Fernand Braudel: diferenças entre revisões

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Aos 20 anos tornou-se "''agrégé''" em História. Enquanto lecionava em uma [[ensino secundário|escola secundária]] na [[Argélia]] (1923–1932), ficou fascinado pelo [[mar Mediterrâneo]]. De 1932 a 1935 lecionou nos [[liceu]]s ''Pasteur'', ''Condorcet'' e ''Henri-IV'' em [[Paris]], vindo a conhecer [[Lucien Febvre]], o co-fundador da influente revista ''Annales''.<ref>{{citar web|url=http://annales.ehess.fr/index.php?228|titulo=Annales|data=|acessodata=|publicado=A revista dos Annales|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
No início do [[século XX]] o [[Estadoestado de São Paulo]], no Brasil, embora enriquecido pelas exportações de [[café]], ainda não tinha uma [[universidade]]. Em [[1934]], por decisão e sugestão dos intelectuais que se reuniam todas as noites na redação do jornal ''[[O Estado de S. Paulo]]'', liderados pelo jornalista [[positivismo|positivista]] [[Júlio de Mesquita Filho]], o então governador do Estadoestado de São Paulo, [[Armando de Salles Oliveira]], decidiu criar a [[Universidade de São Paulo]], como universidade pública, laica e gratuita. Enviou à Europa o matemático, também positivista, professor [[Teodoro Ramos]], da já existente [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo|Escola Politécnica de São Paulo]], para recrutamento de professores e pesquisadores das várias áreas do conhecimento. Dentre os convidados, na França, jovens professores como o antropólogo [[Claude Lévi-Strauss]], o historiador [[Fernand Braudel]], o sociólogo [[Roger Bastide]], o geógrafo [[Pierre Deffontaines]], que já se encontrava no Brasil e que proferiria a aula inaugural. Nas áreas das Ciências Exatas e Biológicas, professores foram também recrutados na Alemanha e na França. Braudel retornou a Paris em [[1937]]. Tinha então iniciado a pesquisa arquivística em seu doutoramento no Mediterrâneo quando caiu sob a influência da escola dos ''Annales'' por volta de [[1938]]. Nessa época ingressou na ''[[École pratique des hautes études]]'' (EPHE) como docente de História. Trabalhou com [[Lucien Febvre]], autor de "''Philippe II et la Franche-Comté. Étude d'histoire politique, religieuse et sociale.''" (1912), que mais tarde iria ler as primeiras versões da obra magna de Braudel e fornecer-lhe aconselhamento editorial.<ref>{{Citar web|url=http://www.riseofthewest.net/thinkers/braudel02.htm|titulo=Fernand Braudel – A Biography|acessodata=2018-03-29|obra=www.riseofthewest.net}}</ref>
 
Com a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]] em [[1939]], foi convocado para o serviço militar, e posteriormente foi feito prisioneiro em [[1940]] pelos alemães. Enquanto prisioneiro de guerra em um campo perto de [[Lübeck]], na [[Alemanha]], Braudel elaborou o seu trabalho "''[[La Méditerranée et le Monde Méditerranéen à l'époque de Philippe II]]''" ("O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico à Época de Filipe II"), sem acesso a seus livros ou notas, baseando-se apenas em sua prodigiosa memória e numa biblioteca local.<ref>Fernand Braudel, Civilization & Capitalism, 15th-18th Century, translated from the French and revised by Sian Reynolds, 3 vols. (New York: Harper & Row, Publishers, 1985); Immanuel Maurice Wallerstein, The Politics of the World-Economy: The States, the Movements, and the Civilizations (Cambridge, New York and Paris: Cambridge University Press and Editions de la Maison des sciences de l’homme, 1984); and Giovanni Arrighi, The Long Twentieth Century: Money, Power, and the Origins of Our Times. London: Verso, 1994.</ref>