Divisão Naval em Operações de Guerra: diferenças entre revisões

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A possibilidade desses navios depararem com submarinos prontos para desativarem a modesta mas orgulhosa força constituía motivo de preocupação permanente. Em uma época em que apenas se podia saber da presença do inimigo submerso quando se avistava o seu [[periscópio]], avalie-se como aqueles homens encontravam-se tensos, especialmente quando a noite camuflava e produzia ilusões para os incansáveis vigias. Acrescentem-se as diversas pausas em alto-mar como resultados de defeitos os mais diversos.
No dia 9 de agosto, a DNOG aportou em [[Freetown]], tendo o seu comandante se apresentado ao [[Almirante]] [[Sheppard]], sob cujo comando ficava a sua força. Os nossos navios permaneceram nesse porto 14 dias. Em uma das manobras normais de abastecimento, uma bomba de profundidade desprendeu-se da popa do ''Paraíba'' caindo ao mar; com rapidez, o [[Cabo]] [[José de Sousa Oliveira]] atirou-se n'água, segurando a bomba e impedindo que ela chegasse ao fundo e explodisse, danificando o navio e ceifando vidas. Durante essa estadia em [[Freetown]], os brasileiros começaram a contrair o [[vírus]] da famosa [[Gripe Espanhola]], moléstia ainda desconhecida e que atacava, com furor, os nativos. Em 23 de agosto, a DNOG suspendeu com destino a [[Dacar]], navegação realizada com muito mau tempo.
===Batismo de Fogo===
'''Batismo de Fogo'''. Na noite de 25 para 26 de agosto, na véspera de entrar em Dacar, torpedos provenientes de submarino inimigo passaram por entre a formação dos navios brasileiros. Os nossos abriram fogo logo que o avistaram em fase de submersão, lançando, em seguida, bombas de profundidade. Não houve, contudo, certeza de destruição, mas o almirantado britânico homologou a perda inimiga, creditando-a aos brasileiros. No dia 26, a Divisão fundeou em Dacar.
A permanência neste porto africano previa ser rápida, limitando-se ao reabastecimento e alguns reparos. Estendeu-se, porém, por causa da [[Gripe Espanhola]] que se espalhou entre os brasileiros, contagiando a quase todos, paralisando os serviços e descontrolando os planos. Morreram 464 homens. Atendendo ao imperativo desejo do almirantado britânico, o ''Piauí'' partiu a 9 de setembro para as ilhas de [[Cabo Verde]]; levava 8 doentes da gripe. Em [[São Vicente]], a situação sanitária se agravou: a ''gripe'' se espalhou e outros homens contraíram o mesmo mal; contudo, o ar mais salubre contribuiu para o restabelecimento de muitos. Algumas patrulhas foram executadas. Em 19 de outubro, o ''Piauí'' regressava a [[Dacar]], deixando enterrados naquela possessão portuguesa quatro elementos de sua tripulação.
Somente em 3 de novembro, a DNOG pôde reiniciar viagem para [[Gibraltar]] com oficiais e praças vindos do Brasil para completarem os claros, permanecendo em Dacar os seguintes navios: ''Rio Grande do Sul'', que precisava mudar a tubulação dos condensadores; ''o Rio Grande do Norte'', com vários problemas nas máquinas; o ''Belmonte'', com um carregamento de trigo para o governo francês; e o ''Laurindo Pitta'', que se apresentava para retornar ao Brasil.
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1. FROTA, Guilherme de Andrea. 500 Anos de História do Brasil. Rio de Janeiro: Bibloteca do Exército Ed., 2000.
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