Mikhail Gorbatchov: diferenças entre revisões
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De origens russas e ucranianas, Gorbatchov nasceu em Privolnoye, [[Krai de Stavropol]] em uma família pobre camponesa. Nascido e criado durante o governo de [[Josef Stalin]], operava [[colheitadeira]]s em uma [[coletivização agrícola|fazenda coletiva]] durante sua juventude, antes de filiar-se ao Partido Comunista, que, à época, governava a União Soviética sob um regime [[unipartidarismo|unipartidário]] de orientação marxista-leninista. Durante seus estudos na [[Universidade Estatal de Moscou]], casou-se com sua colega de faculdade [[Raíssa Gorbachova|Raíssa Titarenko]] em 1953, dois anos antes de graduar-se em direito. Ao mudar-se para Stavropol, trabalhou para a [[Komsomol]], organização juvenil do PCUS e, após a morte de Stalin, tornou-se um forte apoiador das reformas [[desestalinização|desestalinizadoras]] do líder soviético [[Nikita Khrushchov]]. Foi nomeado Primeiro Secretário do Comitê Regional de Stavropol do PCUS em 1970, posição na qual supervisionou a construção do Grande Canal de Stavropol. Em 1978, retornou a Moscou para tornar-se Secretário do [[Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética|Comitê Central do PCUS]] e, em 1979, entrou para o [[Politburo do Partido Comunista da União Soviética|Politburo]]. Após os três anos que se seguiram desde a morte do líder soviético [[Leonid Brezhnev]], após os breves governos de [[Yuri Andropov]] e [[Konstantin Chernenko]], o Politburo elegeu Gorbatchov Secretário-Geral, tornando-o chefe de governo ''de facto'', em 1985.
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Apesar de seu compromisso de preservar o estado soviético e seus ideais socialistas, Gorbatchov acreditava que reformas políticas significativas eram necessárias, especialmente após o [[acidente nuclear de Chernobyl]] de 1986. Ordenou a retirada soviética da [[Guerra do Afeganistão (1979-1989)|Guerra do Afeganistão]] e participou de diversos encontros com o [[presidente dos Estados Unidos|presidente]] dos [[Estados Unidos]] [[Ronald Reagan]] para limitar a proliferação de [[armas nucleares]] e acabar com a [[Guerra Fria]]. No que diz respeito à política interna, implementou a ''[[glasnost]]'' ("publicidade"), política que aumentava as liberdades de [[liberdade de expressão|expressão]] e [[liberdade de imprensa|imprensa]], e a ''[[perestroika]]'' ("reestruturação"), política que objetivava descentralizar a tomada de decisões no âmbito econômico, com o propósito de aumentar a eficiência econômica. Suas medidas democratizantes e a formação do Congresso dos Deputados do Povo enfraqueceram o sistema estatal unipartidário. Gorbatchov recusou-se a intervir militarmente nos vários países do [[Bloco do Leste]] que abandonaram suas orientações marxistas-leninistas nos anos de 1989 e 1990. Um sentimento nacionalista crescente ameaçava o colapso da União Soviética, levando partidários marxistas-leninistas a [[tentativa de golpe de estado na União Soviética em 1991|tentarem um golpe de Estado contra o governo de Gorbatchov]] em agosto de 1991. Subsequentemente, houve a [[dissolução da União Soviética]] contra os desejos de Gorbatchov, levando-o a renunciar em dezembro. Após deixar o cargo, criou a Fundação Gorbatchov, tornou-se crítico dos governos dos [[Presidente da Rússia|presidentes russos]] [[Boris Yeltsin]] e [[Vladimir Putin]], e fez campanha pelo movimento social-democrata russo.
== Infância e juventude ==
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