Herman Melville: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Gawiga (discussão | contribs)
Linha 26:
Herman Melville foi o terceiro filho de Allan e Maria Gansevoort Melvill (que posteriormente acrescentaria a letra "e" ao sobrenome). Quando criança, Melville teve [[escarlatina]], o que afetou permanentemente sua visão. Mudou-se com a família, em [[1830]], para [[Albany (Nova Iorque)|Albany]], onde frequentou a Albany Academy. Após a morte do pai, em [[1832]], teve de ajudar a manter a família (então com oito crianças). Assim, trabalhou como bancário, professor e agricultor. Em [[1839]], embarcou como ajudante no navio mercante ''St. Lawrence'', com destino a Liverpool e, em [[1841]], no baleeiro ''Acushnet'', a bordo do qual percorreu quase todo o [[Pacífico]]. Quando a embarcação chegou às [[ilhas Marquesas]], na [[Polinésia francesa]], Melville decidiu abandoná-la para viver junto aos nativos por algumas semanas. As suas aventuras como "visitante-cativo" da tribo de canibais Typee foram registadas no livro ''Typee'', de [[1846]]. Ainda em 1841, Melville embarcou no baleeiro australiano ''Lucy Ann'' e acabou por se unir a um motim organizado pelos tripulantes insatisfeitos pela falta de pagamento. O resultado foi que Melville foi preso em uma cadeia no [[Tahiti]], da qual fugiu pouco depois. Todos esses acontecimentos, apesar de ocuparem menos de um mês, são descritos em seu segundo livro ''Omoo'', de [[1847]]. No final de 1841, embarcou como arpoador no ''Charles & Henry'', na sua última viagem em baleeiros, e retornou a [[Boston]] como marinheiro, em [[1844]], a bordo da fragata ''United States''. Os dois primeiros livros renderam-lhe muito sucesso de crítica, público e um certo conforto financeiro.
 
Em [[4 de agosto]] de [[1847]], Melville casou com Elizabeth Shaw e, em [[1849]], lançou seu terceiro livro, ''Mardi''. Da mesma forma que os outros livros, ''Mardi'' inicia-se como uma aventura polinésia, no entanto, desenvolve-se de modo mais introspectivo, o que desagradou o público já cativo. Dessa forma, Melville retomou à antiga fórmula literária, lançando duas novas aventuras: ''Redburn'' (1849) e ''White-Jacket'' ([[1850]]). Nos seus novos livros já era possível reconhecer o tom visivelmente mais melancólico, que adotaria a seguir. Em 1850, Melville e Elizabeth mudaram-se para Arrowhead, uma quinta em [[Pittsfield (Massachusetts)|Pittsfield, Massachusetts]] (atualmente um museu), onde Melville conheceu [[Nathaniel Hawthorne]], a quem dedicou ''Moby Dick'', publicado em Londres, em 1851. O fracasso de vendas de ''Moby Dick'' e de ''Pierre'', de [[1852]], fez com que o seu editor recusasse o manuscrito, hoje perdido, ''The Isle of the Cross''.
desagradou o público já cativo. Dessa forma, Melville retomou à antiga fórmula literária, lançando duas novas aventuras: ''Redburn'' (1849) e ''White-Jacket'' ([[1850]]). Nos seus novos livros já era possível reconhecer o tom visivelmente mais melancólico, que adotaria a seguir. Em 1850, Melville e Elizabeth mudaram-se para Arrowhead, uma quinta em [[Pittsfield (Massachusetts)|Pittsfield, Massachusetts]] (atualmente um museu), onde Melville conheceu [[Nathaniel Hawthorne]], a quem dedicou ''Moby Dick'', publicado em Londres, em 1851. O fracasso de vendas de ''Moby Dick'' e de ''Pierre'', de [[1852]], fez com que o seu editor recusasse o manuscrito, hoje perdido, ''The Isle of the Cross''.
 
Herman Melville morreu em 28 de setembro de 1891, aos 72 anos, em Nova York, em total obscuridade. Foi sepultado no [[Cemitério de Woodlawn]]. O obituário do jornal [[The New York Times]] registrava o nome de "Henry Melville". Depois de trinta anos guardado numa lata, ''[[Billy Budd]]'', o romance inédito na época da morte de Melville foi publicado em [[1924]] e posteriormente adaptado para ópera, por Benjamin Britten, e para o teatro e o cinema, por Peter Ustinov.