Miguel I de Portugal: diferenças entre revisões

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Pista para uma peritagem genética dos membros desta família, para fixar dúvidas sobre parentescos e paternidades.
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Por outro lado, dado que as dúvidas sobre a paternidade de D. Miguel acima referidas têm como base fundamental as memórias dos acima referidos, a saber, um ex-secretário da rainha, [[José Presas]], e [[Laure de St. Martin Permon|Laura Permon]], mulher do [[Jean-Andoche Junot|General Junot]], em cuja escrita sobressai uma profunda antipatia pela Corte Portuguesa e por [[Carlota Joaquina de Bourbon|D. Carlota Joaquina]], a sua veracidade torna-se mais duvidosa ainda.<ref>Ver Souvenirs d'une ambassade et d'un séjour en Espagne et en Portugal de 1808 a 1811. - Bruxelas: Société Belge de Librairie, 1838 - 2 v.</ref> Nas suas "Memórias", esta dama francesa (que usou o título de [[duquesa de Abrantes]] durante a sua permanência em Portugal) sublinhou aquilo que considerou a ''"diversidade cómica"'' da descendência do rei D. João VI: ''"O que é notável nesta família de Portugal é não haver um único filho parecido com a irmã ou o irmão..."''. Segundo ela, o "rei Absoluto" teria tido por pai ''"um moço de estrebaria"''.<ref>ABRANTES, Duquesa de; ''Recordações de uma estada em Portugal''. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2008. pp 78.</ref>
 
É um facto que, ao longo da História, são inúmeros os casos em que a fidelidade conjugal de reis e rainhas é posta em causa. Mas, neste caso específico, a veracidade desta teoria torna-se um tanto remota se atendermos também ao facto de que nenhum dos historiadores liberais de referência do período pós-miguelista ([[Luz Soriano]] e [[Alexandre Herculano]]) coloca em dúvida a paternidade de D. Miguel, mesmo apesar de terem sido seus inimigos confessos e de inclusivamente terem combatido contra ele durante a [[Guerra Civil Portuguesa|Guerra Civil]].<ref>Ver Luz Soriano, História da Guerra Civil e do Estabelecimento do Governo Parlamentar em Portugal, comprehendendo a história diplomática militar e política d'este reino desde 1777 até 1834. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1866-1890. - 19 v.</ref> Mais recentemente, as investigadoras e docentes universitárias Maria Alexandre Lousada e Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira defendem também elas que D. Miguel era filho legítimo de [[D. João VI]].<ref>Maria Alexandre Lousada e Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira, D. Miguel, Lisboa, Círculo de Leitores, 2006.</ref> Na verdade, com os progressos da Ciência, o peso de todas estas dúvidas dissipar-se-á, encontrando-se a chave da dissipação, ou confirmação, destes rumores nas mãos de uma peritagem genética dos restos mortais desta ilustre família.
 
== Descendência ==