Irmandade do Santíssimo Sacramento (Pirenópolis): diferenças entre revisões

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A '''Venerável [[Irmandade do Santíssimo Sacramento]] de Pirenópolis''' (ISSPIRI) é uma associação pública de fiéis católicos, canonicamente estabelecida na [[Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário (Pirenópolis)]] reconhecida pelo [[IPHAN]] como Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil <ref>{{Citar web|titulo= Arquivo Noronha Santos - IPHAN|url=http://portal.iphan.gov.br/ans/|obra= Livros de Tombo|acessodata=2019-11-07}}.</ref>.
 
Dentre as atribuições da Irmandade, está a missão de promover o culto a Eucaristia no ambiente paroquial, fazendo guarda ao Santíssimo quer seja nas exposições públicas ou no [[Viático]] além da realização da Missa In Coena Domini (Ceia do Senhor), a celebração de [[Corpus Christi]] com a respectiva procissão, além de missa semanal as quintas-feiras <ref name="OLIVEIRA">{{citar livro|url=https://repositorio.ufop.br/handle/123456789/3404|título=Devoção e poder: a Irmandade do Santíssimo Sacramento do Ouro Preto (Vila Rica, 1732-1800)|autor=OLIVEIRA, Monalisa Pavonne|ano=2010|citação=|acessodata=2019-11-07|publicado=UFOP, Tese de Mestrado, 2010)}}</ref>.
 
Por tradição, a Irmandade em Pirenópolis assumiu por responsabilidade, assim como era costume das Irmandades do Santíssimo no século XVIII, a organização e realização dos solenes atos litúrgicos e para litúrgicos da Semana Santa <ref name="CASTRO">{{citar livro|url=https://pos.historia.ufg.br/up/113/o/CASTRO__Jos__Luiz_de._1998.pdf|título=A organização da igreja católica na capitania de goiás ( 1726 – 1824 ).|autor=CASTRO, José Luiz de|ano=1998|citação=|acessodata=2019-11-07|publicado=UFG, Tese de Mestrado, 1998)}}</ref> e a festa da padroeira, Nossa Senhora do Rosário, cuja Matriz se deu às expensas da Irmandade.
 
Sua ação até hoje influência todas as manifestações tradicionais de Pirenópolis, tal como a Festa de Passos, de São Sebastião e Semana das Dores, além da [[Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis]], que através de pedido mútuo entre a Irmandade, a Associação dos Imperadores, a Prefeitura Municipal e o IPHAN-GO, solicitaram formalmente o reconhecimento da Festa como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil <ref>{{Citar web|titulo= Dossiê 17 - IPHAN|url=http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/dossie17_pirenopolis.pdf|obra= Festa do Divino de Pirenópolis|acessodata=2019-11-07}}.</ref>.
 
Por influência da Irmandade, no século XVIII surgiram as orquestras sacras e em meados do século XIX, as Bandas de músicas para engrandecer as procissões.
O conjunto patrimonial da Irmandade constituiu entre imagens sacras, lanternas e cruzes de procissão, turíbulos e navetas, pálios, esquifes, sinetas, alfaias, paramentos e demais objetos litúrgicos, que em sua maioria, perdeu-se no incêndio da Igreja Matriz em 05 de setembro de 2002.[[Ficheiro:Irmandade_do_Santissimo_Pirenopolis_-_Festa_do_Rosario_2018.jpg|thumb|250px|Grêmio da Irmandade do Santíssimo reunida na Festa do Rosário em 2017]]
 
==Origens==
 
A Venerável [[Irmandade do Santíssimo Sacramento]] é uma [[confraria]] católica formada por leigos e clérigos na idade média, sendo uma das mais respeitáveis Irmandade religiosa do catolicismo, autorizada canonicamente pela ''bulla Dominus Noster Jesu Christi'' do Papa [[Paulo III]], de 30 de novembro de 1539, espalhando-se por todo mundo católico <ref name="Story">{{citar livro|url=https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/4860/1/LS_S2_01_AvelinoJCosta.pdf|título=A Santíssima Eucaristia nas Constituições Diocesanas Portuguesas desde 1240 a 1954|autor=AJ Costa|ano=1989|citação=|acessodata=2018-06-29|publicado=LUSITÂNIA SACRA, 2.» série, :1 (1989)}}</ref> chegando em [[Pirenópolis]]em 1728.
[[File:Irmandade do Santíssimo - Procissão de Ramos - Século XIX.jpg|thumb|250px|Irmandade do Santíssimo - Procissão de Ramos - Século XIX]]
A Venerável [[Irmandade do Santíssimo Sacramento]] é uma [[confraria]] católica formada por leigos e clérigos na idade média, sendoquando umase dasinstituiu maisa respeitáveisSolenidade Irmandadede religiosaCorpus doChristi pelo [[Papa Urbano IV]], estando entre as mais antigas respeitadas Irmandades catolicismo, autorizada canonicamente pela ''bulla Dominus Noster Jesu Christi'' do Papa [[Paulo III]], de 30 de novembro de 1539, espalhando-se por todo mundo católico <ref name="Story">{{citar livro|url=https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/4860/1/LS_S2_01_AvelinoJCosta.pdf|título=A Santíssima Eucaristia nas Constituições Diocesanas Portuguesas desde 1240 a 1954|autor=AJ Costa|ano=1989|citação=|acessodata=2018-06-29|publicado=LUSITÂNIA SACRA, 2.» série, :1 (1989)}}</ref> chegando em [[Pirenópolis]]em 1728.
 
O regime do [[Padroado]] proporcionou ao Brasil um sistema forte, palpado fortemente em valores do catolicismo, enraizado na [[Piedade popular]], propagado pelas Irmandades e Confrarias em suas devoções aos santos, a Nossa Senhora e a Eucaristia, condicionando assim a rápida expansão e acepção de fiéis para a edificações dos templos, estratificando as camadas sociais ditando em qual Irmandade ou confraria tal classe social permitiria<ref name="OLIVEIRA">{{citar livro|url=https://repositorio.ufop.br/handle/123456789/3404|título=Devoção e poder: a Irmandade do Santíssimo Sacramento do Ouro Preto (Vila Rica, 1732-1800)|autor=OLIVEIRA, Monalisa Pavonne|ano=2010|citação=|acessodata=2019-11-07|publicado=UFOP, Tese de Mestrado, 2010)}}</ref>.
 
A história do Brasil colônia e império, reservou as Irmandades do Santíssimo o destaque de ser a principal Irmandade de cada lugarejo, pois sempre era instituída em templos que se tornaria a [[Igreja mãe]] da povoação, concentrando poder e riqueza, fazendo com que o membro dessa Irmandade, alcançasse grande projeção na sociedade<ref name="OLIVEIRA">{{citar livro|url=https://repositorio.ufop.br/handle/123456789/3404|título=Devoção e poder: a Irmandade do Santíssimo Sacramento do Ouro Preto (Vila Rica, 1732-1800)|autor=OLIVEIRA, Monalisa Pavonne|ano=2010|citação=|acessodata=2019-11-07|publicado=UFOP, Tese de Mestrado, 2010)}}</ref>.
 
O documento de criação da '''Irmandade do Santíssimo Sacramento da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Meya Ponte''' até hoje é desconhecido devido a conturbada povoação de Goiás, mas sabe-se que sua origem está ligada a fundação da cidade de [[Pirenópolis]] em 1727, quando os mineradores portugueses se estratificaram formando a elite local, possibilitando em 1728<ref>Citado em: {{Citar livro|sobrenome= Unes, Cavalcante,|nome= Wolney; Silvio |título= Fênix. Restauro da Igreja Matriz de Pirenópolis.|editor= ICBC, |local=Goiânia|publicação=2008|páginas= 240}}</ref> o pedido de criação, encaminhado e aceito por Dom Frei Antônio de Guadalupe OFM, Bispo de [[São Sebastião do Rio de Janeiro]], sendo portanto a primeira confraria fundada em terras goianas.
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Ainda segundo Jayme, já em 1899, toda documentação antes de 1757 referente a Irmandade havia desaparecido, entre estes documentos a Provisão de criação, livros de atas, de despesas e receitas.
A documentação a partir de 1757 demonstra que fizeram parte na Irmandade grandes vultos da história goiana, conforme documentos de seu arquivo, um dos maiores subsídios para pesquisas acerca do catolicismo goiano, cujos registros se dão a partir de 1757.
 
[[File:Irmandade do Santíssimo - Procissão de Ramos - Século XIX.jpg|thumb|250px|Irmandade do Santíssimo - Procissão de Ramos - Século XIX]]
 
==Estrutura e organização==
 
[[Ficheiro:Irmandade_do_Santissimo_Pirenopolis_-_Festa_do_Rosario_2018.jpg|thumb|250px|Grêmio da Irmandade do Santíssimo reunida na Festa do Rosário em 2017]]
A Irmandade de Pirenópolis ortodoxamente segue as disposições de seu Compromisso, o qual diretriz a hierarquia, deveres e fazeres.
 
O primeiro compromisso (atualmente chamado de estatuto) segundo JAYME perdeu-se com o tempo. No arquivo da Irmandade possui 2 Estatutos históricos o mais antigo aprovado em Mesa em 23 e maio de 1874, e o atual, de 21 de abril de 1911, autorizado por Dom Prudêncio Gomes da Silva, Bispo de Goiás, a qual diocese pertencia a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, consequentemente a Irmandade. Está sendo elaborado pela Diretoria o novo Estatuto da Irmandade, tendo em vista as novas diretrizes da Igreja, Constituição Brasileira, Código de Direito Canônico e o Concílio Vaticano Segundo.
 
A hierarquia segue tradicionalmente o modelo dos primeiros documentos da instituição, sendo dirigida por uma Mesa Diretora, que tem o ordinário diocesano local como seu prior. A administração compete a Mesa Diretora eleita pelos membros da Irmandade a cada o 202 anos. A presidência é exercida pelo Provedor, auxiliados pelo Tesoureiro, Secretário, Procurador, 4 zeladores e formada pelo grêmio da Irmandade ao qual compete a continuidade da mesma.
 
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