Cleópatra: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Jean-Baptiste Regnault - Death of Cleopatra - Google Art Project.jpg|miniaturadaimagem|300px|''A Morte de Cleópatra'' (1796–1797), por [[Jean-Baptiste Regnault]]]]
Otaviano entrou em Alexandria, ocupou o palácio e apreendeu os três filhos mais novos de Cleópatra.{{sfn|Roller|2010|p=146}}{{sfn|Southern|2009|p=155}} Quando encontrou-se com Otaviano, ela disse sem rodeios que "eu não serei conduzida num triunfo" ({{lang-grc|οὑ θριαμβεύσομαι|ou thriambéusomai}}), de acordo com [[Tito Lívio|Lívio]], um raro registro de suas palavras exatas.{{sfn|Roller|2010|pp=146–147, 213, footnote 83}}{{sfn|Gurval|2011|p=61}} Ele prometeu que a manteria viva, mas não deu explicações sobre seus planos futuros para o reino dela.{{sfn|Roller|2010|p=147}} Quando uma espiã a informou que Otaviano planejava mudar ela e seus filhos para Roma em três dias, ela se preparou para o suicídio, pois não tinha a intenção de desfilar num triunfo romano como sua irmã Arsinoe IV.{{sfn|Roller|2010|p=147}}{{sfn|Bringmann|2007|p=304}}{{sfn|Burstein|2004|p=31}} Não está claro se o suicídio de Cleópatra em 30 de agosto, aos 39 anos, ocorreu dentro do palácio ou de seu túmulo.{{sfn|Roller|2010|pp=147–148}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxiii, 31–32}} Dizem que ela estava acompanhada por seus servos Eiras e [[Charmion]], que também tiraram suas próprias vidas.{{sfn|Roller|2010|p=147}}{{sfn|Jones|2006|p=194}} Dizia-se que Otaviano ficou irritado com esse resultado, mas a enterrou da maneira real ao lado de Antônio em [[Túmulo de Marco Antônio e Cleópatra|seu túmulo]].{{sfn|Roller|2010|p=147}}{{sfn|Burstein|2004|p=65}}{{sfn|Jones|2006|pp=194–195}} O médico Olympos não explicou sua causa da morte, embora a crença popular é que ela permitiu que uma [[víbora]], ou [[Naja haje|cobra egípcia]], a mordesse e envenenasse.{{sfn|Roller|2010|pp=148–149}}{{sfn|Anderson|2003|p=56}}{{sfn|Burstein|2004|p=31}} Plutarco relata esse conto, mas sugere que um implemento ({{lang|grc|κνῆστις}}, {{transl|grc|knêstis}}, [[Tradução literal|lit.]] 'espinho, ralador') foi usado para introduzir a toxina por arranhões, enquanto Dião diz que ela injetou o veneno com uma agulha ({{lang|grc|[[:en:wikt:βελόνη#Ancient Greek|βελόνη]]}}, {{transl|grc|belónē}}) e [[Estrabão]] argumentou por uma pomada de algum tipo.{{sfn|Roller|2010|p=148}}{{sfn|Anderson|2003|p=56}}{{sfn|Burstein|2004|pp=31–32}}{{nota de rodapé|Para os relatos traduzidos de Plutarco e Dião, {{harvnb|Jones|2006|pp=194–195}} escreveu que o implemento usado para perfurar a pele de Cleópatra era um grampo.}} Nenhuma cobra venenosa foi encontrada em seu corpo, mas ela tinha pequenas feridas no braço que poderiam ter sido causadas por uma agulha.{{sfn|Roller|2010|pp=148–149}}{{sfn|Burstein|2004|pp=31–32}}{{sfn|Jones|2006|pp=194–195}}
 
Cleópatra decidiu, em seus últimos momentos, enviar Cesarião para o Alto Egito, talvez com planos de fugir para a [[Núbia]] [[Reino de Cuxe|cuxita]], Etiópia ou Índia.{{sfn|Roller|2010|p=149}}{{sfn|Burstein|2004|p=32}}{{sfn|Southern|2009|p=153}} Cesarião, agora Ptolemeu XV, reinaria por meros de 18 dias até ser executado por ordem de Otaviano em 29 de agosto de 30 aC, depois de retornar a Alexandria sob o falso pretexto de que o romano permitiria que ele fosse rei.{{sfn|Roller|2010|pp=149–150}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxiii, 32}}{{sfn|Skeat|1953|pp=99–100}} Estava convencido pelo conselho do filósofo [[Ário Dídimo]] de que havia espaço para apenas um César no mundo.{{sfn|Roller|2010|p=150}}{{nota de rodapé|{{harvnb|Jones|2006|p=187}}, traduzindo Plutarco, cita Ário Dídimo dizendo a Otaviano que "não é bom ter muitos Césares", o que aparentemente foi suficiente para convencer o romano a matar o herdeiro egípcio.}} Com a queda do Reino Ptolemaico, a [[província romana]] do [[Egito romano|Egito]] foi estabelecida,{{sfn|Roller|2010|pp=150–151}}{{sfn|Bringmann|2007|p=304}}{{sfn|Jones|2006|pp=197–198}}{{nota de rodapé|Ao contrário das províncias romanas regulares, o Egito foi estabelecido por Otaviano como território sob seu controle pessoal, impedindo o Senado romano de intervir em qualquer um de seus assuntos e nomeando [[Prefeito do Egito|seus próprios governadores]] [[Ordem equestre|equestres]], o primeiro dos quais foi Gallus. Para mais informações, consulte {{harvnb|Southern|2014|p=185}} e {{harvnb|Roller|2010|p=151}}.}} marcando o fim do período helenístico.{{sfn|Burstein|2004|pp=xxiii, 1}}{{sfn|Grant|1972|pp=5–6}} Em janeiro de 27 aC, Otaviano foi renomeado Augusto ("majestoso") e [[Reformas constitucionais de Augusto|acumulou poderes constitucionais]] que o estabeleceram como o primeiro [[imperador romano]], inaugurando a era do [[Principado romano|Principado]] do [[Império Romano]].{{sfn|Bringmann|2007|pp=304–307}}
 
== Árvore genealógica ==