Cleópatra: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
Linha 197:
 
Após longas negociações que finalmente não deram resultado, Otaviano decidiu invadir o Egito na primavera de 30 aC, parando em [[Ptolemais da Fenícia]], onde seu novo aliado Herodes forneceu novos suprimentos ao exército. O romano mudou-se para o sul e rapidamente tomou Pelúsio, enquanto [[Caio Cornélio Galo]], marchando para o leste a partir de Cirene, derrotou as forças de Antônio perto de Paraitónion. Avançou rapidamente para Alexandria, mas seu rival retornou e conquistou uma pequena vitória sobre as tropas cansadas de Otaviano fora do [[hipódromo]] da cidade. No entanto, em 1 de agosto daquele ano, sua frota naval rendeu-se a Otaviano, seguida por sua cavalaria. Cleópatra se escondeu numa tumba com seus atendentes próximos, enviando uma mensagem a Antônio de que havia cometido suicídio. Em desespero, ele respondeu a isso esfaqueando-se no estômago e tirando a própria vida aos 53 anos. Segundo Plutarco, ainda estava morrendo quando levado para a rainha em sua tumba, dizendo que morreu honrosamente e que ela podia confiar no companheiro de Otaviano, Gaius Proculeius, sobre qualquer outra pessoa em sua comitiva. Foi Proculeius, no entanto, que se infiltrou em sua tumba usando uma escada e deteve a rainha, negando-lhe a capacidade de se queimar com seus tesouros. Cleópatra foi então autorizada a embalsamar e enterrar seu parceiro dentro de sua tumba antes de ser escoltada ao palácio.
 
Otaviano entrou em Alexandria, ocupou o palácio e apreendeu os três filhos mais novos de Cleópatra. Quando encontrou-se com Otaviano, ela disse sem rodeios que "eu não serei conduzido em triunfo", de acordo com [[Tito Lívio|Lívio]], um raro registro de suas palavras exatas. Ele prometeu que a manteria viva, mas não deu explicações sobre seus planos futuros para o reino dela. Quando uma espiã a informou que Otaviano planejava mudar ela e seus filhos para Roma em três dias, ela se preparou para o suicídio, pois não tinha a intenção de desfilar num triunfo romano como sua irmã Arsinoe IV. Não está claro se o suicídio de Cleópatra em 30 de agosto, aos 39 anos, ocorreu dentro do palácio ou de seu túmulo. Dizem que ela estava acompanhada por seus servos Eiras e [[Charmion]], que também tiraram suas próprias vidas. Dizia-se que Otaviano ficou irritado com esse resultado, mas a enterrou da maneira real ao lado de Antônio em [[Túmulo de Marco Antônio e Cleópatra|seu túmulo]]. O médico Olympos não explicou sua causa da morte, embora a crença popular é que ela permitiu que uma [[víbora]], ou [[Naja haje|cobra egípcia]], a mordesse e envenenasse. Plutarco relata esse conto, mas sugere que um implemento foi usado para introduzir a toxina por arranhões, enquanto Dião diz que ela injetou o veneno com uma agulha e [[Estrabão]] argumentou por uma pomada de algum tipo. Nenhuma cobra venenosa foi encontrada em seu corpo, mas ela tinha pequenas feridas no braço que poderiam ter sido causadas por uma agulha.
 
Cleópatra decidiu, em seus últimos momentos, enviar Cesarion para o Alto Egito, talvez com planos de fugir para a [[Núbia]] [[Reino de Cuxe|cuxita]], Etiópia ou Índia. Caesarion, agora Ptolemeu XV, reinaria por meros de 18 dias até ser executado por ordem de Otaviano em 29 de agosto de 30 aC, depois de retornar a Alexandria sob o falso pretexto de que o romano permitiria que ele fosse rei. Estava convencido pelo conselho do filósofo [[Ário Dídimo]] de que havia espaço para apenas um César no mundo. Com a queda do reino ptolemaico, a [[província romana]] do [[Egito romano|Egito]] foi estabelecida, marcando o fim do período helenístico. Em janeiro de 27 aC, Otaviano foi renomeado Augusto ("majestoso") e [[Reformas constitucionais de Augusto|acumulou poderes constitucionais]] que o estabeleceram como o primeiro [[imperador romano]], inaugurando a era [[Principado romano|Principado]] do [[Império Romano]].
 
== Árvore genealógica ==