Aliança Renovadora Nacional: diferenças entre revisões

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O bipartidarismo gerou, no Brasil, de 1966 a 1979, duas correntes políticas, a ''situacionista'' formada pela ARENA e a corrente ''oposicionista'' formada pelo [[Movimento Democrático Brasileiro]] (MDB). A ARENA era chamada de "''A situação''" e o MDB de "''A oposição''".
 
==Histórico==
=== 1964 – O início do Regime Militar ===
Na tumultuada cena política de [[1964]], militares de baixa patente, em especial da [[Marinha do Brasil |Marinha]] e da [[Força Aérea Brasileira |Aeronáutica]], declaravam seu apoio, em manifestações públicas, aos atos, atitudes e leis de caráter esquerdista do presidente da república [[João Goulart]]. Goulart planejava realizar reformas de base, entre elas, a bancária, universitária, eleitoral e [[Reforma agrária|agrária]].<ref name= "bigeli">{{citar web|url= http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u14.jhtm |titulo=Elites e militares derrubaram o governo de Jango| sobrenome = Bigeli | prenome = Alexandre |publicado= Folha da manhã | obra = UOL Educação|acessodata= 15/9/2010}}</ref> Preocupadas com a possível instauração de um regime de inspiração comunista no Brasil, as elites se mobilizaram para evitar que Goulart continuasse no poder; visando enfraquecer o então presidente, foi adotado o [[Parlamentarismo|regime parlamentarista]], entre 1961 e 1962. Em 1963, após plebiscito, o regime presidencialista foi restabelecido. No ano seguinte, Jango propôs reformas constitucionais que permitiram o controle das remessas de dinheiro ao exterior e o voto dos analfabetos, maioria da população.<ref name= "bigeli" />
 
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Excetuando-se Costa e Silva e alguns outros militares legalistas, a grande maioria dos militares, de alta patente, que participaram da revolução de 1964, tinham experiência revolucionária, tendo sido membros do [[tenentismo]] e participantes da [[Revolução de 1930]], como Humberto de Alencar Castelo Branco, [[Emílio Garrastazu Médici]] e [[Geisel]] que chegaram à presidência da república, e também eram ex-tenentes de 1930: [[Cordeiro de Farias]], [[Eduardo Gomes]], [[Juraci Magalhães]] e [[Juarez Távora]].
 
=== As eleições estaduais de 1965 ===
Em 3 de outubro de 1965 realizaram-se eleições diretas de Governador e Vice-Governador em onze estados. A eleição para o cargo de Presidente da República, apesar de já estar marcada, não foi realizada. O mandato do presidente Castelo Branco foi prolongado até 15 de março de 1967. A esta altura, grande parte do entusiasmo popular inicial pelo [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|Golpe de Estado de 1964]] tinha diminuído e a classe média brasileira dos grandes centros urbanos ficara em situação financeira difícil por causa do achatamento salarial resultante do combate à [[inflação]] feito em 1964 e em 1965.
 
Apesar do veto a determinados candidatos por parte da chamada "linha dura das forças armadas", a oposição triunfou nos estados de [[Guanabara]], [[Mato Grosso]], [[Minas Gerais]], [[Rio Grande do Norte]] e [[Santa Catarina]], e saíram vitoriosos os políticos do [[Partido Social Democrático (1945-2003)|PSD]] ([[Francisco Negrão de Lima]], [[Pedro Pedrossian]], [[Israel Pinheiro da Silva]], [[Walfredo Dantas Gurgel]] e [[Ivo Silveira]], respectivamente). No caso de Francisco Negrão de Lima e Israel Pinheiro da Silva, ambos eram ligados ao ex-presidente da república cassado [[Juscelino Kubitschek]], o que preocupou o [[Linha dura|grupo]] que pregava a implantação de um regime político autoritário.
 
=== O AI-2 e a criação da ARENA e do MDB ===
{{Artigo principal|[[Atos Institucionais]]}}
 
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A maioria dos líderes municipais nordestinos e dos políticos tradicionais do sul e de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] se filiou à ARENA. Em [[Santa Catarina]], por exemplo, a tradicional família de políticos, os Konder Reis, ingressou na ARENA. Na Guanabara, a maior parte dos lacerdistas se abrigou no MDB, após o episódio da [[Frente Ampla]], apesar de lacerdistas radicais como [[Sandra Cavalcanti]] e [[Amaral Netto]] entrarem para ARENA. Por seu lado o MDB abrigou muitos políticos oriundos do antigo [[PTB]], do PSD e do clandestino e ilegal [[Partido Comunista Brasileiro|PCB]].
 
=== As questões sobre a história da ARENA ===
Apesar do grande volume de estudos acerca do governo militar no Brasil (1964-1985) pouco se sabe sobre a ARENA. Esta teve grande atuação no período, porém, escassamente abordada.
 
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* Se a ARENA era ou não um partido independente em relação ao governo militar.
 
=== O programa da ARENA de 1976 ===
O último programa de partido político que a ARENA teve foi aprovado por convenção nacional de seus filiados, em 1976, tendo [[Jarbas Passarinho]]<ref>PASSARINHO, Jarbas Gonçalves (Relator Geral), ''Programa da Aliança Renovadora Nacional'', Brasília, Senado Federal - Centro Gráfico, Brasília, 1976.</ref> como relator-geral, e tinha entre seus principais itens:
* A busca de uma democracia representativa, repúdio à corrupção, apoio à soberania nacional, à integridade territorial, à integração nacional e ao desenvolvimento econômico com paz social.
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[[Imagem:Certidão NOVA ARENA 002(1).jpg|thumb]]
O grupo liderado pela presidente Cibele Bumbel Baginski, minoritário dentro da cúpula partidária e enfraquecido devido aos sucessivos ataques internos e externos, retira-se do partido<ref>{{Citar web|url=http://cibelebumbelbaginski.tumblr.com/post/91217341196/os-bastidores-da-pol%C3%ADtica|titulo=Os Bastidores da Política|data=9 de julho de 2014|acessodata=2017-10-09|obra=Cibele Bumbel Baginski|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> enquanto que o grupo liderado pelos membros do diretório de São Paulo, representados pelo vice-presidente nacional consegue aprovar em convenção nacional a alteração da executiva nacional, conselho ideológico e da própria ideologia partidária juntamente com a alteração do nome do partido. Instaura-se então a [[Nova Aliança Renovadora Nacional]].<ref>[http://partidonovaarena.org/novo/novaArena.php]</ref>
 
Atualmente, é uma [[organização]] [[política]] [[Brasil|brasileira]] listada entre os [[partidos políticos]] em formação pelo [[Tribunal Superior Eleitoral]] (TSE).<ref>{{Citar web|titulo=Partidos em formação|url=http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/criacao-de-partido/partidos-em-formacao|obra=www.tse.jus.br|acessodata=2019-12-06|lingua=pt-br}}</ref>
 
== Ver também ==