Filosofia: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Tommaso Aquino - Francisco de Zurbarán.jpg|thumb|left|280px|São [[Tomás de Aquino]], detalhe do "Triunfo de São Tomás de Aquino" (1631) de [[Francisco de Zurbarán]] ]]
A Idade Média carregou por muito tempo o epíteto depreciativo de "idade das trevas" ou "período obscura",<ref name="Strefling1993">{{citation|author=Sérgio Ricardo Strefling|title=O argumento ontológico de Santo Anselmo|url=https://books.google.com/books?id=Tt1L6KkCTywC&pg=PP4|year=1993|publisher=EDIPUCRS|page=4}}</ref> atribuído pelos [[Humanismo|humanistas]] [[Renascimento|renascentistas]]; e a filosofia desenvolvida nessa época padeceu do mesmo desprezo. No entanto, essa era de aproximadamente mil anos foi o mais longo período de desenvolvimento filosófico na Europa e um dos mais ricos. Jorge Gracia defende que “em intensidade, sofisticação e aquisições, pode-se corretamente dizer que o florescimento filosófico no século XIII rivaliza com a época áurea da filosofia grega no século IV a. C.”.<ref>Gracia, Jorge. Medieval Philosophy. In: ''The Blackwell Companion to Philosophy''. [http://books.google.com.br/books?id=fmMRcdcSP3cC&pg=PA619&dq=rival+the+golden+age+of+Greek+philosophy+in+the+fourth+century&hl=pt-BR&ei=JLriTIDpOIep8AbAgrCpDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CC4Q6AEwAQ#v=onepage&q&f=false pp. 619s]</ref>
Entre os filósofos medievais do ocidente, merecem destaque [[Agostinho de Hipona]], [[Boécio]], [[Anselmo de Cantuária]], [[Pedro Abelardo]], [[Alberto Magno]], [[Roger Bacon]], [[Boaventura de Bagnoregio]], [[Tomás de Aquino]], [[João Duns Escoto]], [[Guilherme de Ockham]], [[Hugo de São Vitor]], [[Mestre Eckhart|Eckhart de Hochheim]] e [[Raimundo Lúlio]]; no oriente os bizantinos [[Prisco de Pânio]], [[Leão, o Matemático]] e [[Miguel Pselo]]; na civilização islâmica, [[Avicena]], [[Averróis|Averrois]], [[Avempace]], [[Al-Farabi|Alfarábi]], [[Algazali]], [[AlcindiAlquindi]] e [[Xaabe Aldim Surauardi|SuravardiSurauardi]]; entre os judeus, [[Moisés Maimônides]] e [[Salomão ibne Gabirol]].
 
[[Tomás de Aquino]] (1225-1274), fundador do [[tomismo]], exerceu influência inigualável na filosofia e na teologia medievais. Em sua obra, ele deu grande importância à razão e à argumentação, e procurou elaborar uma síntese entre a doutrina cristã e a filosofia aristotélica. A filosofia de Tomás de Aquino representou uma reorientação significativa do pensamento filosófico medieval, até então muito influenciado pelo neoplatonismo e sua reinterpretação agostiniana.
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A filosofia iraniana pré-islâmica começa com o trabalho de [[Zoroastro]], um dos primeiros promotores do [[monoteísmo]] e do [[dualismo]] entre o bem e o mal. Essa [[cosmogonia]] dualista influenciou desenvolvimentos iranianos posteriores, como o [[maniqueísmo]], o [[mazdakismo]] e o [[zurvanismo]].
 
Após as [[conquistas muçulmanas]], a filosofia islâmica primitiva desenvolveu as tradições filosóficas gregas em novas direções inovadoras. Esta era dourada islâmica influenciou os desenvolvimentos intelectuais europeus. As duas principais correntes do pensamento islâmico primitivo são: [[Kalam]], que se concentra na teologia islâmica e [[Falsafa]], baseada no [[aristotelianismo]] e no [[neoplatonismo]]. O trabalho de Aristóteles foi muito influente entre os falsafa, como [[al-KindiAlquindi]] (século 9{{séc|IX}}), [[Avicena]] (980 - junho de 1037) e [[Averroes]] (século 12). Outros, como [[Al-GhazaliAlgazali]], criticaram profundamente os métodos do falsafa aristotélico. Os pensadores islâmicos também desenvolveram um método científico, a medicina experimental, uma teoria da ótica e uma filosofia jurídica. Ibn[[Ibne KhaldunCaldune]] foi um pensador influente na filosofia da história.
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