Batalha de Tannenberg (1914): diferenças entre revisões

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|vítimas2 = 78 000 mortos ou feridos<br />92 000 capturados<ref>Ian F. W. Beckett, The Great War: 1914-1918, 2014, p. 76</ref>
}}
[[Ficheiro:Paul von Hindenburg (1914) von Nicola Perscheid.jpg|miniaturadaimagem|General de Infantaria Paul von Hindenburg]]
 
A '''Batalha de Tannenberg''' foi um grande [[batalha|confronto militar]] travado durante a [[Primeira Guerra Mundial]] entre os exércitos [[Império Alemão|alemão]] e [[Império Russo|russo]], que ocorreu a zona sul de [[Olsztyn|Allenstein]] (hoje, Olsztyn), [[Prússia Oriental]], no período de 26 a 30 de agosto 1914. O lado alemão, representado pelo 8º Exército, possuía 150 000 combatentes, enquanto o 2º Exército Russo contava com 230 000 homens. A batalha foi vencida pelas forças alemãs que cercaram e destruíram as forças russas invasoras no sul da [[Prússia Oriental]].
 
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== Preliminares Estratégicas ==
A [[Prússia Oriental]] exibia, pela sua situação geográfica como projeção territorial extensa e exposta para dentro do território russo, uma posição estratégica excepcionalmente vulnerável. Partindo do princípio de que a Rússia possuía uma infraestrutura operacional ruim, o [[Plano Schlieffen]] supunha que, em caso de declaração de guerra simultânea contra a [[França]] e a [[Rússia]], a primeira conseguiria mobilizar suas forças com quatro semanas de antecedência em relação à última. O Alto Comando do Exército Alemão (''[[Oberste Heeresleitung]]'') posicionou sete exércitos na [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]] a fim de forçar uma vitória decisiva rápida contra a França. Durante a [[Crise de Julho]], entretanto, a Rússia já havia iniciado uma mobilização parcial, e a situação mostrava-se diametralmente oposta: Quatro semanas antes do esperado, os exércitos russos já ameaçavam o território da Prússia Oriental.<ref>{{citar web|url=https://www.welt.de/geschichte/article131377225/Eine-Niederlage-fuehrte-zur-Schlacht-bei-Tannenberg.html|titulo=Eine Niederlage führte zur Schlacht bei Tannenberg|data=20/08/2014|acessodata=03/11/2018|publicado=Die Welt Online|ultimo=Seewald|primeiro=Berthold}}</ref> Essa província era defendida apenas pelo 8º Exército Alemão, numericamente inferior às forças russas, e mostrava-se, portanto, bastante ameaçada. Esse fato já era esperado pelo Estado-Maior Geral Russo em suas diretrizes pré-guerra. A fim de aliviar a pressão sobre seus aliados ocidentais, o Alto Comando Russo enviou dois exércitos contra a Prússia Oriental: o 1º Exército Russo (Exército do Niemen), sob o comando de [[Paul von Rennenkampf]], começou a atacar pelo Leste, enquanto o 2º Exército Russo (Exército do Narew), sob ordens de [[Alexander Samsonov|Alexander Samsonow]], iniciou ataque à Prússia Oriental vindo do Sul.<ref>Norman Stone: ''The Eastern Front 1914–1917'', London 1998, S. 44–48.</ref>
[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-R41125, Erich Ludendorff.jpg|miniaturadaimagem|Major-General Erich Ludendorff]]
 
Durante os primeiros dias das operações, essa [[Estratégia militar|estratégia]] parecia funcionar. O 1º Exército Russo avançou sobre o território da Prússia Oriental e alcançou, após a [[batalha de Gumbinnen]], no dia 19 de agosto, uma ruptura inicial. O Estado-Maior Geral Russo contava com o fato de que os alemães, que dispunham apenas de um exército na Prússia Oriental, recuariam para a retaguarda do [[Rio Vístula]]. Inicialmente, essa suposição parecia se concretizar: O comandante do 8º Exército, o Coronel-General von Prittwitz, estava receoso e sinalizou por telefone ao Alto Comando do Exército Alemão, instalado em [[Coblença]], o recuo de seu exército para trás do Vístula. Isso correspondia realmente às diretrizes operacionais do Plano Schlieffen, entretanto, para o Chefe do Estado-Maior Geral Alemão, von Moltke, Prittwitz não estava mais à altura de responder pela situação.
 
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Já antes da nomeação de Hindenburg, o I. Corpo de Exército do General [[Hermann von François]] havia sido despachado de [[Gumbinnen]] por via férrea para o Sul, concentrando-se a Oeste do eixo de formação do 2º Exército Russo. Depois de saber das posições e das ordens inimigas através de reconhecimento aéreo e captação de mensagens de rádio russas não-codificadas, o General Ludendorff ativou uma manobra geral de evacuação de todo o restante de seu exército. O 1º Exército Russo ficaria sob vigília de um pequeno "apêndice" composto de algumas Brigadas Landwehr e da 1ª Divisão de Cavalaria na região de Insterburg até Lötzen, e qualquer tipo de manobra ofensiva da parte delas ficaria suspenso. O [[XVII Corpo de Exército (Alemanha)|XVII. Corpo de Exército]] do General [[August von Mackensen]] e o I. Corpo de Exército Reserva do General [[Otto von Below]] começaram a deixar suas posições e iniciaram marcha até o flanco direito do 2º Exército Russo que estava avançando na direção de [[Allenstein]].
 
A manobra alemã fora facilitada pelas estimativas equivocadas dos comandantes russos. O General Rennenkampff reagiu só três dias depois do reagrupamento das forças alemãs iniciado em 23 de Agosto com a retomada de sua própria ofensiva na direção de [[Königsberg]]. O comandante-geral do Front Noroeste Russo, o general Jakow Schlinski, interpretou de forma totalmente equivocada as manobras alemãs durante esse período: Tendo como certo o fato de que as unidades alemãs sob pressão do 1º Exército Russo estariam recuando na direção de Königsberg, ele não tomou nenhuma medida de precaução suplementar. Já a questão de que as tropas alemãs poderiam se voltar contra o 2º Exército ao Sul, ele jamais levou em consideração naquele momento.<ref>{{citar livro|título=The Eastern Front: 1914-1917|ultimo=Stone|primeiro=Norman|editora=|ano=1998|local=London|páginas=61-67|acessodata=}}</ref>
 
Durante esses acontecimentos, o exército de Samsonov já havia completado 10 dias de marcha, pois, conforme ordens transmitidas pelo Estado-Maior do front e por razões de segurança, as tropas deveriam desembarcar dos vagões bem longe da divisa e seguir para a fronteira prussiana a pé. Entretanto, movimentaram-se para o território alemão apenas as unidades centrais (XIII., XV. e XXIII. Corpos de Exército) e a ala direita (VI. Corpo de Exército). Na ala esquerda, e sob ordens de Schilinski, o I. Corpo de Exército deveria parar na fronteira para cobrir o flanco. Além disso, Schilinski ordenou o avanço forçado e rápido do 2º Exército, fato que provocou a separação completa entre as unidades centrais e as do flanco Oeste. Com isso, ocorreu o isolamento de cerca de um quarto das forças russas do restante das unidades que entrariam em combate efetivo.
 
Já no dia 22 de agosto, a ala direita do 8º Exército, formada pelo XX. Corpo de Exército, sob comando do General de Artilharia von Scholtz, havia recuado da linha Usdau-Neidenburg para Noroeste devido à superioridade imposta pelos XIII. e XV. Corpos de Exército Russos. Na tarde do dia 23 de agosto, ocorreram ali, entre Lahna e Orlau, as primeiras lutas entre a 37ª Divisão e a ponta de lança dos Corpos Russos. Para dar apoio ao XX. Corpo de Exército Alemão, a 3ª Divisão-Reserva, sob comando do General von Morgen, fora transportada para seu flanco esquerdo vinda de [[Allenstein]] chegando até Hohenstein. Scholtz recebeu no dia seguinte a instrução de formar uma nova linha de defesa entre Gilgenburg e Tannenberg e que esperasse até que o avanço das tropas do I. Corpo-Reserva e do XVII. Corpo de Exército nas costas do inimigo se tornasse efetivo. Na ala direita do 8º Exército Alemão, o I. Corpo de Exército do General von François, após longa viagem por via férrea passando por Deutsch-Eylau, por fim se posicionou ali, sem que as manobras de reconhecimento do I. Corpo de Exército Russo percebessem o que estava acontecendo na sua frente.
 
== A Batalha (Transcurso) ==
Em 26 de agosto iniciou-se a ofensiva do I. Corpo de Exército alemão, sendo que o General von François deveria conquistar Seeben e Usdau. O XX. Corpo de Exército deveria apoiar a ofensiva com sua ala direita. O General von Scholtz ordenou que a 41ª Divisão do Major-General Sontag atacasse a linha entre Ganshorn e Groẞ Gardinien. A 37ª Divisão participaria dessa ofensiva pelo lado esquerdo. A 1ª Divisão do Tenente-General von Conta alcançou Tautschken por volta das 08:00 h. Por volta das 10:00 h, a 2ª Divisão do Tenente-General von Falk estava na frente de Groẞ Koschlau. À tarde, a 2ª Divisão já estava a Leste de Grallau, enquanto que a 1ª Divisão localizava-se entre a linha formada por Meischlitz e Groẞ-Grieben. O General von François não ordenou que a ofensiva sobre Usdau continuasse naquele dia. Ele deu como explicação para isso o fato de que a sua artilharia não estava próxima o suficiente das posições de combate e que, portanto, não conseguiria responder a uma contraofensiva iniciada precocemente pelo inimigo. Como consequência disso, as tropas russas do centro, sem perceber o perigo que ameaçava sua ala esquerda, e conforme ordens do Estado-Maior de Front, avançaram ainda mais em direção do interior das terras prussianas.
 
O General Samsonov, então, ordenou o ataque de suas forças centrais, o XV. e XXXIII. Corpos dos Generais Klujew e Kondratowitsch, sobre a cidade de Neidenburg. O I. Corpo de Exército do General de Infantaria Artamonov deveria cobrir o seu flanco esquerdo perto de Mlawa. O XIII. Corpo de Exército Russo do General Martos se desviou na direção de Allenstein e ocupou a cidade sem haver luta. {{referências}}
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== Bibliografia ==