Carlota de Gales (1796-1817): diferenças entre revisões

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{{cquote|''Duas gerações perdidas — perdidas de uma só vez! Tenho sentido muita dor, mas também a sinto pelo príncipe regente. A minha Carlota desapareceu deste país — o país perdeu-a. Ela era boa, uma mulher admirável. Ninguém poderia conhecer Carlota melhor do que eu. Era o meu estudo e o meu dever conhecê-la, mas também meu deleite.''<br/>— Príncipe Leopoldo para Sir [[Thomas Lawrence]]<ref name="Chambers, p. 201">Chambers, p. 201</ref> }}
 
A princesa foi enterrada, com o filho a seus pés, na Capela de São Jorge no Castelo de Windsor, a 19 de novembro de 1817. Foi erguido um monumento por pedido público na sua campa.<ref name="Chambers, p. 201"/> Não demorou até que o público começasse a procurar culpados pela tragédia. A rainha Carlota e o príncipe-regente foram culpados por não estarem presentes na altura do nascimento, apesar de Carlota lhes ter pedido precisamente para se manterem afastados. Apesar da autopsiaautópsia se ter revelado inconclusiva, muitos culparam Croft pela forma como tratou a princesa. O príncipe-regente recusou-se a culpá-lo, contudo, três meses após a morte de Carlota, enquanto tratava de outra jovem, Croft pegou numa arma e suicidou-se.<ref name="Williams, p. 240"/> A "tripla tragédia de obstetrícia" (a morte do bebé, mãe e do parteiro), levou a mudanças significativas nas técnicas de obstetrícia que incluíram um uso mais liberalizado de fórceps que rapidamente ultrapassou o número de pessoas que não os utilizavam.<ref>Ronald S. Gibbs, David N. Danforth, Beth Y Karlan, Arthur F Haney (2008). ''Danforth's obstetrics and gynecology''. Lippincott Williams & Wilkins. p.471. ISBN 978-0-7817-6937-2</ref>
 
A morte de Carlota deixou o rei sem netos legítimos e o seu filho mais novo tinha já mais de quarenta anos. Os jornais instaram os filhos solteiros do rei a casar. Um destes artigos de jornal chegou às mãos do quarto filho do rei, o príncipe [[Eduardo, Duque de Kent e Strathearn]], que vivia na altura em [[Bruxelas]] com a sua amante, Julie de St. Laurent. Eduardo dispensou rapidamente a sua amante e pediu a irmã do príncipe Leopoldo, a [[Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld|Princesa-Viúva de Leiningen]], em casamento.<ref>Chambers, pp. 202–204</ref> A única filha do casal, a princesa [[Vitória do Reino Unido|Alexandrina Vitória de Kent]], acabaria por se tornar rainha do Reino Unido em 1837. Leopoldo, que na altura era já rei da Bélgica, foi um conselheiro a longa distância da sua sobrinha e foi também um dos responsáveis pelo seu casamento com outro dos seus sobrinhos, o príncipe [[Alberto de Saxe-Coburgo-Gota]].<ref name="Holme, p. 241"/>