Maria Cristina da Áustria: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Pórokhov (discussão | contribs)
Linha 30:
| religião = [[Igreja Católica|Catolicismo]]
}}
'''Maria Cristina Henriqueta Desidéria Felicita Raniera'''<ref>{{Citar jornal|url=http://anno.onb.ac.at/cgi-content/anno?aid=wrz&datum=18580806&seite=1&zoom=33|titulo=Brunn, 3 August|ultimo1=|primeiro1=|data=6 de agosto de 1858|jornal=[[Wiener Zeitung]]|acessodata=|pagina=2961|doi=|pmid=}}</ref> ([[Brno]], {{dtlink|21|7|1858}} – [[Madrid]], {{dtlink|6|2|1929}}) foi a segunda esposa do rei [[Afonso XII de Espanha|Afonso XII]] e [[Lista de consortes reais da Espanha|Rainha Consorte]] da [[Espanha]] de 1879 até 1885, depois servindo como Rainha Regente entre 1885 e 1902 durante a minoridade de seu filho [[Afonso XIII de Espanha|Afonso XIII]]. Era filha do arquiduque [[Carlos Fernando de Áustria-Teschen|Carlos Fernando da Áustria]] e sua esposa a arquiduquesa [[Isabel Francisca de Áustria-Toscana|Isabel Francisca da Áustria]].
 
Por via materna guardava parentesco com as famílias reais espanhola e austríaca, pois que era tataraneta de [[Carlos III de Espanha]] e bisneta de [[Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico|Leopoldo II da Áustria]]. Filha do arquiduque [[Carlos Fernando de Áustria-Teschen]] e da arquiduquesa [[Isabel Francisca de Áustria-Toscana]], era sobrinha dos imperadores de [[Áustria]] e do [[México]]: [[Francisco José I da Áustria|Francisco José]] e [[Maximiliano do México|Maximiliano]]. Falecido Afonso XII, exerceu a regência durante a menoridade do seu filho, o rei [[Afonso XIII de Espanha|Afonso XIII]] de [[1885]] até [[1902]]. Durante o seu reinado ocorreu a [[Guerra Hispano-Americana]], na qual [[Espanha]] perdeu as últimas posses do seu império colonial.
 
== Casamento e reinado ==
Maria Cristina tornou-se a segunda esposa do rei [[Afonso XII de Espanha]] em [[1879]], após enviuvar este de [[Maria das Mercedes de Orleães]]. Dado que quando faleceu o soberano em [[1885]] achava-se grávida de um filho que nasceria póstumo, teve de assumir a regência.<ref name=":2">{{Citar jornal|url=https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/51327/1/Discreta_regente_la_austriaca_o_Dona_Vir.pdf|titulo=DISCRETA REGENTE, LA AUSTRIACA O DOÑA VIRTUDES. LAS IMÁGENES DE MARÍA CRISTINA DE HABSBURGO|ultimo1=Moreno Seco|primeiro1=Mónica|data=4 de dezembro de 2009|jornal=Historia y Política ISSN: 1575-0361, núm. 22, Madrid, julio-diciembre (2009), págs. 159-184|acessodata=15 de maio de 2019|doi=|pmid=}}</ref> Meses mais tarde nasceu Afonso XIII, quem se converteu na grande esperança para o trono espanhol. A rainha, sem experiência na política, deixou-se assessorar por [[Práxedes Mateo Sagasta]], com quem acabaria travando uma estreita amizade.<ref name=":2" />
 
Maria Cristina guiou-se pela sensatez e o equilíbrio nos seus dezessete anos de regência, sendo-lhe reconhecida pelos historiadores a sua impecável observância das obrigações constitucionais. Teve por confessor a [[José Fernández Montaña]], ao qual lhe encarregou a educação de [[Afonso XIII de Espanha|Afonso XIII]]. Pouco depois da morte do rei Afonso XII, com o objetivo de evitar os erros que deram lugar à crise do reinado de [[Isabel II de Espanha|Isabel II]], chegou-se ao [[Pacto do Pardo]]: Um acordo subscrito por [[Antonio Cánovas del Castillo]] e Práxedes Mateo Sagasta, que instituiu o sistema de turnos pacíficos em exercício do poder entre liberais e conservadores e consolidou a Restauração até finais do século XIX e princípios do século XX.<ref>{{Citar jornal|url=https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4962798|titulo=María Cristina de Borbón y María Cristina de Habsburgo: dos regentes entre los modos aristrocráticos y los burgueses|ultimo1=Seco|primeiro1=Mónica Moreno|ultimo2=Sánchez|primeiro2=María Angeles Casado|data=2014|jornal=Historia y política: Ideas, procesos y movimientos sociales|numero=31|paginas=113–138|acessodata=15 de maio de 2019|issn=1575-0361}}</ref> O papel de Maria Cristina no sistema de governo foi representativo, já que não participou nos confrontos entre os partidos dinásticos, respeitando o turno à hora de chamar os candidatos a formar governo embora se sentisse mais próxima a Sagasta. Promulgaram-se, entre outras, a [[Lei de Sufrágio Universal]] e a [[Lei de Associações]].<ref name="ByV">{{Citar web|url=http://www.biografiasyvidas.com/biografia/m/maria_cristina.htm|titulo=María Cristina de Habsburgo|acessodata=24 de outubro de 2005|autor1=Biografías y Vidas}}</ref>
 
Nos seus últimos anos de regência agravou-se o problema marroquino e a conflitualidade social. Desta época datam também os começos do [[catalanismo]] político. Além disso, a perda das três últimas colônias hispano-americanas em [[1898]] e o começo da decomposição dos dois partidos do turno ao desaparecer Cánovas e Sagasta poucos anos depois, sumiram ao país numa grave crise, que evidenciou a inoperância que adquiriu, coincidindo com o câmbio de século, o regime da Restauração.<ref name=ByV /> Finalmente, em [[1902]], Afonso XIII foi proclamado rei da Espanha, e a partir de então consagrou-se às obras de caridade e à sua vida familiar e, a partir de [[1906]], ao contrair matrimônio o seu filho Alfonso com [[Vitória Eugénia de Battenberg|Vitória Eugênia de Battenberg]], utilizou o título de «Rainha Mãe».
 
Faleceu no [[Palácio Real de Madrid]] a 6 de fevereiro de 1929 e foi enterrada no [[Mosteiro do Escorial]].