Espanha: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Chronus eu queria te agradecer de alguma forma pela ajuda que você me deu em Tóquio, agora que a candidatura está para ser aprovada com margem segura. Infelizmente, algumas referências de livros estão sem informar páginas (vou detalhar tudo na página da candidatura), só venho avisar que pesquisei mais sobre o termo "passim" após ver-lo aqui, porém ele só aparece em uma referência.
Linha 10:
== Etimologia ==
O nome Espanha deriva de Hispânia, nome com o qual os [[Império Romano|romanos]] designavam geograficamente a [[Península Ibérica]]. O nome ''Ibéria'' era o que os gregos davam à Península embora houvesse outras designações dadas pelos povos antigos.<ref>{{citar web|url=http://www.cervantesvirtual.com/obra/os-mais-primitivos-nomes-da-pennsula-hispnica-0/|título=Os mais primitivos nomes da Península Hispânica|acessodata=31 de outubro de 2019 |editor=[[Instituto Cervantes]]}}</ref> O facto do termo ''Hispânia'' não ter uma raiz [[latim|latina]] resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, algumas controversas. A opção mais consensual seria a de que o nome Hispânia provém do fenício ''i-spn-ea''.<ref>{{Citar web|url=http://www.opais.com/articulo/cultura/Hallado/Cadiz/muro/3000/anos/opepucul/20070930opepicul_7/Tes/|título=Sobre inscrição encontrada em Cádiz|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref> Os romanos tomaram essa denominação dos vencidos [[Cartago|cartaginenses]], interpretando o prefixo ''i'' como ''costa'', ''ilha'' ou ''terra'', e o sufixo ''ea'' com o significado de ''região''. O lexema ''spn'' foi traduzido como ''coelhos'' (na realidade [[dassie]]s, animais comuns no norte da [[África]]).
O nome de Espanha, evolução da designação do [[Império Romano]] [[Hispânia]] era, até ao {{séc|XVIII}}, apenas descritivo da [[Península Ibérica]], não se referindo a um país ou Estado específico, mas sim ao conjunto de todo o território ibérico e dos países que nele se incluíam. A Espanha é unificada durante o [[Iluminismo]], até então era um conjunto de reinos juridicamente e politicamente independentes governados pela mesma monarquia.<ref>{{citar webSfn|url={{Googlebooks urlCorona|wLNVAv7N-_YC1981|87}}|títulop=Historia general de España y América: La España de las reformas pg 87|acessodata=31 de outubro de 2019pg55}}</ref> Até à data da unificação a monarquia era formada por um conjunto de reinos associados por herança e união dinástica ou por conquista. A forma de governo era conhecida como ''aeque principaliter'', os reinos eram governados cada um de forma independente, como se tivesse cada reino o seu próprio rei, cada reino mantinha o seu próprio sistema legal, a sua língua, os seus foros e os seus privilégios.<ref>{{Googlebooks urlSfn|bLqwEcil9mwCRobertson|552005|lkp=The case for the Enlightenment: Scotland and Naples 1680-1760 pg5555}}</ref> As ''Leyes de extranjeria'' determinavam que o natural de qualquer um dos reinos era estrangeiro em todos os outros reinos ibéricos.<ref>{{citar webSfn|url={{Googlebooks urlValdés|SyCHFtzIrnEC1991|p=151|q=historia%20las%20leyes%20de%20extranjeria}}|título=La Extranjería en la Historia Del Derecho Españo|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref><ref>[http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/hisder/cont/4/est/est18.pdf La condición jurídica de "espanol" como producto del derecho indiano]. UNAM. Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref>
A constituição de 1812 adota o nome ''As Espanhas'' para a nova nação.<ref>{{citar webSfn|url={{Googlebooks urlAranguren|Bo4uHm2qsMgC}}2011|títulopp=La Constitución de Cádiz de 1812: hacia los orígenes del constitucionalismo pg 74-75|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref>
A constituição de 1876 adota pela primeira vez o nome ''Espanha''.<ref>{{Googlebooks urlSfn|RaC85UYvbtICRuiz|lk2007|pp=Estado y territorio en España, 1820-1930: la formación del paisaje nacional pg 25-26|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref><ref>{{citar webSfn|url={{Googlebooks urlAlonso|NkxvOIilum4C2004|142}}|títulop=Historia contemporánea de España: Siglo XIX pg 143|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref>
 
Os termos "as Espanhas" e "Espanha" não eram equivalentes, e eram usados com muita precisão.<ref>{{Googlebooks urlSfn|rDlqrxan22ACRowe|102011|lkp=Saint and Nation pg 10}}. Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref> O termo ''As Espanhas'' referia-se a um conjunto de unidades jurídico-políticas, ou seja, referia-se a um conjunto de reinos independentes, primeiramente apenas aos reinos cristãos da Península Ibérica, depois apenas aos reinos unidos sobre a mesma monarquia. O termo ''Espanha'' referia-se a um espaço geográfico e cultural que englobava diversos reinos independentes. A partir de [[Carlos I de Espanha|Carlos&nbsp;V]] o uso do título ''Rei das Espanhas'', referia-se à parte da Espanha que não incluía [[Portugal]], mas esta designação era apenas uma forma de designar coletivamente um extenso número de reinos, uma abreviação, que não tinha validade jurídica, para uma longa lista de títulos reais cuja forma oficial era rei de Castela, de Leão, de Aragão, de Navarra, de Granada, de Toledo, de [[Comunidade Valenciana|Valência]], da Galiza, de Maiorca, de Menorca, de Sevilha, etc. (da mesma forma utilizava-se o título Sua Majestade Lusitana para o rei de Portugal, ou rei Lusitano)<ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|mDPF4ILESaUC|sufixo=&pg=RA2-PA33}}|título=European Treaties Bearing on the History of the United States and... pg 33|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref><ref>{{Googlebooks url|kuk3JG3DL0gC|612|lk=Los Quarenta libros del compendio historial de las chronicas y universal pg 612|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|SskPWX1WCiYC|71|q=por%20la%20gracia%20de%20dios%20rey%20%20lusitano&f=false}}|título=Corps universel diplomatique du droit des gens pg 71|acessodata=31 de outubro de 2019}}</ref>
 
O uso do da designação de "reis de Espanha" pelos reis Fernando e Isabel foi considerado uma ofensa pelo rei de Portugal que considerava que o nome designava a Península.<ref>{{Googlebooks url|atc8AAAAYAAJ|83|lk=The history of Spain and Portugal from B.C. 1000 to A.D. 1814 pg 83}}. Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref> A última vez que Portugal protestou oficialmente o uso do termo "coroa de Espanha" ou "monarquia de Espanha" pelo governo de Madrid foi, supõe-se, durante o [[Tratado de Utrecht]] em 1714.<ref>{{citar web|url={{Googlebooks url|Lv0AQzbnRlUC|sufixo=&pg=PR4}}|título=Stanley G. Payne. Spain: A Unique History pg 269}} Acessado em 31 de outubro de 2019.</ref>
Linha 516:
 
=== Bibliografia ===
*{{citar livro|sobrenome=Alonso|nome=Francisco Javier Paredes|coautor=Paredes, Javier|título=Historia contemporánea de España: Siglo XIX|editora=Grupo Planeta|ano=2004|local=[[Bilbau]]|ISBN=9788434467552|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Aranguren|nome=Asdrúbal Aguiar|título=La Constitucion de Cadiz de 1812|editora=Universidad Católica Andrés Bello|ano=2011|local=Caracas|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Corona|nome=Carlos E.|coautor=Vicente, José Antonio Armillas|título=Historia general de España y América: La España de las reformas|editora=Rialp|volume=2|ano=1981|local=Madri|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Robertson|nome=John|título=The Case for The Enlightenment: Scotland and Naples 1680–1760|editora=Cambridge University Press|ano=2005|local=[[Cambridge]]|ISBN=9781139448079|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Rowe|nome=Erin Kathleen|título=Saint and Nation: Santiago, Teresa of Avila, and Plural Identities in Early Modern Spain|editora=Penn State Press|ano=2011|local=Pensilvânia|ISBN=9780271037738|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Ruiz|nome=Joaquín del Moral|coautor=Ruiz, Juan Pro; Bilbao, Fernando Suárez|título=Estado y territorio en España, 1820-1930: la formación del paisaje nacional|editora=Catarata|ano=2007|local=Madri|ISBN=9788483193358|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Valdés|nome=Manuel Álvarez|título=La extranjería en la historia del derecho español|editora=Universidad de Oviedo|ano=1991|local=Oviedo|ISBN=9788474687378|ref=harv}}
 
==== Leitura adicional ====
 
*Carr, Raymond, ed. ''Spain: a history''. Oxford University Press, USA, 2000.
*{{citecitar booklivro|authorautor=Gates, David|titletitulo=The Spanish Ulcer: A History of the Peninsular War|publishereditora=Da Capo Press|yearlocal=[[Cambridge (Massachusetts)|Cambridge]]|ano=2001|isbn=978-0-306-81083-1|pagepágina=20}}
 
== Ligações externas ==