Fernando Tordo: diferenças entre revisões

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==Biografia==
Nasceu em Lisboa, no dia 29 de Março de 1948, filho de Adelaide Emília Fernanda Travassos Tordo e Fernando Tordo. Tem quatro filhos: Joana Tordo, [[João Tordo]], Filipe Manzano Tordo e Francisco Tordo. ODeu músicoo começouseu aprimeiro cantarconcerto aosremunerado 16no anosLiceu Francês, passouna passagem de ano de 1964/65. Passou pelos Deltons e pelos [[Sheiks]], em 1968, onde substituiu [[Carlos Mendes]]. Participou no [[Festival RTP da Canção]] de 1969 onde interpretou o tema "Cantiga". Nesse mesmo festival conheceu o poeta Ary dos Santos. Foi um dos vencedores do [[Prémio Casa da Imprensa]] como cançonetista e compositor ("''pela riqueza harmónica, melódica e rítmica dos trabalhos gravados em disco''").
 
==Anos 70==
Regressa ao [[Festival RTP da Canção]] em 1970, com "Escrevo às Cidades",. eNo ano emde 1971 participa no Festival RTP da Canção com "Cavalo à Solta", uma das suas primeiras composições com o poeta [[José Carlos Ary dos Santos]]. Recebe o prémio de melhor compositor e intérprete e conquista o 3º lugar. Ainda em 1971 é editado o disco ''[[Festival de Camaradagem]]'' com [[Paulo de Carvalho]], Fernando Tordo, [[Duo Orfeu]] e [[Ary dos Santos|José Carlos Ary dos Santos]].
 
Regressa ao [[Festival RTP da Canção]], em 1972, com "Dentro da Manhã" da autoria de [[Yvette Centeno]] e [[José Luis Tinoco]]. Duas das outras canções foram censuradas. Nesse ano é editado o seu primeiro [[álbum]], ''Tocata'', com arranjos e direcção de Orquestra de Dennis Farnon. Inclui os temas "Tocata", "Dentro da Manhã", "Canto No Deserto", "Virgens Que Passais", "Canto Franciscano", "Cavalo À Solta", "Amor Vivo", "Aconteceu Na Primavera", "Vou Inventar Uma Flor", "Sangue Das Palavras" e "Tocata". Passa a gravar para a editora [[Tecla (editora)|Tecla]]. Lança o [[single]] "Eu Não Vou Nisso"/"Invenção do Amor". Em 1973 vence o [[Festival RTP da Canção]] com a canção "[[Tourada (canção)|Tourada]]".
 
"Portugal Ressuscitado", de [[Ary dos Santos]] e Fernando Tordo, (o célebre "Agora/ o povo unido/ nunca mais será vencido") é gravado logo a seguir ao [[Revolução dos Cravos|25 de Abril]].
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Vence o Prémio Casa da Imprensa de 1974 por "O Emprego"/"A Língua Portuguesa", com música e interpretação de Fernando Tordo, textos de José Carlos Ary dos Santos, orquestração de [[Pedro Osório (maestro)|Pedro Osório]] e José Calvário: "O Melhor Disco Simples", pela popularidade e "as canções oriundas de um contexto especificamente português - o teatro de revista".<ref>("Uma No Cravo Outra Na Ditadura" de [[Sérgio de Azevedo]])</ref>
 
Em 1975 é um dos fundadores, juntamente com outros autores, entre os quais Paulo de Carvalho e Carlos Mendes, ada primeira editora discográfica independente, "[[Toma Lá Disco]]". O primeiro disco é o álbum ''Feito Cá Para Nós''.
 
Tordo vence novamente o [[Festival RTP da Canção]], em 1977, desta vez com "[[Portugal no Coração]]", na interpretação do grupo [[Os Amigos]], com Paulo de Carvalho, [[Luísa Basto]], [[Ana Bola]], Edmundo Silva (Sheiks) e Fernanda Piçarra. Editou nesse ano o álbum ''Estamos Vivos''. Em 1977 ganha novamente o "Prémio Casa da Imprensa".
 
==Anos 80==
Em 1980 lança o disco ''"Cantigas Cruzadas'', o último disco com Ary dos Santos". O afastamento de Ary dos Santos, marca uma nova etapa na sua carreira, passando também a ser autor dos poemas. Concorre ao primeiro [[Festival da Canção da Rádio Comercial]], realizado em 1981, onde vence com "Conversa Nova". Arrecada ainda os 2.º e 4.º prémios do certame. O disco "Sopa de Pedra", lançado em 1982, é o último disco com a colaboração de Ary dos Santos.
 
Em 1983 editou o disco ''[[Adeus Tristeza]]'' através da editora Dacapo. É distinguido com o prémio para o melhor [[LP]] de música ligeira. Em 1984 participa novamente no [[Festival RTP da Canção]], desta vez com "Canto de Passagem". Reside nos [[Açores]] entre os anos 1982 e 1986. Em 1984 lança o disco ''Anticiclone'' com orquestrações de [[François Rauber]] (antigo colaborador de [[Jacques Brel]]) que volta a colaborar no disco ''A Ilha do Canto'' de 1986.
 
Reside nos [[Açores]] entre os anos de 1982 e 1986. Em 1984 lança o disco ''Anticiclone'' com orquestrações de [[François Rauber]] (antigo colaborador de [[Jacques Brel]]) que volta a colaborar no disco seguinte, ''A Ilha do Canto'', de 1986. Venceu dois Sete de Ouro com eses dois trabalhos.
Em 1988 foi um dos vencedores do Prémio [[Figueira da Foz]], instituídos no âmbito do [[Prémio Nacional da Música]], destinado a financiar diversos projectos discográficos. O prémio permitiu pagar a edição de ''Menino Ary dos Santos'', um disco com 9 dos 27 poemas do livro "Asas" escrito por José Carlos Ary dos Santos com 15 anos de idade, numa pequena edição de 1000 exemplares, e que Fernando Tordo só conheceu, já no [[Faial]], em 1984.
 
Em 1988 foi um dos vencedores do Prémio [[Figueira da Foz]], instituídos no âmbito do [[Prémio Nacional da Música]], destinado a financiar diversos projectos discográficos. O prémio permitiu pagar a edição de ''Menino Ary dos Santos'', um disco com 9 dos 27 poemas do livro "Asas" escrito por José Carlos Ary dos Santos com 15 anos de idade,. O livro teria sido lançado numa pequena edição de 1000 exemplares, e que Fernando Tordo só conheceu, já no [[Faial]], em 1984.
 
==Só Nós Três==
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==Anos 90==
Em 1991 volta a contar com a participação de [[François Rauber]] no disco "Painel" que não chegou a ser editado. Cria, escreve e apresenta em 1993 na [[Sociedade Independente de Comunicação|SIC]] o programa "Falas tu ou falo eu". No ano seguinte grava o [[Álbum|CD]] ''Só Ficou o Amor Por Ti'', nos famosos estúdios de [[Abbey Road Studios|Abbey Road]] (Londres). Em 1995 lança o disco ''Lisboa de Feira'', com a National Youth Jazz Orchestra, também gravado em [[Londres]]. Esses dois CDs foram gravados no mais famoso estúdio de gravação do mundo, Abbey Road, um deles junto com a National Youth Jazz Orchestra e outro com o Maestro [[José Calvário]]. Entre Maio e Junho de 1997 grava, em Barcelona, o disco ''Peninsular'' com direcção e arranjos do pianista Josep Mas "Kitflus".
 
Produz e apresenta durante 27 dias consecutivos, no [[Teatro Nacional D. Maria II]], o espectáculo "O calendário". O disco ''Calendário'' é distribuído com o [[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]. Cada mês do calendário é acompanhado por pinturas de [[José Manuel Castanheira]]. Este CD, vendido com o Diário de Notícias é ainda hoje o CD mais vendido em Portugal num só dia.
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O seu livro "Fantásticas, Fingidas e Mentirosas", cujo título é retirado de uma estrofe d’[[Os Lusíadas]], é editado em Novembro de 2003. O seu primeiro romance foi editado pela editora Sporpress.
 
"Tordo canta Nobel/Tributo a los laureados Nobel", um disco em que música alguns dos poemas dos escritores laureados com o máximo galardão das artes e ciências, é editado em 2006 pela Factoria Autor, Fundação Autor da SGAE, Sociedade de Autores da Espanha. Trata-se de música para doze Prémios Nobel da Literatura que foi gravada em Barcelona, com arranjos de Josep Mas Kitflfus.
 
Em 2008 lança o livro "Se Não Souberes Copia" . No mesmo ano foi Comissário contra a Violência no Namoro e organizou o espectáculo para esse fim no Teatro Tivoli com participação dos [[Deolinda]], [[Susana Félix]] e [[Amor Electro]].
 
Entre 2008 e 2010 faz uma digressão por grandes cidades com a Stardust Orchestra (24 músicos) dirigida pelo maestro Pedro Duarte. Esta digressão culminou num espectáculo em no [[Coliseu dos Recreios]] com participações especiais de [[Carminho]], [[Rui Veloso]] e [[Gato Fedorento]]
 
== Anos 2010 ==
Fernando Tordo gere a empresa Stardust Produções, que recebeu desde 2008, ano em que foi criada, mais de 200 mil euros por ajuste directo pela produção de espectáculos por parte do estado. Entre as entidades adjudicantes estão várias câmaras municipais, como [[Portimão]], [[Montijo]], [[Mangualde]], [[Vila Nova de Cerveira]], [[Covilhã]], [[Ponte de Lima]], [[Abrantes]], [[Matosinhos]], [[Almada]] e [[Lamego]] que contrataram produções à Stardust num valor superior a {{fmtn|159600|euros}}.<ref>{{citar web|URL=http://www.ionline.pt/artigos/portugal/empresa-tordo-ganhou-mais-200-mil-euros-estado-2008|título=Empresa de Tordo ganhou mais de 200 mil euros do Estado desde 2008|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Em 2013 fazprossegue umacom sérieos deconcertos espectáculose íntimosconvida comnomes outroscomo cantoresRodrigo comoCosta Félix, Marta Pereira da Costa, Miguel Araújo, [[Sara Tavares]], [[Tiago Bettencourt]], [[António Zambujo]], [[Amor Electro]], [[Deolinda]], [[Luísa Sobral]], entre outros. Compôs músicas para Mariza, Carminho, Simone de Oliveira, António Zambujo, Amor Electro, Paulo de Carvalho, Rita Redshoes. Ainda em 2013, cria um projeto no âmbito da tentativa de recuperação e divulgação dos cordofones portugueses, realizando concertos por todo o país.
 
Em 2014, anunciou a intenção de emigrar para o Brasil.<ref>{{citar web|URL=http://www.noticiasaominuto.com/cultura/159403/fernando-tordo-revoltou-se-com-governantes-e-vai-emigrar|título=Decisão Fernando Tordo revoltou-se com governantes e vai emigrar|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Em 18 de fevereiro de 2014, partiu para [[Pernambuco]], [[Brasil]]. Aos 65 anos, o músico emigra em busca de trabalho e desencantado com o país. Antes de partir afirmou "''É muito provável que aproveite estes últimos anos da minha vida, porque não os quero consumir aqui. Eu não quero, eu não aceito esta gente, não aceito o que estão a fazer ao meu país. Não votei neles, não estou para ser governado por este bando de incompetentes. Vou-me reformar deste país. Não me está a apetecer ficar aqui, de maneira nenhuma. Acho que ainda tenho muita coisa para fazer''".<ref>{{citar web|URL=http://www.ionline.pt/artigos/portugal/fernando-tordo-emigrou-brasil|título=Fernando Tordo emigrou para o Brasil|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
A 21 de Fevereiro de 2014 foi divulgado que a empresa Stardust Produções, gerida por Fernando Tordo para organizar concertos seus, recebeu entre 2008, ano em que foi criada, e o início de 2014 mais de 200 mil euros do estado através de contratos de ajuste directo. A divulgação dos contratos levou a mulher de Fernando Tordo, Eugénia Passada, a emitir um comunicado alegando que o marido "''precisava de trabalho''", salientando que o valor que a empresa Stardust Produções não seria exagerado.<ref>{{citar jornal|url=http://www.ionline.pt/artigos/portugal/empresa-tordo-ganhou-mais-200-mil-euros-estado-2008
|título=Empresa de Tordo ganhou mais de 200 mil euros do Estado desde 2008 |publicado=ionline |data=21 de Fevereiro de 2014 |acessodata=22 de Fevereiro de 2014}}</ref> tendo em Janeiro de 2014 recebido dois contratos da Associação Cultura e Conhecimento para a Igualdade do Género, um de 4500 euros e outro de 5500 euros, para a realização de espectáculos.<ref>{{citar jornal|url=http://www.ptjornal.com/2014022121210/geral/sociedade/fernando-tordo-recebe-207-mil-euros-desde-2008-e-cobra-5500-euros-no-concerto-de-passagem-de-ano.html |título=Fernando Tordo recebe 207 mil euros desde 2008 e cobra 5500 euros no concerto de passagem de ano |publicado=pt jornal |data=21 de Fevereiro de 2014|acessodata=22 de Fevereiro de 2014}}</ref>
 
A divulgação dos contratos levou a mulher de Fernando Tordo, Eugénia Passada, a emitir um comunicado alegando que o marido "''precisava de trabalho''", salientando que o valor que a empresa Stardust Produções não seria exagerado.<ref>{{citar jornal
|url=http://www.ptjornal.com/2014022121227/social/nacional/mulher-de-fernando-tordo-diz-que-o-marido-precisa-de-trabalho.html
|título=Mulher de Fernando Tordo diz que o marido "precisa de trabalho" |publicado=pt jornal |data=21 de Fevereiro de 2014
|acessodata=22 de Fevereiro de 2014 }}</ref>
 
No Brasil pretendia conseguir uma maior aproximação entre artistas e artes de "dois países que têm um relacionamento desigual partilhando a mesma Língua". Estava prevista a edição de um livro escrito pelo João Paulo Guerra sobre os 50 anos de actividade profissional e ainda de alguma música que tem gravado ao longo de anos e que nunca foi editada.
Foi também divulgado que a Associação Cultura e Conhecimento para a Igualdade do Género, que contratou a empresa de Fernando Tordo para realizar espectáculos, tem como sócios fundadores Fernando Tordo e a sua mulher, Eugénia Passada, e que a associação não-governamental teria recebido nos últimos anos mais de 200 mil euros de apoios do estado para a gestão dos seus projectos.<ref>{{citar web|título=Contratar quem contrate o contratante |url=http://blasfemias.net/2014/02/21/contratar-quem-contrate-o-contratante/
|publicado=Blasfémias |data=21 de Fevereiro de 2014 |acessodata=22 de Fevereiro de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|título=Fernando Tordo foi contratado por associação que fundou |publicado=Blitz |url=http://blitz.sapo.pt/fernando-tordo-foi-contratado-por-associacao-que-fundou=f91026 |data=2014-03-03 |acessodata=2014-03-03}}</ref>
 
Participa, emEm Maio de 2014, participa no [[Programa do Jô]] acompanhando a cantora brasileira [[Fafá de Belém]].
 
Em 2016 lançou o seu primeiro trabalho feito já no Brasil, "Outro Canto". O CD foi agraciado em março de 2017 com o PrêmioPrémio Pedro Osório, comopromovido melhor CD depela músicaSociedade portuguesaPortuguesa de 2016Autores.
 
Em 2018 revelou que lutou contra o alcoolismo durante a vida, frequentando os [[Alcoólicos anónimos]].<ref>{{citar web|URL=http://www.cmjornal.pt/cultura/detalhe/fernando-tordo-revela-que-vai-aos-alcoolicos-anonimos?ref=HP_DestaqueLateral|título=Fernando Tordo revela que vai aos alcoólicos anónimos|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Em 2018 comemorou 70 anos de vida e 50 anos enquanto compositor de canções.
 
O disco "Duetos – Diz-me Com Quem Cantas" foi lançado em março de 2019. Composto por 17 temas. O primeiro single deste novo trabalho é “Adeus Tristeza”, em dueto com Héber Marques (HMB). Outras participações são Anabela, Camané, Capicua, Carlos Moisés (Quinta do Bill), Carminho, Filipe Manzano Tordo, Herman José, Jorge Palma, Maria João, Marisa Liz (Amor Electro), Os Quatro e Meia, Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro, Rita Redshoes, Rui Veloso e Tim (Xutos & Pontapés). O disco teve produção musical e arranjos de Valter Rolo e Lino Guerreiro.<ref>https://www.rtp.pt/antena1/discos/fernando-tordo-duetos-diz-me-com-quem-cantas_10666</ref>
 
Está prevista a edição pela Imprensa Nacional Casa da Moeda da sua biografia que foi escrita pelo jornalista [[João Paulo Guerra]] e que estaria pronta deste 2014. Em Novembro de 2019 foi lançado o livro "Fernando Tordo: Não Houve Geração Mais Rica do Que a Nossa" da autoria de José Jorge Letria e que resultou de uma conversa em que recordou a infância e a adolescência, o fascínio da música na juventude e da juventude numa revolução que ajudou a fazer e a cimentar através da arte.
 
==Discografia==
===Álbuns===
*''Festival da Camaradagem'' (1971) (com Paulo de Carvalho, Duo Orfeu e José Carlos Ary dos Santos)
*''Tocata'' (LP, Pergola-Universal, 1972)
*''Feito Cá Para Nós'' (LP, TLD, 1975)
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*Cantiga (EP, Decca, 1969) [Cantiga/That Day/O Pedro/Flor Magoada]
*The Windmills Of Your Mind/Maré Vida (Single, Decca, 1969)
*Bem Querer, Mal Vier/Cantiga de Chegando-se (Single, Decca)-, 19741969)
*Escrevo Às Cidades (Single, Decca, 1970)
 
*Bem Querer, Mal Vier/Cantiga de Chegando-se (Single, Decca)- 1974
*''Festival da Camaradagem'' (1971) (com Paulo de Carvalho, Duo Orfeu e José Carlos Ary dos Santos)
*Cavalo À Solta/Aconteceu na Primavera (Single, Polygram, 1971)
*A Time Of Freedom / I think I love you (Single, Polygram)
*Canto Franciscano / Amor Vivo (Single, Polygram, 1972)
*Canto No Deserto / Vou inventar uma flor (Single, Polygram, 1972)
*Caballo En Libertad/Canto En El Desierto (Single)
*Dentro da Manhã/Sangue das Palavras (Single, Philips, 1972)6031013