Béla Tarr: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Página marcada como biografia de pessoa viva que carece de mais fontes
Linha 24:
Os filmes de Béla Tarr são frequentemente classificados como pertencentes ao “cinema remodernista” que o realizador estadunidense Jesse Richards começou a propagar a partir do fim dos anos 90. Segundo Richards, cada cena do filme ''Sátántangó'' é um exemplo de apurada consciência do momento<ref name=":1">{{Citar web|título = MungBeing Magazine: Craft » page 32|URL = http://www.mungbeing.com/issue_28.html?page=32&sub_id=1565#1565|obra = www.mungbeing.com|acessadoem = 2015-12-29}}</ref>: ''Sátántangó'' é iniciado com um ''[[travelling]]'' de sete minutos e mais de cem metros, que acompanha um rebanho bovino que se desloca através de uma aldeia húngara, advindo de um barracão. É “assustador” que “este tipo de momento seja ignorado no cinema moderno”.<ref name=":1" />
 
Todos os filmes a partir de ''Kárhozat'' (1988) foram realizados em parceria com o escritor Lásló[[László Krasznahorkai]]. Outros colaboradores usuais foram Mihály Vig (trilha sonora), Gyula Pauer (cenários e figurinos), Gábor Medvigy (câmera) e Ágnes Hranitzky (montagem e codireção), mulher de Tarr. Sua adaptação do romance ''Sátántangó'', de Krasznahorkai, recebeu grande atenção internacional. Trata-se de um filme em preto-e-branco com duração de 450 minutos, fruto de um trabalho de sete anos. De acordo com Tarr, o tempo de duração do filme é exatamente o mesmo que uma pessoa precisaria para realizar a leitura integral do romance de que o filme é adaptação. ''Sátántangó'' estreou na mostra Forum do [[Festival de Berlim]] e é desde então considerado por muitos muitos críticos um dos mais importantes filmes dos anos 90. Além de Jesse Richards, Fred Kelemen e J. Biermann, também o diretor estadunidense [[Gus Van Sant]] reconhece em Tarr uma forte influência sobre sua obra, especialmente sobre os filmes que realizou a partir de [[Gerry (filme)|''Gerry'']]. A influência de ''Sátántangó'' sobre [[Elefante (filme)|''Elefante'']] (''Elephant'') é indiscutível. O ritmo dos filmes de Tarr aproximam-se de tal modo do ritmo normal da vida que Van Sant os vê como o início de um novo cinema: “[Béla Tarr] é um dos poucos realizadores verdadeiramente visionários”.
 
O filme ''O Homem de Londres'' (''A londoni férfi''), baseado no romance de [[Georges Simenon]], custou 5 milhões de euros e muitos anos de produção.<ref>{{Citar web|título = Filmunió|URL = https://web.archive.org/web/20080225034320/http://www.filmunio.hu/object.589B5E50-A770-4597-B517-72C51C9A9D57.ivy|data = 2008-02-25|acessadoem = 2015-12-29}}</ref> Ele integrou a seleção oficial da 60ª edição do [[Festival de Cannes]]. Em 2009, Tarr anunciou que se aposentaria após terminar seu último projeto, ''O Cavalo de Turim'' (''A torinói Ió''), que estreou em 2011, no [[Festival de Berlim]], e foi condecorado com o [[Grand Prix do Júri]]. Além disso, conquistou o prêmio Konrad-Wolf.