Tratado de Salvaterra de Magos: diferenças entre revisões
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O '''Tratado de Salvaterra de Magos''' foi acordo para procurar consolidar a paz entre as duas coroas, em 2 de abril de 1383,<ref>{{citar livro|título=Leonor Teles, uma Mulher de Poder?|ultimo=Campos|primeiro=Isabel|editora=Tese de Mestrado, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa|ano=2008|local=Lisboa|paginas=47-47}}</ref> [[Fernando I de Portugal]] acordava no casamento de sua filha herdeira, [[Beatriz de Portugal]], com [[João I de Castela]]. No entanto, para evitar uma possível união futura dos dois reinos, ficaram estabelecidas neste acordo pré-nupcial as regras de sucessão ao trono.▼
▲O '''Tratado de Salvaterra de Magos''' foi acordo para procurar consolidar a paz entre as duas coroas,em 1383, [[Fernando I de Portugal]] acordava no casamento de sua filha herdeira, [[Beatriz de Portugal]], com [[João I de Castela]]. No entanto, para evitar uma possível união futura dos dois reinos, ficaram estabelecidas neste acordo pré-nupcial as regras de sucessão ao trono.
As principais cláusulas do diploma estipulavam:
* "''Que os reinos de Portugal, em quanto ser pudesse, nunca fossem juntos aos Reinos de Castela, mas sempre reinos por si, como os possuíram seus antigos avós, o que era grande dúvida se el Rei Dom João e a Infante Dona Beatriz houvessem o Regimento deles, mormente que para tal governança cumpria de haver pessoas que soubessem as condições dos povos''" ([[Fernão Lopes]], Crónica de D. Fernando, capítulo CLVIII), ou seja, os procuradores dos [[Concelhos]] para isso tinham de ser ouvidos em Cortes
* Que "''o Reino ficasse desembargado à Infanta Dona Beatriz, e que os naturais do Reino fizessem todos menagem que em tal caso a houvessem a ela por sua Rainha e senhora''", e que o Rei de Castela se pudesse chamar Rei de Portugal, se D. Fernando viesse a falecer sem herdeiro varão;<ref name=":3">Fernão Lopes,
* A sucessão da Coroa portuguesa para os filhos de ambos, caso os viesse a haver;<ref
* A sucessão da Coroa portuguesa para o rei de Castela e seus descendentes, não havendo filhos do casamento entre D. Beatriz e D. João, não havendo outras filhas legítimas de D. Fernando, nem descendentes legítimos destas, se Beatriz viesse a falecer primeiro que o rei castelhano;<ref
* A atribuição da regência do reino "''assim na justiça como em todas as outras coisas da maior até à mais pequena que ao Regimento dum Reino pertencem''" a D. Leonor Teles, caso falecesse D. Fernando sem mais herdeiros e enquanto Beatriz não tivesse filho varão de catorze anos;<ref
* Havia ainda cláusulas quanto à cunhagem de moeda, convocação das Cortes, guerra, e outras.
Em termos [[historiografia|historiográficos]], a Crónica de D. Fernando (cap. CLVII e seguintes), é a melhor fonte disponível para esta convenção; [[Pero Lopez de Ayala]] também se lhe refere e dá mais um ou outro pormenor na sua Crónica de el Rei Dom João o Primeiro de Castela e de Leão, ano quarto, capítulo V; por fim, nas suas Provas da História Genealógica da Casa Real, [[António Caetano de Sousa]] fornece-nos documentos em castelhano sobre o tratado.
Nas [[Cortes de Coimbra de 1385]], o jurista [[João das Regras]], que apoiava o [[João I de Portugal|mestre de Avis]] como candidato ao trono de Portugal, defendeu que o desrespeito pelas cláusulas do Tratado de Salvaterra de Magos excluía o casal D. Beatriz e João I de Castela do trono de Portugal
{{referências}}
== Bibliografia ==
* Lopes, Fernão. ''Crónica de D. Fernando''
* Lopes, Fernão. ''Crónica de D. João I''
* {{citar livro|título=Leonor Teles, uma Mulher de Poder?|ultimo=Campos|primeiro=Isabel|editora=Tese de Mestrado, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa|ano=2008|local=Lisboa}}
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