Língua castelhana: diferenças entre revisões
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O '''castelhano''' (''castellano'') ou '''espanhol''' (''español'') é uma [[língua românica]] ocidental do grupo [[Línguas ibero-românicas|ibero-românico]] que evoluiu a partir de vários [[dialeto]]s do [[latim]] falados no centro-norte da [[Península Ibérica]] por volta do [[século IX]].<ref>[http://www.elmundo.es/elmundo/2010/11/07/castillayleon/1289123856.html La RAE avala que Burgos acoge las primeras palabras escritas en castellano.] {{es}}</ref>
O espanhol faz parte do grupo de [[línguas ibero-românicas]], que evoluiu de vários dialetos do [[latim vulgar]] na [[Ibéria]] após o colapso do [[Império Romano do Ocidente]] no século V. Os textos latinos mais antigos com vestígios de espanhol vêm do norte da Península Ibérica no século IX,<ref>{{Citation | url = http://www.elmundo.es/elmundo/2010/11/07/castillayleon/1289123856.html |
Um estudo de 1949 do linguista ítalo-americano Mário Pei, analisando o grau de diferença do pai de uma língua ([[Latim]], no caso das línguas românicas ) comparando [[fonologia]], [[Flexão (linguística)|flexão]], [[sintaxe]], [[vocabulário]] e [[entonação]], indicou os seguintes percentuais (quanto maior a percentagem, quanto maior a distância do latim): No caso do espanhol, é uma das línguas românicas mais próximas do latim (20% de distância), atrás apenas da Sardenha (8% de distância) e italiana (12% de distância).<ref>Pei, Mario (1949). Story of Language. ISBN 03-9700-400-1.</ref> Cerca de 75% do vocabulário moderno espanhol é derivado do latim, através do latim, [[grego antigo]].<ref>{{
O espanhol é uma das [[Línguas oficiais da Organização das Nações Unidas|seis línguas oficiais]] das [[Nações Unidas]]. Também é usado como [[língua oficial]] pela [[União Européia]], a [[Organização dos Estados Americanos]], a [[União de Nações Sul-Americanas]], a [[Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos]], a [[União Africana]], [[Mercado Comum do Sul]] e muitas outras organizações internacionais.<ref>{{
Apesar do grande número de falantes, a língua espanhola não aparece com destaque na escrita científica, com exceção das [[humanidades]].<ref>{{
== História ==
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=== Árabe ===
Em quase oito séculos de interação (711-1492), os povos falantes de Árabe deixaram, no castelhano, um abundante vocabulário de cerca de quatro mil termos. Com o tempo, alguns foram caindo em desuso, mas há muitas palavras de uso comum como ''tambor'', ''adobe'', ''alfombra'', ''zanahoria'', ''almohada'' e muitas outras, e a expressão ''ojalá'', como no português "oxalá", que significa "queira Deus" (literalmente: "queira Alá"). Cabe assinalar que penetrou, na gramática castelhana, a preposição árabe ''hatta'' (حتى), que se converteu na preposição espanhola ''hasta'' e na preposição portuguesa ''até''.
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[[Ficheiro:Banco Español del Río de la Plata (Madrid) 05.jpg|thumb|Sede do [[Instituto Cervantes]] em [[Madrid]], na [[Espanha]]]]
A publicação da primeira autodenominada "gramática castelhana", escrita por [[Elio Antonio de Nebrija]] em [[1492]],<ref>{{Citar web|url=http://www.bne.es/es/Micrositios/Guias/12Octubre/Lenguas/Castellano|titulo=Castellano|data=2011-05-10|acessodata=2019-01-16|obra=www.bne.es|ultimo=España|primeiro=Biblioteca Nacional de|lingua=es}}</ref> ano do descobrimento da América pelos europeus, estabelece o marco inicial da segunda etapa de conformação e consolidação do idioma. O castelhano adquire grande quantidade de neologismos, pois o momento coincidiu com a expansão da [[Coroa de Castela]] que, pela força política, conseguiu consolidar seu dialeto como língua dominante. O castelhano é a língua dos documentos legais, da política externa e a que chega à América pela mão da grande empreitada realizada pela [[Coroa de Castela]]. Nesta mesma época, os [[judeus]] [[sefardita]]s foram expulsos de Castela e Aragão em 1492 e de Portugal em 1496,<ref>{{Citar web|url=https://observador.pt/especiais/o-dia-em-que-os-judeus-foram-expulsos-de-portugal/|titulo=O dia em que os judeus foram expulsos de Portugal|acessodata=2019-01-16|obra=Observador|ultimo=Oliveira|primeiro=Maria José|ultimo2=Oliveira|primeiro2=Maria José
Num primeiro momento, os realistas não mostraram interesse em difundir a língua castelhana na América e nas Filipinas, realizando-se a [[evangelização]] nas línguas nativas.
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Na [[França]], [[Itália]] e [[Inglaterra]] são editados gramáticas e dicionários para o ensino do castelhano/espanhol, que ganha o status de língua diplomática até a primeira metade do [[século XVIII]]. O léxico incorporou palavras originárias de tantas línguas quantos contatos políticos possuía o Império: [[italianismo]]s, [[galicismo]]s e [[americanismo]]s.
No ano 1713, fundou-se a [[Real Academia Espanhola]]. Como primeira tarefa, a Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações sintáticas do [[barroco]], no [[século XVII]], às contribuições dos poetas da geração de 1927. Publica entre 1726 e 1739 os diversos tomos do "Dicionário da língua castelhana"<ref>{{Citar web|url=http://www.rae.es/recursos/diccionarios/diccionarios-anteriores-1726-1996/diccionario-de-autoridades|titulo=Diccionario de autoridades|acessodata=2019-01-16|obra=www.rae.es|lingua=es}}</ref> e a sua primeira "Gramática da língua castelhana" em 1771.
No primeiro terço do século XX, apareceram novas modificações gramaticais que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos avanços científicos.
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No [[século XX]], milhões de mexicanos, cubanos e porto-riquenhos [[Emigração|emigraram]] para os Estados Unidos, convertendo-se na [[minoria]] mais numerosa do país: 34 207 000 pessoas, em novembro de [[2001]].
A [[Constituição espanhola de 1931]] e a [[Constituição espanhola de 1978]], as únicas que versam o tema linguístico, explicitam o idioma oficial do Estado como castelhano.
== Distribuição geográfica ==
{{Artigo principal|Distribuição geográfica da língua espanhola|Hispanofonia}}
Espanhol ou espanhol é a língua oficial de dezenove países da América, além da Espanha e Guiné Equatorial, e tem um certo grau de status oficial nas [[Filipinas]], e no [[Saara Ocidental]] (país não reconhecido internacionalmente),<ref name="el idioma español en la república saharui">[http://books.google.es/books?id=oLDfWHK6lvsC&printsec=frontcover&dq=el+idioma+espa%C3%B1ol+en+el+sahara+occidental&hl=es&sa=X&ei=A1LTUeSGMYiH0AWSiICACA&ved=0CDIQ6AEwAA#v=onepage&q=el%20idioma%20espa%C3%B1ol%20en%20el%20sahara%20occidental&f=false «El porvenir del español en el sahara occidental.»]</ref> mas seus falantes são distribuídos nos cinco continentes:
[[Imagem:Spanish speakers in the Americas (orthographic projection).svg|thumb|
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<td>{{Legenda|#346733|[[Imagem:Dark Green Arrow Up.svg|10px]] 50 %}}
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Na América, há cerca de 90% do número total de falantes de espanhol no mundo, cerca de 400 milhões de pessoas.<ref>{{Cita web |url=http://www.elcastellano.org/ns/edicion/2013/marzo/petroleo.html |título=Castellano - La página del idioma español = El castellano - Etimología - Lengua española mitomania |acessodata=8 de agosto de 2019}}</ref> Além de 19 países na [[América espanhola|Hispano americanos]], o espanhol é falado por uma parte significativa da população dos Estados Unidos, principalmente imigrantes recentes. Tanto na América Latina quanto nos Estados Unidos há um aumento significativo no número de falantes. Presidentes anteriores dos Estados Unidos conhecem bem a língua como [[Barack Obama]] que estudou e tem boa pronúncia na leitura.<ref> [http://www.eluniversal.com.mx/notas/754139.html «Hijas de Obama estudian español.»] ''El Universal''. Consultado el 16 de octubre de 2016. </ref>
A maioria dos falantes de espanhol está na [[América Latina]], representando cerca de 375 milhões de pessoas.O México é o país com o maior número de falantes (quase um quarto do número total de falantes de espanhol no mundo), embora não seja a única língua oficial do estado, já que desde 2003 o México também reconheceu as [[línguas indígenas]] como línguas nacionais.<ref>Artículo 4.º de la [[Ley General de Derechos Lingüísticos de los Pueblos Indígenas]].</ref>
Com uma ou outra denominação, é uma das línguas oficiais da [[Bolívia]],<ref>[https://web.archive.org/web/20080724082946/http://www.cna.gov.co/cont/documentos/legislacion/constitucion.pdf Constitución de Bolivia de 2009, título I, capítulo 1.º, artículo 5, párrafo 1].</ref> [[Colômbia]],<ref>[https://web.archive.org/web/20080724232046/http://www.secretariasenado.gov.co/leyes/CONS_P91.HTM Junto con las lenguas y dialectos de los grupos étnicos en sus territorios.].</ref> [[Costa Rica]],<ref>[https://web.archive.org/web/20090814135842/http://www.nacion.com/ln_ee/ESPECIALES/constitucion/docu2.html Constitución política de la República de Costa Rica 1999].</ref> [[Cuba]],<ref>[http://www.cuba.cu/gobierno/cuba.htm Constitución de la República de Cuba].</ref> [[Equador]],<ref>Según la [http://www.tribunalconstitucional.gov.ec/documentos/449_20081020.pdf Constitución del 2008, título I, artículo 2]</ref> [[El Salvador]], [[Guatemala]],<ref>[https://web.archive.org/web/20080911183452/http://www.mspas.gob.gt/menu/marco_legal/constitution_guatemala.pdf Consitiución Política de la República de Guatemala].</ref> [[Honduras]],<ref>[http://www.honduras.net/honduras_constitution.html Constitución de la República de Honduras, 1982].</ref> [[Nicarágua]],<ref>Constitución, título II, artículo 12.</ref> [[Panamá]],<ref>[http://www.asamblea.gob.pa/asamblea/constitucion/ Asamblea Nacional de Panamá].</ref> [[Paraguai]],<ref>[https://web.archive.org/web/20090601225403/http://www.dpi.bioetica.org/py1.htm Constitución Política del Paraguay] y [http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=PY Ethnologue – Paraguay(2000)]. El guaraní es también el idioma más hablado en Paraguay por número de hablantes nativos.</ref> [[Peru]],<ref>Cooficial con el quechua, aimara y demás lenguas nativas, allí donde predominen.[https://web.archive.org/web/20070324043856/http://www.tc.gob.pe/legconperu/constitucion.html Constitución política de Perú].</ref>
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▲Com uma ou outra denominação, é uma das línguas oficiais da [[Bolívia]],<ref>[https://web.archive.org/web/20080724082946/http://www.cna.gov.co/cont/documentos/legislacion/constitucion.pdf Constitución de Bolivia de 2009, título I, capítulo 1.º, artículo 5, párrafo 1].</ref> [[Colômbia]],<ref>[https://web.archive.org/web/20080724232046/http://www.secretariasenado.gov.co/leyes/CONS_P91.HTM Junto con las lenguas y dialectos de los grupos étnicos en sus territorios.].</ref> [[Costa Rica]],<ref>[https://web.archive.org/web/20090814135842/http://www.nacion.com/ln_ee/ESPECIALES/constitucion/docu2.html Constitución política de la República de Costa Rica 1999].</ref> [[Cuba]],<ref>[http://www.cuba.cu/gobierno/cuba.htm Constitución de la República de Cuba].</ref> [[Equador]],<ref>Según la [http://www.tribunalconstitucional.gov.ec/documentos/449_20081020.pdf Constitución del 2008, título I, artículo 2]</ref> [[El Salvador]], [[Guatemala]],<ref>[https://web.archive.org/web/20080911183452/http://www.mspas.gob.gt/menu/marco_legal/constitution_guatemala.pdf Consitiución Política de la República de Guatemala].</ref> [[Honduras]],<ref>[http://www.honduras.net/honduras_constitution.html Constitución de la República de Honduras, 1982].</ref> [[Nicarágua]],<ref>Constitución, título II, artículo 12.</ref> [[Panamá]],<ref>[http://www.asamblea.gob.pa/asamblea/constitucion/ Asamblea Nacional de Panamá].</ref> [[Paraguai]],<ref>[https://web.archive.org/web/20090601225403/http://www.dpi.bioetica.org/py1.htm Constitución Política del Paraguay] y [http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=PY Ethnologue – Paraguay(2000)]. El guaraní es también el idioma más hablado en Paraguay por número de hablantes nativos.</ref> [[Peru]]<ref>Cooficial con el quechua, aimara y demás lenguas nativas, allí donde predominen.[https://web.archive.org/web/20070324043856/http://www.tc.gob.pe/legconperu/constitucion.html Constitución política de Perú].</ref>, [[República Dominicana]]<ref>[http://www.comparativeconstitutionsproject.org/files/Dominican%20Republic_2010.pdf Constitución Política de la República Dominicana, proclamada el 26 de enero. Publicada en la Gaceta Oficial No. 10561, del 26 de enero de 2010.]</ref> e [[Venezuela]].<ref>La {{citar web|url=http://www.constitucion.ve/constitucion.pdf |título=InternetArchiveBot }}</ref> Não há reconhecimento oficial da língua em outros países americanos, onde é falada e majoritária, como é o caso da [[Argentina]], [[Chile]], [[México]] e [[Uruguai]].<ref>{{Cita web |url=http://www.dpi.bioetica.org/uy1.htm |título=Constitución Política de la República Oriental del Uruguay de 1967<!--Título generado por Muro Bot--> |acessodata=14 de setembro de 2013 }}</ref> Em [[Porto Rico]], a Constituição de 1952 estabelece o espanhol juntamente com o inglês como línguas oficiais.<ref>[https://web.archive.org/web/20080515142729/http://premium.caribe.net/~amvr/const_pr_sp.html Constitución del Estado Libre Asociado de Puerto Rico.] Consultado el 10 de abril de 2016.</ref> Em setembro de 2015, o Projeto de Lei do Senado 1177 foi introduzido para estabelecer o uso do espanhol em primeiro lugar nos ramos executivo, legislativo e judiciário da Comunidade de Porto Rico.<ref>[https://actualidad.rt.com/actualidad/184995-puerto-rico-espanol-lengua-oficial «Puerto Rico declara el español lengua oficial y relega el inglés a segundo idioma.»] Canal de noticias RT. Consultado el 10 de abril de 2016.</ref>
====== Estados Unidos ======▼
Na verdade, o espanhol era conhecido no Brasil, já que era a língua dos atuais estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, quando esses territórios eram espanhóis (depois se mudaram para [[Portugal]] em troca da [[Guiné Equatorial]], conforme o [[Tratado de Santo Ildefonso (1777)]]) e no estado do [[Acre]], quando este ainda fazia parte da Bolívia, antes de ser comprado pelo Brasil através do [[Tratado de Petrópolis]]. As cidades brasileiras onde o espanhol é ouvido com bastante frequência são: [[Barracão (Paraná)|Barracão]], [[Boa Vista (Roraima)|Boa Vista]], [[Brasileia]], [[Chuí]], [[Corumbá]], [[Dionísio Cerqueira]], [[Foz do Iguaçu]], [[Guajará Mirim]], [[Pacaraima]], [[Porto Alegre]], [[Porto Velho]] [[Rio Branco]], [[Santana do Livramento]], [[São Paulo]], [[Tabatinga (Amazonas)|Tabatinga]] e [[Uruguaiana]]. Nos últimos anos, devido à [[crise migratória venezuelana]], o estado fronteiriço brasileiro de [[Roraima]], tornou-se o lugar com mais falantes de espanhol no Brasil. Estima-se que cerca de 50.000 venezuelanos residam atualmente em Roraima, que constitui aproximadamente 10% da população do estado.<ref>{{citar web|url=https://al.rr.leg.br/2018/02/08/relatorio-aponta-que-existem-mais-de-54-mil-venezuelanos-em-roraima/|título=Relatório aponta que existem mais de 54 mil venezuelanos em Roraima|publicado=Assembleia Legislativa do Estado de Roraima|acessodata=2019-01-1}}</ref>
{{AP|Espanhol nos Estados Unidos}}▼
[[Imagem:2010 US Census Hispanic map.svg|thumb|250px|Distribuição de falantes de espanhol nos [[Estados Unidos]] segundo o [[Censo dos Estados Unidos de 2010|Censo de 2010]].]]▼
Os [[Estados Unidos]] são o segundo maior país em número de falantes de espanhol no mundo depois do México,<ref>The New York Times: [http://www.nytimes.com/2011/03/13/arts/television/cnn-en-espanol-restructures-its-programming.html?_r=0 CNN’s Latin Sister Looks to Capture a Booming Market]</ref><ref>Instituto Cervantes, 2008 (El País: [http://www.elpais.com/articulo/cultura/speak/spanish/Espana/elpepucul/20081006elpepicul_1/Tes Más 'speak spanish' que en España], lavozdebarcelona.com: [http://www.vozbcn.com/2008/10/07/4349/45-millones-hispanohablantes-usa/ 45 millones de hispanohablantes en Estados Unidos, más que en España]).</ref> com um avanço progressivo da [[bilinguismo]], especialmente nos estados de fronteira com o México como é o caso da [[Califórnia]], [[Novo México]] e do [[Texas]], onde não há programas bilíngues oficiais para residentes da América Latina. Por exemplo, na Califórnia, muitas atividades governamentais, documentos e serviços estão disponíveis em espanhol. A seção 1632 do Código Civil da Califórnia reconhece o idioma espanhol como a língua da considerável da crescente comunidade hispânica, daí a lei ''Dymally-Alatorre'', institui o bilinguismo inglês-espanhol, sem a necessária exclusão de outras línguas. No estado do Novo México, o espanhol é usado até mesmo na administração do estado, embora esse estado não tenha uma língua oficial estabelecida em sua constituição. O [[espanhol neomexicano]] falado por hispanófonos (imigrantes não recentes) nativos remonta aos tempos da colonização espanhola no século XVI e conserva muitas [[arcaísmo]]s. A Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos reconhece que em 1912 "os neomexicanos conseguiram proteger sua herança, inserindo disposições em sua constituição que fazem do espanhol uma língua oficial como o inglês". No Texas, o governo, através da seção 2054.116 do Código do Governo, determina que as agências estaduais forneçam as informações em seus sites em idioma espanhol. Outros estados da União também reconhecem a importância do espanhol em seu território. Na [[Flórida]], por exemplo, seu uso é generalizado por causa da presença de uma grande comunidade de origem cubana, principalmente na área metropolitana de [[Miami]]. O espanhol tem uma longa história nos Estados Unidos; Muitos estados e formas geográficas têm o seu nome nessa língua, mas o uso da língua espanhola aumentou principalmente devido à imigração do resto da América. Uma amostra da expansão da língua no país é a numerosa presença de mídia em espanhol. O espanhol também se concentra especialmente em cidades cosmopolitas como [[Nova York]], [[Los Angeles]], [[El Paso]], [[Miami]], [[Houston]], [[Dallas]], [[San Antonio]], [[San Diego]], [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]], [[Portland (Oregon)|Portland]] e [[Seattle]]. O espanhol, além disso, é a língua mais ensinada no país, depois do inglês.<ref>{{Enlace PDF|[http://web.archive.org/web/http://www.adfl.org/resources/enrollments.pdf Foreign Language Enrollments in United States Institutions of Higher Learning]|129 [[Kibibyte|KiB]]<!-- application/pdf, 132628 bytes -->}}, MLA Fall 2002.</ref>▼
Os Estados Unidos são o segundo país, depois de [[Israel]], com o maior número de falantes de [[Judeu-espanhol|judaico-espanhol]] ou ladino. Especificamente, estima-se que há cerca de 300.000 pessoas que o falam.<ref>[http://www.sefarad-israel.es/los_sefardies_hoy Boletín de la comunidad sefardí en España]</ref> O monitoramento e a contabilidade das comunidades [[sefardita]]s nos Estados Unidos<ref>[https://www.elconfidencial.com/mundo/2018-12-27/los-sefardies-de-eeuu-persiguen-la-ciudadania-espanola_1730726/ Aumentan las peticiones de nacionacionalidad española entre la comunidad sefardí en USA]</ref> e no resto do mundo melhorou significativamente após a lei espanhola de 2015, que permite que os sefárdicos, que atendem a uma série de requisitos,<ref>[https://www.boe.es/boe/dias/2015/06/25/pdfs/BOE-A-2015-7045.pdf BOE sobre la nacionalidad española para sefardíes]</ref> se inscrevam para a nacionalidade espanhola.▼
▲O espanhol sempre foi importante no Brasil por causa da proximidade geográfica e crescente comércio com seus vizinhos hispano-americanos, sendo um membro do [[Mercosul]], bem como a imigração histórica de espanhóis e hispano-americanos. Em 2005, o [[Congresso Nacional do Brasil]] aprovou o decreto, assinado pelo [[Presidente do Brasil|presidente]], conhecido como a lei espanhola, que oferece essa língua como primeira língua estrangeira de ensino nas escolas e escolas secundárias do país.<ref>[http://www.brazzilmag.com/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=3488 BrazilMag.com] {{Wayback|url=http://www.brazzilmag.com/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=3488 |date=20081011053920 }}, [[8 de agosto]], 2005.</ref> O espanhol é uma língua significativamente fácil para os brasileiros aprenderem, porque o português é uma língua muito semelhante ao espanhol.<ref name="Ethnologue17">[http://www.ethnologue.com/language/spa ethnologue.com]</ref> Na área de fronteira entre o Brasil e o Uruguai (principalmente no Uruguai) fala-se uma língua mista chamada ''[[portuñol]]''.<ref>{{Cita publicación |autor=Lipski, John M. |título=Too close for comfort? the genesis of “portuñol/portunhol” |editorial=ed. Timothy L. Face and Carol A. Klee, 1-22. Somerville, MA: Cascadilla Proceedings Project|url=http://www.lingref.com/cpp/hls/8/paper1251.pdf}}</ref> A [[Constituição do Estado do Rio de Janeiro]] e uma deliberação do [[Governo do Estado de São Paulo]] incluem oficialmente o espanhol nas escolas secundárias. Assim, o artigo 317.3 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro de 1989 afirma: "A língua espanhola torna-se parte do núcleo obrigatório de disciplinas de todas as séries do segundo grau da rede estadual de ensino, levando em conta principalmente que estabelece a constituição da República em seu quarto artigo, parágrafo único".
▲Na verdade, o espanhol era conhecido no Brasil, já que era a língua dos atuais estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, quando esses territórios eram espanhóis (depois se mudaram para [[Portugal]] em troca da [[Guiné Equatorial]], conforme o [[Tratado de Santo Ildefonso (1777)]]) e no estado do [[Acre]], quando este ainda fazia parte da Bolívia, antes de ser comprado pelo Brasil através do [[Tratado de Petrópolis]]. As cidades brasileiras onde o espanhol é ouvido com bastante frequência são: [[Barracão (Paraná)|Barracão]], [[Boa Vista (Roraima)|Boa Vista]], [[Brasileia]], [[Chuí]], [[Corumbá]], [[Dionísio Cerqueira]], [[Foz do Iguaçu]], [[Guajará Mirim]], [[Pacaraima]], [[Porto Alegre]], [[Porto Velho]] [[Rio Branco]], [[Santana do Livramento]], [[São Paulo]], [[Tabatinga (Amazonas)|Tabatinga]] e [[Uruguaiana]]. Nos últimos anos, devido à [[crise migratória venezuelana]], o estado fronteiriço brasileiro de [[Roraima]], tornou-se o lugar com mais falantes de espanhol no Brasil. Estima-se que cerca de 50.000 venezuelanos residam atualmente em Roraima, que constitui aproximadamente 10% da população do estado.<ref>{{citar web|url=https://al.rr.leg.br/2018/02/08/relatorio-aponta-que-existem-mais-de-54-mil-venezuelanos-em-roraima/|título=Relatório aponta que existem mais de 54 mil venezuelanos em Roraima|publicado=Assembleia Legislativa do Estado de Roraima|acessodata=2019-01-1}}</ref> Em 2018, o estado do Rio Grande do Sul reconheceu o espanhol em sua Constituição como uma linguagem de educação obrigatória.
[[Imagem:Español en Canadá.png|thumb|right|250px|Distribuição da língua espanhola no Canadá]]▼
No Canadá, a população de imigrantes de língua espanhola é responsável por 1,3%,<ref>[http://www12.statcan.gc.ca/census-recensement/2011/as-sa/98-314-x/98-314-x2011003_2-eng.cfm#n4 Lenguas inmigrantes de Canadá] {{en}}</ref> e maioria como segunda língua. Aproximadamente metade está concentrada em [[Toronto]].<ref>[http://www.terra.com/portada/noticias/articulo/html/act1197529 www.terra.com.br] {{pt}}</ref>▼
O espanhol não tem reconhecimento oficial na antiga colônia britânica de [[Belize]]. No entanto, a maioria da população sabe falar espanhol, pois é a língua da aprendizagem obrigatória nas escolas,<ref name="Belizecen">{{Cita web
|url = http://www.cso.gov.bz/publications/MF2000.pdf
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|título = Population Census 2000, Major Findings
|acessodata=2019-01-16
}}</ref><ref>[http://censos.ccp.ucr.ac.cr/ «Belize Population and Housing Census 2000.»]</ref> é falado principalmente pelos descendentes de hispânicos que habitavam a região desde o [[século XVII]]. Na ilha caribenha de [[Aruba]], muitas pessoas a falam. Ao contrário, uma minoria fala em [[Curação]] e em [[Bonaire]]. Devido à proximidade com a Venezuela, as três ilhas recebem mídia em espanhol, principalmente canais de televisão, devido aos estreitos laços comerciais e à importância do turismo de língua espanhola. Nos últimos anos, a educação básica obrigatória em espanhol também foi introduzida nas escolas, embora não oficial (as únicas línguas oficiais de Aruba, Bonaire e Curaçao são o [[Língua neerlandesa|holandês]] e o [[papiamento]]: uma mistura de espanhol e afro-português). O espanhol não é a língua oficial do [[Haiti]]. Embora sua língua oficial seja o [[Língua francesa|francês]], o [[crioulo haitiano]] (língua que vem do francês) é amplamente falado. Perto da fronteira com a vizinha República Dominicana, o espanhol básico é entendido e falado coloquialmente. Em estudos secundários regulamentados, o aprendizado de espanhol é obrigatório de 15 a 18 anos. Nas [[Ilhas Virgens Americanas]], o espanhol é falado por aproximadamente 17% da população, principalmente de Porto Rico e da República Dominicana. Em [[Trinidad e Tobago]], tem um status especial e é obrigatória em escolas públicas. Na [[Jamaica]], é a língua estrangeira mais estudada no ensino secundário dos 12 aos 14 anos de idade. Também em outros países da área, como [[Antígua e Barbuda]], [[Bahamas]], [[Barbados]], [[Dominica]], [[Granada]],[[Santa Lúcia]], [[São Cristóvão e Névis]] e [[São Vicente e Granadinas]].
▲{{AP|Espanhol nos Estados Unidos}}
▲[[Imagem:2010 US Census Hispanic map.svg|thumb|250px|Distribuição de falantes de espanhol nos [[Estados Unidos]] segundo o [[Censo dos Estados Unidos de 2010|Censo de 2010]].]]
▲[[Imagem:Español en Canadá.png|thumb|right|250px|Distribuição da língua espanhola no Canadá]]
▲Os [[Estados Unidos]] são o segundo maior país em número de falantes de espanhol no mundo depois do México,<ref>The New York Times: [http://www.nytimes.com/2011/03/13/arts/television/cnn-en-espanol-restructures-its-programming.html?_r=0 CNN’s Latin Sister Looks to Capture a Booming Market]</ref><ref>Instituto Cervantes, 2008 (El País: [http://www.elpais.com/articulo/cultura/speak/spanish/Espana/elpepucul/20081006elpepicul_1/Tes Más 'speak spanish' que en España], lavozdebarcelona.com: [http://www.vozbcn.com/2008/10/07/4349/45-millones-hispanohablantes-usa/ 45 millones de hispanohablantes en Estados Unidos, más que en España]).</ref> com um avanço progressivo da [[bilinguismo]], especialmente nos estados de fronteira com o México como é o caso da [[Califórnia]], [[Novo México]] e do [[Texas]], onde não há programas bilíngues oficiais para residentes da América Latina. Por exemplo, na Califórnia, muitas atividades governamentais, documentos e serviços estão disponíveis em espanhol. A seção 1632 do Código Civil da Califórnia reconhece o idioma espanhol como a língua da considerável da crescente comunidade hispânica, daí a lei ''Dymally-Alatorre'', institui o bilinguismo inglês-espanhol, sem a necessária exclusão de outras línguas. No estado do Novo México, o espanhol é usado até mesmo na administração do estado, embora esse estado não tenha uma língua oficial estabelecida em sua constituição. O [[espanhol neomexicano]] falado por hispanófonos (imigrantes não recentes) nativos remonta aos tempos da colonização espanhola no século XVI e conserva muitas [[arcaísmo]]s. A Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos reconhece que em 1912 "os neomexicanos conseguiram proteger sua herança, inserindo disposições em sua constituição que fazem do espanhol uma língua oficial como o inglês". No Texas, o governo, através da seção 2054.116 do Código do Governo, determina que as agências estaduais forneçam as informações em seus sites em idioma espanhol. Outros estados da União também reconhecem a importância do espanhol em seu território. Na [[Flórida]], por exemplo, seu uso é generalizado por causa da presença de uma grande comunidade de origem cubana, principalmente na área metropolitana de [[Miami]]. O espanhol tem uma longa história nos Estados Unidos; Muitos estados e formas geográficas têm o seu nome nessa língua, mas o uso da língua espanhola aumentou principalmente devido à imigração do resto da América. Uma amostra da expansão da língua no país é a numerosa presença de mídia em espanhol. O espanhol também se concentra especialmente em cidades cosmopolitas como [[Nova York]], [[Los Angeles]], [[El Paso]], [[Miami]], [[Houston]], [[Dallas]], [[San Antonio]], [[San Diego]], [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]], [[Portland (Oregon)|Portland]] e [[Seattle]]. O espanhol, além disso, é a língua mais ensinada no país, depois do inglês.<ref>{{Enlace PDF|[http://web.archive.org/web/http://www.adfl.org/resources/enrollments.pdf Foreign Language Enrollments in United States Institutions of Higher Learning]|129 [[Kibibyte|KiB]]<!-- application/pdf, 132628 bytes -->}}, MLA Fall 2002.</ref>
▲Os Estados Unidos são o segundo país, depois de [[Israel]], com o maior número de falantes de [[Judeu-espanhol|judaico-espanhol]] ou ladino. Especificamente, estima-se que há cerca de 300.000 pessoas que o falam.<ref>[http://www.sefarad-israel.es/los_sefardies_hoy Boletín de la comunidad sefardí en España]</ref> O monitoramento e a contabilidade das comunidades [[sefardita]]s nos Estados Unidos<ref>[https://www.elconfidencial.com/mundo/2018-12-27/los-sefardies-de-eeuu-persiguen-la-ciudadania-espanola_1730726/ Aumentan las peticiones de nacionacionalidad española entre la comunidad sefardí en USA]</ref> e no resto do mundo melhorou significativamente após a lei espanhola de 2015, que permite que os sefárdicos, que atendem a uma série de requisitos,<ref>[https://www.boe.es/boe/dias/2015/06/25/pdfs/BOE-A-2015-7045.pdf BOE sobre la nacionalidad española para sefardíes]</ref> se inscrevam para a nacionalidade espanhola.
▲No Canadá, a população de imigrantes de língua espanhola é responsável por 1,3%,<ref>[http://www12.statcan.gc.ca/census-recensement/2011/as-sa/98-314-x/98-314-x2011003_2-eng.cfm#n4 Lenguas inmigrantes de Canadá] {{en}}</ref> e maioria como segunda língua. Aproximadamente metade está concentrada em [[Toronto]].<ref>[http://www.terra.com/portada/noticias/articulo/html/act1197529 www.terra.com.br] {{pt}}</ref>
[[Imagem:Knowledge of Spanish in European Union.svg|thumb|
{{Legenda|#554400|País nativo}}
{{Legenda|#AA8800|Más de um 9%}}
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====África ====
[[Imagem:Idioma Español en Africa.png|thumb|250px|Língua espanhola na África e no Oriente Médio
O principal enclave de língua espanhola na África é as [[Ilhas Canárias]] (com mais de dois milhões de falantes). Também é falado nas Cidades Autônomas de [[Ceuta]] e [[Melilla]] (167 859 falantes). Fora destas regiões espanholas, a língua é falada em alguns outros lugares do continente africano.
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==== Oceania ====
[[Imagem:Australian Census 2011 demographic map - Australia by SLA - BCP field 2685 Speaks other language Spanish Persons.svg|thumb|250px|Porcentagem de australianos que falam espanhol em suas casas, em relação ao resto da população, de acordo com o censo de 2011
Entre os países e territórios da [[Oceania]], o espanhol é uma língua oficial na [[Ilha de Páscoa]], na [[Polinésia]], porque faz parte do Chile; A língua nativa é o [[Língua rapanui|rapanui]]. Nas [[Ilhas Marianas]] ([[Guam]] e nas [[Marianas do Norte]]) o [[Língua chamorro|chamorro]] é uma língua oficial e nativa das ilhas, que é uma língua austronésia que contém vocabulário de origem espanhola.<ref name=Lipski1>Lipski, John (en inglés). [http://www.personal.psu.edu/users/j/m/jml34/pacific.pdf «Spanish in the Pacific.»] </ref> Algumas ilhas das Marianas do Norte (Saipan, Tinian, Rota) e dos [[Estados Federados da Micronésia]] (Yap, Pohnpei) tinham falantes nativos de espanhol, já que eram colônias espanholas até 1898-1899. No entanto, ambos em Guam como nas Marianas do Norte, boa parte de seus habitantes tem sobrenomes de origem espanhola.
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==== Antártida ====
Na [[Antártica]], existem apenas dois locais civis e ambos são habitados principalmente por falantes nativos de espanhol. Um deles é o argentino Fortín Sargento Cabral, que tem 66 habitantes.<ref>[http://www.losandes.com.ar/notas/2010/10/25/primer-resultado-censo-antartida-viven-personas-523229.asp Primer resultado del Censo: en la Antártida viven 230 personas] {{Wayback|url=http://www.losandes.com.ar/notas/2010/10/25/primer-resultado-censo-antartida-viven-personas-523229.asp |date=20121120190324 }} en: ''Los Andes''. Consultado el 25 de octubre de 2010.</ref> O outro é a cidade chilena de [[Villa Las Estrellas]], que tem uma população de 150 habitantes no verão e 80 habitantes no inverno. Em cada um deles existe uma escola onde estudam e pesquisam em espanhol. A Base Antártica [[base Orcadas|Orcadas]], uma estação científica argentina, é a base mais antiga de toda a Antártica ainda em funcionamento e a mais antiga com população permanente (desde 1907).
====Estimativa total de falantes por país ====
A tabela a seguir de falantes de espanhol foi preparada basicamente, com base no estudo "O valor econômico do espanhol", mas usando dados populacionais mais atualizados. Este estudo foi desenvolvido com base em dados populacionais do censo entre 2000 e 2005. O resultado foi um total de quase 440 milhões.<ref>[http://www.iesandorra.es/ejercicios_departamentos/Una%20potencia%20de%20440%20millones%20de%20hablantes%20(EP%205-11-06).pdf “El valor económico del español”], [http://www.elpais.com/articulo/cultura/potencia/440/millones/hablantes/elpepicul/20061105elpepicul_1/Tes/ Noticias “El País”]. Un análisis más detallado de estos datos se encuentra en [https://web.archive.org/web/20090612022111/http://www.ucm.es/info/icei/pdf/DT%2003-06.pdf Demografía de la lengua española]</ref> Cerca de 400 milhões de falantes tinham proficiência nativa em espanhol e 40 milhões com competência limitada. A média das percentagens dos países em que o espanhol é falado como língua oficial é de 96,90%.<ref>Página 38 de [https://web.archive.org/web/20090612022111/http://www.ucm.es/info/icei/pdf/DT%2003-06.pdf Demografía de la lengua española]. Datos del estudio “El valor económico del español”.</ref
[[Imagem:Países por número de hablantes de español.PNG|thumb|
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▲A tabela a seguir de falantes de espanhol foi preparada basicamente, com base no estudo "O valor econômico do espanhol", mas usando dados populacionais mais atualizados. Este estudo foi desenvolvido com base em dados populacionais do censo entre 2000 e 2005. O resultado foi um total de quase 440 milhões.<ref>[http://www.iesandorra.es/ejercicios_departamentos/Una%20potencia%20de%20440%20millones%20de%20hablantes%20(EP%205-11-06).pdf “El valor económico del español”], [http://www.elpais.com/articulo/cultura/potencia/440/millones/hablantes/elpepicul/20061105elpepicul_1/Tes/ Noticias “El País”]. Un análisis más detallado de estos datos se encuentra en [https://web.archive.org/web/20090612022111/http://www.ucm.es/info/icei/pdf/DT%2003-06.pdf Demografía de la lengua española]</ref> Cerca de 400 milhões de falantes tinham proficiência nativa em espanhol e 40 milhões com competência limitada. A média das percentagens dos países em que o espanhol é falado como língua oficial é de 96,90%.<ref>Página 38 de [https://web.archive.org/web/20090612022111/http://www.ucm.es/info/icei/pdf/DT%2003-06.pdf Demografía de la lengua española]. Datos del estudio “El valor económico del español”.</ref> Em 2017, o Instituto Cervantes atualizou esses dados com um total de 572 milhões de falantes, 477 com proficiência nativa e o restante com pouca competência, entre os quais 21 milhões de estudantes espanhóis.<ref name="InformeEspañol"/>
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[[Ficheiro:Spanish_dialects_in_Spain-en.png|thumb|esquerda|350px|Mapa com os dialetos da [[Espanha]].]]
A língua Espanhola tem vários dialectos. Relativamente ao Castelhano, isto é, o Espanhol Ibérico, originalmente do Reino de Castela, podemos dividir Espanha ao meio, isto é, existe um feixe de isoglossas que divide o Espanhol Peninsular em dois grupos, os dialecto centro-nortenhos e os dialectos meridionais. Os dialectos centro-nortenhos têm características mais conservadoras e os dialectos meridionais, nos quais podemos incluir um grande sub-dialecto, o andaluz, têm características mais inovadoras. Convém realçar que os dialectos centro-nortenhos peninsulares são a única variedade do Espanhol que conserva a distinção entre /s/ (grafado como <nowiki><s>) e /θ/ (grafado como <c>), isto é, «ceseo». Enquanto que todas as outras variedades são ou «seseantes» ou «ceceantes». «Seseo», isto é a perda da distinção fonética entre /s/ e /θ/ a favor de /s/. «Ceceo» é a perda da distinção fonética a favor da fricativa inter-dental /θ/, sendo este estigmatizado e marginalizado pelo resto da comunidade espanhola e até mesmo pelos próprios falantes «ceceantes». Este fenómeno de «ceceo» encontra-se apenas em zonas rurais do sul da Andaluzia, sendo nos meios urbanos evitado pelos próprios «ceceantes». O «seseo» é um fenómeno do norte da Andaluzia, que é encontrado em todos os países da América Latina. Nesta região do «seseo» encontra-se Sevilha, cidade da qual saíram as pessoas destinadas à repovoação e colonização do continente americano, levando assim o «seseo» com eles para a América, onde prevalece até hoje.</nowiki><ref>{{citar livro |ultimo= Hualde |primeiro= José Ignacio |editora= Cambridge University Press |edição= 2ª|data= 2010 |url=https://books.google.com.br/books?id=dwD5BUNAs2UC& |titulo= Introducción a la Lingüística Hispánica |pagina= 325 |total-páginas= 554 |isbn= 978-0-521-51398-2 }}</ref>
[[Ficheiro:Variedades principales del español.png|thumb|550px|Mapa-mundi tentando identificar os principais dialetos do espanhol
==== Variedades do Espanhol ====
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== Fonologia ==
Tem semelhanças com o [[língua portuguesa|português]]. Contudo, existem diferenças, sendo as principais: ("letra castelhana/espanhola" = "letra portuguesa") ⟨ll⟩ = ⟨lh⟩, ⟨ñ⟩ = ⟨nh⟩, ⟨ch⟩ = ⟨tch⟩, ⟨b⟩ e ⟨v⟩ = ⟨b⟩, ⟨x⟩ = {{IPA|/ks/}} (nem sempre, como em ''México'', que soa como ''méjico''). Não há, no espanhol moderno, o som da letra X como em ''xadrez'' (até o século XVII, a letra ⟨x⟩ representava o som de {{IPAslink|ʃ}}, como em ''Qui'''x'''ote'', mas, depois do reajuste das consoantes silábicas, o som {{IPA|/ʃ/}} (grafado ⟨x⟩), se transformou em {{IPAslink|x}} (grafado ⟨j⟩). As letras ⟨k⟩ ({{IPAslink|k}}), ⟨w⟩ ({{IPAslink|b}} em palavras de origem alemã e {{IPA|/(ɡ)w/}} em de origem inglesa) e ⟨y⟩ ({{IPA|/i/}}) fazem parte do alfabeto castelhano/espanhol. Além disso, o i grego pode ser consoante ou vogal, quando consoante tem um som mais forte {{IPAslink|ʝ}} ou {{IPAslink|d͡ʒ}}. O "J" é um caso à parte: tem um som inexistente em português (o som que chega mais perto é o do R forte brasileiro e dalgumas zonas de Portugal - como em ''carro''). O som correspondente ao ⟨j⟩ português é representado por ⟨ll⟩ no espanhol pratino, e inexistente noutros dialectos. Fora isso não há acentos graves, til (Ñ não conta) ou circunflexo. Assim como no português ge = je e gi = ji, e também há o gue e gui, a letra Q segue o mesmo esquema (que = ke, qui = ki) e também há trema. Em castelhano/espanhol o costume é
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== Vocabulário ==
Devido às prolongadas conquistas às quais Espanha foi submetida ou que submeteu a outras nações, a língua castelhana foi invadida por uma enorme quantidade de vozes "adquiridas" de línguas de diversos grupos. É possível encontrar, no castelhano, palavras [[Línguas celtas|celtas]], [[Iberos|iberas]],
Os países da América, principalmente nas suas regiões rurais, conservam um grande número de [[wikt:arcaísmo|arcaísmos]]: no extremo sul (Argentina e Uruguai), é frequente, no trato coloquial, o uso do "''vos''" em lugar do "''tú''" tradicional nos restantes países hispanófonos. A forma "''vos''" provém do trato formal da segunda pessoa do singular de antigamente, e sobrevive em Espanha na forma do trato informal para a segunda pessoa do plural (''vosotros''). Também sobrevive na Comarca de [[A Fonsagrada|Fonsagrada]] para a segunda pessoa do singular. O trato formal actual é "''Usted''" para a segunda pessoa do singular e "''Ustedes''" para a segunda pessoa do plural (também utilizados em Espanha).
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O ''[[u]]'' pode levar [[trema]] (''ü'') para indicar que este se pronuncia nos grupos "''güe''", "''güi''". Na poesia, as vogais ''[[i]]'' e ''u'' podem levar trema para romper um ditongo e ajustar convenientemente a métrica de um verso determinado (por exemplo, ''ruido'' tem duas sílabas, mas ''ruïdo'' tem três).
{{Referências|col=2}}▼
== Ver também ==
Linha 762 ⟶ 746:
* [[Pronomes da língua espanhola]]
* [[Lista de línguas por total de falantes]]
▲{{Referências|col=2}}
== Ligações externas ==
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