José Joaquim Lopes de Lima: diferenças entre revisões

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==Biografia==
Lopes de Lima morava no [[Brasil colónia|Brasil]], quando ocorre a [[Revolução liberal do Porto|Revolução de 1820]]. Nesta mesma década, acontece a [[Revolução Liberal]].{{dn}} Através dela, o país que era uma monarquia constitucional em 1822 passou a ter uma Constituição democrática. Em 1826, Dom [[Pedro I do Brasil|Pedro IV]] outorgou a partir do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] uma nova Constituição, chamada de [[Carta Constitucional portuguesa de 1826|Carta Constitucional]], mais conservadora do que a [[Constituição portuguesa de 1822|Constituição de 1822]].{{carece de fontes}}
 
Como Dom Pedro IV era também [[Imperador do Brasil]], não poderia governar os dois países ao mesmo tempo, abdicou da coroa portuguesa em favor de Dona {{lknb|Maria|II|de Portugal}} casando-a com seu tio, Dom [[Miguel I de Portugal|Miguel]], que assumiu a regência em 1826. Mas então Miguel desrespeitou a Constituição e passou a governar de forma absolutista, estabelecendo-se como Miguel&nbsp;I em 1828, destronando sua sobrinha-esposa, segundo aclamação das Cortes. Assim, vem em socorro de sua filha Dom Pedro&nbsp;IV. Enquanto isso, Lopes de Lima era um [[Oficial (militar)|oficial]] da [[Marinha]] e 67.º [[Capitão-Mor]] de [[Cacheu (cidade)|Cacheu]] entre 1829 e 18??<ref>[http://www.rulers.org/rula2.html#guinea-bissau Rulers.org - Guinea-Bissau]</ref><ref>[http://www.worldstatesmen.org/Guinea-Bissau.htm worldstatesmen.org - Guinea-Bissau]</ref><ref>African States and Rulers, John Stewart, McFarland</ref> e retornou a [[Reino de Portugal|Portugal]], no decurso da qual ascendeu a [[Capitão (militar)|capitão]], lutando ao lado das forças pedristas. Em 1834, Dom Miguel&nbsp;I foi forçado ao exílio e a abdicar. Dona Maria II voltou ao trono e a Carta Constitucional voltou a vigorar. Lopes de Lima estava do lado dos [[cartista]]s.{{carece de fontes}}
 
Os [[setembristas]] assumem o poder em 1836 e Lopes de Lima escreveu sobre isso uma série de panfletos e artigos nas revistas ''A Carta'', ''A Matraca'' e ''O Estudante''. Entretanto, em [[1842]], [[António Bernardo da Costa Cabral]] volta ao poder. Durante esse período, Lopes de Lima assume vários cargos na Corte e atua como representante em várias colônias portuguesas.{{carece de fontes}}
 
==Governo da Índia Portuguesa==
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Em 23 de junho de 1851, Lopes de Lima foi nomeado [[Lista de governadores do Timor e Solor português|Governador de Timor e Solor português]], que na época ainda incluía o arquipélago de Flores e Sunda. Assim, deu início às tratativas para um acordo fronteiriço com os [[Países Baixos]], que dominava o restante do [[Indonésia|Arquipélago Indonésio]]<ref name="livrog">{{Citar livro| autor=Monika Schlicher |título=Portugal in Ost-Timor |idioma=alemão|editora= Abera|ano=1996|volume= 4 |isbn=9783931567088}}</ref>.
 
Mais uma vez, marca seu governo pelas reformas impostas ao local, aliadas a uma forma tirânica de governo. Como endividou-se da mesma forma como ocorrera na Índia Portuguesa antes, acabou por vender as ilhas de [[Flores (Indonésia)|Flores]], [[Alor]], [[Pantar]] e [[Solor]] por cerca de 200 mil florins<ref>{{link|2=http://www.mlgts.pt/xms/files/Publicacoes/Artigos/446.pdf|3=TELES, Miguel Galvão. Timor Leste ''in'' Separata do II Suplemento do Dicionário Jurídico da Administração Pública}}</ref>, sem a anuência do Reino. Por fim, seria assinado o [[Tratado de Lisboa (1859)|Tratado de Lisboa de 1859]], estabelecendo as fronteiras entre o [[Timor Oeste|Timor Neerlandês]] e o [[Timor Português]], com a perda daquelas ilhas. Pelo referido tratado, Portugal cedeu [[Larantuca]], [[Sicca]] e [[Payas]], na ilha das Flores, [[Wouré]], na ilha de [[Adonara]], e [[Pamung Kaju]], na ilha de [[Solor]]. Em contrapartida, os Países Baixos cederam o reino de [[Maubara]] e renunciaram a [[Oecusse|Ambeno]], na ilha de Timor, assim como renunciaram a [[Ataúro]].{{carece de fontes}}
 
Seu sucessor, [[Manuel de Saldanha da Gama]], chegou em 8 de setembro de 1852 com ordens de prender Lopes de Lima e mandar levá-lo para Lisboa. Com as mudanças políticas em Portugal, o grupo ao qual Lopes de Lima pertencia foi defenestrado do poder, o que explica as medidas mais duras contra ele. Veio a falecer em Batávia, atual [[Jacarta]], de uma febre, no dia 8 de novembro de 1852.{{carece de fontes}}
 
Colaborou no jornal ''[[Jornal da Sociedade dos Amigos das Letras]]'' <ref>{{Citar web |autor=Helena Roldão |data=16 de Abril de 2013 |título=Ficha histórica: Jornal da Sociedade dos Amigos das Letras (1836) |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/JornaldaSociedadedosAmigosdasLetras.pdf |formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=2 de Dezembro de 2014}}</ref> (1836).