Romance histórico: diferenças entre revisões

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A obra ''Castle Rackrent'', de 1800, escrita pela irlandesa [[Maria Edgeworth]], é considerada por Katie Trumpener como uma das principais inspirações para o modelo de romance histórico de Walter Scott.{{Sfn|Welge|2014|p=17}} Edgeworth teve como principal preocupação de suas obras a compreensão da união entre Inglaterra e Irlanda ao longo do {{Séc|XVIII}}, que levou por fim ao [[Ato de União de 1800]], e inaugurou o gênero do "conto nacional" irlandês, explorando a identidade das comunidades nacionais e as relações entre as diferentes nações.{{Sfn|Welge|2014|p=18}} Esta questão da identidade nacional é um aspecto que passa a figurar como peça fundamental para o desenvolvimento do romance histórico no {{Séc|XIX}}.{{Sfn|Welge|2014|p=18}}
 
No final do {{séc|XVIII}} no Japão, durante o final da [[Era Tokugawa]], um gênero de ficção em prosa chamado {{japonês|''yomihon''|{{linktext|読本}}|lit. "livro de leitura"}} surge, podendo ser classificado como um romance histórico.{{sfn|Zolbrod|1966|p=486}} O ''yomihon'', apesar de não tão popular quanto outras formas de literatura do Japão do {{séc|XVIII}}, surge no período da transição do centro cultural japonês de [[Osaka (cidade)|Osaka]] e [[Kyoto]] para [[Edo]].{{sfn|Zolbrod|1966|p=486}} O gênero, sobretudo no início de seu desenvolvimento, entre 1750 e 1800, se inspirava em adaptações da literatura de ficção chinesa, com ambientações históricas, normalmente com narrativas [[Budismo|budistas]], muitas vezes com caráter sobrenatural.{{sfn|Zolbrod|1966|p=487}} Também havia inspiração em algumas obras anteriores, como o {{japonês|''Heiji monogatari''|{{linktext|平治物語 }}|lit.(em português: ''Os contosContos de Heiji''}}), [[Épico (género)|épico]] do {{séc|XIXXII}}.{{sfn|Devitt|1979|p=268}}
 
== História ==