Romário: diferenças entre revisões

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| imagem = Foto oficial de Romário (v. AgSen).jpg
| imagem_tamanho = 250px
| imagem_legenda = Romário de Souza Faria.
| nome = Romário
| título = [[Senado Federal do Brasil|Senador]] pelo [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]
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| partido = [[Partido Socialista Brasileiro|PSB]] {{small|(2009–2017)}}<br />[[Podemos (Brasil)|PODE]] {{small|(2017–presente)}}
| profissão = [[Empresário]]
| conjuge-tipo =
| etnia = Afro-brasileiro
}}
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Em maio de 2007, Romário tornou-se o segundo brasileiro que se tem registro a chegar à marca do milésimo gol na carreira futebolística. No mesmo ano, seu nome batizou o [[Estádio Romário de Souza Faria|estádio do Duque de Caxias]], cujo nome popular também lhe faz referência: Marrentão.
 
== Infância e juventude ==
Filho de Edevair de Souza Faria e Manuela Ladislau Faria, morou na comunidade do [[Jacarezinho (Rio de Janeiro)|Jacarezinho]] até os três anos de idade, quando mudou-se para a [[Vila da Penha]]. Lá jogou no time de futebol do Estrelinha, fundado por seu pai, o que era uma maneira de incentivá-lo à prática dos esportes. É no asfalto e nas quadras de futebol de salão que aprende a jogar.<ref name = "placar1290">"Romário 40 Anos", Lédio Carmona e André Rizek, ''Placar'' número 1290, Editora Abril, dezembro de 2005, págs. 62-69</ref> Com pouco tempo já era destaque entre os garotos, e já jogava entre os mais velhos.
 
Em 1979, um olheiro o levou para fazer testes no infantil do {{Futebol Olaria}}, de cara ele é artilheiro e campeão carioca na categoria infantil em 1979. Destaque entre os jogadores da equipe, foi levado depois ao Vasco da Gama, mas foi obrigado a fazer um "estágio" de um ano, pois o jogador não tinha condições legais de ingressar no clube por causa de sua tenra idade, já na categoria juvenil e juniores do Vasco, consegue por três anos seguidos ser artilheiro do campeonato carioca nos anos de 1982,1983 e 1984 e Bi-Campeão 1983 e 1984, mostrando assim que estava surgindo o maior artilheiro de todos os tempos do futebol.
 
== Carreira esportivaJogador ==
{{Info/Treinador
|nome = Romário
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Em 1995, foi contratado pelo {{Futebol Flamengo}}, naquela que foi considerada por jornalistas e ex-jogadores como a maior contratação da história do futebol brasileiro.<ref name="contratacao_fla"/>
 
=== AtuaçãoClubes em clubes ===
==== Início no Vasco ====
No Vasco, Romário iniciou a sua carreira profissional em 1985, promovido ao time principal por [[Antônio Lopes dos Santos|Antônio Lopes]].<ref name = "placar1290" /> Sua estreia em jogos oficiais ocorreu em 6 de fevereiro, na vitória vascaína por 3–0 sobre o {{Futebol Coritiba}}, partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Romário entrou no segundo tempo, no lugar de [[Mário Tilico]].<ref>{{citar web || url = http://www.netvasco.com.br/news/noticias13/38905.shtml || titulo = Netvasco: Há 22 anos, Romário estreava como profissional ||acessodata= 3 de fevereiro de 2008}}</ref> Já seu primeiro gol foi marcado a 18 de agosto, em um amistoso contra o time do [[Associação Atlética Nova Venécia|Nova Venécia]], marcando duas vezes em uma goleada de 6–0 sobre a equipe [[Espírito Santo (estado)|capixaba]].<ref>{{citar web |url = https://globoesporte.globo.com/es/futebol/noticia/na-historia-do-idolo-romario-nova-venecia-se-transforma-em-reduto-do-vasco.ghtml |título = Na história do ídolo Romário, Nova Venécia se transforma em reduto do Vasco|obra=globoesporte.com|data = 21 de dezembro de 2017|acessodata = 21 de dezembro de 2017}}</ref>
 
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Em 1988, conquista novo campeonato Carioca e integra a Seleção Brasileira que vai às [[Jogos Olímpicos de Verão de 1988|Olimpíadas de Seul]]. Romário termina os Jogos Olímpicos como artilheiro com sete gols, um deles na final. O PSV Eindhoven, recém-campeão da [[Liga dos Campeões da UEFA|Copa dos Campeões da UEFA]], aparece e contrata duas estrelas daquelas Olimpíadas: ele e o [[Zâmbia|zambiano]] [[Kalusha Bwalya]].
 
==== PSV Eindhoven ====
[[Imagem:Training PSV voor de Europa Cup I wedstrijd tegen Real Madrid, voetballer Romari, Bestanddeelnr 934-4107.jpg|thumb|direita|250px310x310px|Romário durante treino do [[PSV Eindhoven]] em 27 de fevereiro de 1989.|alt=|esquerda]]
Romário transferiu-se para o PSV por US$ 6 milhões de dólares estadunidenses, sendo na época a mais cara contratação brasileira por um clube estrangeiro ultrapassando a que era até então a maior que havia sido a de Zico que foi vendido para a [[Udinese Calcio|Udinese]] da Itália por US$ 4 milhões de dólares em 1983.<ref name = "placar1290" /> Romário teve realmente um mega contrato, além do salário de US$ 1 milhão de dólares por temporada com mordomia, US$ 1 milhão de dólares de luvas, uma casa com vários quartos e todos os empregados necessários, equipamento de som e vídeo da PHILIPS, um carro Opel GSI, 10 passagens aéreas por ano entre Holanda e Brasil, liberdade para fazer qualquer publicidade no mundo inteiro, contrato publicitário com a PHILIPS do Brasil, curso de inglês e holandês para ele e sua esposa Mônica Santoro, um intérprete, cursos em faculdades locais e se seu passe fosse vendido por mais de US$ 3,7 milhões de dólares para outro clube ele teria direito a 15% de tudo que excedesse a esse valor.<ref>{{citar web|url=https://books.google.com.br/books?id=o-uMShqYr4wC&pg=PA28&dq=romario+6+milh%C3%B5es+de+d%C3%B3lares&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjmkPnM-47aAhXJl5AKHQ6gACcQ6AEILTAB#v=onepage&q=romario+6+milh%C3%B5es+de+d%C3%B3lares&f=false|título=Placar Magazine|primeiro =Editora|último =Abril|data=14 de outubro de 1988|publicado=Editora Abril|via=Google Books}}</ref> O técnico da equipe [[Países Baixos|neerlandesa]], [[Guus Hiddink]], veio pessoalmente ao [[Brasil]] para participar das negociações.<ref name = "placar1321">"O Segredo de Hiddink", Marcel Rözer, ''Placar'' número 1321, Editora Abril, agosto de 2008, págs. 84-87</ref>
 
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{{quote2|''O jogador mais interessante com quem já trabalhei foi Romário. Era o tipo de cara que fazia gols com facilidade. Antes de partidas cruciais, quando se está um pouco nervoso, ele chegava para mim e dizia "''coach'', tranquilo, Romário vai marcar e nós vamos ganhar". E ele realmente marcava. Nem todas as vezes, mas em oito de dez jogos como aqueles ele marcaria o gol da vitória''|Guus Hiddink<ref name="placar1321" />}}
 
==== Barcelona ====
Romário chega ao Barcelona como o jogador brasileiro mais bem pago do mundo com um salário de US$ 1,4 milhões de dólares por temporada<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/25/esporte/11.html|título=Folha de S.Paulo - Barcelona multa Rom�rio em US$ 77 mil - 25/8/1994|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/06/esporte/4.html|título=Folha de S.Paulo - Sequestro vale mais que passe de Rom�rio - 6/5/1994|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref> e tem um início arrasador no clube catalão. Na pré-temporada, marca quatorze gols em oito partidas, seu primeiro título veio em cima do São Paulo no Torneio Tereza Herrera, em que o Romário faz o gol do título de cabeça na final.<ref name="placar1251" /> Conseguiu também, para a surpresa geral, a amizade do temperamental Hristo Stoichkov, que não escondera da imprensa seu descontentamento inicial com a chegada de um quarto estrangeiro — na época, as regras só permitiam três em campo, e o Barcelona já reunia, além do [[búlgaros|búlgaro]], o neerlandês [[Ronald Koeman]] (ex-colega de PSV) e o [[Dinamarqueses|dinamarquês]] [[Michael Laudrup]], todos já consagrados no clube.<ref name = "fourfourtwo14" /> De fato, Cruijff teve de revezar os quatro em um rodízio que pouco os agradava, mas logo Romário se destaca e é eleito o segundo melhor jogador do mundo pela FIFA em 1993.<ref name = "fourfourtwo14" />
 
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No Barcelona, Romário viveu o período mais brilhante tido pelo clube até então,<ref name = "placar1277" /> momento bastante acompanhado por telespectadores do mundo inteiro, com muitos deles passando a torcer pelo ''Barça'' a partir dali.<ref>[http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=45&id=21471 "Qual Barça foi melhor?", Pedro Venâncio, ''Trivela.com'']</ref> Ele também acabaria responsável por reiniciar a trajetória de sucesso de jogadores brasileiros na equipe. Até então, o único que fora ídolo havia sido [[Evaristo de Macedo]], na [[década de 1950]]. Entre ambos, passaram pelo clube outros seis brasileiros, incluindo [[Marinho Peres]] e [[Roberto Dinamite]], todos sem êxito.<ref>"Especial Barça", Daniel Setti, ''FUT Lance!'', número 05, abril de 2009, Areté Editorial, págs. 30-49</ref> Depois da passagem fugaz, mas brilhante, de Romário, o ''Barça'' teria sucesso particular com outros brasileiros de nomes iniciados em [[R]] — [[Ronaldo Luís Nazário de Lima|Ronaldo]], [[Rivaldo]] e [[Ronaldinho Gaúcho]], além também de [[Giovanni Silva de Oliveira|Giovanni]], [[Thiago Motta]], [[Edmílson]], [[Juliano Haus Belletti|Belletti]], [[Daniel Alves]], Neymar e [[Deco (futebolista)|Deco]] (este último, após naturalizar-se [[Portugal|português]]). A última lembrança vitoriosa do Romário com a camisa catalã ocorreu em 21 de Dezembro de 1994 quando ele ao lado do búlgaro Stoichkov levantou o prêmio Onze [[Onze d'Or|d'Or]] de melhor jogador da temporada na Europa em 1994 para a torcida do Barcelona em pleno Camp Nou.<ref>{{citar web|url=https://www.sport.es/es/noticias/barca/huella-del-barcelona-historia-del-balon-oro-3844510|título=La huella del FC Barcelona en la historia del Balón de Oro - balon-oro|primeiro =|último =Sport|data=12 de janeiro de 2015|website=sport}}</ref>
 
==== Flamengo e empréstimos ao Valencia ====
No início de 1995 o Flamengo contrata o jogador, em uma inusitada jogada de [[marketing]], após cerca de três a quatro meses de negociações com o Barcelona, facilitadas com a colaboração do próprio Romário. O negócio foi feito graças a uma mobilização de empresas desejosas em ter, em contrapartida, a imagem do craque. Em agosto de 2019, em uma enquete realizada pelo site [[Globoesporte.com|GloboEsporte.com]] com 100 pessoas, entre jornalistas e ex-jogadores, essa contratação foi eleita a maior da história do futebol brasileiro.<ref name="contratacao_fla">[https://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/ronaldo-ronaldinho-romario-jornalistas-elegem-a-maior-contratacao-do-futebol-brasileiro.ghtml globoesporte.globo.com/] ''Ronaldo? Ronaldinho? Romário? Jornalistas elegem a maior contratação do futebol brasileiro''</ref>
 
Romário foi o 1º jogador jogando fora da Europa (e o único até hoje, já que no anúncio da FIFA, na época feito no dia 30 de janeiro de 1995 em Lisboa, ele já estava oficialmente contratado pelo Flamengo, onde já tinha inclusive estreado<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/1/10/esporte/20.html|título=Folha de S.Paulo - Flamengo anuncia contratação de Romário - 10/1/1995|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/1/31/esporte/13.html|título=Folha de S.Paulo - Atacante é escolhido melhor jogador do mundo - 31/1/1995|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref>) a ser eleito o [[melhor jogador do mundo pela FIFA em 1994|Melhor Jogador do Mundo pela FIFA em 1994]], devido ao seu bom desempenho pelo Barcelona e papel decisivo no [[Copa do Mundo de 1994|tetracampeonato mundial brasileiro]]: para isso, [[Brahma (cervejaria)|Brahma]], [[Banco Real]], [[Rede Bandeirantes]] e [[Multiplan]] forneceram os recursos para a contratação do ''Baixinho'' que chegou como o jogador mais bem pago do Brasil com salário de R$ 62,5 mil mensais.<ref>{{citar web|url=https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/02/09/em-1995-romario-tinha-o-maior-salario-do-brasil-pato-ganha-12-vezes-mais.htm|título=Em 1995, Romário tinha o maior salário do Brasil. Hoje, Pato é o número 1|website=UOL Esporte}}</ref> Como grande contratação do ano em que o Flamengo festejava seu centenário, Romário chegou festejado pelos flamenguistas, fazendo desfile, em carreata, para 1 milhão de pessoas,<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/1/15/esporte/4.html|título=Folha de S.Paulo - Para a PM, 1 milh�o de pessoas v�em desfile - 15/1/1995|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref> a despeito de desqualificar [[Zico]]: ''"Eu ganhei uma Copa, ele não"''.<ref name = "século" /><ref name = "século" /><ref name = "estátua">[http://www.dgabc.com.br/News/631972/eurico-ameaca-tirar-estatua-de-romario.aspx "Eurico ameaça tirar estátua de Romário", ''Diário do Grande ABC'']{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Ofusca a chegada de outro tetracampeão, curiosamente também consagrado em um rival, o Fluminense: [[Cláudio Ibraim Vaz Leal|Branco]].
 
Romário começou bem, conseguindo o título da [[Taça Guanabara de 1995]] marcando três vezes na final contra o {{Futebol Botafogo}}. O título estadual, todavia, ficaria com o time de melhor campanha em um octogonal final. Na véspera da partida decisiva, contra o Fluminense, Romário desentende-se com o técnico [[Vanderlei Luxemburgo]].<ref name = "placar1290" /> Chega a marcar na partida mas não termina o campeonato com a artilharia, que seria de [[Túlio Maravilha]], do Botafogo, e o título fica com o Fluminense, em uma das partidas mais lembradas do clássico: com a vantagem do empate, o Flamengo chegou a alcançar a igualdade após estar perdendo por 0 x 2, mas o ''Tricolor'' consegue a vitória no final, no famoso gol de barriga de [[Renato Gaúcho]] (que assim fica também com o título simbólico de [[Rei do Rio]]).
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Para o [[Campeonato Brasileiro de 1995]], a diretoria flamenguista tenta superar a decepção, contratando [[Edmundo (futebolista)|Edmundo]] para formar com Romário e [[Sávio Bortolini Pimentel|Sávio]] o "melhor ataque do mundo". Além do ''Animal'', credenciado com uma passagem vitoriosa pelo {{Futebol Palmeiras}} e ex-ídolo também do rival Vasco, chegam ainda [[Ronaldo Rodrigues de Jesus|Ronaldão]] (outro tetracampeão), [[Djair Kaye de Brito|Djair]] e [[Luís Carlos Winck]].<ref name = "experiencia" /> A amizade com Edmundo, que resulta até em um [[rap]] de ambos, apresentado na chegada do reforço,<ref>[http://www.letras.com.br/romario-e-edmundo/rap-dos-bad-boys "Letra Rap dos Bad Boys de Romário e Edmundo", ''Terra'']</ref> porém, não resulta em gols suficientes para levar o Flamengo às fases decisivas do Brasileirão — para piorar, vencido pelo rival Botafogo. Paralelamente, a equipe vinha bem na [[Supercopa Libertadores 1995]], chegando à final contra o {{Futebol Independiente}}. Após perder por 0 a 2 na [[Argentina]], o Flamengo venceu, com um gol de Romário, na volta, mas por apenas 1 a 0, perdendo a última oportunidade de conseguir uma taça no centenário.
 
No ano de 1995, fica em 4º lugar na eleição de Melhor do Mundo da FIFA pelo seu desempenho, um grande feito para um jogador que atuou a temporada inteira no Brasil. Em 1996 o Flamengo conquista o Campeonato Carioca de forma invicta. Romário, mais uma vez, é artilheiro do estadual. O Flamengo conquista também a [[Copa Ouro Sul-Americana]]. Romário não fica para o [[Campeonato Brasileiro de 1996]]: Em 10 de junho de 1996, ele se envolve em uma transação mal sucedida, que trouxe de volta o atacante [[Bebeto]], e o ''Baixinho'' acaba emprestado ao Valência que demonstrava interesse desde 1993 em ter o jogador.<ref>{{citar web|url=https://elpais.com/diario/1996/06/10/deportes/834357608_850215.html|título=Romario, camino de España con el Valencia|primeiro =Ediciones El|último =País|data=10 de junho de 1996|publicado=|via=elpais.com}}</ref> Naquele ano, o rubro-negro termina em 14.º lugar no Campeonato Brasileiro. Romário chega no Valência como o jogador mais bem pago do mundo com um salário de '''US'''$ 3,6 milhões de dólares<ref name="auto"/> por temporada, mas pouco dura no Valencia ganhando apenas dois torneios, Torneio Naranja em cima do próprio Flamengo, marca apenas um gol contra o Perugia na competição e o Troféu de la Generalitat Valenciana no qual ele também marca apenas um gol contra o Feyenoord, logo após desentende-se com o técnico [[Luis Aragonés]] e vê-se isolado no elenco, que apoia o treinador.<ref name = "elpaís">{{citar web|url=http://www.elpais.com/articulo/deportes/ROMARIO_DE_SOUZA_/FUTBOLISTA/BRASIL/VALENCIA_CLUB_DE_FUTBOL_SAD/FLAMENGO_/CLUB_DE_FUTBOL/BRASIL/LIGA_ESPANOLA_1996-97/Flamengo/pide/Valencia/cesion/Romario/partir/diciembre/elpepidep/19960917elpepidep_4/Tes|título=El Flamengo pide al Valencia la cesión de Romario a partir de diciembre|primeiro =Ediciones El|último =País|data=17 de setembro de 1996|publicado=}}</ref> Apesar do interesse de Vasco, {{Futebol São Paulo}} e até do {{Futebol Boca Juniors}}, onde atuaria com [[Diego Maradona]] e [[Claudio Caniggia]], o jogador programou, ainda antes do fim do ano, sua volta ao Flamengo, após lesionar-se no final de setembro, mesmo assim ainda fica em 10º lugar na eleição de Melhor do Mundo da FIFA pelo seu desempenho no ano de 1996.<ref name = "elpaís" />
 
EmNo 1997dia 26 de outubro de 1996, retorna ao Flamengo em um período de empréstimo até 25 de julho de 1997 e vai com o Flamengo a duas decisões, mas ambas são perdidas em empates por 2 a 2: o [[Torneio Rio-São Paulo]], contra o {{Futebol Santos}}, e a [[Copa do Brasil de Futebol|Copa do Brasil]], contra o {{Futebol Grêmio}}, em que ele chega a marcar. Resta-lhe apenas sua terceira artilharia seguida no Cariocão. Tornou-se também o segundo jogador a marcar gols contra os 4 grandes paulistas no mesmo ano.<ref name="ESPN">[http://espn.uol.com.br/post/433335_o-incrivel-e-inedito-feito-de-alan-kardec-gols-nos-quatro-grandes-no-mesmo-ano-jogando-por-eles espn.uol.com.br/] {{Wayback|url=http://espn.uol.com.br/post/433335_o-incrivel-e-inedito-feito-de-alan-kardec-gols-nos-quatro-grandes-no-mesmo-ano-jogando-por-eles |date=20140819083240 }} ''[[Alan Kardec (futebolista)|Alan Kardec]] comenta seu incrível e inédito feito: gols nos quatro grandes no mesmo ano jogando por eles''</ref> Flamengo ganha a Copa dos Campeões Mundiais, sem ele, pois estava se recuperando de uma lesão e esperando um definição se continuaria ou não no Flamengo. Joga apenas quatro partidas no [[Campeonato Brasileiro de 1997]], marcando seus três gols em um único jogo, em um 4 a 1 contra o {{Futebol Goiás}}, chega a ser pedido por Ronaldo para a Inter de Milão contratá-lo para jogarem juntos no time italiano,<ref>https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk060610.htm</ref> porém, ele retorna para um novo curto período no Valencia e, sem ele, o Flamengo até consegue chegar às fases finais do Brasileirão, mas é eliminado para o Vasco — futuro campeão.
 
No Valencia, ele tem novas frustrações: [[Jorge Valdano]], que pedira pela sua volta,<ref name = "valdano">{{citar web|url=http://www.elgrafico.com.ar/2008/06/02/C-1196-a-libro-abierto.php?vv=1&vote=4|título=A LIBRO ABIERTO|publicado=}}</ref> demonstra tolerar o comportamento boêmio do atacante, declarando posteriormente que, de fato, o contrato do astro previa em uma cláusula essa liberdade para o ''Baixinho''.<ref name = "valdano" /> Valência inicia ganhando a Copa Fuji, sem ele, pois Jorge Valdano prefere poupá-lo para os jogos seguintes, a reestreia de Romário acontece em um amistoso contra o Atlético de Madrid, onde ele marca um golaço de fora da área, inclusive, foi escolhido pelo próprio Romário entre um dos gols mais bonitos da carreira dele, alguns dias depois, Romário ganha o Troféu Agrupacio de Penyes Valencianistes com ele sendo capitão e marcando um gol na decisão por pênaltis em cima do Racing Santander, pouco tempo depois, Romário machuca-se. Valdano cai logo após a terceira rodada do campeonato espanhol<ref name = "valdano" /> e quando Romário recuperou-se, desentendeu-se com o novo treinador, [[Claudio Ranieri]].<ref>"Brincadeiras", Tostão, ''Folha de S.Paulo'' de 10 de fevereiro de 2010</ref> Romário acaba deixado na reserva de [[Marcelinho Carioca]]<ref name = "placar1290" /> e mesmo com o interesse de mais um clube italiano em tê-lo, dessa vez o Napoli,<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fol/esp/s2051005.htm|título=UOL - Brasil Online - Romário comemora gol 600 com jogo de futevôlei 23/01/98 22h06|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref> Romário prefere voltar para o Brasil e logo acerta novo retorno ao Flamengo, em definitivo, no dia 18 de dezembro de 1997, para o início de 1998.
 
O ano não se mostra muito melhor: o Estadual, onde é pela quarta vez consecutiva o artilheiro, fica com o Vasco e, no Brasileirão, o time não encontra um padrão de jogo e fica de fora das fases finais. Mais do que isso, Romário acaba cortado da [[Copa do Mundo de 1998]]. Em 1999, o título estadual é, sobre o favorito Vasco de Edmundo, reconquistado, e Romário emenda sua quinta artilharia seguida no torneio. Ele se destaca também no Torneio Rio-São Paulo, mesmo com o time não chegando às fases finais: ao driblar [[Alexandre da Silva Mariano|Amaral]] com um elástico e completar a jogada com um gol sem ângulo,<ref>[http://espn.uol.com.br/video/669289_18-anos-de-um-drible-magico-dataespn-analisa-elastico-de-romario-em-amaral espn.uol.com.br/] ''18 anos de um drible mágico: DataESPN analisa elástico de Romário em Amaral''</ref> ele é aplaudido pela torcida adversária, em um 3 a 0 sobre o {{Futebol Corinthians}} em pleno [[Estádio Paulo Machado de Carvalho|Pacaembu]].<ref name = "jogoshistóricos" />
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Sem clube, Romário acerta seu retorno ao Vasco da Gama, depois de onze anos. Deixou o Flamengo como o quarto maior artilheiro do clube ao lado de Pirillo, com 204 gols em 240 jogos,<ref name="placar1251" /> atrás apenas de Henrique Frade, [[Edvaldo Alves de Santa Rosa|Dida]] e do desafeto [[Zico]]. Tendo marcado 46 gols naquele ano, recebe a primeira [[Chuteira de Ouro da Revista Placar]].
 
==== Primeiro retorno ao Vasco ====
Ainda em 1999, chega ao Vasco sendo o jogador mais bem pago do Brasil ao lado de Edmundo, ambos recebem um salário de R$ 450 mil reais mensais<ref>{{citar web|url=https://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/rep_edmundo.htm|título=Terra - ISTO� GENTE - Animal enciumado|website=www.terra.com.br}}</ref> pela diretoria do Vasco, joga amistosos na volta à equipe em que o revelou, marcando contra o {{Futebol Santa Cruz}} e o [[Raja Club Athletic|Raja Casablanca]].<ref name="placar1251" /> Com o Vasco, disputa [[Campeonato Mundial de Clubes da FIFA 2000|o primeiro Mundial de Clubes da FIFA]], reeditando na equipe a dupla com Edmundo — abalada fora de campo anos antes, quando o ''Animal'' não concordou com as provocações de Romário a [[Zagallo]] e [[Zico]] na casa noturna que o ''Baixinho'' inaugurara pouco tempo após seu corte na [[Copa do Mundo de 1998]], o Café do Gol. Romário marca três vezes no mundial: duas contra o Manchester United e uma contra o {{Futebol Necaxa}}, ambos na primeira fase do torneio e termina como artilheiro do mundial. Na final, em pleno [[Maracanã]], o Vasco acaba perdendo para o Corinthians nos pênaltis e Romário experimenta vaias.<ref name = "placar1290" />
 
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No primeiro semestre de 2002, ainda marca 26 gols pelo Vasco,<ref name="placar1251" /> mas arranja atritos com a torcida, respondendo a insultos com gestos obscenos.<ref name = "placar1277" /> Sem clima, especialmente após não ser chamado por Scolari para a [[Copa do Mundo de 2002]], deixa o Vasco mais uma vez.
 
==== Fluminense e breve passagem pelo Qatar ====
Romário reaparece no segundo semestre de 2002 como jogador do Fluminense, o terceiro grande carioca a defender — curiosamente, experimentando outra vez a sensação de ser a grande contratação de uma equipe que completava o centenário, Romário já chega causando incômodo aos jogadores do clube devido o fato do baixinho ser contratado pra receber o maior salário do time R$170 mil por mês,<ref>{{citar web|url=https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,romario-nao-leva-paz-ao-fluminense,20020801p69334|título=Romário não leva paz ao Fluminense - Esportes|website=Estadão}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0208200215.htm|título=Folha de S.Paulo - Romário se apresenta hoje, mas já gera atrito entre jogadores e o Flu - 02/08/2002|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref> sendo que os jogadores já estavam com meses de salários atrasados . Em sua estreia, contra o Cruzeiro, já válida pelo [[Campeonato Brasileiro de 2002]], leva mais de 70 mil pessoas ao [[Maracanã]] e corresponde às expectativas, marcando duas vezes em uma goleada de 5 a 1.<ref>"Estreia, melhor, estraga", ''Placar'' número 1248, outubro de 2002, Editora Abril, pág. 78</ref>
 
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Sem um bom ambiente, seu contrato não se renova.
 
==== Terceira passagem pelo Vasco ====
No início de 2005 há uma indefinição sobre a continuação de sua carreira profissional. Fontes no início do ano chegam a afirmar que ele encerraria de fato a carreira, mas o jogador desconfirma: no dia 23 de janeiro ele faz sua primeira partida do ano, com a camisa do Vasco. Romário surpreende outra vez, ficando na vice-artilharia do Carioca, embora o clube não chegue às finais.<ref name = "placar1290" />
 
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Próximo ao milésimo gol, Romário motiva-se a continuar jogando, recebendo total apoio do Vasco: o clube oficialmente anuncia o ''Projeto Romário 1000 Gols'', que gera polêmica por transformar jogos-treino contra equipes fracas em amistosos com súmula e uniforme oficial, para facilitar o desejo de Romário.<ref name = "placar1291">"Mil polêmicas", Maurício Barros, ''Placar'' número 1291, Editora Abril, fevereiro de 2006, pág. 29</ref>
 
==== Estados Unidos e Austrália ====
Em meio ao baixo rendimento e desconforto que suas regalias geravam nos colegas,<ref name = "placar1295">"Santa separação", Lédio Carmona, ''Placar'' número 1295, junho de 2006, Editora Abril, págs. 92-93</ref> acaba saindo no início de 2006; quando surge a proposta do [[Miami FC|Miami]], Vasco e Romário decidem aceitá-la: em uma liga menos forte, ele teria melhores condições de se aproximar do milésimo gol, havendo o compromisso moral de retornar ao Vasco para marcá-lo.<ref name = "placar1300">"Pra canguru ver", Luís Fernando Tinoco, ''Placar'' número 1300, novembro de 2006, Editora Abril, págs. 44-45</ref>
 
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A passagem pelo Adelaide não é boa, com apenas um gol marcado. Em janeiro de 2007, volta pela terceira vez ao Vasco da Gama, acertando sua quarta passagem pelo time.
 
==== Quatro vezes Vasco ====
Romário defende a equipe no Carioca, onde alcança o gol 998 antes de um clássico contra o Flamengo. No jogo contra o Fla, o Vasco vinha vencendo por 2 a 0 e Romário marca o 999.º gol da carreira a dez minutos do fim. Aos 42 minutos do segundo tempo, ele tem a chance de fazer o milésimo, mas o goleiro [[Bruno Fernandes das Dores de Souza|Bruno]] impede com a ponta do pé direito.<ref name = "placar1306">"Mil vezes não", ''Placar'' número 1306, maio de 2007, Editora Abril, pág. 13</ref> Romário tem duas chances em outros dois clássicos, ambos contra o Botafogo, mas passa em branco nos dois. Em um deles, o time é eliminado nos pênaltis da decisão, sem que ele cobrasse.
 
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{{quote2|"''Pensei, repensei e decidi parar. Depois de seis meses sem jogar, era difícil voltar para jogos oficiais. É hora de dizer "Parei". (...) Oficialmente não jogo mais. Parei. Minha fase passou. Tenho consciência de que tudo foi muito divertido.''"<ref>[http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/0,,MUL401222-4274,00-ROMARIO+ANUNCIA+APOSENTADORIA.html globoesporte.globo.com/] ''Romário anuncia aposentadoria''</ref>|}}
 
==== America ====
[[Imagem:TIME 2009 CAMPEAO.jpg|thumb|direita|250px|America campeão estadual da [[Campeonato Carioca de Futebol de 2009 - Série B|Série B]], capitaneado por Romário.]]
Em 12 de agosto de 2009, Romário surpreendeu o Brasil ao anunciar sua volta aos gramados para defender o [[America Football Club|America]], na [[Campeonato Carioca de Futebol de 2009 - Série B|Segunda Divisão do Campeonato Carioca]]. Segundo o ''Baixinho'', era para realizar um sonho de seu pai Edevair, notório [[torcedor]] americano, falecido em 2008.<ref>{{Citar web |url=http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI3919462-EI1973,00-Romario+surpreende+e+anuncia+volta+ao+futebol+pelo+AmericaRJ.html |título=Romário surpreende e anuncia volta ao futebol pelo América-RJ'' |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=12 de agosto de 2009 }}</ref> Romário já havia prometido ao pai, anos antes, que encerraria a carreira no clube.<ref name = "século" />
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Já sua estreia profissional pelo clube carioca ocorreu em 25 de novembro de 2009, na vitória sobre o {{Futebol Artsul}}, que deu ao America o título do [[Campeonato Carioca de Futebol de 2009 - Série B|Campeonato Carioca da segunda divisão]] e marcou o retorno à elite em 2010. Mas esse retorno acabou sendo breve. Após a primeira e única partida oficial com a camisa do America, o ''Baixinho'' acabou assumindo a função de dirigente do clube e aparentemente encerrou de vez sua vitoriosa carreira de jogador.<ref name = "placar1334">"Caiu a casa, Baixinho?", Flávia Ribeiro, ''Placar'' número 1334, Editora Abril, setembro de 2009, págs. 44-48</ref>
 
=== Atuação na Seleção Brasileira ===
==== 1985-1990 ====
Romário começou a jogar pela Seleção Brasileira desde as categorias de base. Em 1985, já enfrentava problemas com treinadores, algo que o marcaria: irritado com a falta de foco de Romário, que gostava de passar o tempo paquerando as mulheres que via, o técnico [[Gílson Nunes]] não o coloca na lista dos jogadores que vai disputar (e vencer) o [[Campeonato Mundial de Futebol Sub-20]], na [[União Soviética]].<ref name = "placar1290" />
 
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Ele era um dos trunfos do Brasil para a [[Copa do Mundo de 1990]]. No entanto, a três meses do mundial, sofre uma lesão no Campeonato Neerlandês.<ref name = "placar1290" /> Trata-se com o fisioterapeuta Nilton Petroni, o Filé — o mesmo que cuidaria de Ronaldo —, e recupera-se a tempo de ir para a Copa.<ref name = "placar1290" /> No entanto, só entra na partida contra a [[Seleção Escocesa de Futebol|Escócia]] e não marca.<ref name = "placar1290" />
 
==== Copa do Mundo de 1994 ====
Após a Copa, segue na Seleção. No entanto, após questionar o técnico [[Carlos Alberto Parreira]] sobre ter sido chamado para um amistoso contra a [[Seleção Alemã de Futebol|Alemanha]] em 16 dezembro de 1992 e ficado no banco de reservas (sem ele, o Brasil vence por 3 a 1), acaba sendo deixado de lado, a despeito da boa fase que mantém no PSV e, posteriormente, no Barcelona.<ref>"Um Brasil Pragmático", Simon Talbot, ''FourFourTwo'' número 15, maio de 2010, Editora Cádiz, págs. 38-41</ref> Apesar do clamor popular, devido à decepcionante campanha rumo à [[Copa do Mundo de 1994]], que chega a incluir a primeira derrota brasileira nas Eliminatórias (0 a 2 para a [[Seleção Boliviana de Futebol|Bolívia]], em [[La Paz]]), Romário só volta a ser chamado na última partida, por conta da contusão de [[Luís Antônio Corrêa da Costa|Müller]].<ref name = "século" />
 
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{{quote1|As pessoas ficam me perguntando o que eu senti naquela hora do Baggio olhando para mim antes da final. Senti p... nenhuma! Eu ligava para o Baggio? Sabia que era um jogador importante da Itália e tal, mas meus conhecimentos sobre futebol são nulos! (...) Não sei escalação de nenhum time, não vejo futebol (...) Não assisto TV. Odeio novela, jornal, programa esportivo...<ref name = "mesa">"À mesa com o Baixinho", André Rizek, ''Placar'' número 1306, maio de 2007, Editora Abril, págs. 38-39</ref>|}}
 
==== Pós-1994 ====
Não chegou a jogar pelo Brasil nos anos de 1995 e 1996, quando a prioridade do técnico Zagallo era testar jogadores jovens, aceitáveis pelas regras do [[futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1996|futebol nas Olimpíadas de 1996]]. Voltou em 1997, disputando e vencendo naquele ano uma Copa América e uma [[Copa das Confederações]], fazendo elogiada dupla com Ronaldo, dez anos mais novo e que seguia seus passos, no coração dos brasileiros e ao ter trocado também o PSV pelo Barcelona.
 
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Em 2004, voltou a vestir a camisa da Seleção em dois amistosos que reuniram veteranos de 1994. A CBF apoiou, cedendo uniformes oficiais e até o treinador, que era novamente Parreira.<ref name = "placar1276" /> As duas partidas, contra o [[Seleção Mexicana de Futebol|México]], marcavam também a despedida do goleiro adversário, [[Jorge Campos]].<ref name = "placar1276" /> Ainda assim, faria mais uma partida para despedir-se, em 25 de abril de 2005, contra a [[Seleção Guatemalteca de Futebol|Guatemala]]. Ele marca o segundo gol da vitória por 3 a 0 — tento que ele dedicaria à recém-nascida filha Ivy, possuidora de [[síndrome de Down]], ao exibir uma camisa que vestia por baixo do manto canarinho, com a frase ''"Tenho uma filhinha Down que é uma princesinha"''<ref>[http://veja.abril.com.br/040505/gente.html "A comemoração do pai de Ivy", Lizia Bydlowski, ''Veja'']</ref> — e chora ao sair para ser substituído, aplaudido de pé pelos torcedores.<ref name = "placar1290" />
 
==== Romário e os mais de 1000 gols ====
Romário é o terceiro maior artilheiro do futebol mundial atrás de Arthur Friedenreich e Pelé, porém, contando apenas jogos oficiais, é o maior artilheiro de todos os tempos. Ele também é o quarto maior artilheiro com a camisa da Seleção Brasileira, atrás de Pelé, Ronaldo e Neymar. Porém, sua média de gols pela Seleção supera os três.
 
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Romário voltou a campo no último domingo de junho de 2008. O ex-atacante participou de um jogo festivo nas [[Ilhas Cayman]] pela ''Seleção do Resto do Mundo'', contra a seleção local. A partida foi para celebrar o encerramento da carreira do melhor jogador das Ilhas, Lee Ramoon, que jogou 25 anos pela seleção do país. Romário, aos 27 minutos da etapa final, cobrando pênalti sofrido pelo jamaicano Kevin "Pelé" Wilson, fez 2 a 1 para os visitantes, contabilizando 1003 gols. A ''[[Rede Globo]]'' também achou em 2007 três gols que não foram contados na carreira do baixinho: um pela seleção do tetra de 1994 (um amistoso no qual reuniu craques do torneio, como Bebeto) e outros dois de jogos que o Vasco da Gama havia feito ainda antes de Romário ir para a Europa, nos anos 1980. Logo, se forem contados esses três gols, a sua conta chega a ''1006''. Já para a ''Placar'', os gols válidos da carreira de Romário seriam 925.<ref>"Novas fora: o sumiço do artilheiro", Marcos Sérgio Silva, ''Placar'' número 1352, março de 2011, Editora Abril, págs. 54-61</ref>
 
== Carreira políticaPolítica ==
=== Deputado federalFederal ===
[[Imagem:CE - Comissão de Educação, Cultura e Esporte (16715874212).jpg|thumb|Romário discursando na comissão de Educação, Cultura e Esporte.]]
Em 2009, anunciou sua entrada na [[política]], filiando-se ao [[Partido Socialista Brasileiro|PSB]].<ref>{{Citar web|url=http://esporte.ig.com.br/futebol/2009/09/22/romario+se+filia+ao+psb+e+comete+gafe+8591948.html|titulo=Romário se filia ao PSB e comete gafe - iG Esporte / Futebol - IG|acessodata=2017-07-18|obra=esporte.ig.com.br}}</ref> Concorreu ao cargo de [[deputado federal]] pelo estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] nas [[Eleições estaduais no Rio de Janeiro em 2010|eleições de 2010]], sendo eleito o sexto candidato mais votado.
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No dia 4 de agosto de 2018, o [[Podemos (Brasil)|Podemos]] (PODE) oficializou, em convenção realizada no [[Club Municipal]], a candidatura de Romário ao [[Governo do Estado do Rio de Janeiro]] nas eleições daquele ano. Na ocasião, o nome de [[Marcelo Delaroli]] ([[Partido da República|PR]]), ex-policial militar, foi confirmado como candidato a vice-governador na chapa do ex-jogador de futebol.<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2018/noticia/2018/08/04/podemos-confirma-candidatura-de-romario-ao-governo-do-rj1.ghtml |título=Podemos confirma candidatura de Romário ao governo do RJ |ultimo=Rouvenat |primeiro=Fernanda |publicado=[[G1]] |data=4 de agosto de 2018 |acessodata=5 de agosto de 2018}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://oglobo.globo.com/brasil/aliviado-com-apoio-do-pr-romario-lanca-candidatura-ao-governo-do-estado-22949537 |título=Aliviado com o apoio do PR, Romário lança candidatura ao governo do estado |ultimo=Salles |primeiro=Stefano |publicado=[[O Globo]] |data=4 de agosto de 2018 |acessodata=5 de agosto de 2018}}</ref> O candidato da chapa para o [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] foi [[Miro Teixeira]] ([[REDE]]). Outro nome cotado para ser o candidato a senador da chapa foi o de [[Vivaldo Barbosa]] ([[PODE]]), egresso do [[Partido Pátria Livre]] (PPL) e que, devido à candidatura de Miro, não concorreu às eleições.<ref>{{Citar web |url=https://www.jb.com.br/rio/eleicoes_2018/2018/09/4265-vivaldo-faz-criticas-a-romario.html |título=Vivaldo faz críticas a Romário |publicado=[[Jornal do Brasil]] |data=7 de setembro de 2018 |acessodata=17 de dezembro de 2018}}</ref> No 1º turno, Romário obteve 664.511 votos (8,70% do total de votos válidos), ficando de fora do segundo turno e não se elegendo ao cargo disputado.<ref>{{Citar web |url=https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/resultados/candidatos-mais-votados-para-governador-do-rj/ |título=Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) disputam 2º turno no Rio de Janeiro |publicado=[[Gazeta do Povo]] |data=7 de outubro de 2018 |acessodata=17 de dezembro de 2018}}</ref>
 
== Vida pessoalPessoal ==
Filho de Edevair de Souza Faria e Manuela Ladislau Faria, Romário, casado três vezes na vida, tem seis filhos, com quatro diferentes mulheres. Com a primeira esposa, Mônica Santoro, teve Moniquinha e Romarinho.<ref name = "placar1290" /> Separado de Mônica devido a suas aventuras extraconjugais,<ref name = "fourfourtwo14" /> Romário depois casou-se com Danielle Favatto, com quem teve Daniellinha.<ref name = "placar1290" /> Danielle separou-se dele após a descoberta de que Romário tivera relacionamento extraconjugal com a atriz [[Edna Velho]], com quem teve Raphael.<ref name = "placar1290" /> Sua terceira esposa foi Isabelle Bittencourt, com quem teve Isabellinha e Ivy.<ref name = "placar1290" />