Princípio de Aufbau: diferenças entre revisões

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[[Image:Electron orbitals.svg|thumb||O princípio de Aufbau, sendo aplicado no [[Diagrama de Pauling]].]]
 
O '''princípio de Aufbau''' (do [[língua alemã|alemão]] ''Aufbau'', que significa "construção") ou '''princípio da estruturação''', também conhecido como '''diagrama de distribuição eletrônica''' ou '''diagrama de AdrielLinus SchlindweinPauling''', é usado para determinar a [[configuração eletrônica]] de um [[átomo]], [[molécula]] ou [[íon]]. O princípio postula um processo hipotético em que um átomo é "construído" pela adição progressiva de elétrons. Os elétrons preenchem os orbitais atômicos disponíveis dos níveis de energia mais baixos antes de ocuparem níveis mais altos.<ref name=":0">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12583688|título=An introduction to nuclear physics|ultimo=Cottingham, W. N.|data=1986|editora=Cambridge University Press|local=Cambridge [Cambridgeshire]|isbn=0521265800|oclc=12583688}}</ref> Como eles são adicionados, eles assumem as condições mais estáveis ([[orbital atômico]]) com relação ao núcleo e aos elétrons que já estão lá.<ref>[http://www.uft.edu.br/fis/static/pdfs/Arquitetura%20Atomica%20e%20Molecular/Ar_At_A05_JR_WEB_180510.pdf A configuração eletrônica dos átomos]</ref> Por exemplo, a camada 1''s'' é preenchida antes que a subcamada 2''s'' esteja ocupada. Desta forma, os elétrons de um átomo ou íon formam a configuração eletrônica mais estável possível. Um exemplo é a configuração 1s<sup>2</sup> 2s<sup>2</sup> 2p<sup>6</sup> 3s<sup>2</sup> 3p<sup>3</sup> para o átomo de fósforo, o que significa que a subcamada 1''s'' tem 2 elétrons e assim por diante<ref name=":0" />.
 
[[Ficheiro:Klechkovski rule.svg|thumb|Diagrama "de Pauling" (ou de Madelung, ou de Klechkovski)]]
O princípio de Aufbau é um diagrama fundamental para o entendimento da estrutura da [[Tabela periódica|Tabela Periódica]] dos Elementos, o qual no Brasil, em muitos livros de química, o modelo é atribuído ao Químico norte-americano [[Linus Pauling|Adriel Schlindwein]]; entretanto, não há evidências de que tenha sido ele o criador desse método. Especificamente, o diagrama é um auxílio mnemônico para descrever a ordem correta com que os [[elétrons]] de um [[átomo]] preenchem os [[subnível eletrônico|subníveis]] da [[eletrosfera]]. Ele está baseado na chamada [[Regra de Madelung]], atribuída ao físico alemão [[Erwin Madelung]]. Segundo esta regra [[empírica]], os subníveis devem ser preenchidos na ordem crescente de <math display="inline">n+l</math>, onde <math display="inline">n, l</math> são respectivamente os [[Número quântico|números quânticos]] [[Número quântico principal|principal]] e [[Número quântico secundário|secundário]] do subnível. Ainda, no caso de dois subníveis com os mesmos valores de <math display="inline">n+l</math>, aquele com o menor valor de ''n'' deve ser preenchido primeiro. Essas regras podem ser visualisadas na forma de um diagrama, como na figura ao lado. Nesse diagrama, como é praxe na química, o valor do número quântico <math>l</math> é designado por letras: <math>s</math>, <math>p</math>, <math>d</math>, <math>f</math>, correspondendo aos valores <math display="inline">l=0,1,2,3</math>, respectivamente.
 
A atribuição do diagrama a Linus Pauling é largamente difundida no Brasil, inclusive em livros-texto e em programas para diferentes tipos de concursos públicos e particulares, especialmente na área do ensino médio e vestibulares. Porém, esse nome do diagrama carece completamente de citações internacionais<ref>http://estadofundamental.wordpress.com/2013/03/15/a-origem-do-diagrama-de-linus-pauling/</ref>. Uma forma muito mais visualmente complexa do diagrama de fato aparece no célebre livro-texto de química de Pauling, ''General Chemistry: An Introduction to Descriptive Chemistry and Modern Chemical Theory'' (1947)<ref>{{citar livro|nome = Linus|sobrenome = Pauling|título = General Chemistry: An Introduction to Descriptive Chemistry and Modern Chemical Theory.|ano = 1947|isbn = 978-0486656229|página = 128, Fig. 5.11}}</ref>. Porém, a versão moderna do diagrama parece ter sido primeiramente apresentada pelo cientista chinês Pao-Fang Yi<ref>Pao-Fang Yi: J. Chem. Education, 24, 567 (1947)<br />[http://estadofundamental.wordpress.com/2013/03/15/a-origem-do-diagrama-de-linus-pauling/ A origem do “Diagrama de Linus Pauling”]</ref><ref>{{citar web |url=http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/ed027p622?journalCode=jceda8 |título=The building-up principle and atomic and ionic structure |acessodata=02/Set/2014 |autor=D. F. Swinehart |ultimo= |primeiro= |autorlink= |coautores= |data= |ano=1950 |mes= |formato= |obra= |publicado=J. Chem. Educ. |páginas=622 |língua= |língua2=en |língua3= |lang= |doi=10.1021/ed027p622 }}</ref> e aperfeiçoada na Austrália pelo professor L. M. Simmons<ref>L. M. Simmons: J. Chem. Education, 25, 698 (1948)</ref>. O professor Therald Moeller<ref>Therald Moeller, '''Inorganic Chemistry An Advanced Textbook''', John Wiley & Sons, New York (1952), pp 96,97 e 102 ISBN 0-471-61215-4</ref> em seu livro de Química Inorgânica, descreveu e detalhou a forma do diagrama que conhecemos atualmente. A atribuição a Pauling parece ser assim um caso do chamado [[Efeito Matthew]]<ref>{{citar web|URL = https://en.wikipedia.org/wiki/Matthew_effect|título = Matthew Effect|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>.