram a atenção de clubes brasileiros, que tentaram contratá-los. Após recusarem, por razões desconhecidas, participar da Copa Rio Internacional, os escoceses do Hibernian vieram ao Brasil disputar a Copa Rivadavia, considerando-a um Mundial de Clubes.<ref name="hibshistoricaltrust.org.uk">{{citar web|url=http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/component/content/article/11-exhibitions/45-gordon-smith-medal-collection|título=Site do Hibernian Historical Trust. Acessado em 4 de fevereiro de 2013.|publicado=|acessodata=2015-03-07|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150924030033/http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/component/content/article/11-exhibitions/45-gordon-smith-medal-collection|arquivodata=2015-09-24|urlmorta=yes}}</ref><ref name="A SPORTING NATION. Rock'n'Roll Era 1959">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/scotland/sportscotland/asportingnation/article/0043/|título=BBC - A Sporting Nation - Hibernian reach the first European Cup semi-finals 1956|website=www.bbc.co.uk}}</ref>]]
Em junho de 1952, o jornal O Estado de S. Paulo criticou a Copa Rio daquele ano, comentando que a competição não havia tido sua situação resolvida faltando menos de 15 dias para o seu início, e que, com tantas recusas de convidados europeus, afigurava-se um torneio desinteressante, e sugeriu organizar uma competição com mais clubes brasileiros (4) e menos estrangeiros, sugerindo que isso seria melhor do que insistir numa Copa Rio com clubes europeus desinteressantes.<ref name="S. Paulo 1952"/> Segundo o jornal, o uruguaio Peñarol era, entre os 6 clubes estrangeiros na Copa Rio de 1952, o único de grande projeção internacional, aduzindo portanto que nenhum dos concorrentes europeus ao certame possuía grande projeção internacional, ainda que se pudesse dizer que o Austria Viena "já tinha praticado bom futebol", porém ainda assim sem grande projeção internacional.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Em outubro de 1952, a [[CBD]], por vontade dos próprios clubes brasileiros, alterou as regras que eram utilizadas na Copa Rio, aumentando o número de participantes brasileiros de 2 para 4, e substituindo o torneio por outro, que a partir de 1953 seria chamado de [[Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer|Copa Rivadavia Corrêa Meyer]].<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&PagFis=11856&Pesq=|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref>
 
Porém, a competição acabou contando com 5 clubes brasileiros e 3 estrangeiros. O campeão uruguaio [[Club Nacional de Football]] foi convidado ao torneio, aceitou participar, mas foi proibido disso pela Associação Uruguaia de Futebol, forçada a tal decisão pelos clubes "pequenos" do Uruguai.<ref name="Jornal do Brasil, 10/06/1953">[http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530610&printsec=frontpage&hl=pt-BR Jornal do Brasil, 10 de junho de 1953]</ref><ref name="auto2">[http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530612&printsec=frontpage&hl=pt-BR Jornal do Brasil, 12 de junho de 1953, pag.11].</ref> Flamengo e Fluminense solicitaram a vaga do [[Club Nacional de Football]], pois não havia tempo hábil para preencher a vaga com outro clube estrangeiro. Em reunião da [[CBD]] e da Federação Metropolitana de Futebol (então Federação de Futebol do Rio de Janeiro, então Distrito Federal),<ref>{{citar web|url=http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/rjpres.htm|título=AS ENTIDADES E SEUS PRESIDENTES NO RIO DE JANEIRO|website=www.rsssfbrasil.com}}</ref> decidiu-se dar a vaga do campeão uruguaio ao Fluminense, seguindo o critério oficial de classificação de clubes brasileiros ao Torneio, a colocação no Torneio Rio-São Paulo de 1953.<ref name="Jornal do Brasil, 10/06/1953">[http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530610&printsec=frontpage&hl=pt-BR Jornal do Brasil, 10 de junho de 1953]</ref><ref name="auto2"/>
 
A competição de 1953 sucessora da Copa Rio Internacional, a Copa Rivadavia Corrêa Meyer, também da CBD, também chegou a receber algum tratamento como Campeonato Mundial de Clubes, ao menos para o participante escocês Hibernian,<ref>{{citar web|url=http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/honours-records/first-stats|título=FIRSTS - Football - Hibs History - Hibernian Historical Trust - UK|website=www.hibshistoricaltrust.org.uk}}</ref> alegando que ela era rotulada dessa forma pela CBD,<ref name="hibshistoricaltrust.org.uk">{{citar web|url=http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/component/content/article/11-exhibitions/45-gordon-smith-medal-collection|título=Site do Hibernian Historical Trust. Acessado em 4 de fevereiro de 2013.|publicado=|acessodata=2015-03-07|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150924030033/http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/component/content/article/11-exhibitions/45-gordon-smith-medal-collection|arquivodata=2015-09-24|urlmorta=yes}}</ref><ref name="A SPORTING NATION. Rock'n'Roll Era 1959">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/scotland/sportscotland/asportingnation/article/0043/|título=BBC - A Sporting Nation - Hibernian reach the first European Cup semi-finals 1956|website=www.bbc.co.uk}}</ref> sendo que, por razões até agora desconhecidas, este clube tinha anteriormente recusado o convite para participar da Copa Rio em [[Copa Rio de 1951|1951]] e [[Copa Rio de 1952|1952]], ocasiões em que foi substituído pelo Austria Viena.<ref name="ReferenceC"/><ref name="Jornal do Brasil, 31/05/1952"/><ref name="archiviolastampa.it2"/> Segundo os jornais da época, a despeito da diferença entre a Copa Rio e a Copa Rivadavia no que diz respeito ao nome das competições e ao número de equipes brasileiras participantes, a Copa Rivadavia de 1953 foi tratada na Europa como uma edição da Copa Rio,<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=093092_04&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio|título=Diario Carioca (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&PagFis=14102&Pesq=Copa+Rio|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>[http://news.google.com/newspapersnid=GGgVawPscysC&dat=19530622&printsec=frontpage&hl=en Jornal escocês Glasgow Herald, de 22 de junho de 1953, página 04, chamando a Copa Rivadavia de ''Rio de Janeiro Football''.]</ref><ref>{{citar web|url=http://hemeroteca.abc.es/nav/Navigate.exe/hemeroteca/sevilla/abc.sevilla/1953/06/04/019.html|título=ABC SEVILLA (Sevilla) - 04/06/1953, p. 19 - ABC.es Hemeroteca|website=hemeroteca.abc.es}}</ref><ref>[http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1953/06/08/pagina-3/1362233/pdf.html?search=janeiro Jornal espanhol El Mundo Deportivo, 29 de abril de 1953, pag.03. O jornal se refere ao Torneio Octogonal Rivadavia Correa Meyer como "o torneio de futebol do Rio" (''"el torneo de fútbol de Río"''), sugerindo que o jornal via o torneio de 1953 e as edições da Copa Rio como sendo a mesma competição. A mesma edição do jornal comenta que o adianto da Copa Latina de 1953 em uma semana (para os dias 04 e 7 de junho) possibilitaria ao Reims francês e ao Sporting de Lisboa participar da "Copa de Rio"- ou seja, tratando a Copa Rio e o Torneio Octogonal Rivadavia Correa Meyer como sendo a mesma competição.]</ref><ref>[http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530507&printsec=frontpage&hl=pt-BR Jornal do Brasil, 7 de maio de 1953, página 3 do 2º caderno. Noticiou que o Reims (então campeão francês) foi questionado sobre o Torneio Octogonal e tinha dito "que irá ao Brasil participar do torneio em disputa da ''Taça Rivadavia Corrêa Meyer (Copa Rio)'',  confirmando sua participação e escrevendo (Copa Rio) logo após a menção da Taça Rivadavia.]</ref> tendo o torneio de 1953 recebido tratamento como Copa Rio também por alguns jornais brasileiros da época.
<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano%20195&pesq=Flamengo%20Rivadavia Jornal Mundo Esportivo, página 5 da edição 459, de 12 de junho de 1953. Na página 5 de sua edição 459 (de 12 de junho de 1953), o jornal Mundo Esportivo compara o Torneio Rivadavia com a 2ª Copa Rio (de 1952), dizendo que o Torneio Rivadavia era "quase uma cópia" da Copa Rio, criticando a CBD pela organização e sobre alguns clubes participantes, e dizendo que, para o jornal, "só o nome da competição foi mudado, continuando tudo como dantes''.]</ref>
<ref>[http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530608&printsec=frontpage&hl=pt-BR Jornal do Brasil, 8 de junho de 1953, página 10].</ref><ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano%20195&pesq=Sporting Jornal A Última Hora (13 de abril de 1953) '''Ano 1953''' - '''Edição 00563'''. Segundo o jornal Última Hora (13 de abril de 1953) o dirigente da CBD Manuel Furtado de Oliveira comentou sobre os futuros convidados ao Torneio Rivadavia: "Os clubes italianos disputam o título nacional da Itália, e, o vencedor teria que tomar parte da COPA LATINA, VINDO então, aqui, o Vice-campeão. O Sporting deverá participar MAIS UMA VEZ do certame, embora haja possibilidade de VIR o Benfica." Em 14 de abril de 1953, o mesmo jornal publicou artigo do francês Albert Laurence tratando o Torneio Rivadavia como uma competição internacional, copiada sôbre a saudosa "Copa Rio", e batizada "Torneio Octogonal"(Taça Rivadavia Corrêa Meyer).]</ref><ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/|título=Acervo Estadão - O Estado de S. Paulo|website=acervo.estadao.com.br}}</ref>
 
A Copa Rivadavia de 1953 contou com o Hibernian, então bicampeão escocês 1950-1951/1951-1952, um clube que foi um dos principais convidados aos torneios de 1951 e 1952,<ref name="ReferenceC"/><ref name="archiviolastampa.it2"/><ref name="Jornal do Brasil, 31/05/1952"/> chegando a ser tratado em 1952 como o melhor time do futebol de clubes britânico<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=|título=Jornal dos Sports. Edição 6959, de 7 de maio de 1952, página 05.|publicado=}}</ref> numa época em que o futebol escocês era tão prestigiado quanto o inglês,<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano+195&pesq=Hibernian|título=Mundo Esportivo : Um Semanario Completo dos Esportes (SP) - 1946 a 1956 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> tendo na época o mesmo número de títulos da Inglaterra no [[British Home Championship|''British Home Championship'']], e tendo inclusive o nível técnico da [[Copa Rio de 1951]] sido criticado pela falta de um representante escocês.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=112518&pasta=ano%20195&pesq=campe%C3%A3o%20mundial%20dos%20clubes|título=Jornal dos Sports, 6 de setembro de 1951, página 5. Edição 6758. Declarações de [[Vittorio Pozzo]].|publicado=}}</ref>
 
[[Ottorino Barassi]] tentou, sem êxito, trazer um representante italiano à competição de 1953, que poderia ser Juventus, Internazionale ou Milan.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> [[Ottorino Barassi]] envidou esforços sobretudo para trazer o campeão italiano Milan ao Torneio Rivadavia, mas, como ocorrera nos anos anteriores, isso não foi possível em virtude da participação do Milan na [[Copa Latina]] do mesmo ano. Barassi chegou a receber na Itália o representante da [[CBD]], Manuel Furtado de Oliveira, que empreendeu um giro pela Europa para tratar da vinda de clubes daquele continente ao Torneio Rivadavia.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=221961_03&PagFis=26890&Pesq=Barassi|título=Diario da Noite (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref>
 
== Fim das competições internacionais de clubes organizadas pela CBD ==
 
As competições internacionais de clubes organizadas pela CBD não foram realizadas em 1954, pois neste ano houve a Copa do Mundo da FIFA (de seleções), e a FIFA proibia a organização de competições em paralelo à sua Copa do Mundo.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref> Em 1955, a CBD organizou pela última vez um torneio internacional com a participação de clubes europeus, o [[Torneio Internacional Charles Miller]], originalmente planejado como uma segunda edição do Torneio Octogonal Rivadavia,<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/procura/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=acervo.estadao.com.br}}</ref> mas que acabou sendo disputado com outro nome e formato em função da CBD só ter conseguido trazer dois clubes estrangeiros (Benfica e Peñarol),<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/procura/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=acervo.estadao.com.br}}</ref> tendo o torneio sido um fracasso de público e renda,<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/procura/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=acervo.estadao.com.br}}</ref> e não tendo recebido nenhuma conotação de mundial de clubes. Em função das dificuldades de trazer clubes estrangeiros ao Brasil, sobretudo europeus, dificuldades que vinham aumentando de 1951 a 1955, a CBD desistiu de continuar organizando competições internacionais de clubes.<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/procura/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=acervo.estadao.com.br}}</ref> Antes da sua realização, o [[Torneio Internacional Charles Miller]] chegou a ser chamado de Copa Rio entre aspas, resultado da antiga Copa Rivadavia, esta que tinha sido por sua vez uma "caricatura da Copa Rio" ou uma "malograda" disputa de acordo com a imprensa da época.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Co|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> A edição de 18 de junho de 1955 do mesmo jornal afirma que o [[Torneio Internacional Charles Miller]] substituiu as antigas Copas Rivadavia e Copa Rio.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio|título=Ultima Hora (RJ) - 1951 a 1984 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref> 
 
[[Ficheiro:Taça Latina SL Benfica HLA.jpg|thumb|220px|Disputada entre 1949 e 1957, a [[Copa Latina]] (''troféu acima'') foi uma competição criada por [[Jules Rimet]] e [[Ottorino Barassi]], incluindo os campeões de Itália, Espanha, Portugal e França. Era organizada pelas federações nacionais de futebol de ''todos'' os 4 países participantes, que eram os ''mesmos'' países em ''todas'' as edições da competição.<ref name="bn.br"/><ref name="archiviolastampa.it"/><ref name="archiviolastampa.it1"/> Segundo [[Ottorino Barassi]], a falta de critérios deste tipo (''previamente fixados de comum acordo entre as federações de todos os países participantes'') era a razão do insucesso da [[CBD]] em trazer os principais clubes europeus às suas competições internacionais.<ref name="bn.br2">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=221961_03&PagFis=41581&Pesq=Barassi|título=Diario da Noite (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref>]]
 
Em 1955, [[Ottorino Barassi]] deu sua explicação para o insucesso da [[CBD]] em trazer os principais clubes europeus às suas competições. Segundo ele, tal insucesso ocorria pelo fato dos torneios da [[CBD]] não terem critérios fixados e anunciados com antecedência, mas sim escolhidos pela [[CBD]] sem a devida antecedência, de forma unilateral, sem levar em consideração as Federações de Futebol dos outros países que teriam clubes envolvidos, além do fato das competições da [[CBD]] não terem o beneplácito e as garantias da [[FIFA]]. Segundo relatou o jornalista [[Janos Lengyel]] do ''Diário da Noite'', [[Ottorino Barassi]] lhe disse que: "''enquanto nós'' (ou seja, os brasileiros, a CBD) ''insistirmos em criar uma taça internacional marcando seu início para quando nos convier, estabelecermos suas condições técnicas e financeiras entre nós, e somente depois de tudo isso acertado, irmos à Europa à procura de clubes do Velho Mundo que se disponham a participar do torneio, teremos sempre grandes dificuldades. O caminho certo a seguir seria, caso se pretendesse continuar com os torneios internacionais no Brasil regularmente, designar previamente os países cujos campeões ou clubes de primeira linha seriam incluídos no torneio; estabelecer o período certo da competição, isto é, se a sua realização seria anualmente, de 2 em 2 anos, ou de 4 em 4 anos; reunindo em seguida os representantes desses países apontados, e estabelecer a data certa e todas as condições de disputa da taça. Assim, todas as federações interessadas saberiam, de antemão, que o campeão do ano, ou o clube que for designado, deveria seguir para o Brasil em época oportuna e não mais haveria necessidade de demarches desesperadas que sempre tem pouquíssima chance de sucesso. E o torneio teria o beneplácito e todas as garantias da FIFA, fator que asseguraria o seu desenrolar, administrativamente perfeito.''".<ref name="bn.br2">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=221961_03&PagFis=41581&Pesq=Barassi|título=Diario da Noite (RJ) - 1950 a 1959 - DocReader Web|website=memoria.bn.br}}</ref>
 
Além disso, em 1955 surgiria a competição internacional que passaria a ser a prioridade máxima dos clubes europeus, a [[Copa dos Campeões da Europa]], competição cujo sucesso levaria ao esvaziamento ou extinção de competições internacionais de clubes, não só as da CBD como também à extinção ou perda de importância da [[Copa Latina]],<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesl/latin.html|título=Latin Cup|website=www.rsssf.com}}</ref> da [[Mitropa Cup]]<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesm/mit.html|título=Mitropa Cup|website=www.rsssf.com}}</ref> e da [[Pequena Taça do Mundo]].<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesp/peq-copamundo.html|título=Pequeña Copa del Mundo and Other International Club Tournaments in Caracas|website=www.rsssf.com}}</ref>
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Em 1963, ocorreu a primeira final da Copa Intercontinental (Santos FC X AC Milan) marcada pela violência. A terceira partida (de desempate), realizada no [[Maracanã]], foi polêmica: o jogador [[Almir Pernambuquinho]] (que substituiu [[Pelé]] na partida-desempate) teria supostamente afirmado em sua autobiografia que o Santos subornou o árbitro da partida-desempate e que teria jogado dopado aquela partida;<ref>{{citar web|url=https://esporte.uol.com.br/futebol/|título=Futebol|website=UOL Esporte}}</ref><ref>{{citar web|url=http://blogdocitadini.com.br/?p=590|título=A inveja mata ! « Blog do Citadini|publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://blogdocitadini.com.br/?p=945|título=O juiz e seus problemas « Blog do Citadini|publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://blogdocitadini.com.br/?p=1029|título=Que belo gol! « Blog do Citadini|publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://blogdocitadini.com.br/?p=278|título=Quarta de gols e de garfos « Blog do Citadini|publicado=}}</ref> a suposta história de doping e suborno jamais foi comprovada, porém fontes isentas comprovam que o árbitro (o argentino Juan Brozzi) foi conivente à violência na partida e que os jogadores do Milan teriam ficado revoltados com a sua atuação.<ref>{{citar web|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19761122&printsec=frontpage&hl=pt-BR|título=Jornal do Brasil - Pesquisa de arquivos de notícias Google|website=news.google.com}}</ref><ref name="X8s2k1IRwC 1963">{{citar web|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19631118&printsec=frontpage&hl=pt-BR|título=Jornal do Brasil - Pesquisa de arquivos de notícias Google|website=news.google.com}}</ref> Em 27 de novembro de 1963, o jornal espanhol El Mundo Deportivo comentou que até aquele momento a FIFA havia lavado as mãos sobre a competição, e que provavelmente não oficializaria a Copa Intercontinental tendo em vista a violenta final de 1963. O jornal comenta a possibilidade da FIFA reconhecer a competição e esta passar a incluir os futuros clubes campeões de Ásia e África e ser jogada em campo-neutro.<ref>{{citar web|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1963/11/27/pagina-6/936148/pdf.html?search=santos+milan+fifa|título=Edición del Wednesday 27 November 1963, Página 6 - Hemeroteca - MundoDeportivo.com|website=hemeroteca.mundodeportivo.com}}</ref>
 
[[Ficheiro:Nestor Combin 1969.jpeg|530 px|thumb|left|[[Néstor Combin]], jogador do [[Associazione Calcio Milan|Milan]], após a final da [[Copa Intercontinental]] de 1969.]]
 
Em 1967, a FIFA foi pressionada a tomar atitudes disciplinares mediante a violência observada nos jogos da Copa Intercontinental de 1967 (Celtic Glasgow/Escócia X Racing Avellaneda/Argentina).<ref name="Mundo Deportivo 1967">{{citar web|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1967/03/16/pagina-8/931136/pdf.html?search=Intercontinental|título=Edición del $dateTool.format('EEEE d MMMM yyyy', $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.com|website=hemeroteca.mundodeportivo.com}}</ref> A intervenção da FIFA no caso havia sido pedida pelo secretário da Associação Escocesa de Futebol, Willie Allan, que na ocasião disse que pressionaria a FIFA para reconhecer oficialmente a Copa Intercontinental e regulá-la sob sua jurisdição.<ref>{{citar web|url=https://news.google.com/newspapers?nid=2mus-XyGPC0C&dat=19671103&printsec=frontpage&hl=pt-BR|título=Evening Times - Pesquisa de arquivos de notícias Google|website=news.google.com}}</ref> A possibilidade de intervenção da FIFA no caso foi aventada no congresso da CONMEBOL, no qual o presidente da entidade, Teofilo Salinas, afirmou que não aceitaria nenhuma intromissão da FIFA, pois segundo ele: "''A Conmebol é a entidade encarregada de controlar, na América do Sul, a organização do torneio entre os campeões de Europa e América, disputa que a própria FIFA considera amistosa. Não achamos oportuno que a FIFA tenha que se intrometer na questão.''"<ref>{{citar web|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/|título=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|website=Acervo}}</ref>