Cristianismo positivo: diferenças entre revisões

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'''Cristianismo positivo''', também conhecido como '''cristianismo nazista,''' (em [[língua alemã|alemão]] ''Positives Christentum'') foi umaum expressãomovimento adotadana pelosAlemanha líderes [[nazismo|nazistas]]nazista paraque sepretendia referir afundar um modelo de [[cristianismo]] coerente com o nazismo, tentando construir uma [[Igreja Nacional do Reich]]. Adolf Hitler usou o termo no artigo 24 da Plataforma do Partido Nazista de 1920, afirmando: "o Partido representa o ponto de vista do Cristianismo Positivo".<ref>{{Citar web|titulo=Nazi conspiracy and aggression.|url=https://avalon.law.yale.edu/imt/1708-ps.asp}}</ref>
[[Imagem:Broken crossed circle.svg|thumb|180px|A "cruz solar", adotada como símbolo pelo Movimento da Fé Germânica por lembrar tanto uma [[cruz]] quanto uma [[suástica]].]]
Adeptos do Cristianismo Positivo argumentavam que o cristianismo tradicional enfatizava os aspectos passivos em vez dos ativos na vida de [[Jesus Cristo]], acentuando seu sacrifício na cruz e a redenção sobrenatural. Eles pretendiam substituir isso por uma ênfase "positiva" do Cristo como um pregador ativo, organizador e combatente que se opôs ao [[judaísmo]] institucionalizado de sua época. Em várias ocasiões durante o regime nazista, foram feitas tentativas de substituir o cristianismo ortodoxo por sua alternativa "positiva".
 
Durante o Terceiro Reich, os teólogos protestantes alemães, motivados pelo racismo e explorando o antisemitismo do cristianismo tradicional, redefiniram Jesus como ariano e o cristianismo como uma religião em guerra com o judaísmo. Em 1939, estes teólogos cristãos estabeleceram o Instituto para o Estudo e Erradicação da Influência Judaica na Vida Religiosa dos Alemãos. Em “O Jesus Ariano” Susannah Heschel mostra que durante o Terceiro Reich, o Instituto tornou-se o órgão de propaganda mais importante do Protestantismo Alemão, exercendo uma influência ampla e profunda, produzindo um "cristianismo nazista" no qual o antisemitismo e o racismo ocupam um lugar central nesta teologia.<ref>{{Citar web|url=https://press.princeton.edu/titles/8820.html|titulo=The Aryan Jesus|acessodata=2018-02-04|obra=Princeton University Press|lingua=en}}</ref>
 
==Origens da ideia==
[[Imagem:Deutsche Christen Flagge.svg|thumb|180px|Bandeira do Movimento Cristão Alemão]]O Cristianismo Positivo surgiu da [[Alta Crítica]] do [[século XIX]], com sua ênfase na distinção entre o [[Jesus histórico]], e o Jesus divino da [[teologia]]. De acordo com algumas [[escola de pensamento|escolas de pensamento]], a figura do salvador do cristianismo ortodoxo era muito diferente do pregador histórico [[Galileia|galileu]]. Enquanto muitos de tais eruditos buscavam colocar Jesus no contexto do antigo judaísmo, alguns escritores reconstruíram um Jesus histórico que correspondia à ideologia [[antissemitismo|antissemita]]. Nos escritos de antissemitas tais como [[Emile Burnouf]], [[Houston Stewart Chamberlain]] e [[Paul de Lagarde]], Jesus foi redefinido como um herói "[[Raça ariana|ariano]]" que lutou contra o judaísmo.<ref>{{en}}-{{citar web|autor =Steigmann-Gall, Richard|título=The Holy Reich:Nazi Conceptions of Christianity, 1919-1945|publicado=Cambridge University Press|url=http://books.google.com/books?id=RreXLeUG_AIC&printsec=frontcover&dq=holy+reich&hl=pt-BR&sig=ACfU3U2btkrYsFawdUKVSAi__aPKNXkYkQ#PPA40,M1|data=2003|acessodata=18-08-2008}}</ref> Consistente com suas origens na Alta Crítica, tais escritores frequentemente ou rejeitavam ou minimizavam os aspectos milagrosos das narrativas do [[Evangelho]], reduzindo a crucificação a uma [[coda (música)|coda]] trágica da vida de Jesus, em vez de sua culminação prefigurada. Tanto Burnouf quanto Chamberlain argumentaram que a população da Galileia era racialmente distinta daquela da [[Judeia]]. Lagarde insistia que o cristianismo alemão devia tornar-se de caráter "nacional".
 
==Referências==
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<!--See [[Wikipedia:Footnotes]] for an explanation of how to generate footnotes using the <ref(erences/)> tags-->
<references/></div>
 
== Bibliografia ==
 
*{{citar livro|autor = Snyder, L.,|título= Encyclopedia of the Third Reich|publicado= Wordsworth Press|ano= 1998}}
*{{citar livro|autor = Steigmann-Gall, Richard|título= The Holy Reich: Nazi Conceptions of Christianity|publicado= Cambridge University Press|ano= 2003|isbn= 978-0-521-82371-5}}