Henrique Meirelles: diferenças entre revisões

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Enquanto esteve nos Estados Unidos, Meirelles foi um dos mais populares membros da corte de Bill Clinton.<ref name="IstoE" /> Em 2002, se aposentou, retornou ao Brasil e entrou para a política.<ref name="Studart" /><ref name="IstoE" />
 
== CarreiraEntrada na política ==
Com uma juventude marcada por atuações públicas, quando fez parte do movimento estudantil de [[Goiânia]] e liderou greves contra o preço das passagens de ônibus e de material escolar, e influenciado por uma família de políticos – seu avô foi prefeito de Anápolis três vezes, seu pai ocupou cargos na Secretaria do Estado de Goiás duas vezes e teve um tio Governador - Meirelles iniciou a partir de então [[#Carreira Política|sua carreira política]], a qual se dedicou a partir de 2002.<ref name="IstoEGente" />
 
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{{Cquote|Volto para meu habitat, que é o setor financeiro. Renuncio à minha curta carreira política}}
 
=== Gestão no Banco Central do Brasil (2003 a 2011) ===
A gestão de Meirelles no BCB se iniciou num momento em que a economia do país estava em crise. Com inflação de 12,5% ao ano, taxa de juros real de 18,5%, reservas internacionais de 38 bilhões de dólares – considerada baixa – e com o câmbio do dólar próximos a quatro reais.<ref name="Epoca" /><ref name="IstoE" /> Sua primeira medida frente à presidência do BCB foi levar o [[COPOM|Comitê de Política Monetária do Banco Central]] a subir os juros.<ref name="IstoE" /> Meirelles foi muito cobrado durante todo seu mandato para que acelerasse a queda de juros. Membros do governo e de fora alegavam que com a inflação mais alta o país poderia ter um crescimento maior.<ref name="GazetadoPovo">{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/meirelles-confirma-saida-do-banco-central-1aschtctfxc1fbbyvok5ih3ri|título=Meirelles confirma saída do Banco Central|acessodata=22 de janeiro de 2016|autor=|coautores=|data=24 de novembro de 2010|formato=|obra=|publicado=Gazeta do Povo}}</ref>
[[Imagem:Cristina_y_presidentes_de_Bancos_Centrales.jpg|thumb|Meirelles cumprimenta o presidente do [[Banco Central da República Argentina]], Martín Redrado, em outubro de 2008. Ao centro, [[Cristina Kirchner]], presidente da Argentina à época]]
 
Meirelles apresentou uma inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional em todos os anos da sua gestão, exceto em 2003, quando por uma reação do mercado à liderança de Lula na disputa presidencial, houve uma "deterioração de expectativas".<ref name="G1" />
 
Segundo o [[IBGE]], o período de gestão de Henrique Meirelles foi o que apresentou o mais longo ciclo de crescimento da história recente do país, com uma taxa de 3% ao ano por mais de 60 meses.<ref name="GazetadoPovo" /> Em 2003, o crescimento foi de 1,1%. Em 2004, passou para 5,7%. Em 2005, 2006 e 2007, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou, respectivamente, 3,2%, 4% e 6,1%. No ano de 2008, a economia brasileira cresceu 5,1%.<ref name="GazetadoPovo" /><ref name="G1" /> Em 2004, a inflação, medida pela IPCA, tinha recuado para 7,6% e em 2005 para 5,69%. Em 2006, o IPCA somou 3,14% e em 2008, atrelado ao forte crescimento da economia, avançou para 5,9%.
 
Em 2005, Meirelles foi o primeiro presidente do BCB a obter formalmente o status de ministro do Estado.<ref name="G1" />
 
No início de 2010, Meirelles descartou uma possível candidatura ao Governo de Goiás pelo partido [[PMDB]] a pedido do presidente Lula, que lhe pediu para se dedicar ao comando do Banco Central até a data de desincompatibilização para concorrer a cargo eletivo, no início de abril de 2011.<ref name="Estadão3">{{citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,henrique-meirelles-desiste-de-concorrer-ao-governo-de-goias,509930 |título=Henrique Meirelles desiste de concorrer ao governo de Goiás |acessodata=22 de janeiro de 2016 |autor=Alexandro Martello |data=24 de novembro de 2010 |publicado=Estadão}}</ref>
 
=== Resultados ===
Segundo o [[IBGE]], o período de gestão de Henrique Meirelles foi o que apresentou o mais longo ciclo de crescimento da história recente do país, com uma taxa de 3% ao ano por mais de 60 meses.<ref name="GazetadoPovo" /> Em 2003, o crescimento foi de 1,1%. Em 2004, passou para 5,7%. Em 2005, 2006 e 2007, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou, respectivamente, 3,2%, 4% e 6,1%. No ano de 2008, a economia brasileira cresceu 5,1%.<ref name="GazetadoPovo" /><ref name="G1" /> Em 2004, a inflação, medida pela IPCA, tinha recuado para 7,6% e em 2005 para 5,69%. Em 2006, o IPCA somou 3,14% e em 2008, atrelado ao forte crescimento da economia, avançou para 5,9%.
 
Ao final de sua gestão, Meirelles apresentou um crescimento no caixa do país que passou de 38 bilhões de reais para 280 bilhões. Segundo especialistas, esse foi um fator primordial para que o país passasse pela [[Crise econômica de 2007–2008|crise internacional de 2008 e 2009]] sem maiores consequências.<ref name="G1" /><ref name="IstoE" />
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Ao final do seus dois mandatos, Henrique Meirelles foi considerado como responsável por reduzir a inflação à metade e baixar a taxa de juros ao menor patamar da história, até aquela data, 2009.<ref name="Exame2">{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1012/noticias/o-preco-de-henrique-meirelles|título=O preço de Henrique Meirelles para o JBS|data=19 de Março de 2012|acessodata=22 de janeiro de 2016|publicado=Exame|autor=Daniela Toviansky}}</ref>
 
No início de 2010, Meirelles descartou uma possível candidatura ao Governo de Goiás pelo partido [[PMDB]] a pedido do presidente Lula, que lhe pediu para se dedicar ao comando do Banco Central até a data de desincompatibilização para concorrer a cargo eletivo, no início de abril de 2011.<ref name="Estadão3">{{citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,henrique-meirelles-desiste-de-concorrer-ao-governo-de-goias,509930 |título=Henrique Meirelles desiste de concorrer ao governo de Goiás |acessodata=22 de janeiro de 2016 |autor=Alexandro Martello |data=24 de novembro de 2010 |publicado=Estadão}}</ref>
 
Meirelles esteve a frente do BCB durante os oito anos de governo do Presidente Lula e, em novembro de 2010, anunciou a sua saída.<ref name="Exame" /><ref name="Estadao2" />
 
=== Presidência da Autoridade Pública Olímpica ===
[[imagem:Meirelles e Dilma.jpg|thumb|250px|Presidente Dilma Rousseff com Henrique Meirelles em março de 2011]]
Em fevereiro de 2011, três meses após o anúncio da sua saída do comando do Banco Central e a convite da presidente [[Dilma Rousseff]], Meirelles assumiu a presidência da [[Autoridade Pública Olímpica]] (APO), órgão que mais tarde seria criado para coordenar as obras relacionadas aos [[Jogos Olímpicos de 2016]].<ref>{{citar web |título=Dilma indica Meirelles para presidente da Autoridade Pública Olímpica |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/03/dilma-indica-meirelles-presidente-da-autoridade-publica-olimpica.html |obra=G1}}</ref> Com mandato de quatro anos, Meirelles foi responsável por coordenar todos os investimentos para a realização dos jogos no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. Com um orçamento de 30 milhões de reais, atuou na coordenação de obras federais, estaduais e municipais.<ref name="Exame" /><ref>{{citar web|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,meirelles-e-indicado-para-presidir-a-autoridade-publica-olimpica,58487e|título=Meirelles é indicado para presidir a Autoridade Publica Olímpica|acessodata=22 de janeiro de 2016|data=14 de Março de 2011|publicado=Estadão}}</ref><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,meirelles-aceita-convite-para-comandar-autoridade-publica-olimpica,691877|título=Meirelles aceita convite para comandar Autoridade Pública Olímpica|acessodata=22 de janeiro de 2016|data=14 de Março de 2011|publicado=Estadão}}</ref> Foi sucedido pela empresária [[Luiza Trajano]] em 2015.<ref>{{citar web|url=http://www.apo.gov.br/index.php/luiza-trajano-substitui-henrique-meirelles-na-presidencia-do-conselho-publico-olimpico/|título=Luiza Trajano substitui Henrique Meirelles no Conselho Público Olímpico|acessodata=22 de janeiro de 2016|data=23 de Junho de 2015|publicado=Autoridade Pública Olímpica}}</ref>
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Em outubro do mesmo ano, Meirelles oficializou sua filiação ao PSD.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/10/psd-confirma-filiacao-de-henrique-meirelles.html|titulo=PSD anuncia filiação de Henrique Meirelles|data=07/10/2011|acessodata=26/05/2017|publicado=G1|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
===J&F e Banco Original===
No início de 2012, através de sua empresa de consultoria, assessorou o grupo [[J&F Investimentos|J&F]], na concepção e estruturação do [[Banco Original]]. Ele deveria fazer do banco, uma pequena instituição que dava crédito a fornecedores do grupo, o principal banco digital do país. Meirelles contribuiu, também, na avaliação de oportunidades de expansão internacional do grupo J&F. Em 2014, assumiu, temporariamente, a presidência do Conselho de Administração da J&F Investimentos. No entanto, nunca exerceu nenhuma posição executiva na J&F Investimentos, no Banco Original, ou em qualquer outra empresa do grupo. Convidado por Temer para assumir a Fazenda, Meirelles rescindiu o contrato de consultoria com a J&F Investimentos em maio de 2016.<ref>{{Citar periódico|titulo=Henrique Meirelles esteve ligado à controladora da JBS por 4 anos|url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/05/1885562-henrique-meirelles-esteve-ligado-a-controladora-da-jbs-por-4-anos.shtml|jornal=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
=== KKR e Lazard ===
Em 2012, a [[Kohlberg Kravis Roberts]] (KKR), uma empresa global de investimentos com mais de 60 bilhões de dólares em ativos administrados, indicou Henrique Meirelles para ser Conselheiro Sênior para a América Latina com objetivo de encontrar novas oportunidades de investimento para empresa.<ref name=":0">{{Citar periódico|titulo=KKR contrata ex-McKinsey para o Brasil|url=http://www.valor.com.br/financas/2971046/kkr-contrata-ex-mckinsey-para-o-brasil|jornal=Valor Econômico}}</ref><ref name=":1">{{Citar web|url=https://exame.abril.com.br/negocios/kkr-indica-henrique-meirelles-para-consultor-senior/|titulo=KKR indica Henrique Meirelles para consultor sênior {{!}} EXAME|acessodata=2018-01-18|obra=exame.abril.com.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/2468431/henrique-meirelles-nomeado-conselheiro-senior-norte-americana-kkr|titulo=Henrique Meirelles é nomeado conselheiro sênior da norte-americana KKR|acessodata=2018-01-18|obra=www.infomoney.com.br|ultimo=Mandrote|primeiro=Mariana}}</ref>
 
Também em 2012, foi indicado para ser ''Chairman'' do Lazard Americas, banco americano especializado em gestão de recursos patrimoniais e financeiros e com atuação voltada a fusões e aquisições, negócios estratégicos e reestruturação de capitais.<ref name=":2">{{Citar periódico|data=2012-05-31|titulo=Henrique Meirelles é nomeado presidente de banco Lazard Americas|url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/05/henrique-meirelles-nomeado-presidente-do-banco-lazard-americas.html|jornal=Economia}}</ref>
 
=== Convites para participação na política ===
Em 2014, Meirelles foi convidado pelo candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, [[Paulo Skaf]], para disputar o Senado Federal em sua chapa. Meirelles negou o pedido.<ref name="Exame3">{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/meirelles-sera-presidente-da-j-f-controladora-da-jbs|título=Meirelles será presidente da J&F, controladora da JBS|data=4 de Março de 2012|acessodata=22 de janeiro de 2016|publicado=Exame|autor=Antonio Cruz}}</ref>
 
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Em 3 de abril de 2018, Meirelles se filiou ao [[Movimento Democrático Brasileiro|MDB]].<ref>{{citar web |url=https://g1.globo.com/politica/noticia/meirelles-se-filia-ao-mdb-partido-do-presidente-michel-temer.ghtml|título=Meirelles se filia ao MDB, partido do presidente Michel Temer |acessodata=3 de abril de 2018 |data=3 de abril de 2018|publicado=G1}}</ref>
 
=== Ministro da Fazenda ===
[[Imagem:Medidastemer.jpg|miniatura|Meirelles ao lado direito de Michel Temer, que anuncia medidas na área econômica]]
Com a posse de [[Michel Temer]] como [[presidente interino]] da República após o afastamento temporário de [[Dilma Rousseff]], em maio de 2016, Henrique Meirelles foi nomeado [[Ministro da Fazenda (Brasil)|Ministro da Fazenda]].<ref>{{citar web |url=http://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2016/05/previdencia-e-prioridade-para-henrique-meirelles.html |título=Previdência é prioridade para Henrique Meirelles |acessodata=13 de maio de 2016 |data=11 de maio de 2016 |publicado=Época Negócios}}</ref><ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/05/henrique-meirelles-e-confirmado-ministro-da-fazenda-de-temer.html|título=Henrique Meirelles, ministro da Fazenda do governo Temer |acessodata=13 de maio de 2016 |data=12 de maio de 2016 |publicado=G1}}</ref> Meirelles assumiu o ministério no contexto da [[Crise econômica no Brasil desde 2014|crise econômica de 2014]], e para combatê-la, trabalhou para que uma série de medidas fossem aprovadas, entre elas:
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Porém, a proposta principal, que era a da [[Tentativa de reforma da Previdência no governo Michel Temer|reforma da Previdência]], não obteve êxito.<ref>{{citar web|data=19/02/2018|título=Governo desiste da votação da Previdência e anuncia nova pauta prioritária no Congresso|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/governo-desiste-da-votacao-da-previdencia-e-anuncia-nova-pauta-prioritaria-no-congresso.ghtml||obra = G1}}</ref>
 
=== Candidato a presidente do Brasil ===
[[Imagem:Henrique Meirelles ao lado de Michel Temer na Convenção Nacional do MDB em agosto de 2018.jpg|thumb|esquerda|Meirelles ao lado do presidente [[Michel Temer]] na Convenção Nacional do [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|PMDB]], em 2 de agosto.]]
{{AP|Campanha presidencial de Henrique Meirelles em 2018}}
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{{limpar}}
[[Imagem:Reunião com o Ministro Paulo Guedes, Henrique Meirelles e Grupo Caoa.jpg|thumb|João Dória concede entrevista após reunião com [[Paulo Guedes]], Meirelles e [[Grupo Caoa]] em maio de 2019]]
===Secretário Estadual da Fazenda de São Paulo===
Em dezembro de 2018,foi indicado por João Doria, governador eleito de São Paulo ao cargo de Secretário Estadual da Fazenda<ref>{{citar web|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,meirelles-aceita-convite-de-doria-e-sera-secretario-da-fazenda-em-sp,70002641541|titulo=Meirelles aceita convite de Doria e será secretário da Fazenda em SP|data=11-12-2018|acessodata=12-12-2018|publicado=Estadão|ultimo=Grindbaum e Bridi|primeiro=Ricardo e Carla}}</ref>