Henrique Meirelles: diferenças entre revisões
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==Biografia==
Meirelles é filho de [[Hegesipo de Campos Meireles]], que foi [[interventor federal]] interino em [[Goiás]]
Deixou a cidade de Goiânia para cursar [[engenharia civil]] na [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo]], onde se formou em 1972.<ref name=IstoEGente/><ref name=Bloomberg>{{citar web |url=http://www.bloomberg.com/research/stocks/private/person.asp?personId=616195&privcapId=544741 |título=Henrique de Campos Meirelles |acessodata=22 de janeiro de 2016 }}</ref> Em 1974, concluiu um [[Mestrado em administração de empresas|MBA]] pelo [[Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (COPPEAD).<ref name="Bloomberg" />
== BankBoston ==
Sua carreira teve início em 1974
Em 1984, por indicação de um membro do conselho do BankBoston, Meirelles cursou o ''Advanced Management Program'' (AMP) pela [[Universidade de Harvard|Harvard Business School]], um curso que prepara executivos que assumirão a presidência de grandes corporações.<ref name="Bloomberg" /><ref name="IstoEGente" /><ref name="IstoE2">{{citar web |url=http://www.istoe.com.br/reportagens/834_HENRIQUE+MEIRELLES?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage |título=Henrique Meirelles |acessodata=22 de janeiro de 2016 |data=10 de dezembro de 2008 |publicado=Isto É}}</ref> Meirelles também recebeu um título honorário de doutor pelo ''Bryant College''.<ref name="Bloomberg" />
Em
Em 1996,
Em 1999, o BankBoston Corp. fundiu-se com o Fleet Financial Group formando o [[FleetBoston
▲Em 1996, sua carreira deu um grande salto: foi escolhido, pelo conselho do BankBoston, presidente mundial da instituição a partir da sede nos Estados Unidos. Ocupou o cargo até 1999. Foi o primeiro estrangeiro a presidir um banco americano de grande porte nos EUA.<ref name=WeForum/><ref name=IstoE2/><ref name=IstoE/><ref name=Bloomberg/>
Enquanto esteve nos Estados Unidos, Meirelles foi um dos mais populares membros da corte de Bill Clinton.<ref name="IstoE" /> Em 2002, se aposentou, retornou ao Brasil e entrou para a política.<ref name="Studart" /><ref name="IstoE" />▼
▲Em 1999, o BankBoston Corp. fundiu-se com o Fleet Financial Group formando o [[FleetBoston]] Financial, oitava maior instituição financeira dos Estados Unidos, com US$ 220 bilhões em ativos, uma lista de 21 milhões de clientes em mais de 20 países. Possuia uma rede 1,7 mil agências nos EUA e mais de 250 unidades na América Latina. Meirelles assumiu a presidência de Global Banking.<ref name=Bloomberg/><ref name=Nature.org>{{citar web |url=http://www.nature.org/latin-america-conservation-council/about-us/lacc-member-profile-henrique-de-campos-meirelles-2.xml |título=Member Profile |acessodata=22 de janeiro de 2016 |publicado=Latin America Conservation Council |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160409053211/http://www.nature.org/latin-america-conservation-council/about-us/lacc-member-profile-henrique-de-campos-meirelles-2.xml |arquivodata=2016-04-09 |urlmorta=yes }}</ref><ref name=WeForum/>
== Carreira política ==▼
▲Enquanto esteve nos Estados Unidos, Meirelles foi um dos mais populares membros da corte de Bill Clinton.<ref name=IstoE/>
Com uma juventude marcada por atuações públicas, quando fez parte do movimento estudantil de [[Goiânia]] e liderou greves contra o preço das passagens de ônibus e de material escolar, e influenciado por uma família de políticos – seu avô foi prefeito de Anápolis três vezes, seu pai ocupou cargos na Secretaria do Estado de Goiás duas vezes e teve um tio Governador - Meirelles iniciou a partir de então [[#Carreira Política|sua carreira política]], a qual se dedicou
O
▲== Carreira política ==
▲Com uma juventude marcada por atuações públicas, quando fez parte do movimento estudantil de [[Goiânia]] e liderou greves contra o preço das passagens de ônibus e de material escolar, e influenciado por uma família de políticos – seu avô foi prefeito de Anápolis três vezes, seu pai ocupou cargos na Secretaria do Estado de Goiás duas vezes e teve um tio Governador - Meirelles iniciou a partir de então [[#Carreira Política|sua carreira política]] a qual se dedicou de 2002 a 2014.<ref name="IstoEGente" />
{{Cquote|Volto para meu habitat, que é o setor financeiro. Renuncio à minha curta carreira política}}
▲Em 2002, Meirelles se candidatou a deputado federal em Goiás pelo [[PSDB]] e foi eleito com o maior número de votos no estado - 183 mil votos.<ref name="Epoca" /><ref name="IstoE" /><ref>{{citar web |url=http://www.opopular.com.br/editorias/politica/deputados-federais-mais-bem-votados-nas-%C3%BAltimas-4-elei%C3%A7%C3%B5es-1.679179 |título=Deputados federais mais bem votados nas últimas 4 eleições |acessodata=22 de janeiro de 2016 |autor=Bruno Rocha Lima |coautores= |data=7 de outubro de 2014 |publicado=O Popular}}</ref>
▲O seu sucesso eleitoral e o apoio do mercado financeiro internacional conquistado durante toda sua carreira profissional no setor privado, fizeram com que Meirelles fosse indicado pelo presidente [[Lula da Silva]] para ocupar o cargo de presidente do Banco Central do Brasil, adotando uma [[política liberal]] durante este período.<ref>{{Citar web |url=http://www.istoedinheiro.com.br/blogs-e-colunas/post/20141013/que-hoje-critica-arminio-teve-seu-fiador-neoliberal/5051 |titulo=PT, que hoje critica Armínio, já teve o seu fiador neoliberal |acessodata=2016-03-06 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160307042345/http://www.istoedinheiro.com.br/blogs-e-colunas/post/20141013/que-hoje-critica-arminio-teve-seu-fiador-neoliberal/5051 |arquivodata=2016-03-07 |urlmorta=yes }}</ref> Em 2003, Meirelles renunciou ao cargo de [[Deputado Federal]] em Goiás e desfiliou-se do PSDB para assumir a presidência do Banco Central do Brasil (BCB).<ref name=Epoca/><ref>{{citar web |url=http://www.old.pernambuco.com/diario/2002/12/13/brasil1_0.html |título=Meirelles assumirá o comando do BC |publicado=Pernambuco |acessodata=2016-01-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160201220030/http://www.old.pernambuco.com/diario/2002/12/13/brasil1_0.html |arquivodata=2016-02-01 |urlmorta=yes }}</ref>
=== Gestão no Banco Central do Brasil (2003 a 2011) ===
A gestão de Meirelles no BCB se iniciou num momento em que a economia do país estava em crise. Com inflação de 12,5% ao ano, taxa de juros real de 18,5%, reservas internacionais de 38 bilhões de dólares – considerada baixa – e com o câmbio do dólar próximos a quatro reais.<ref name="Epoca" /><ref name="IstoE" /> Sua primeira medida frente à presidência do BCB foi levar o [[COPOM|Comitê de Política Monetária do Banco Central]] a subir os juros.<ref name="IstoE" /> Meirelles foi muito cobrado durante todo seu mandato para que acelerasse a queda de juros. Membros do governo e de fora alegavam que com a inflação mais alta o país poderia ter um crescimento maior.<ref name="GazetadoPovo">{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/meirelles-confirma-saida-do-banco-central-1aschtctfxc1fbbyvok5ih3ri|título=Meirelles confirma saída do Banco Central|acessodata=22 de janeiro de 2016|autor=|coautores=|data=24 de novembro de 2010|formato=|obra=|publicado=Gazeta do Povo}}</ref>▼
▲Sua primeira medida foi levar o [[COPOM|Comitê de Política Monetária do Banco Central]] a subir os juros.<ref name="IstoE" /> Meirelles foi muito cobrado durante todo seu mandato para que acelerasse a queda de juros. Membros do governo e de fora alegavam que com a inflação mais alta o país poderia ter um crescimento maior.<ref name="GazetadoPovo">{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/meirelles-confirma-saida-do-banco-central-1aschtctfxc1fbbyvok5ih3ri|título=Meirelles confirma saída do Banco Central|acessodata=22 de janeiro de 2016|autor=|coautores=|data=24 de novembro de 2010|formato=|obra=|publicado=Gazeta do Povo}}</ref>
Meirelles apresentou uma inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional em todos os anos da sua gestão, exceto em 2003, quando por uma reação do mercado à liderança de Lula na disputa presidencial, houve uma "deterioração de expectativas".<ref name="G1" />
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Em 2004, a inflação, medida pela IPCA, tinha recuado para 7,6% e em 2005 para 5,69%. Em 2006, o IPCA somou 3,14% e em 2008, atrelado ao forte crescimento da economia, avançou para 5,9%.
Em 2005, Meirelles foi o primeiro presidente do BCB a obter formalmente o status de
Ao final de sua gestão, Meirelles apresentou um crescimento no caixa do país que passou de
Segundo [[Gustavo Franco]], diretor executivo da Rio Bravo em entrevista à [[Época (revista)|revista Época]], a estabilidade e defesa do país durante a crise internacional em 2009 está diretamente ligada à atuação de Henrique Meirelles à frente do Banco Central, que por manter o rumo durante a crise, evitou a desestabilização da economia.<ref name="RevistaEpoca">{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI108920-17445,00.html|título=Os 100 brasileiros mais influentes de 2009|acessodata=22 de janeiro de 2016|autor=|coautores=|data=5 de dezembro de 2009|publicado=Época}}</ref>
Ao final do seus dois mandatos, Henrique Meirelles foi considerado como responsável por reduzir a inflação à metade e baixar a taxa de juros ao menor patamar da história, até aquela data, 2009.<ref name="Exame2">{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1012/noticias/o-preco-de-henrique-meirelles|título=O preço de Henrique Meirelles para o JBS|data=19 de Março de 2012|acessodata=22 de janeiro de 2016|publicado=Exame|autor=Daniela Toviansky}}</ref>
Meirelles esteve a frente do BCB durante os oito anos de governo do Presidente Lula e, em novembro de 2010, anunciou a sua saída.<ref name="Exame">{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-honra-palavra-de-lula-e-da-vaga-a-meirelles|título=Dilma honra palavra de Lula e dá vaga a Meirelles|data=1 de fevereiro de 2011|acessodata=22 de janeiro de 2016|publicado=Exame}}</ref><ref name=Estadao2>{{citar web |url=http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,e-o-momento-adequado-para-encerrar-a-missao-diz-meirelles,44675e |título='É o momento adequado para encerrar a missão', diz Meirelles |acessodata=22 de janeiro de 2016 |data=24 de Novembro de 2010 |publicado=Estadão}}</ref>
No início de 2010, Meirelles descartou uma possível candidatura ao Governo de Goiás pelo partido [[PMDB]] a pedido do presidente Lula, que lhe pediu para se dedicar ao comando do Banco Central até a data de desincompatibilização para concorrer a cargo eletivo, no início de abril de 2011.<ref name=Estadão3>{{citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,henrique-meirelles-desiste-de-concorrer-ao-governo-de-goias,509930 |título=Henrique Meirelles desiste de concorrer ao governo de Goiás |acessodata=22 de janeiro de 2016 |autor=Alexandro Martello |data=24 de novembro de 2010 |publicado=Estadão}}</ref>
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