Isabel II do Reino Unido: diferenças entre revisões

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| nome = ElizabethIsabel II
| titulo =
| imagem = Queen Elizabeth II March 2015.jpg
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{{Família Real Britânica}}
'''ElizabethIsabel II ''' ou''' IsabelElizabeth II''' ([[Londres]], {{dtlink|21|4|1926}}) é a [[Lista de monarcas britânicos|Rainha do Reino Unido]] e de quinze outros estados independentes conhecidos como [[Reinos da Comunidade de Nações]], além de chefe da [[Commonwealth]] formada por 53 estados. É também a [[Governador Supremo da Igreja de Inglaterra|Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra]] e, em alguns de seus reinos, possui ainda o título de [[Defensor da Fé|Defensora da Fé]]. Ao ascender ao trono em {{dtlink|6|2|1952}}, ElizabethIsabel se tornou a [[Chefe da Comunidade Britânica]] e rainha de sete países independentes: [[Reino Unido]], [[Canadá]], [[Austrália]], [[Nova Zelândia]], [[União Sul-Africana|África do Sul]], [[Domínio do Paquistão|Paquistão]] e [[Domínio do Ceilão|Ceilão]]. Entre 1956 e 1992 o número de reinos variou já que certos territórios ganharam sua independência e outros tornaram-se repúblicas. Atualmente, além dos quatro primeiros estados mencionados, ElizabethIsabel é rainha da [[Jamaica]], [[Barbados]], [[Bahamas]], [[Granada (país)|Granada]], [[Papua-Nova Guiné]], [[Ilhas Salomão]], [[Tuvalu]], [[Santa Lúcia]], [[São Vicente e Granadinas]], [[Belize]], [[Antígua e Barbuda]] e [[São Cristóvão e Nevis]].<ref>{{citar web|URL=http://direito.folha.uol.com.br/blog/o-que-faz-a-rainha-da-inglaterra|título=O que faz a rainha da Inglaterra?|autor=|data=|publicado=Para entender Direito (UOL)|acessodata=28 de dezembro de 2018}}</ref>
 
ElizabethIsabel nasceu em Londres e foi educada particularmente em casa. Após a crise de [[Crise da abdicação de Eduardo VIII]], tio de Elizabeth, houve a ascensão de George VI ao trono, o que fez de sua primogênita a [[Herdeiro presuntivo|herdeira presuntiva]] da coroa. ElizabethIsabel passou a assumir deveres públicos durante a [[Segunda Guerra Mundial]], em que ela serviu no Serviço Territorial Auxiliar. Ela se casou com o príncipe [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe da Grécia e Dinamarca]] em 1947, com quem teve quatro filhos: [[Carlos, Príncipe de Gales|Carlos]], [[Ana, Princesa Real|Ana]], [[André, Duque de Iorque|André]] e [[Eduardo, Conde de Wessex|Eduardo]]. Seu pai morreu em fevereiro de 1952 e ElizabethIsabel ascendeu ao trono aos 25 anos. Sua [[Coroação de Isabel II do Reino Unido|coroação]] ocorreu no ano seguinte e foi a primeira a ser televisionada.
 
As muitas visitas e encontros históricos de ElizabethIsabel incluem uma visita oficial a [[República da Irlanda]], a primeira visita de um presidente irlandês ao Reino Unido e visitas recíprocas com vários papas. Ela viu também grandes mudanças constitucionais, como a devolução dos poderes aos estados constituintes do Reino Unido, a patriação do Canadá e a descolonização da África. ElizabethIsabel também reinou durante várias guerras e conflitos envolvendo muitos de seus reinos.
 
Tempos de significância pessoal incluem os nascimentos e casamentos de seus filhos e netos, a [[investidura do Príncipe de Gales]] e a celebração de marcos como seus jubileus de Prata em 1977, [[Jubileu de Ouro de Isabel II do Reino Unido|Ouro]] em 2002 e [[Jubileu de Diamante de Isabel II do Reino Unido|Diamante]] em 2012. Momentos de dificuldade incluem a morte de seu pai aos 56 anos, o assassinato de [[Louis Mountbatten, 1.º Conde Mountbatten da Birmânia|Louis Mountbatten]], tio do príncipe Filipe, o fim dos casamentos de seus filhos em 1992 (um ano que ela mesma chamou de ''annus horribilis''), a morte em 1997 de [[Diana, Princesa de Gales]], ex-esposa de Carlos, e as mortes de sua [[Margarida, Condessa de Snowdon|irmã]] e [[Isabel Bowes-Lyon|mãe]] em 2002. ElizabethIsabel ocasionalmente enfrentou movimentos republicanos e pesadas críticas a [[Família real britânica|família real]], porém o apoio a monarquia e sua popularidade pessoal permanecem altos.
 
ElizabethIsabel guarda parentesco com várias casas reais da Europa. A rainha [[Margarida II da Dinamarca]], o rei [[Haroldo V da Noruega]], o rei [[Carlos XVI Gustavo da Suécia]], os ex-reis [[Juan Carlos da Espanha]] e [[Sofia da Grécia|Sofia da Espanha]] (e o filho deles, o atual rei [[Filipe VI de Espanha|Filipe VI da Espanha]]), e os ex-reis da Grécia [[Constantino II da Grécia|Constantino II]] e [[Ana Maria da Dinamarca|Ana Maria da Grécia]], são todos seus primos em terceiro grau, por serem descendentes da rainha [[Vitória do Reino Unido]] (trisavó de ElizabethIsabel e também de seu marido, [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe , Duque de Edimburgo]]).
 
Atualmente, ElizabethIsabel II ocupa, entre os monarcas de toda a História do continente europeu, a quarta colocação entre os [[Lista de monarcas com reinados mais longos|monarcas com reinados mais longos]] de forma comprovada. Por enquanto, ElizabethIsabel II aparece atrás do imperador [[Francisco José I da Áustria|Francisco José I]] (do [[Império Austríaco]]), do príncipe [[João II de Liechtenstein|João II]] (de Principado de [[Liechtenstein]]), e do rei [[Luís XIV de França|Luís XIV]] (da [[França]] - este com 72 anos, 3 meses e 19 dias de reinado). É também a rainha soberana reinante mais idosa do mundo em todos os tempos, e a monarca mais idosa do continente europeu de todos os tempos.
 
== Início de vida ==
[[imagem:Queen Elizabeth II 1929.jpg|thumb|left|upright|Princesa ElizabethIsabel em 1929, aos três anos de idade]]
ElizabethIsabel foi a primeira filha do príncipe [[Jorge VI do Reino Unido|Alberto, Duque de Iorque]], e sua esposa [[Isabel Bowes-Lyon|Elizabeth Bowes-Lyon]]. Seu pai era o segundo filho do rei [[Jorge V do Reino Unido]] e da rainha [[Maria de Teck]]. Sua mãe era a filha mais nova do aristocrata escocês [[Claude Bowes-Lyon|Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne]]. Ela nasceu de uma [[cesariana]] às 2h40min do dia {{dtlink|21|4|1926}} na casa de seu avô materno em Mayfair, [[Londres]].<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=22}}; {{harvnb|Brandreth|2004|p=103}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=75–76}}; {{harvnb|Marr|2011|p=76}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=2–3}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=74}}</ref> Foi batizada em 29 de maio por [[Cosmo Lang]], o [[Arcebispo de Iorque]], na capela do [[Palácio de Buckingham]].<ref>{{harvnb|Hoey|2002|p=40}}</ref> Seus padrinhos foram o rei e a rainha, seu avô materno, seu tio-bisavô paterno o príncipe [[Artur, Duque de Connaught e Strathearn]], sua tia paterna [[Maria, Princesa Real e Condessa de Harewood|Maria, Princesa Real]], e sua tia materna [[Mary Bowes-Lyon|Mary Elphinstone]].<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=103}}; {{harvnb|Hoey|2002|p=40}}</ref> Ela foi nomeada ElizabethIsabel em homenagem a mãe, Alexandra em homenagem a [[Alexandra da Dinamarca|bisavó paterna]], que havia morrido seis meses antes, e Maria em homenagem a avó paterna.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=103}}</ref> Sua família a chamava de "Lilibet".<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=12}}</ref> Jorge V a adorava e as visitas de ElizabethIsabel foram creditadas pela imprensa e biógrafos como um dos fatores que ajudaram na sua recuperação durante uma séria doença em 1929.<ref>{{harvnb|Lacey|2002|p=56}}; {{harvnb|Nicolson|1952|p=433}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=14–16}}</ref>
 
Sua única irmã, [[Margarida, Condessa de Snowdon|Margarida]], nasceu quatro anos depois. As duas princesas foram educadas em casa sob a supervisão de sua mãe e sua governanta, [[Marion Crawford]], casualmente conhecida como "Crawfie".<ref>{{harvnb|Crawford|1950|p=26}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=20}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=21}}</ref> As aulas concentravam-se em história, línguas, literatura e música.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=124}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=62–63}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=24, 69}}</ref> Para o desalento da família real,<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=108–110}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=159–161}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=20, 163}}</ref> Crawford publicou em 1950 uma biografia das infâncias de ElizabethIsabel e Margarida chamada ''The Little Princesses''. O livro descreve a paixão de ElizabethIsabel por cavalos e cachorros, sua disposição metódica e sua atitude de responsabilidade.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=108–110}}</ref> Outros ecoaram tais observações: [[Winston Churchill]] descreveu a princesa aos dois anos como "uma figura. Ela tem um ar de autoridade e surpreendente reflexividade para uma criança".<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=105}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=81}}; {{harvnb|Shawcross|2002|pp=21–22}}</ref> Sua prima Margaret Rhodes a descreveu como "uma menina alegre, mas fundamentalmente sensível e bem-comportada".<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=105–106}}</ref>
 
== Herdeira presuntiva ==
[[imagem:Philip Alexius de Laszlo-Princess Elizabeth of York, Currently Queen Elizabeth II of England,1933.jpg|thumb|Princesa ElizabethIsabel em 1933, aos sete anos de idade, por [[Philip de László]]]]
Durante o reinado de seu avô, ElizabethIsabel era a terceira na [[Linha de sucessão ao trono britânico|linha de sucessão ao trono]] depois de seu tio [[Eduardo VIII do Reino Unido|Eduardo, Príncipe de Gales]], e seu pai. Apesar de seu nascimento ter gerado grande interesse público, não era esperado que ela se tornasse rainha já que o Príncipe de Gales ainda era jovem e muitos presumiam que ele se casaria e teria filhos.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=8}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=76}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=3}}</ref> Jorge V morreu em 1936 e seu tio ascendeu como Eduardo VIII, com ela ficando em segundo na linha de sucessão depois do pai. Mais tarde no mesmo ano, Eduardo [[Crise da abdicação de Eduardo VIII|abdicou]] após a sua proposta de casamento com [[Wallis, Duquesa de Windsor|Wallis Simpson]] ter causado uma crise constitucional.<ref>{{harvnb|Lacey|2002|pp=97–98}}</ref> Assim, o Duque de Iorque tornou-se rei com o nome de Jorge VI e ElizabethIsabel tornou-se a [[Herdeiro presuntivo|herdeira presuntiva]]. Se os seus pais tivessem tido um filho varão, ela perderia a sua posição como primeira na sucessão já que o seu irmão seria [[herdeiro aparente]] e ficaria acima dela na linha.<ref>{{harvnb|Marr|2011|pp=78, 85}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=71–73}}</ref>
 
ElizabethIsabel recebeu aulas de história constitucional com Henry Marten, vice-reitor do [[Eton College]],<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=124}}; {{harvnb|Crawford|1950|p=85}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=112}}; {{harvnb|Marr|2011|p=88}}; {{harvnb|Pimlott|p=51}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=25}}</ref> também aprendendo [[Língua francesa|francês]] com várias governantas francesas.<ref name=education >{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HMTheQueen/Education/Overview.aspx|título=Education|acessodata=9 de junho de 2014|obra=The British Monarchy }}</ref> Uma companhia de [[bandeirantismo]], a 1º Companhia do Palácio de Buckingham, foi formada especialmente para que ela pudesse se socializar com meninas de mesma idade.<ref>{{harvnb|Marr|2011|p=84}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=47}}</ref> Ela mais tarde se matriculou como Guarda Marinha.<ref name=education />
 
Seus pais viajaram pela [[América do Norte]] em 1939. Como em 1927, quando viajaram pela [[Austrália]] e [[Nova Zelândia]], Isabel permaneceu em casa pois o rei achava que ela era muito pequena para assumir funções públicas.<ref name=pimlott54 >{{harvnb|Pimlott|2011|p=54}}</ref> Ela "pareceu chorosa" quando seus pais partiram. Eles correspondiam-se regularmente,<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=55}}</ref> e realizaram o primeiro telefonema real transatlântico em 8 de maio.<ref name=pimlott54 />
 
===Segunda Guerra Mundial===
O [[Reino Unido]] entrou na [[Segunda Guerra Mundial]] em setembro de 1939. Durante a guerra, Londres foi alvo frequente de bombardeios aéreos e muitas das crianças londrinas foram evacuadas. Lorde Douglas Hogg, 1.º Visconde Hailsham, sugeriu que as duas princesas fossem evacuadas para o Canadá, porém isso foi rejeitado pela rainha, que declarou: "As crianças não vão sem mim. Eu não vou partir sem o Rei. E o Rei nunca partirá".<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/The%20House%20of%20Windsor%20from%201952/QueenElizabethTheQueenMother/ActivitiesasQueen.aspx|título=Activities as Queen|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de junho de 2014 }}</ref> As princesas ElizabethIsabel e Margarida permaneceram no [[Castelo de Balmoral]], [[Escócia]], até o natal, indo então para a [[Sandringham House|Casa Sandringham]] em [[Norfolk (Inglaterra)|Norfolk]].<ref>{{harvnb|Crawford|1950|pp=104–114}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=56–57}}</ref> De fevereiro a maio de 1940 elas viveram na [[Royal Lodge|Pousada Real]], [[Windsor (Berkshire)|Windsor]], até mudarem para o [[Castelo de Windsor]] onde viveram pela maior parte dos próximos cinco anos.<ref>{{harvnb|Crawford|1950|pp=114–119}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=57}}</ref> As princesas encenaram pantomimas nos natais para ajudar o Fundo de Lã da Rainha, que comprava fios para tricotar roupas militares.<ref>{{harvnb|Crawford|1950|pp=137–141}}</ref> Em 1940, ElizabethIsabel, então com quatorze anos, fez sua primeira transmissão de rádio durante a ''Children's Hour'' da [[BBC]], dirigindo-se a outras crianças que haviam sido evacuadas das cidades.<ref name=children >{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/archive/princesselizabeth/6600.shtml?all=1&id=6600|título=Children's Hour: Princess Elizabeth|acessodata=10 de junho de 2014|obra=[[BBC]]|data=13 de outubro de 1940 }}</ref> Ela afirmou:
 
{{cquote|''Estamos tentando fazer tudo o que pudermos para ajudar os nossos valentes marinheiros, soldados e aviadores, e também estamos tentando suportar a nossa quota de perigo e tristeza da guerra. Sabemos, cada um de nós, que no final tudo ficará bem.''<ref name=children /> }}
 
[[imagem:Hrh Princess Elizabeth in the Auxiliary Territorial Service, April 1945 TR2832.jpg|thumb|left|ElizabethIsabel em abril de 1945 com uniforme do Serviço Territorial Auxiliar]]
Em 1943, aos dezesseis anos de idade, Isabel fez sua primeira aparição pública sozinha ao visitar os [[Grenadier Guards]], de que ela havia sido nomeada coronel no ano anterior.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HMTheQueen/Publiclife/EarlyPublicLife/Earlypubliclife.aspx|título=Early public life|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de junho de 2014 }}</ref> Enquanto seu aniversário de dezoito anos aproximava-se, a lei foi alterada para que ela pudesse atuar como uma de cinco Conselheiros de Estado caso seu pai ficasse incapacitado ou estivesse no exterior, como durante sua visita a [[Itália]] em 1944.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=71}}</ref> Ela se juntou ao Serviço Territorial Auxiliar em fevereiro de 1945 como segunda subalterna honorária com número de serviço 230873.<ref>{{citar periódico|data=9 de março de 1945|url=https://www.thegazette.co.uk/London/issue/36973/supplement/1315|título=WOMEN'S FORCES: Auxiliary Territorial Service|jornal=[[The London Gazette]]|acessodata=10 de junho de 2014|número=36973|página=1315 }}</ref> Ela treinou como motorista e mecânica, sendo promovida a comandante júnior honorária em julho.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=45}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=148}}; {{harvnb|Marr|2011|p=100}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=75}}</ref><ref>{{citar periódico|data=3 de agosto de 1945|url=https://www.thegazette.co.uk/London/issue/37205/supplement/3972|título=WOMEN'S FORCES: Auxiliary Territorial Service|jornal=The London Gazette|acessodata=10 de junho de 2014|número=37205|página=3972 }}</ref>
 
Ao final da guerra, no [[Dia da Vitória na Europa]], as princesas ElizabethIsabel e Margarida misturaram-se anonimamente com as multidões celebrando nas ruas de Londres. ElizabethIsabel mais tarde disse em uma rara entrevista que "Nós pedimos aos meus pais se poderíamos sair e ver nós mesmas. Lembro-me que ficamos aterrorizadas de sermos reconhecidas ... eu me lembro de várias pessoas desconhecidas dando os braços e caminhando por [[Whitehall]], todos nós varridos por uma onda de felicidade e alívio".<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=10}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=79}}</ref>
 
[[imagem:Special Film Project 186 - Buckingham Palace 2.jpg|thumb|Princesa ElizabethIsabel (esquerda) na varanda do Palácio de Buckingham com (esquerda para direita) a rainha ElizabethIsabel, o primeiro-ministro Winston Churchill, o rei Jorge VI e a princesa Margarida em 8 de maio de 1945]]
Planos para conter o nacionalismo galês fazendo ElizabethIsabel ter relações mais próximas ao [[País de Gales]] foram traçados durante a guerra. Propostas, como nomeá-la Condestável do [[Castelo de Caernarfon]] ou patrona da ''Urdd Gobaith Cymru'' (Liga da Juventude Galesa), foram abandonadas por diversas razões, que incluíam temor de associar a princesa com os [[Objetor de consciência|objetores de consciência]] na Urdd.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/wales/4329001.stm|título=Royal plans to beat nationalism|data=8 de março de 2005|acessodata=10 de junho de 2014|obra=BBC }}</ref> Políticos galeses sugeriram fazê-la [[Príncipe de Gales|Princesa de Gales]] em seu aniversário de dezoito anos. A ideia foi apoiada por Herbert Morrison, [[Secretário de Estado para os Assuntos Internos]], porém foi rejeitada pelo rei por achar que o título pertencia apenas à esposa do Príncipe de Gales e que ele sempre havia sido o herdeiro aparente.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=71–73}}</ref> Ela foi incluída no ''Gorsedd'' de Bardos galeses na ''Eisteddfod'' Nacional do País de Gales em 1946.<ref>{{citar web|url=http://www.museumwales.ac.uk/911|título=The Robes of the Gorseddogion|acessodata=10 de junho de 2014|obra=Museu Nacional do País de Gales|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140518203811/http://www.museumwales.ac.uk/911/|arquivodata=2014-05-18|urlmorta=yes}}</ref>
 
A princesa ElizabethIsabel foi para sua primeira viagem internacional em 1947, acompanhando seus pais pelo sul da África. Durante a viagem, em uma transmissão para toda [[Commonwealth|Comunidade Britânica]] no seu aniversário de 21 anos, ela fez a seguinte promessa:
 
{{cquote|''Eu declaro diante de vocês que toda minha vida, seja ela longa ou curta, será dedicada ao seu serviço e ao serviço da nossa grande família imperial, à qual todos nós pertencemos.''<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/ImagesandBroadcasts/Historic%20speeches%20and%20broadcasts/21stbirthdayspeech21April1947.aspx|título=21st birthday speech, 21 April 1947|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de junho de 2014 }}</ref> }}
 
=== Casamento===
ElizabethIsabel conheceu seu futuro marido, o príncipe [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe da Grécia e Dinamarca]], em 1934 e depois em 1937.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=132–139}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=124–125}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=86}}</ref> Eles são primos de segundo grau através do rei [[Cristiano IX da Dinamarca]] e de terceiro grau através da rainha [[Vitória do Reino Unido|Vitória]]. Depois de mais um encontro em julho de 1939 no Real Colégio Naval de Dartmouth, ElizabethIsabel – então com apenas treze anos de idade – afirmou que havia se apaixonado por Filipe e eles começaram a trocar cartas.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=10}}; {{harvnb|Brandreth|2004|pp=132–136, 166–169}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=119, 126, 135}}</ref> Seu noivado foi anunciado oficialmente em 9 de julho de 1947.<ref>{{harvnb|Heald|2007|p=77}}</ref>
 
[[imagem:Elizabeth II and Philip.jpg|thumb|left|210px|Filipe e ElizabethIsabel em 1950]]
O casamento não ocorreu sem controvérsias: Filipe não tinha nenhuma situação financeira, era estrangeiro (apesar de cidadão britânico que havia servido na [[Marinha Real Britânica]] durante a Segunda Guerra Mundial) e tinha irmãs casadas com nobres alemães com ligações [[Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães|nazistas]].<ref>Edwards, Phil (31 de outubro de 2000). "The Real Prince Philip". Channel 4.</ref> Crawford escreveu que "Alguns dos conselheiros do rei não o achavam bom o bastante para ela. Ele era um príncipe sem casa ou reino. Alguns dos jornais tocaram músicas longas e altas sobre as origens estrangeiras de Filipe".<ref>{{harvnb|Crawford|1950|p=180}}</ref> Algumas biografias posteriores da mãe de ElizabethIsabel relatam que ela inicialmente era contra a união, até chamando Filipe de "O Huno".<ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1400208/Philip-the-one-constant-through-her-life.html|título=Philip, the one constant through her life|obra=The Telegraph|acessodata=10 de junho de 2014|data=20 de abril de 2006|autor=Davies, Caroline }}</ref> Entretanto, ela mais tarde contou ao biógrafo Tim Heald que o príncipe era "um cavalheiro inglês".<ref>{{harvnb|Heald|2007|p=xviii}}</ref>
 
Antes do casamento, Filipe renunciou seus títulos gregos e dinamarqueses, converteu-se da [[Igreja Ortodoxa Grega|ortodoxia grega]] para o [[Igreja Anglicana|anglicanismo]] e adotou o estilo de "Tenente Filipe Mountbatten", tomando o sobrenome da família britânica de sua mãe.<ref>{{harvnb|Hoey|2002|pp=55–56}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=101, 137}}</ref> Pouco antes do casamento, ele foi criado [[Duque de Edimburgo]] e recebeu o estilo de "[[Sua Alteza Real]]".<ref>{{citar periódico|data=21 de novembro de 1947|url=https://www.thegazette.co.uk/London/issue/38128/page/5495|título=Whitehall, November 20, 1947|jornal=The London Gazette|acessodata=10 de junho de 2014|número=38128|páginas= 5495–5496 }}</ref>
 
ElizabethIsabel e Filipe se casaram na [[Abadia de Westminster]] em 20 de novembro de 1947. Eles receberam 2500 presentes vindos de todo mundo.<ref name=diamond >{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/LatestNewsandDiary/Factfiles/60diamondweddinganniversaryfacts.aspx|título=60 Diamond Wedding anniversary facts|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de junho de 2014 }}</ref> Já que o Reino Unido ainda não havia se recuperado totalmente das devastações da guerra, ElizabethIsabel pediu que cupons de racionamento comprassem o material para seu vestido de noiva, que foi desenhado por [[Norman Hartnell]].<ref>{{harvnb|Hoey|2002|p=58}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=133–134}}</ref> No pós-guerra, não era aceitável que os parentes alemães do duque, incluindo suas três irmãs ainda vivas, fossem convidados para o casamento.<ref>{{harvnb|Hoey|2002|p=59}}; {{harvnb|Petropoulos|2006|p=363}}</ref> O [[Duque de Windsor]], o antigo rei Eduardo VIII, também não foi convidado.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=61}}</ref>
 
ElizabethIsabel deu à luz seu primeiro filho, príncipe [[Carlos, Príncipe de Gales|Carlos]], em {{dtlink|14|11|1948}}. Um mês depois, o rei emitiu [[Carta-patente|cartas-patente]] permitindo que os filhos deles usassem o estilo e título de um príncipe ou princesa real, que do contrário eles não teriam direito já que seu pai não era mais um príncipe.<ref>{{harvnb|Hoey|2002|pp=69–70}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=155–156}}</ref> A segunda criança, princesa [[Ana, Princesa Real|Ana]], nasceu em 1950.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=163}}</ref>
 
Depois do casamento o casal alugou Windlesham Moor, perto do Castelo de Windsor, até 4 de julho de 1949,<ref name=diamond /> quando passaram a residir na [[Clarence House]] em Londres. Em vários momentos entre 1949 e 1951, Filipe foi colocado em serviço na [[colônia da coroa]] de [[Malta]] como oficial da marinha britânica. Ele e ElizabethIsabel viveram intermitentemente por meses no lugarejo de Gwardamanġa, na Villa Guardamangia, a casa alugada do tio do duque [[Louis Mountbatten, 1.º Conde Mountbatten da Birmânia|Louis Mountbatten]]. As crianças permanceram na Inglaterra.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=226–238}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=145, 159–163, 167}}</ref>
 
==Reinado==
===Ascensão e coroação===
[[imagem:Elizabeth and Philip 1953.jpg|left|thumb|200px|Retrato de coroação da rainha ElizabethIsabel II e do príncipe Filipe]]
{{Artigo principal|Coroação de Isabel II do Reino Unido}}
[[imagem:Coronation of Queen Elizabeth II Couronnement de la Reine Elizabeth II.jpg|thumb|210px|A coroação de ElizabethIsabel II]]
A saúde de Jorge VI foi piorando ao longo de 1951 e ElizabethIsabel o representou em vários eventos públicos. Seu secretário particular, Martin Charteris, carregou um rascunho de uma declaração de ascensão na visita dela pelo Canadá e o encontro com o presidente [[Harry S. Truman]] em [[Washington, D.C]] caso o rei morresse durante a viagem.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=240–241}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=166}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=169–172}}</ref> No início de 1952, ElizabethIsabel e Filipe partiram em uma viagem pela Austrália e Nova Zelândia, no caminho parando no [[Quénia|Quênia]]. Em {{dtlink|6|2|}}, quando o casal voltou para sua casa queniana depois de passarem a noite no Treetops Hotel, chegou a notícia da morte do rei. Filipe contou as notícias à nova rainha.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=245–247}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=166}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=173–176}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=16}}</ref> Charteris perguntou qual nome régio ela gostaria de usar, com a nova monarca respondendo: "Meu próprio, é claro – qual outro?".<ref>{{harvnb|Bousfield|Toffoli|2002|p=72}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=179}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=17}}</ref> Ela foi proclamada rainha por seus reinos e o séquito real voltou para o Reino Unido.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=178–179}}</ref> Ela e o Duque de Edimburgo mudaram-se para o Palácio de Buckingham.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=186–187}}</ref>
 
Com a ascensão de ElizabethIsabel, parecia provável que a [[Dinastia|casa real]] passaria a ter o nome de seu marido, transformando-se na "Casa de Mountbatten", seguindo a tradição da esposa assumindo o sobrenome do marido após o casamento. O primeiro-ministro Winston Churchill e a rainha [[Maria de Teck]] eram a favor de manter a [[Casa de Windsor]], assim em 9 de abril de 1952 ElizabethIsabel publicou uma declaração dizendo que "Windsor" continuaria a ser o nome da casa. Filipe reclamou, "Sou o único homem no país que não pode dar seu nome aos próprios filhos".<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=80}}; {{harvnb|Brandreth|2004|pp=253–254}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=172–173}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=183–185}}</ref> Em 1960, depois da morte de Maria em 1953 e a renúncia de Churchill em 1955, o sobrenome "[[Mountbatten-Windsor]]" foi adotado para os descendentes de linhagem masculina de Filipe e ElizabethIsabel que não possuem títulos reais.<ref>{{citar periódico|data=8 de fevereiro de 1960|url=https://www.thegazette.co.uk/London/issue/41948/supplement/1003|título=AT THE COURT AT BUCKINGHAM PALACE|jornal=The London Gazette|número=41948|página=1003|acessodata=11 de junho de 2014 }}</ref>
e Filipe partiram em uma viagem pela Austrália e Nova Zelândia, no caminho parando no [[Quénia|Quênia]]. Em {{dtlink|6|2|}}, quando o casal voltou para sua casa queniana depois de passarem a noite no Treetops Hotel, chegou a notícia da morte do rei. Filipe contou as notícias à nova rainha.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=245–247}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=166}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=173–176}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=16}}</ref> Charteris perguntou qual nome régio ela gostaria de usar, com a nova monarca respondendo: "Meu próprio, é claro – qual outro?".<ref>{{harvnb|Bousfield|Toffoli|2002|p=72}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=179}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=17}}</ref> Ela foi proclamada rainha por seus reinos e o séquito real voltou para o Reino Unido.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=178–179}}</ref> Ela e o Duque de Edimburgo mudaram-se para o Palácio de Buckingham.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=186–187}}</ref>
 
Durante as preparações para a coroação, a princesa Margarida contou a irmã que desejava se casar com [[Peter Townsend (oficial da RAF)|Peter Townsend]], um divorciado, dezesseis anos mais velho e com dois filhos do casamento anterior. ElizabethIsabel pediu para que eles esperassem por um ano; nas palavras de Charteris: "a rainha era naturalmente simpática com a princesa, mas acho que ela pensou – ela esperava – que com tempo o caso iria esgotar-se".<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=269–271}}</ref> Os principais políticos eram contra a união e a [[Igreja Anglicana]] não permitia novos casamentos depois de um divórcio. Se Margarida casasse no civil, ela renunciaria seus direitos na sucessão.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=269–271}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=193–194}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=201, 236–238}}</ref> Eventualmente ela decidiu abandonar os planos com Townsend.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=22}}; {{harvnb|Brandreth|2004|p=271}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=194}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=238}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=146}}</ref> A princesa se casou com [[Antony Armstrong-Jones]] em 1960, criado [[Conde de Snowdon]] no ano seguinte. Eles divorciaram-se em 1978 e Margarida não se casou mais.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/The%20House%20of%20Windsor%20from%201952/HRHPrincessMargaret/Marriageandfamily.aspx|título=Marriage and family|obra=The British Monarchy|acessodata=11 de junho de 2014 }}</ref>
Com a ascensão de Elizabeth, parecia provável que a [[Dinastia|casa real]] passaria a ter o nome de seu marido, transformando-se na "Casa de Mountbatten", seguindo a tradição da esposa assumindo o sobrenome do marido após o casamento. O primeiro-ministro Winston Churchill e a rainha [[Maria de Teck]] eram a favor de manter a [[Casa de Windsor]], assim em 9 de abril de 1952 Elizabeth publicou uma declaração dizendo que "Windsor" continuaria a ser o nome da casa. Filipe reclamou, "Sou o único homem no país que não pode dar seu nome aos próprios filhos".<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=80}}; {{harvnb|Brandreth|2004|pp=253–254}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=172–173}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=183–185}}</ref> Em 1960, depois da morte de Maria em 1953 e a renúncia de Churchill em 1955, o sobrenome "[[Mountbatten-Windsor]]" foi adotado para os descendentes de linhagem masculina de Filipe e Elizabeth que não possuem títulos reais.<ref>{{citar periódico|data=8 de fevereiro de 1960|url=https://www.thegazette.co.uk/London/issue/41948/supplement/1003|título=AT THE COURT AT BUCKINGHAM PALACE|jornal=The London Gazette|número=41948|página=1003|acessodata=11 de junho de 2014 }}</ref>
 
Durante as preparações para a coroação, a princesa Margarida contou a irmã que desejava se casar com [[Peter Townsend (oficial da RAF)|Peter Townsend]], um divorciado, dezesseis anos mais velho e com dois filhos do casamento anterior. Elizabeth pediu para que eles esperassem por um ano; nas palavras de Charteris: "a rainha era naturalmente simpática com a princesa, mas acho que ela pensou – ela esperava – que com tempo o caso iria esgotar-se".<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=269–271}}</ref> Os principais políticos eram contra a união e a [[Igreja Anglicana]] não permitia novos casamentos depois de um divórcio. Se Margarida casasse no civil, ela renunciaria seus direitos na sucessão.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=269–271}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=193–194}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=201, 236–238}}</ref> Eventualmente ela decidiu abandonar os planos com Townsend.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=22}}; {{harvnb|Brandreth|2004|p=271}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=194}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=238}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=146}}</ref> A princesa se casou com [[Antony Armstrong-Jones]] em 1960, criado [[Conde de Snowdon]] no ano seguinte. Eles divorciaram-se em 1978 e Margarida não se casou mais.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/The%20House%20of%20Windsor%20from%201952/HRHPrincessMargaret/Marriageandfamily.aspx|título=Marriage and family|obra=The British Monarchy|acessodata=11 de junho de 2014 }}</ref>
 
A coroação ocorreu normalmente como planejado no dia {{dtlink|2|6|1953}} apesar da morte de Maria de Teck em 24 de março, como ela havia pedido antes de morrer.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=82}}</ref> A cerimônia aconteceu na [[Abadia de Westminster]] e foi televisionada pela primeira vez, com exceção da parte da [[unção]] e da [[Eucaristia|comunhão]].<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/LatestNewsandDiary/Pressreleases/2003/50factsaboutTheQueensCoronation.aspx|título=50 facts about The Queen's Coronation|obra=The British Monarchy|acessodata=12 de junho de 2014|data=25 de maio de 2003 }}</ref> Seu vestido de coroação foi desenhado por Norman Hartnell e, seguindo suas instruções, bordado com os emblemas florais dos países da Commonwealth:<ref>{{harvnb|Lacey|2002|p=190}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=247–248}}</ref> a [[Rosa de Tudor]] inglesa, o cardo escocês, o [[alho-porro]] galês, o [[Shamrock|trevo]] irlandês, a [[Acacia pycnantha|acacia]] australiana, a folha de bordo canadense, a samambaia prateada neozelandesa, a [[protea]] sul-africana, a [[Nelumbo nucifera|flor-de-lótus]] pela Índia e Ceilão e o [[trigo]], [[algodão]] e [[juta]] paquistaneses.<ref>{{citar web|url=http://www.nga.gov.au/ByAppointment/|título=By appointment: Norman Hartnell’s sample for the Coronation dress of Queen Elizabeth II|obra=National Gallery of Australia|acessodata=12 de junho de 2014|autor=Cotton, Belinda; Ramsey, Ron }}</ref>
 
===Evolução da Commonwealth===
[[imagem:Queen Elizabeth II and the Prime Ministers of the Commonwealth Nations, at Windsor Castle (1960 Commonwealth Prime Minister's Conference).jpg|thumb|left|250px|ElizabethIsabel com os líderes da Commonwealth em 1960]]
Durante sua vida, ElizabethIsabel testemunhou a contínua transformação do [[Império Britânico]] na [[Commonwealth|Commonwealth de Nações]].<ref>{{harvnb|Marr|2011|p=272}}</ref> Na época de sua ascensão em 1952, seu papel como chefe de estado de vários estados independentes já estava estabelecido.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=182}}</ref> A rainha e o Duque de Edimburgo embarcaram em uma viagem de seis meses entre 1953 e 1954 ao redor do mundo. Ela se transformou na primeira [[Monarquia na Austrália|monarca da Austrália]] e Nova Zelândia a visitar essas nações.<ref name=autralia >{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/MonarchAndCommonwealth/Australia/Royalvisits.aspx|título=Queen and Australia: Royal visits|obra=The British Monarchy|acessodata=12 de junho de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/MonarchAndCommonwealth/NewZealand/Royalvisits.aspx|título=Queen and New Zealand: Royal visits|obra=The British Monarchy|acessodata=12 de junho de 2014 }}</ref><ref>{{harvnb|Marr|2011|p=126}}</ref> Durante as visitas, as multidões eram imensas; estima-se que três quartos da população australiana da época foi vê-la.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=278}}; {{harvnb|Marr|2011|p=126}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=224}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=59}}</ref> ElizabethIsabel realizou [[Lista das visitas oficiais de Isabel II do Reino Unido|visitas oficiais]] a vários países durante seu reinado, sendo a chefe de estado que mais viajou em toda história.<ref>{{citar web|url=http://www.ctv.ca/servlet/ArticleNews/story/CTVNews/20060418/queen_liz_birthday_060418|arquivourl=http://archive.today/wvpS|arquivodata=30 de maio de 2012|título=Queen Elizabeth II celebrates her 80th birthday|data=25 de abril de 2006|obra=CTV News|acessodata=12 de junho de 2014|autor=Challands, Sarah }}</ref>
 
[[Guy Mollet]], primeiro-ministro francês, e sir [[Anthony Eden]], primeiro-ministro britânico, discutiram em 1956 a possibilidade da [[França]] entrar na Commonwealth. A proposta nunca foi aceita e no ano seguinte a França assinou o [[Tratado de Roma (1957)|Tratado de Roma]], que estabelecia a [[Comunidade Económica Europeia|Comunidade Econômica Europeia]], precursora da [[União Europeia]].<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6261885.stm|título=When Britain and France nearly married|acessodata=12 de junho de 2014|data=15 de janeiro de 2005|obra=BBC }}</ref> Os dois países invadiram o [[Egito]] em novembro de 1956 em uma [[Guerra do Suez|tentativa mal sucedida]] de capturar o [[Canal de Suez]]. Lorde Mountbatten afirmou que a rainha foi contra a invasão, algo que Eden negou. Eden acabou renunciando dois meses depois.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=255}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=84}}</ref>
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A falta de um mecanismo formal dentro do [[Partido Conservador (Reino Unido)|Partido Conservador]] para escolher um líder significou que a rainha decidiria quem formaria um novo governo. Eden recomendou que ela consultasse lorde [[Robert Gascoyne-Cecil, 5.º Marquês de Salisbury]] e Lorde Presidente do Conselho. Lorde Salisbury e lorde David Maxwell Fyfe, 1.º Visconde Kilmuir e [[Lord Chancellor|Lorde Chanceler]], consultaram o [[Gabinete do Reino Unido|gabinete britânico]], Churchill e o presidente da oposição, fazendo com que Isabel nomeasse sua escolha: [[Harold Macmillan]].<ref>{{harvnb|Marr|2011|pp=175–176}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=256–260}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=84}}</ref>
 
A crise de Suez e a escolha do sucessor de Eden em 1957 foram as primeiras críticas pessoais que a rainha enfrentou. Lorde John Grigg, 2.º Barão Altrincham, a acusou de estar "fora de sintonia" em uma revista que o próprio era dono e editor.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=374}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=83}}</ref> Altrincham foi denunciado por figuras públicas e fisicamente atacado por um membro do povo indignado com seus comentários.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=374}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=280–281}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=76}}</ref> Em 1963, seis anos depois, Macmillan renunciou e aconselhou ElizabethIsabel a nomear [[Alec Douglas-Home|Alec Douglas-Home, Conde de Home]], como primeiro-ministro, algo que ela seguiu. A rainha foi criticada novamente por nomear um primeiro-ministro seguindo o conselho de um pequeno grupo de políticos ou de um único.<ref>{{harvnb|Hardman|2011|p=22}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=324–335}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=84}}</ref> Os conservadores adotoram um mecanismo formal para eleição de um líder em 1965, aliviando assim o envolvimento de ElizabethIsabel.<ref>{{harvnb|Roberts|2000|p=84}}</ref>
 
Ela visitou os Estados Unidos novamente em 1957, onde discursou para a [[Assembleia Geral das Nações Unidas]] em nome da Commonwealth. Na mesma viagem, ela abriu o 23º parlamento canadense, tornando-se a primeira [[Monarquia no Canadá|monarca do Canadá]] a abrir uma sessão parlamentar.<ref name=canada >{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/MonarchAndCommonwealth/Canada/Royalvisits.aspx|título=Queen and Canada: Royal Tours|acessodata=19 de outubro de 2014|obra=The British monarchy }}</ref> Dois anos depois, apenas em sua função de Rainha do Canadá, ela revisitou os Estados Unidos e o Canadá,<ref name=canada /><ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=114}}</ref> descobrindo ao desembarcar em [[St. John's]], [[Terra Nova e Labrador]], que estava grávida de seu terceiro filho.<ref>{{harvnb|Bousfield|Toffoli|2002|p=107}}</ref> ElizabethIsabel viajou em 1961 pelo [[Chipre]], Índia, Paquistão, [[Nepal]] e [[Irã]].<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=303}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=83}}</ref> Em uma visita a [[Gana]] no mesmo ano, ela ignorou os temores por sua segurança, mesmo com seu anfitrião o presidente [[Kwame Nkrumah]], que a havia substituído como chefe de estado, sendo alvo de assassinos. [[Harold Macmillan]] escreveu: "A rainha tem estado absolutamente determinada o tempo todo ... Ela está impaciente em relação a atitude de tratá-la como ... uma estrela de cinema ... Ela é realmente 'o coração e estômago do homem' ... Ela ama seu dever e os meios para ser uma rainha".<ref>{{harvnb|Macmillan|1972|pp=466–472}}</ref> Antes de uma viagem em 1964 por partes de [[Quebec]], a imprensa relatou que extremistas dentro do [[movimento pela independência de Quebec]] estavam planejando seu assassinato.<ref>{{citar livro|autor=Speaight, Robert|título=Vanier, Soldier, Diplomat, Governor General: A Biography|local=Londres|editora=William Collins, Sons and Co. Ltd|ano=1970|isbn=978-0-00-262252-3 }}</ref><ref>{{citar periódico|autor=Dubois, Paul|data=12 de outubro de 1964|url=http://news.google.com/newspapers?nid=1946&dat=19641012&id=3K4tAAAAIBAJ&sjid=YZ8FAAAAIBAJ&pg=6599,2340498|título=Demonstrations Mar Quebec Events Saturday|jornal=The Montreal Gazette|acessodata=13 de junho de 2014 }}</ref> Nenhum atentado ocorreu, porém estourou um tumulto enquanto ElizabethIsabel estava em [[Montreal]]; foi salientada sua "calma e coragem diante da violência".<ref>{{harvnb|Bousfield|Toffoli|2002|p=139}}</ref> ElizabethIsabel visitou o [[Brasil]] em 1968 durante onze dias como parte um programa de integração econômica com a [[América Latina]], tendo sido recebida pelo presidente [[Costa e Silva|Artur da Costa e Silva]] e discursado no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/mundo/elizabeth-ii-uma-viagem-pelo-brasil-5093116|título=Elizabeth II, uma viagem pelo Brasil|obra=[[O Globo]]|acessodata=16 de outubro de 2014 }}</ref>
 
[[imagem:Richard and Pat Nixon with Queen Elizabeth II.jpg|thumb|ElizabethIsabel com o primeiro-ministro Edward Heath (esquerda), o presidente [[Richard Nixon]] e a primeira-dama [[Pat Nixon]] em 1970]]
As gravidezes de ElizabethIsabel em 1959 e 1963 dos príncipes [[André, Duque de Iorque|André]] e [[Eduardo, Conde de Wessex|Eduardo]] foram as únicas ocasiões durante seu reinado que ela não realizou a cerimônia de abertura do parlamento.<ref>{{citar web|url=http://www.parliament.uk/documents/documents/upload/lln2010-007.pdf|título=Ceremonial in the House of Lords|data=5 de março de 2010|acessodata=14 de junho de 2014|obra=Biblioteca da Câmara dos Comuns|autor=Dymond, Glenn }}</ref> Além de realizar cerimônias tradicionais, ela também criou novas práticas. Seu primeiro encontro com membros ordinários do povo ocorreu durante uma visita a Austrália e Nova Zelândia em 1970.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HMTheQueen/Publiclife/PublicLife1962-1971/1962-1971.aspx|título=Public life 1962-1971|obra=The British Monarchy|acessodata=14 de junho de 2014 }}</ref>
 
As décadas de 1960 e 1970 viram a [[descolonização]] da [[África]] e [[Caribe]]. Mais de vinte países ganharam sua independência do Reino Unido como parte de uma transição planejada para o governo autônomo. Porém em 1965, [[Ian Smith]], primeiro-ministro da [[Rodésia]], foi de encontro aos movimentos em direção a um governo majoritário e declarou independência unilateral do Reino Unido enquanto ainda expressava sua "lealdade e devoção" a ElizabethIsabel. Apesar dela tê-lo dispensado em uma declaração formal e a comunidade internacional ter aplicado sanções contra a Rodésia, o regime de Smith sobreviveu por mais de uma década.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=66}}; {{harvnb|Pimlott|pp=345–354}}</ref>
 
O primeiro-ministro [[Edward Heath]] aconselhou a rainha em fevereiro de 1974 a convocar uma eleição geral no meio de sua viagem pelo [[Círculo do Pacífico]] [[Austronésia|Austronésio]], forçando sua volta para a Inglaterra.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=181}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=418}}</ref> A eleição resultou em um parlamento dividido; os conservadores de Heath não eram a maioria, porém poderiam permanecer no poder se formassem uma coligação com os [[Partido Liberal (Reino Unido)|liberais]]. Heath renunciou apenas quando as discussões da coligação não chegaram em nenhum acordo, então ElizabethIsabel pediu para que [[Harold Wilson]], [[Líder da Mais Leal Oposição de Sua Majestade|Líder da Oposição]] e pertencente ao [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|Partido Trabalhista]], formasse um governo.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=181}}; {{harvnb|Marr|2011|p=256}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=419}}; {{harvnb|Shawcross|2002|pp=109–110}}</ref>
 
No ano seguinte, no auge da [[Crise Constitucional Australiana de 1975|crise constitucional australiana]], o [[Primeiro-ministro da Austrália|primeiro-ministro]] [[Gough Whitlam]] foi dispensado de seu cargo pelo governador-geral sir John Kerr, logo depois do [[Senado da Austrália|senado]] controlado pela oposição ter rejeitado as propostas orçamentárias de Whitlam.<ref name=bond96 >{{harvnb|Bond|2006|p=96}}; {{harvnb|Marr|2011|p=257}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=427}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=110}}</ref> Já que o primeiro-ministro tinha a maioria na [[Câmara dos Representantes da Austrália|Câmara dos Representantes]], o presidente da câmara Gordon Scholes apelou para que a rainha revertesse a decisão de Kerr. ElizabethIsabel se recusou, afirmando que não interferiria em decisões que a [[Constituição da Austrália]] reserva ao governador-geral.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=428–429}}</ref> A crise alimentou o movimento republicano australiano.<ref name=bond96 />
 
===Jubileu de Prata===
[[imagem:Ceausescu - Queen Elisabeth II - 1978.jpg|thumb|left|Filipe e ElizabethIsabel com Elena e Nicolae Ceaușescu em 1978]]
ElizabethIsabel comemorou em 1977 o Jubileu de Prata de sua ascensão. Festas e eventos ocorreram por toda Commonwealth, muitos coincidindo com suas viagens pela Grã-Bretanha e seus outros reinos. As celebrações reafirmaram a popularidade da rainha, apesar da cobertura negativa praticamente coincidente da imprensa da separação da princesa Margarida de seu marido.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=449}}</ref> No ano seguinte, ElizabethIsabel recebeu no Reino Unido uma visita oficial do ditador comunista romeno [[Nicolae Ceaușescu]] e sua esposa [[Elena Ceauşescu|Elena]],<ref>{{harvnb|Hardman|2011|p=137}}; {{harvnb|Roberts|2000|pp=88–89}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=178}}</ref> apesar de em particular ela acreditar que o casal tinha "sangue nas mãos".<ref>{{harvnb|Shawcross|2000|p=178}}</ref> 1979 veio com dois grandes golpes: o primeiro foi a descoberta que [[Anthony Blunt]], ex-agrimensor real, era um espião comunista; o segundo foi o assassinado de Louis Mountbatten pelo [[Exército Republicano Irlandês|IRA]].<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=336–337, 470–471}}; {{harvnb|Roberts|2000|pp=88–89}}</ref>
 
De acordo com Paul Martin, Sr., a rainha estava preocupada no final da década de 1970 que a coroa "tinha pouco significado para" [[Pierre Elliott Trudeau|Pierre Trudeau]], o [[primeiro-ministro do Canadá]]. Tony Benn afirmou que ElizabethIsabel considerava que Trudeau era "bastante decepcionante". Seu suposto republicanismo parecia ser confirmado por suas palhaçadas, como escorregar pelos corrimãos do Palácio de Buckigham e fazer piruetas atrás da rainha em 1977, além da remoção de vários símbolos reais canadenses durante seu mandato. Os políticos canadenses enviados a Londres em 1980 para discutir patriação da [[Constituição do Canadá]] descobriram que Isabel estava "melhor informada ... que qualquer outro político ou burocrata britânico". Ela estava particularmente interessada na falha do Projeto de Lei C-60, que teria afetado seu papel como chefe de estado.<ref>{{citar periódico|autor=Heinricks, Geoff|data=29 de setembro de 2000|título=Trudeau: A drawer monarchist|jornal=[[National Post]]|página=B12 }}</ref> A patriação removeu o papel do parlamento britânico na constituição canadense, porém a monarquia foi mantida. Trudeau disse em suas memórias que a rainha era a favor de suas tentativas para reformar a constituição e que ficou impressionado pela "graça que ela exibia em público" e "a sabedoria que ela mostrou em particular".<ref>{{harvnb|Trudeau|1993|p=313}}</ref>
 
===Década de 1980===
[[imagem:Reagans with Queen Elizabeth II and Prince Philip.jpg|thumb|230px|Filipe, [[Nancy Reagan]], ElizabethIsabel e Ronald Reagan em 1983]]
Durante a cerimônia do [[Trooping the Colour]] de 1981 e seis semanas antes do casamento de [[Carlos, Príncipe de Gales]], e [[Diana, Princesa de Gales|Diana Spencer]], seis tiros foram disparados em ElizabethIsabel a curta distância enquanto ela cavalgava pelo [[The Mall (Londres)|The Mall]] com seu cavalo Burmese. A polícia mais tarde descobriu que os tiros eram de festim. Marcus Sarjeant, o atacante de dezessete anos, foi sentenciado a cinco anos de prisão, porém foi solto depois de três.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/september/14/newsid_2516000/2516713.stm|título=1981: Queen's 'fantasy assassin' jailed|obra=BBC|acessodata=14 de junho de 2014 }}</ref> A compostura e habilidade da rainha ao controlar sua montaria foram muito elogiadas.<ref>{{harvnb|Lacey|2002|p=281}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=476–477}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=192}}</ref>
 
Em 14 de outubro de 1981 a rainha ElizabethIsabel II de visita à [[Nova Zelândia]], enquanto desfila numa parada automóvel, Christopher John Lewis, 17 anos, pega numa [[espingarda]] e aponta-a à rainha. Dispara e falha. A polícia disse aos jornalistas que o adolescente tinha disparado numa estrada próxima. Christopher John Lewis continuou a planear ataques à família real, mas nunca foi condenado por traição ou tentativa de traição. Morreu na prisão em 1997.<ref>{{citar web|URL=https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/30-anos-depois-a-nova-zelandia-volta-a-investigar-uma-tentativa-de-assassinio-a-rainha-isabel-ii|título=30 anos depois, a Nova Zelândia volta a investigar uma tentativa de assassínio à rainha Isabel II|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Entre abril e setembro de 1982, ElizabethIsabel permaneceu ansiosa<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=115}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=487}}</ref> e ao mesmo tempo orgulhosa<ref>{{harvnb|Shawcross|2002|p=127}}</ref> de seu filho príncipe André, que estava servindo nas forças britânicas durante a [[Guerra das Malvinas]]. No dia 9 de julho, ela acordou em seu quarto no Palácio de Buckigham e descobriu um intruso, Michael Fagan, no mesmo aposento. Permanecendo calma e através de duas chamadas para a central de polícia do palácio, Isabel conversou com Fagan enquanto ele sentava na beirada de sua cama até a ajuda chegar sete minutos depois.<ref>{{harvnb|Lacey|2002|pp=297–298}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=491}}</ref> Ela recebeu o presidente americano [[Ronald Reagan]] no Castelo de Windsor em 1982 e visitou o Rancho del Cielo em 1983, porém ficou brava quando sua administração não a informou sobre a [[invasão de Granada]], um de seus reinos caribenhos.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=188}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=497}}</ref>
 
[[imagem:ElizabethIItroopingcolour crop.jpg|left|thumb|235px|ElizabethIsabel cavalgando Burmese na Trooping the Colour de 1986]]
O grande interesse da mídia nas opiniões e vida particular da família real durante a década de 1980 levou a uma série de histórias sensacionalistas na imprensa, das quais nem todas eram inteiramente verdade.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=488–490}}</ref> Como Kelvin MacKenzie, editor do ''[[The Sun]]'', disse a sua equipe: "Dê-me um respingo dos reais no domingo para segunda-feira. Não se preocupem se não for verdade – contanto que não haja muito alarde sobre isso depois".<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=521}}</ref> O editor Donald Trelford escreveu em 21 de setembro de 1986 no ''[[The Observer]]'' que "A novela real chegou em tal nível de interesse público que a fronteira entre fato e ficção perdeu-se de vista ... não é apenas que alguns jornais não checam seus fatos ou aceitam negativas: eles não ligam se as histórias são verdadeiras ou não". Foi relatado, mais notavelmente pelo ''[[The Sunday Times]]'' de 20 de julho, que ElizabethIsabel estava preocupada que as políticas econômicas da primeira-ministra [[Margaret Thatcher]] fomentavam divisões sociais, além de estar alarmada com o elevado desemprego, uma série de tumultos, a violência da greve de mineiros e as recusas de Thatcher de aplicar sanções contra o regime [[apartheid]] da África do Sul. As fontes dos rumores incluíam o ajudante real Michael Shea e Shridath Ramphal, Secretário-Geral da Commonwealth, porém Shea afirmou que suas colocações foram tiradas de contexto e embelezadas pela especulação.<ref>{{harvnb|Neil|1996|pp=195–207}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=503–515}}; {{harvnb|Shawcross|2002|pp=129–132}}</ref> A primeira-ministra supostamente disse que a rainha votaria pelo Partido Social Democrático – seus oponentes políticos.<ref>{{harvnb|Neil|1996|p=207}}</ref> John Campbell, biógrafo de Thatcher, afirmou que "a reportagem era um pedaço de travessura jornalística".<ref>{{harvnb|Campbell|2003|p=467}}</ref> Desmentindo os relatos de animosidade entre elas, Thatcher mais tarde transmitiu sua admiração pessoal por Isabel e,<ref>{{harvnb|Thatcher|1993|p=309}}</ref> depois dela ter sido substituída como primeira-ministra por [[John Major]], a rainha entregou duas honras a Thatcher como presente pessoal: nomeações à [[Ordem de Mérito (Reino Unido)|Ordem de Mérito]] e à [[Ordem da Jarreteira]].<ref>{{harvnb|Roberts|2000|p=101}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=139}}</ref> O ex-primeiro-ministro canadense [[Brian Mulroney]] disse que Isabel foi a "força de bastidores" para encerrar o apartheid na África do Sul.<ref name=geddes >{{citar periódico|autor=Geddes, John|data=2012|título=The day she descended into the fray|jornal=Maclean's|página=72 }}</ref><ref name=macqueen >{{citar periódico|autor=MacQueen, Ken; Treble, Patricia|data=2012|título=The Jewel in the Crown|jornal=Maclean's|páginas= 43–44 }}</ref>
 
No Canadá em 1987, ElizabethIsabel pronunciou publicamente seu apoio ao controverso Acordo Meech Lake, provocando críticas de oponentes das emendas constitucionais, incluindo Pierre Trudeau.<ref name=geddes /> No mesmo ano, o governo eleito de [[Fiji]] foi deposto por um golpe militar. Como monarca de Fiji, ElizabethIsabel apoiou as tentativas do governador-geral ratu sir [[Penaia Ganilau]] para afirmar o poder executivo e negociar um acordo. Sitiveni Rabuka, líder do golpe, depôs Ganilau e declarou o país como uma república.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=515–516}}</ref> O sentimento republicano cresceu no Reino Unido no início de 1991 por causa das estimativas da imprensa sobre a fortuna da rainha – que foram contrariadas pelo palácio – e relatos dos casos e problemas conjugais dentre os membros família real.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=519–534}}</ref> O envolvimento de alguns reais na programa ''The Grand Knockout Tournament'' foi ridicularizado<ref>{{harvnb|Hardman|2011|p=81}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=307}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=522–526}}</ref> e Isabel virou alvo de sátiras.<ref>{{harvnb|Lacey|2002|pp=293–294}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=54}}</ref>
 
===Década de 1990===
Logo depois do fim da [[Guerra do Golfo]] em 1991, ElizabethIsabel se tornou a primeira monarca britânica a discursar para uma sessão conjunta do [[Congresso dos Estados Unidos]].<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=538}}</ref>
 
[[imagem:Bundesarchiv Bild 199-1992-089-19Acropped.jpg|thumb|Filipe e ElizabethIsabel em outubro de 1992]]
Em um discurso no dia 24 de novembro de 1992 para marcar os quarenta anos de sua ascensão, ElizabethIsabel chamou 1992 de seu ''annus horribilis'', significando "ano horrível".<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/ImagesandBroadcasts/Historic%20speeches%20and%20broadcasts/Annushorribilisspeech24November1992.aspx|título=Annus horribilis speech, 24 November 1992|obra=The British Monarchy|acessodata=16 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090302093837/http://www.royal.gov.uk/ImagesandBroadcasts/Historic%20speeches%20and%20broadcasts/Annushorribilisspeech24November1992.aspx|arquivodata=2009-03-02|urlmorta=yes}}</ref> Em março, seu segundo filho príncipe [[André, Duque de Iorque]], se separou de sua esposa [[Sara, Duquesa de Iorque|Sara Ferguson]]; em abril, sua filha [[Ana, Princesa Real]], divorciou-se de seu marido [[Mark Phillips]];<ref>{{harvnb|Lacey|2002|p=319}}; {{harvnb|Marr|2011|p=315}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=550–551}}</ref> durante uma visita oficial a [[Alemanha]] em outubro, manifestantes em [[Dresden]] jogaram ovos nela;<ref>{{citar web|url=http://content.usatoday.com/communities/ondeadline/post/2010/03/official-german-study-concludes-25000-died-in-allied-bombing-of-dresden/1?csp=34#.U5-CUfldUnM|título=German study concludes 25,000 died in Allied bombing of Dresden|data=18 de março de 2010|acessodata=16 de junho de 2014|obra=[[USA Today]]|autor=Stanglin, Douglas }}</ref> e em novembro, um grande incêndio atingiu o Castelo de Windsor. A monarquia passou a sofrer críticas cada vez maiores e escrutínio público.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=377}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=558–559}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=94}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=204}}</ref> ElizabethIsabel afirmou em um discurso excepcionalmente pessoal que qualquer instituição deve esperar críticas, porém sugeriu que isso fosse feito com "um toque de humor, gentileza e compreensão".<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=377}}</ref> John Major anunciou dois dias depois reformas nas finanças reais que estavam sendo planejadas desde o ano anterior, incluindo que a rainha passasse a pagar [[imposto de renda]] pela primeira vez em 1993 e uma redução de sua lista civil.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=229}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=325–326}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=559–561}}</ref> Carlos, Príncipe de Gales, e sua esposa Diana Spencer se separaram formalmente em dezembro. O ano terminou com ElizabethIsabel processando o ''The Sun'' por violação de direitos autorais quando o jornal publicou o texto de sua [[Mensagem Real de Natal|mensagem anual de Natal]] dois dias antes da transmissão. A publicação foi forçada a pagar as despesas legais da rainha e doar duzentas mil [[Libra esterlina|libras]] para a caridade.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=562}}</ref>
 
As revelações públicas sobre os detalhes do casamento de Carlos e Diana continuaram nos anos seguintes.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=356}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=572–577}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=94}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=168}}</ref> Mesmo com o apoio ao republicanismo estando no seu mais alto nível em décadas, ele permaneceu um ponto de vista minoritário e ElizabethIsabel manteve altos índices de aprovação.<ref name=pimlott578 >{{harvnb|Pimlott|2011|p=578}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.independent.co.uk/news/uk/watch-out-the-roundheads-are-back-1340396.html|título=Watch out, the Roundheads are back|data=5 de março de 1996|obra=The Independent|acessodata=17 de junho de 2014|autor=O'Sullivan, Jack }}</ref> As críticas eram centradas na própria instituição da monarquia e na família real ao invés das próprias ações e comportamentos da rainha.<ref name=pimlott578 /> Depois de se consultar com Filipe, Major, o [[Arcebispo da Cantuária|arcebispo]] George Carey e seu secretário pessoal [[Robert Fellowes, Barão Fellowes|Robert Fellowes]], ElizabethIsabel escreveu a Carlos e Diana em dezembro de 1995 dizendo que o divórcio era algo desejado.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=357}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=577}}</ref> Ocorreu a [[morte de Diana, Princesa de Gales]], no dia {{dtlink|31|8|1997}}, um ano depois do divórcio. A rainha estava de férias com seu filho e netos no [[Castelo de Balmoral]]. [[Guilherme, Duque de Cambridge|Guilherme]] e [[Henrique de Gales|Henrique]], os filhos de Diana, queriam ir a igreja, então ElizabethIsabel e Filipe os levaram naquela manhã.<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=358}}; {{harvnb|Hardman|2011|p=101}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=610}}</ref> Depois dessa única aparição pública, a rainha e o duque blindaram seus netos por cinco dias do enorme interesse da imprensa, permanecendo em Balmoral onde poderiam lamentar em particular.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=134}}; {{harvnb|Brandreth|2004|p=358}}; {{harvnb|Marr|2011|p=338}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=615}}</ref> O povo britânico ficou consternado pela reclusão da família real e o fato que a bandeira não foi hastiada a [[Meia-haste|meio-mastro]] no Palácio de Buckigham.<ref name=macqueen /><ref>{{harvnb|Bond|2006|p=134}}; {{harvnb|Brandreth|2004|p=358}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=6–7}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=616}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=98}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=8}}</ref> Pressionada pela reação hostil, ElizabethIsabel concordou com uma transmissão ao vivo para o mundo ao voltar para Londres em 5 de setembro, um dia antes do [[Funeral de Diana, Princesa de Gales|funeral de Diana]].<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=358–359}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=8–9}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=621–622}}</ref> Na transmissão, ela expressou admiração por Diana e seus sentimentos "como avó" pelos netos Guilherme e Henrique. Grande parte da hostilidade pública desapareceu.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=134}}; {{harvnb|Brandreth|2004|p=359}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=13–15}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=623–624}}</ref>
 
===Jubileu de Ouro===
[[imagem:Elizabeth II greets NASA GSFC employees, May 8, 2007 edit.jpg|left|thumb|upright|ElizabethIsabel em 2007]]
Isabel celebrou em 2002 seu [[Jubileu de Ouro de Isabel II do Reino Unido|Jubileu de Ouro]]. Sua [[Margarida, Condessa de Snowdon|irmã]] e [[Isabel Bowes-Lyon|mãe]] morreram em fevereiro e março respectivamente, com toda a imprensa especulando se o jubileu seriam um sucesso ou fracasso.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=156}}; {{harvnb|Bradford|2012|pp=248–249}}; {{harvnb|Marr|2011|pp=349–350}}</ref> Ela novamente realizou várias viagens por seus reinos, começando pela [[Jamaica]] em fevereiro, onde chamou de "memorável" o banquete de despedida após uma queda de energia na King's House, a [[residência oficial]] do [[Governador-geral da Jamaica|governador-geral]].<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|p=31}}</ref> Como em 1977, houve festas nas ruas, eventos comemorativos e monumentos nomeados em homenagem à ocasião. Milhões de pessoas compareceram a cada um dos três dias principais de celebração em Londres,<ref>{{harvnb|Bond|2006|pp=166–167}}</ref> com o entusiasmo demonstrado por ElizabethIsabel sendo muito maior que vários jornalistas haviam previsto.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=157}}</ref>
 
Apesar de sempre ter gozado de boa saúde, ela realizou uma [[laparoscopia]] nos joelhos em 2003. Em outubro de 2006, ElizabethIsabel não pôde comparecer a abertura do [[Emirates Stadium]] por causa de dores musculares nas costas que a estavam incomodando por todo o verão.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6087724.stm|título=Queen cancels visit after injury|obra=BBC|acessodata=17 de junho de 2014|data=26 de outubro de 2006 }}</ref>
 
O ''[[The Daily Telegraph]]'' reportou um maio de 2007 a partir de fontes anônimas que ElizabethIsabel estava "exasperada e frustrada" pelas políticas do primeiro-ministro [[Tony Blair]], que ela demonstrou preocupação pelas [[Forças Armadas do Reino Unido]] sobrecarregadas no [[Iraque]] e [[Afeganistão]], e que tinha levantado preocupações sobre questões rurais e do campo com Blair repetidas vezes.<ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1552769/Revealed-Queens-dismay-at-Blair-legacy.html|obra=The Daily Telegraph|acessodata=18 de junho de 2014|título=Revealed: Queen's dismay at Blair legacy|data=27 de maio de 2007|autor=Alderson, Andrew }}</ref> Entretanto, a rainha afirmou que admirava os esforços do primeiro-ministro para alcançar a paz na [[Irlanda do Norte]].<ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1552767/Tony-and-Her-Majesty-an-uneasy-relationship.html|obra=The Daily Telegraph|acessodata=18 de junho de 2014|título=Tony and Her Majesty: an uneasy relationship|data=27 de maio de 2007|autor=Alderson, Andrew }}</ref> Em 28 de março de 2008 na [[Catedral de São Patrício (Armagh)|Catedral de São Patrício em Armagh]], Isabel compareceu ao primeiro serviço Maundy realizado fora da Inglaterra e do País de Gales.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/northern_ireland/7305675.stm|título=Historic first for Maundy service|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|data=20 de março de 2008 }}</ref>
 
A rainha fez a primeira visita oficial de um monarca britânico a [[República da Irlanda]] em maio de 2011, após um convite da presidente [[Mary McAleese]].<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=253}}</ref> As autoridades irlandesas desmantelaram um atentado à bomba que visava a vida de ElizabethIsabel II. Donal Billings colocou uma bomba caseira dentro de um carro e espalhou outras bombas falsas pelo Castelo de Dublin, onde a rainha seria recebida pela. Billings foi condenado a oito anos e meio de cadeia por posse de explosivos e ameaça à bomba.<ref>{{citar web|url=http://www.sabado.pt/mundo/europa/detalhe/condenado_homem_que_tentou_matar_a_rainha_isabel_ii.html|título=Condenado homem que tentou matar a rainha Isabel II|data=|acessodata=}}</ref>
 
[[imagem:Royal Visit Toronto 2010 5.JPG|thumb|235px|ElizabethIsabel durante uma visita ao [[Queen's Park (Toronto)|Queen's Park]] em Toronto, 6 de julho de 2010]]
ElizabethIsabel discursou para as Nações Unidas uma segunda vez em 2010, novamente em sua capacidade como rainha dos reinos da Commonwealth e sua chefe.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/LatestNewsandDiary/Speechesandarticles/2010/AddresstotheUnitedNationsGeneralAssembly6July2010.aspx|título=Address to the United Nations General Assembly, 6 July 2010|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> [[Ban Ki-moon]], [[Secretário-geral das Nações Unidas|secretário-geral da ONU]], a apresentou como "uma âncora para a nossa era". Durante sua visita a [[Nova Iorque]], que ocorreu depois de uma viagem pelo Canadá, ela oficialmente inaugurou um jardim memorial para as vítimas britânicas dos [[ataques de 11 de setembro de 2001]].<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/10518044|título=Queen addresses UN General Assembly in New York|data=7 de julho de 2010|acessodata=18 de junho de 2014|obra=BBC }}</ref> A visita da rainha a Austrália em outubro de 2011, sua 16º desde 1954, foi chamada de "viagem de despedida" pela imprensa por causa de sua idade avançada.<ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/queen-elizabeth-II/8857106/Royal-tour-of-Australia-The-Queen-ends-visit-with-traditional-Aussie-barbie.html|obra=The Daily Telegraph|acessodata=18 de junho de 2014|título=Royal tour of Australia: The Queen ends visit with traditional 'Aussie barbie'|data=29 de outubro de 2011 }}</ref>
 
===Jubileu de Diamante e além===
O [[Jubileu de Diamante de Isabel II do Reino Unido|Jubileu de Diamante]] de ElizabethIsabel em 2012 marcou os sessenta anos de suas ascensão ao trono real, com celebrações ocorrendo por todos seus reinos, pela Commonwealth e além. Em mensagem publicada no Dia da Ascensão, ela firmou: "Neste ano especial, enquanto novamente me dedico ao seu serviço, espero que todos nos lembremos do poder da união e da força de convocação da família, amigos e boa vizinhança ... Também espero que este ano de Jubileu seja uma época para agradecer os grandes avanços que foram feitos desde 1952 e para olhar ao futuro com a cabeça limpa e coração caloroso".<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/LatestNewsandDiary/Pressreleases/2012/TheQueensDiamondJubileemessage.aspx|título=The Queen's Diamond Jubilee message|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014|data=2012 }}</ref> Ela e Filipe realizaram grandes viagens pelo Reino Unido, enquanto seus filhos e netos embarcaram em viagens reais pelos países da Commonwealth em seu nome.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/uk-17281585|título=Prince Harry pays tribute to the Queen in Jamaica|obra=BBC|data=7 de março de 2012|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.gg.ca/document.aspx?id=14382|obra=Governador-Geral do Canadá|acessodata=18 de junho de 2014|título=Their Royal Highnesses The Prince of Wales and The Duchess of Cornwall to Undertake a Royal Tour of Canada in 2012|data=14 de dezembro de 2011 }}</ref> Faróis do jubileu foram acesos pelo mundo em 4 de junho.<ref>{{citar periódico|título=The Queen's Diamond Jubilee in London|jornal=Visit London|editora=London and Partners }}</ref>
 
A rainha abriu as [[Jogos Olímpicos de Verão de 2012|Olimpíadas de Verão de 2012]] em 27 de julho e as [[Jogos Paralímpicos de Verão de 2012|Paraolimpíadas]] em 29 de agosto em Londres, tornando-se a primeira chefe de estado a abrir dois Jogos Olímpicos em dois países diferentes (ela também abriu os [[Jogos Olímpicos de Verão de 1976|Jogos de 1986]] em Montreal).<ref>{{citar web|url=http://bellmediapr.ca/olympics/releases/release.asp?id=15365&yyyy=2012|arquivourl=http://archive.today/UGT3H|título=Canada's Olympic Broadcast Media Consortium Announces Broadcast Details for London 2012 Opening Ceremony, Friday|data=24 de julho de 2012|arquivodata=1 de janeiro de 2013|acessodata=18 de junho de 2014|obra=Bell Media }}</ref> Para os jogos de Londres, ElizabethIsabel interpretou si mesma em um curta-metragem parte da [[Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012|cerimônia de abertura]] junto com [[Daniel Craig]] como [[James Bond]].<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/uk-19018666|título=How James Bond whisked the Queen to the Olympics|autor=Brown, Nicholas|data=27 de julho de 2012|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> Em 4 de abril de 2013, ela recebeu um prêmio [[British Academy of Film and Television Arts|BAFTA]] honorário por sua patronagem à indústria do cinema, sendo chamada na cerimônia de "a mais memorável [[Bond girl]] até hoje".<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/entertainment-arts-22035942|título=Queen honoured with Bafta award for film and TV support|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|data=4 de abril de 2013 }}</ref>
 
ElizabethIsabel se tornou em 18 de dezembro de 2013 na primeira soberana britânica a comparecer a uma [[Gabinete do Reino Unido|reunião de gabinete]] em tempos de paz desde o rei [[Jorge III do Reino Unido]] em 1781.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/uk-politics-20757382|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|título=UK to name part of Antarctica Queen Elizabeth Land|data=18 de dezembro de 2013 }}</ref>
 
[[imagem:QEII at the FCO in London, 18 December 2012.jpg|thumb|left|ElizabethIsabel em dezembro de 2012]]
ElizabethIsabel foi admitida no King Edward VII's Hospital Sister Agnes em 3 de março de 2013 para a avaliação como uma precaução depois de desenvolver sintomas de [[gastroenterite]]. Ela recebeu alta e voltou ao Palácio de Buckingham no dia seguinte.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/uk-21659635|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|título=Queen leaves hospital after stomach bug|data=4 de março de 2013 }}</ref> Por causa de sua idade avançada e a necessidade de limitar suas viagens, a rainha não compareceu ao bienal encontro dos chefes de governo da Commonwealth que ocorreu em novembro de 2013 no [[Sri Lanka]]; foi a primeira vez desde 1973 que ela não foi ao encontro. ElizabethIsabel foi representada na reunião por seu filho e herdeiro, Carlos.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/uk-22431757|título=Queen to miss Commonwealth meeting|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|data=7 de maio de 2013 }}</ref>
 
ElizabethIsabel é a monarca de maior longevidade e a de reinado mais longo na história do Reino Unido, superando a rainha [[Vitória do Reino Unido]] em 9 de setembro de 2015.<ref>{{citar web|url=http://www.theguardian.com/uk-news/2015/sep/09/business-as-usual-as-queen-becomes-longest-reigning-british-monarch|título=Business as usual as Queen becomes longest reigning British monarch|obra=The Guardian|acessodata=9 de setembro de 2015|data=9 de setembro de 2015 }}</ref> É também a chefe de estado há mais tempo no cargo, tendo alcançado essa posição em outubro de 2016 após a morte do rei [[Bhumibol Adulyadej]] da [[Tailândia]].<ref>{{citar web|url=http://royalcentral.co.uk/uk/thequeen/queen-elizabeth-ii-becomes-worlds-longest-reigning-living-monarch-following-thai-kings-death-69422|título=Queen Elizabeth II becomes world’s longest reigning living monarch following Thai King’s death|data=13 de outubro de 2016|obra=Royal Central|acessodata=13 de outubro de 2016}}</ref> Ela não pretende [[Abdicação|abdicar]],<ref>{{harvnb|Brandreth|2004|pp=370–371}}; {{harvnb|Marr|2011|p=395}}</ref> apesar de ser esperado que a proporção de deveres oficiais realizados pelo príncipe Carlos em nome da rainha apenas aumente enquanto ElizabethIsabel diminui seus compromissos.<ref>{{citar web|url=http://www.thesundaytimes.co.uk/sto/news/uk_news/National/royalwedding/article1365067.ece?CMP=OTH-gnws-standard-2014_01_18|título=Queen and Charles start to ‘job-share’|obra=The Sunday Times|acessodata=18 de junho de 2014|data=19 de janeiro de 2014|autor=Mansey, Kate; Leake, Jonathan; Hellen, Nicholas }}</ref>
 
==Percepção pública e personalidade==
Já que ElizabethIsabel raramente concede entrevistas, pouco se sabe sobre suas opiniões pessoais. Como [[Monarquia constitucional|monarca constitucional]], ela não expressa suas próprias opiniões políticas de maneira pública. A rainha tem um grande sentimento de dever cívico e religioso e leva muito a sério seu juramento de coroação.<ref>{{harvnb|Shawcross|2002|pp=194–195}}</ref><ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/4921120.stm|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|título=Queen 'will do her job for life'|data=19 de abril de 2006 }}</ref> Além de seu papel religioso oficial como [[Governador Supremo da Igreja de Inglaterra|Governadora Suprema]] da [[Estado confessional|estabelecida]] [[Igreja Anglicana]], ela pessoalmente cultua com aquela igreja e com a nacional [[Igreja da Escócia]].<ref>{{citar web|url=http://www.churchofscotland.org.uk/about_us/how_we_are_organised|obra=[[Igreja da Escócia]]|acessodata=18 de junho de 2014|título=How we are organised }}</ref> ElizabethIsabel já demonstrou apoio a [[Diálogo inter-religioso|diálogos inter-religiosos]] com líderes de outras igrejas e religiões, incluindo cinco papas: [[Papa Pio XII|Pio XII]], [[Papa João XXIII|João XXIII]], [[Papa João Paulo II|João Paulo II]], [[Papa Bento XVI|Bento XVI]] e [[Papa Francisco|Francisco]].<ref>{{citar web|url=http://www.news.va/en/news/pope-francis-and-queen-elizabeth-ii-shared-christi|título=Pope Francis and Queen Elizabeth II: shared Christian heritage|data=3 de abril de 2014|acessodata=30 de junho de 2014|publicado=News.va }}</ref> Uma nota pessoal sobre sua fé frequentemente aparece em suas transmissões anuais da [[Mensagem Real de Natal]] para toda Commonwealth, como em 2000, quando falou sobre a significância teológica do [[milênio]] marcando o 2000º aniversário do nascimento de [[Jesus Cristo]]:
 
{{cquote|''Para muitos de nós, nossas crenças são de importância fundamental. Para mim, os ensinamentos de Cristo e minha própria responsabilidade pessoal diante de Deus fornecem uma estrutura em que tento levar a minha vida. Eu, como muitos de vocês, alcancei grande conforto em tempos difíceis a partir das palavras e exemplos de Cristo.''<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/ImagesandBroadcasts/TheQueensChristmasBroadcasts/ChristmasBroadcasts/ChristmasBroadcast2000.aspx|título=Christmas Broadcast 2000|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> }}
 
[[imagem:President Reagan and Queen Elizabeth II 1982.jpg|thumb|ElizabethIsabel cavalgando com Ronald Reagan em Windsor, 1982]]
A rainha é patrona de mais de seicentas organizações e instituições de caridade.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HMTheQueen/QueenCharities/Overview.aspx|título=Queen and charities|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> Seus principais interesses de lazer incluem [[equitação]] e cachorros, especialmente seus [[Welsh corgi pembroke|welsh corgis pembroke]].<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/LatestNewsandDiary/Factfiles/80factsaboutTheQueen.aspx|título=80 facts about The Queen|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> Seu amor por corgis começou em 1933 com Dookie, o primeiro corgi pertencente a sua família.<ref>{{citar livro|autor=Bush, Karen|título=Everything Dogs Expect You To Know|local=Londres|editora=New Holland Publishers|ano=2007|página=115|isbn=978-1-84537-954-4 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1564705/Hug-for-Queen-Elizabeths-first-corgi.html|título=Hug for Queen Elizabeth's first corgi|autor=Pierce, Andrew|obra=The Daily Telegraph|acessodata=18 de junho de 2014|data=1 de outubro de 2007 }}</ref> Cenas de uma vida caseira relaxada e informal foram ocasionalmente testemunhadas; Isabel e sua família costumam preparar de tempos em tempos um almoço juntos.<ref>{{citar web|url=http://www.thestar.com/news/world/royals/2012/05/25/when_the_queen_is_your_boss.html|título=When the Queen is your boss|obra=The Star|acessodata=18 de junho de 2014|data=25 de maio de 2012|autor=Delacourt, Susan }}</ref>
 
Na década de 1950, como uma jovem mulher no início de seu reinado, ElizabethIsabel era representada como uma glamurosa "rainha de conto de fadas".<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=22}}</ref> Depois dos traumas da guerra, era uma época de esperanças, um período de progresso e realizações anunciando uma "nova era Isabelina".<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=35}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=180}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=82}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=50}}</ref> A acusação de lorde John Grigg, 2.º Barão Altrincham, que seus discursos soavam como os de uma "pedante colegial" foi uma rara crítica.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=35}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=280}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=76}}</ref> Foram feitas tentativas no final da década de 1960 para retratar uma imagem mais moderna da monarquia através do documentário televisivo ''Royal Family'' e a transmissão da [[Investidura do Príncipe de Gales|investidura]] de Carlos como [[Príncipe de Gales]].<ref>{{harvnb|Bond|2006|pp=66–67, 84, 87–89}}; {{harvnb|Bradford|2012|pp=160–163}}; {{harvnb|Hardman|2011|pp=22, 210–213}}; {{harvnb|Lacey|2002|pp=222–226}}; {{harvnb|Marr|2011|p=237}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=378–392}}; {{harvnb|Roberts|2000|pp=84–86}}</ref> Em público, ElizabethIsabel passou a usar sobretudos de cores sólidas e chapéus decorativos, permitindo que seja vista facilmente em multidões.<ref>{{citar web|url=http://www.theguardian.com/uk/2007/may/10/monarchy.jesscartnermorleyonfashion|título=Elizabeth II, belated follower of fashion|data=10 de maio de 2007|acessodata=18 de junho de 2014|obra=The Guardian|autor=Cartner-Morley, Jess }}</ref>
 
Em seu Jubileu de Prata, as multidões e celebrações estavam genuinamente entusiásticas,<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=97}}; {{harvnb|Bradford|2012|p=189}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=449–450}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=87}}; {{harvnb|Shawcross|2002|pp=114–117}}</ref> porém cresceram na década de 1980 as críticas contra a família real enquanto as vidas pessoais de ElizabethIsabel e seus filhos passaram a ser escrutinadas pela mídia.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=117}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=91}}</ref> Sua popularidade chegou ao ponto mais baixo na década de 1990. Sob pressão da opinião pública, a rainha passou a pagar imposto de renda pela primeira vez e o Palácio de Buckingham foi aberto ao público.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=134}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=556–561, 570}}</ref> O descontento com a monarquia alcançou seu auge com a morte de Diana Spencer, apesar da popularidade pessoal de ElizabethIsabel e o apoio a monarquia terem se recuperado depois da transmissão cinco dias depois.<ref>{{harvnb|Bond|2006|p=134}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=624–625}}</ref>
 
Um referendo feito em novembro de 1999 na Austrália sobre o futuro da monarquia australiana foi a favor de sua retenção ao invés de um chefe de estado eleito indiretamente.<ref>{{harvnb|Hardman|2011|p=310}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=387}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=101}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=218}}</ref> Enquetes no Reino Unido em 2006 e 2007 revelaram grande apoio a ElizabethIsabel,<ref>{{citar web|url=http://www.ipsos-mori.com/researchpublications/researcharchive/poll.aspx?oItemId=378|título=Monarchy Poll, April 2006|obra=Ipsos MORI|data=abril de 2006|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://populuslimited.com/uploads/download_pdf-160108-The-Discovery-Channel-Monarchy-Survey.pdf|título=Monarchy Survey|obra=Populus Ltd.|data=dezembro de 2007|acessodata=18 de junho de 2014|página=9|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110511201056/http://populuslimited.com/uploads/download_pdf-160108-The-Discovery-Channel-Monarchy-Survey.pdf|arquivodata=2011-05-11|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/7162649.stm|título=Poll respondents back UK monarchy|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> e referendos em [[Tuvalu]] em 2008 e [[São Vicente e Granadinas]] em 2009 recusaram propostas para tornarem-se repúblicas.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/caribbean/news/story/2009/11/091126_nib.shtml|título=Vincies vote "No"|obra=BBC|acessodata=18 de junho de 2014|data=26 de novembro de 2009 }}</ref>
 
ElizabethIsabel foi retratada durante seu reinado em vários meios por muitos artistas notáveis, incluindo os pintores [[Lucian Freud]], [[Peter Blake]], Juliet Pannett, Chinwe Chukwuogo-Roy, Terence Cuneo, Tai-Shan Schierenberg e Pietro Annigoni. Fotógrafos notáveis da rainha incluem Cecil Beaton, [[Yousuf Karsh]], [[Patrick Anson, 5.º Conde de Lichfield]], Terry O'Neil, [[Annie Leibovitz]] e John Swannell.<ref>{{citar web|url=http://www.npg.org.uk/collections/search/person.php?sort=dateAsc&LinkID=mp01454&displayNo=60&displayStyle=thumb&wPage=0|título=Queen Elizabeth II (1926-), Queen regnant|obra=[[National Portrait Gallery]]|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> Seu primeiro retrato oficial foi tirado por Marcus Adams.<ref>{{citar web|url=http://www.npg.org.uk/collections/search/person/mp04999/marcus-adams?role=art|título=Marcus Adams (1875-1959), Photographer|obra=National Portrait Gallery|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref>
 
=== Finanças ===
[[imagem:Balmoralcastlescotlandukbritain.jpg|thumb|left|O Castelo de Balmoral, residência particular de ElizabethIsabel na Escócia]]
A fortuna pessoal de ElizabethIsabel tem sido alvo de especulações há anos. A revista ''[[Forbes]]'' já estimou seu patrimônio líquido estando por volta de 450 milhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares]] em 2010,<ref>{{citar web|url=http://www.forbes.com/2010/07/07/richest-royals-wealth-monarch-wedding-divorce-billionaire.html|título=The World's Richest Royals|obra=[[Forbes]]|acessodata=18 de junho de 2014|data=7 de julho de 2010|autor=Serafin, Tatiana }}</ref> porém declarações oficiais do Palácio de Buckingham em 1993 afirmam que estimativas de cem milhões de [[Libra esterlina|libras]] são "muito exageradas".<ref>{{harvnb|Hoey|2002|p=225}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=561}}</ref> Jock Colville, ex-secretário particular e ex-diretor do banco da rainha, o Coutts, estimou sua fortuna em 1971 em dois milhões de libras (equivalente a por volta de 24 milhões nos dias atuais).<ref>{{citar periódico|data=11 de junho de 1971|título=£2m estimate of the Queen's wealth 'more likely to be accurate'|jornal=The Times|página=1 }}</ref><ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=401}}</ref> A [[Royal Collection]] (que inclui obras de arte e as [[Joias da Coroa Britânica|Joias da Coroa]]) não é propriedade pessoal de ElizabethIsabel e é mantida em [[fideicomisso]],<ref>{{citar web|url=http://www.royalcollection.org.uk/about/frequently-asked-questions|título=FAQs|obra=[[Royal Collection]]|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/The%20Royal%20Collection%20and%20other%20collections/TheRoyalCollection/TheRoyalCollection.aspx|título=The Royal Collection|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> assim como os palácios ocupados, como o [[Palácio de Buckingham]] e o [[Castelo de Windsor]],<ref name=residences >{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/TheRoyalResidences/Overview.aspx|título=The Royal Residences: Overview|obra=The British Monarchy|acessodata=18 de junho de 2014 }}</ref> além do [[Ducado de Lancaster|Ducado de Lencastre]], uma carteira de imóveis de valor estimado em 429 milhões de libras em 2013.<ref>{{citar web|url=http://www.duchyoflancaster.co.uk/management-and-finance-2-2-6/accounts-annual-reports-and-investments-2/|título=Accounts, Annual Reports and Investments|obra=[[Ducado de Lancaster|Ducado de Lencastre]]|data=2013|acessodata=18 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140708221249/http://www.duchyoflancaster.co.uk/management-and-finance-2-2-6/accounts-annual-reports-and-investments-2/|arquivodata=2014-07-08|urlmorta=yes}}</ref> A [[Sandringham House|Casa Sandringham]] e o [[Castelo de Balmoral]] são propriedades pessoais da rainha.<ref name=residences /> As Propriedades da Coroa britânica – com arrendamentos de 7,3 bilhões de libras em 2011<ref>{{citar web|url=http://www.thecrownestate.co.uk/about-us/financial-information/|título=Financial information|obra=The Crown Estate|acessodata=18 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140512034400/http://www.thecrownestate.co.uk/about-us/financial-information/|arquivodata=2014-05-12|urlmorta=yes}}</ref> – são mantidos em fideicomisso e não podem ser vendidos ou mantidos por ElizabethIsabel pessoalmente.<ref>{{citar web|url=http://www.thecrownestate.co.uk/about-us/faqs/|título=FAQs|obra=The Crown Estate|acessodata=18 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130306061226/http://www.thecrownestate.co.uk/about-us/faqs/|arquivodata=2013-03-06|urlmorta=yes}}</ref>
 
== Títulos, estilos e brasões ==
{{principal|Lista de títulos e honrarias de Isabel II}}
{{Info/Estilos reais
| nome = ElizabethIsabel II do Reino Unido
| imagem = [[imagem:Royal Cypher of Queen Elizabeth II.svg|130px]]
| legenda = Cifra real de ElizabethIsabel
| estilo = [[Sua Majestade]]
| alternativo = [[Sua Majestade Britânica]]
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===Títulos e estilos===
*21 de abril de 1926 – 11 de dezembro de 1936: "[[Sua Alteza Real]], princesa ElizabethIsabel de Iorque"
*11 de dezembro de 1936 – 20 de novembro de 1947: "Sua Alteza Real, a princesa ElizabethIsabel"
*20 de novembro de 1947 – 6 de fevereiro de 1952: "Sua Alteza Real, a princesa ElizabethIsabel, Duquesa de Edimburgo"
*6 de fevereiro de 1952 – presente: "[[Sua Majestade]], a Rainha"
 
ElizabethIsabel mantém vários títulos e posições honorárias por toda Commonwealth, é soberana de muitas ordens e recebeu honrarias e prêmios por todo o mundo. Em cada um de seus reinos possui um título distinto que segue a mesma fórmula: "Rainha da Jamaica e de Seus Outros Reinos e Territórios" na Jamaica, "Rainha da Austrália e de Seus Outros Reinos e Territórios" na Austrália, e assim por diante.<ref>{{harvnb|Bousfield|Toffoli|2002|p=75}}</ref> Nas [[Ilhas do Canal]] e na [[Ilha de Man]], que são [[Dependências da Coroa Britânica]] e não reinos separados, é conhecida como [[Duque da Normandia]] e [[Lorde de Man]], respectivamente. Outros estilos incluem [[Defensor da Fé|Defensora da Fé]] e [[Ducado de Lancaster|Duque de Lencastre]].<ref>{{citar web|url=http://www.heraldica.org/topics/britain/royalstyle_uk.htm|título=Royal Styles and Titles in England and Great Britain|obra=Heraldica|acessodata=15 de junho de 2014|autor=Valde, François }}</ref> Ao conversar com a rainha, a prática é inicialmente se dirigir a ela como "Vossa Majestade" e depois como "Senhora".<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HMTheQueen/GreetingtheQueen/Overview.aspx|título=Greeting The Queen|obra=The British Monarchy|acessodata=9 de junho de 2014 }}</ref>
 
===Brasões===
De 21 de abril de 1944 até sua ascensão, o brasão de ElizabethIsabel consistia em um losango com o [[real brasão de armas do Reino Unido]] diferenciado por um lambel de três pés, o pé central tendo a [[Rosa de Tudor]] e o primeiro e terceiro tendo a [[Cruz de São Jorge]].<ref>{{citar web|url=http://ltgov.bc.ca/lg/honours-awards/heraldry/shields/PrincessElizabeth1951.htm|título=Coat of Arms: Her Royal Highness The Princess Elizabeth|obra=Lieutenant Governor of British Columbia|acessodata=9 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131106035558/http://ltgov.bc.ca/lg/honours-awards/heraldry/shields/PrincessElizabeth1951.htm|arquivodata=2013-11-06|urlmorta=yes}}</ref> Ao ascender ao trono, ela herdou o brasão de seu pai; esquatrelado, I e IV [[Gules|goles]], três leões passant guardant [[Or (heráldica)|or]] em [[Pala (heráldica)|pala]] ([[Armas Reais da Inglaterra|pela Inglaterra]]); II or, um leão rampant dentro de um treassure flory-contra-flory goles ([[Brasão de armas da Escócia|pela Escócia]]); III Azure, uma harpa or com cordas [[Argent (heráldica)|argente]] ([[Brasão de armas da República da Irlanda|pela Irlanda]]). Na Escócia, os quarteis I e IV são ocupados pelo leão escocês e o quartel II pelos leões ingleses. Os timbres, lemas e suportes também são diferentes na Escócia.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/MonarchUK/Symbols/Coatsofarms.aspx|título=Coats of arms|obra=The British Monarchy|acessodata=9 de junho de 2014 }}</ref> ElizabethIsabel também possui [[Estandarte|estandartes reais]] e bandeiras pessoais para uso no [[Estandarte Real do Reino Unido|Reino Unido]], Canadá, [[Bandeira Pessoal da Rainha Isabel II do Reino Unido na Austrália|Austrália]], [[Bandeira Pessoal da Rainha Isabel II do Reino Unido na Nova Zelândia|Nova Zelândia]], Jamaica, Barbados e outros.<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/MonarchUK/Symbols/Personalflags.aspx|título=Personal flags|obra=The British Monarchy|acessodata=9 de junho de 2014 }}</ref>
 
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!width=20% |[[Imagem:Coat of arms of Canada rendition.svg|center|140px]]
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|<center>Brasão de ElizabethIsabel como princesa (1944–1947)</center>
|<center>Brasão de ElizabethIsabel como Duquesa de Edimburgo (1947–1952)</center>
|<center>Brasão de ElizabethIsabel II como Rainha do Reino Unido (1952–presente)</center>
|<center>Brasão de ElizabethIsabel II na Escócia (1952–presente)</center>
|<center>Terceiro brasão de ElizabethIsabel II no Canadá (1994–presente)</center>
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