En attendant Godot: diferenças entre revisões
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[[Imagem:Waiting_for_Godot_in_Doon_School.jpg|thumb|As personagens Vladimir e Estragon durante uma encenação da peça na [[Índia]].]]
A obra pode ser interpretada à luz das mais diversas áreas do conhecimento, como psicanálise<ref>{{Citar periódico|ultimo=Stern|primeiro=Jeffrey|data=2015-10-02|titulo=No Place Like Home|url=https://doi.org/10.1080/15551024.2015.1074001|jornal=International Journal of Psychoanalytic Self Psychology|volume=10|numero=4|paginas=390–397|doi=10.1080/15551024.2015.1074001|issn=1555-1024}}</ref>, sociologia<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/A_Sociology_of_the_Absurd.html?id=LPyUX8DKfw4C&redir_esc=y|título=A Sociology of the Absurd|ultimo=Lyman|primeiro=Stanford M.|ultimo2=Scott|primeiro2=Marvin B.|data=1989|editora=Rowman & Littlefield|lingua=en|isbn=9780930390853}}</ref>, cristianismo e marxismo, pois Beckett usou diversos elementos do conhecimento para montar seu texto.
O professor brasileiro [[José Monir Nasser]] (1957-2013) faz uma interpretação ampla da obra, usando como principais fontes o ''simbolismo comparado'' e a ''[[Poética (Aristóteles)|poética Aristotélica]]''. Segundo este, "Esperando Godot" é uma obra sobre a imobilidade existencial em que o próprio ser humano se lançou a partir da ascenção do humanismo (pós-idade medieval), indo cada vez mais de uma perspectiva cultural-artístico-filosófica transcendente em direção à uma perspectiva imanente. Assim, no século XX, filosofias como o [[Absurdismo]] de [[Albert Camus|Camus]] (que prega que é impossível se conhecer o sentido real da vida) ou o [[Existencialismo]] de [[Jean-Paul Sartre|Sartre]] (que declara que não existe essência no ser humano, à priori), movimentos artísticos como o [[Expressionismo abstrato]] (que abandonaram a arte sacra e transcendente em direção à expressão artística materialista e imanente) e até movimentos literários como o [[Modernismo]] (que abandonam regras de métrica e rima em nome de liberdade textual completa e desorganizada) trouxeram a humanidade (simbolizado pelos quatro protagonistas da peça) à condição de existencialmente imóveis, incapazes de realizar qualquer ato por não enxergar sentido nestes, numa vida onde nada acontece, aguardando sempre por algum sentido que nunca vai chegar.
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