Exposição do Mundo Português: diferenças entre revisões

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Imagem da Exposição
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===A exposição===
[[Ficheiro:P PT AMLSB POR 075002.jpg|thumb|left|400px|Exposição do Mundo Português, 1940, vendo-se o Mosteiro dos Jerónimos e o Pavilhão de Honra e de Lisboa, de Luís Cristino da Silva]]
 
Situado entre a margem direita do [[rio Tejo]] e o [[Mosteiro dos Jerónimos]], o evento ocupou uma área de cerca de 560 mil metros quadrados e implicou a renovação urbana da zona ocidental de [[Lisboa]]. O local era particularmente favorável ao efeito teatral desejado, criando-se desde logo uma monumental ''Praça do Império'' (atual [[Jardim da Praça do Império]]), ladeada a [[Leste|nascente]] e [[poente]] por dois grandes pavilhões longitudinais perpendiculares ao mosteiro quinhentista: o ''Pavilhão de Honra e de Lisboa'' (de [[Luís Cristino da Silva]]) e, do outro lado, o ''Pavilhão dos Portugueses no Mundo'' (do próprio Cottinelli Telmo).<ref name="anos 40" />
 
A entrada principal localizava-se na Praça Afonso de Albuquerque, junto ao Mosteiro dos Jerónimos; outras duas entradas, de ambos os lados da linha de caminho de ferro, faziam-se por portas agenciadas entre quatro construções quadrangulares tendo, nas faces principais, baixos relevos representando guerreiros medievais com grandes escudos<ref name="anos 40" /><ref name="França">[[José-Augusto França|França, José Augusto]] – '''História de Arte em Portugal: o modernismo'''. Lisboa: Editorial Presença, 2004, p. 81-85. ISBN 972-23-3244-9</ref>. Atravessando a linha férrea através da passarela monumental encontrava-se a Secção Histórica, (''Pavilhão da Formação e Conquista''; ''Pavilhão da [[Independência de Portugal|Independência]]''; ''Pavilhão dos [[Descobrimentos]]''; ''Esfera dos Descobrimentos''). Do outro lado, situava-se o ''Pav. da Fundação'', o ''Pav. do Brasil'' (país convidado para tal efeito), e o ''Pav. da [[Colonização]]''. Atravessando o Bairro Comercial e Industrial, chegava-se perto do [[Mosteiro dos Jerónimos]], à entrada da Secção Colonial. No canto precisamente oposto, um Parque de Atrações fazia a delícia dos mais novos. Descendo em direção ao [[rio Tejo]], e para além do ''Pavilhão dos Portugueses no Mundo'', a ''Secção de [[Museu da Etnografia (Lisboa)|Etnografia Metropolitana]]'', com o seu Centro Regional, contendo representações das Aldeias Portuguesas e os ''[[Museu de Arte Popular|Pavilhões de Arte Popular]]''. Por trás deste último pavilhão, encontrava-se o [[Jardim dos Poetas]] e o Parque Infantil. Frente ao rio Tejo, com as suas docas, um Espelho de Água com um restaurante abria o caminho para o [[Padrão dos Descobrimentos]] e para a [[Nau Portugal]].
 
[[File:Monumento dos Descubridores 2.jpg|thumb|left|''Padrão dos Descobrimentos'', 1940 (1960)]]
Entre as obras de maior relevo destaque-se o ''Pavilhão da Honra e de Lisboa'', que recebeu as melhores opiniões da crítica. Com 150 metros de comprimento por 19 de altura e uma imponente torre de 50 metros, este pavilhão traduziu o ideal arquitetónico historicista e revivalista que o Estado Novo tentava impor, tal como os outros regimes totalitários europeus então faziam. Do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, com um risco mais ''simples'', destacava-se a possante estátua da [[Soberania]], de [[Leopoldo de Almeida]], imagem de uma severa mulher couraçada, segurando a esfera armilar e apoiada num litor legendado com as partes do Mundo, em caracteres góticos.
 
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===Pavilhões / Iniciativas===
[[File:Monumento dos Descubridores 2.jpg|thumb|left|''Padrão dos Descobrimentos'', 1940 (1960)]]
 
Arquitetura: