Pecado original: diferenças entre revisões

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Um esclarecimento sobre Adão e Eva ainda estarem vivos, mesmo após Deus falar que se comecem da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreriam.
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A doutrina do pecado original se apoia em várias passagens das [[Escrituras]]: a [[Epístola aos Romanos|epístola de Paulo aos Romanos]] (5:12-21) e aos [[Primeira Epístola aos Coríntios|Coríntios]] (1 Co 15:22), e uma passagem do [[Salmo 51]]. Mas a primeira exposição sistemática sobre o pecado original - de cuja interpretação derivaram todas as controvérsias - é a de [[Agostinho de Hipona]], no [[século IV]].<ref name="biblio">''[[Encyclopædia Universalis]]''. [http://www.universalis.fr/encyclopedie/peche-originel/ ''"Péché originel"'']</ref> Foi também no século IV que se deu a conversão do [[Império Romano]] ao [[cristianismo]]. Segundo [[Le Goff]], o dogma do pecado original teria contribuído para aumentar o poder de controle da Igreja sobre a vida sexual, na [[Idade Média]].<ref>LE GOFF, Jaques; FRUONG, Nicolas. ''Uma história do corpo na Idade Média''. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.</ref>
 
Segundo a doutrina, os primeiros seres humanos e antepassados da humanidade, [[Adão e Eva]], foram advertidos por [[Deus]] de que, se comessem do fruto da [[árvore do conhecimento do bem e do mal]], certamente morreriam. No entanto, instigados pela serpente, ambos comeram o fruto proibido, tendo Eva cedido primeiramente à tentação e posteriormente oferecido o fruto a Adão, que o aceitou. Ambos continuaram vivos, mas foram expulsos do [[Jardim do Éden]] e deu entrada a várias calamidades ao mundo (tais como a morte e doenças).
 
Existem polêmicas quanto ao significado real dessa narrativa, em como em que constituiria tal pecado. Algumas denominações cristãs recentes chegam mesmo a negar a sua existência. Na perspectiva cristã, contudo, a morte (imerecida) de Cristo é recorrentemente suposta como necessária para salvar os seres humanos desse "pecado de origem", que seria congênito e hereditário.