Paço da Ribeira: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Terreiro do Paço antes do Terramoto de 1755.png|thumb|right|350px|Paço da Ribeira no início do século XVIII.]]
O '''Paço da Ribeira''' foi um [[palácio]] real e residência oficial dos [[Lista de monarcas de Portugal|reis portugueses]] durante cerca de 250 anos, substituindo o [[Paço da Alcáçova]]. Situava-se na [[Ribeira de Lisboa]], na margem do [[rio Tejo]], onde atualmente se situa a [[Praça do Comércio]]. A sua construção teve início em 1498, por determinação de [[Manuel I de Portugal|Manuel I]], no contexto da [[descoberta do caminho marítimo para a Índia]] e do [[monopólio]] português do comércio das [[especiarias]] do Oriente com a [[Europa]]. Foi totalmente destruído no [[terramoto de Lisboa]], em [[1755]], cujas perdas culturais são comparáveis às ocorridas na destruição da [[Biblioteca da Alexandria]].
 
== História ==
[[Ficheiro:Ribeira-Braun-1598.jpg|thumb|left|280px|Paço da Ribeira, 1598.]]
 
Até então, a residência da família real portuguesa na capital era o [[Paço da Alcáçova]], edificação medieval inscrita na defesa proporcionada pelo [[Castelo de São Jorge]]. A moderna concepção do Paço da Ribeira, numa perspectiva de administração centralizadora, passou pela sua inclusão como centro de uma série de novas edificações, integradas num complexo arquitectónico multivalente: residencial, áulico, naval, militar, comercial, administrativo e político. É pois de referir o facto de, em toda a zona envolvente, e nalguns casos dentro do próprio complexo palaciano, no seu rés-do-chão, terem sido instalados, em novos edifícios, todos os principais organismos relativos à administração e à logística naval do [[Império Português]].
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A época da [[Dinastia Filipina]], [[Filipe I de Portugal|D. Filipe I]] determinou grandes obras no Paço da Ribeira, destruindo na fachada a sua delicada feição manuelina e impondo-lhe um mais pesado aspecto clássico, [[Maneirismo|maneirista]]. Neste arranjo foi aumentado o seu volume e número de pisos, mantendo-se no entanto a grande torre sul, quadrada, como ponta do palácio, geometria que o edifício guardará aproximadamente até ao final da sua existência.
 
[[Imagem:French drawing of the Palace of Ribeira in the 18th century from the main square by Guillaume Debrie.jpg|thumb|left|280px|Paço da Ribeira, numa tourada.]]
 
Com a singular distinção eclesiástica de Lisboa como patriarcado, no [[século XVIII]], a capela do Paço da Ribeira foi provisoriamente elevada à dignidade de igreja patriarcal, enquanto se construía a nova basílica patriarcal, que depois veio a arder, ficando conhecida por [[Patriarcal Queimada]]. Para este efeito, Lisboa foi dividida em Lisboa Ocidental e Lisboa Oriental, ficando metade da cidade adstrita à Sé Catedral e a outra sob a alçada da Capela Real Patriarcal do Paço da Ribeira, aonde passaram a desenrolar-se riquíssimas cerimónias litúrgicas e áulicas barrocas de imponente manifestação no quotidiano da corte e dos lisboetas.
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O Palácio da Ribeira deu origem ao '''Complexo ministerial do Terreiro do Paço''' ou [[Terreiro do Paço]], um conjunto de edifícios que albergam a maior parte dos [[Ministério]]s do Governo Português e ainda o famoso café [[Martinho da Arcada]], o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa, bem como o Pátio da Galé na [[Praça do Comércio]], o [[Museu da Cerveja (Lisboa)|Museu da Cerveja]] e um dos polos do [[Museu da Cidade de Lisboa]], no torreão poente. Após a Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o amarelo. O lado sul, com as suas duas torres quadradas ou torreões, está virado para o Tejo.
 
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== Ver também ==
* [[Praça do Comércio]]
 
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== Ligações externas ==