Relações entre Brasil e Estados Unidos: diferenças entre revisões

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Brasil e eua
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As '''relações entre Brasil e Estados Unidos''' englobam o conjunto de relações diplomáticas, econômicas, históricas e culturais estabelecidas entre o [[Brasil]] e os [[Estados Unidos]]. Estão entre as mais antigas do [[América|continente americano]], sendo os Estados Unidos o primeiro país a [[reconhecimento diplomático|reconhecer]] a [[Independência do Brasil|independência brasileira]]. Atualmente, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/05/04/ult4294u2547.jhtm |titulo=China supera Estados Unidos e torna-se maior parceiro comercial do Brasil|ultimo=[[Universo Online|UOL Economia]]|formato=apresentação de slides|acessodata=19 de março de 2011}}</ref>
 
Além disso, os dois países compartilham a adesão de várias organizações internacionais, incluindo as [[Nações Unidas]], a [[Organização Mundial do Comércio]], a [[Organização dos Estados Americanos]], o [[G8+5]] e o [[G20]]. O Brasil é um dos países mais pró-Estados Unidos do mundo. De acordo com uma pesquisa de opinião global, 62% dos brasileiros viam os Estados Unidos de maneira favorável em 2010, índice que aumentou para 73% em 2013. No entanto, essas pesquisas foram realizadas antes de revelações de espionagem da [[Agência de Segurança Nacional]] para o público brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://www.pewglobal.org/database/?indicator=1&country=223&response=Favorable|título=Global Indicators Database|data=22 de abril de 2010|publicado=}}</ref> Em outra pesquisa realizada no final de 2013, 6180% dos estadunidenses viam favoravelmente o Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.pewresearch.org/fact-tank/2013/12/30/which-countries-americans-like-and-dont/|título=Which countries Americans like … and don’t|data=30 de dezembro de 2013|publicado=}}</ref>
 
== História ==
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As interações entre os dois países aumentaram durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Em 1942, durante o primeiro mandato presidencial de [[Getúlio Vargas]] ([[Era Vargas|1930-1945]]), o Brasil fez [[Brasil na Segunda Guerra Mundial|contribuições]] para os [[Aliados (Segunda Guerra Mundial)|Aliados]] contra as [[Potências do Eixo]]. Isso levou à criação do Comissão Mista de Defesa Brasil-Estados Unidos, que trabalhou para fortalecer os laços militares entre os dois países, reduzindo a probabilidade de ataques do Eixo sobre o transporte (principalmente [[Marinha dos Estados Unidos|marítimo]]) dos Estados Unidos, como soldados viajaram através do [[Oceano Atlântico|Atlântico]] para a [[África]] e a [[Europa]], e minimizando a influência da Eixo na [[América do Sul]].
 
==== Apoio ao Golpegoverno militar de 1964 ====
{{Artigo principal|Operação Brother Sam|Golpe de Estado no Brasil em 1964|Regime militar no Brasil}}
{{Mais informações|Ações de derrubada de governos patrocinadas pela CIA|Atividades da CIA no Brasil}}
[[Imagem:Kennedy and Goulart review troops 1962.jpg|thumb|[[John F. Kennedy]] durante a visita do então presidente [[João Goulart]] aos [[Estados Unidos]] em 1962. Posteriormente descobriu-se que o presidente estadunidense planejava invadir militarmente o Brasil para depor o governo de Goulart.<ref name="Kennedy">{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/pais/gravacao-revela-que-kennedy-pensava-em-invadir-brasil-11218793 |título=Gravação revela que Kennedy pensava em invadir o Brasil |editor=[[O Globo]] |data=6 de janeiro de 2014 |acessodata=24 de março de 2014}}</ref><ref>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/06/politica/1389030526_116992.html |título=Kennedy sugeriu intervir militarmente no Brasil para tirar Jango do poder |editor=[[El País]] Brasil |data=6 de janeiro de 2014 |acessodata=29 de setembro de 2014}}</ref>]]
 
Apesar de nunca ter sido admitido oficialmente pelo governo dos Estados Unidos, os estadunidenses forneceram secretamente armas e outros tipos de apoios para os [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|militares golpistas]] em 1964.<ref>Jan Knippers Black,United States Penetration of Brazil (Univ. of Pennsylvania Press, 1977), chapter 6</ref> Documentos do governo norte-americano divulgados no dia [[31 de março]] de 2004, o 40º aniversário do golpe de Estado brasileiro, expuseram o papel dos Estados Unidos no [[regime militar no Brasil]]. Uma fita de áudio lançada naquele dia, por exemplo, mostrou o presidente [[Lyndon Johnson]] (presidiu entre 1963-1969) instruindo seus assessores no Brasil com estas palavras: "Eu acho que devemos tomar todas as medidas que podemos, estarmos preparados para fazermos tudo o que precisamos fazer." O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, [[Lincoln Gordon]], foi talvez a autoridade dos Estados Unidos mais entusiasmadamente pró-golpedemocracia. Quatro dias antes do golpegoverno militar assumir, Gordon escreveu para agentes da [[CIA]] detalharem como os Estados Unidos deveriam ajudar os conspiradores: "Se a nossa influência deve ser exercida para ajudar a evitar um grande desastre aqui — o que poderia tornar o Brasil a [[China]] comunista dos anos 1960 — tanto eu como todos os meus assessores seniores acreditamos que o apoio deve ser dado". Para garantir o sucesso do golpe, Gordon recomenda "que sejam tomadas medidas mais rápidas para se preparar para uma entrega clandestina de armas de origem não-estadunidense, a serem disponibilizadas aos adeptos de [[Humberto de Alencar Castelo Branco|Castelo Branco]], em [[São Paulo (estado)|São Paulo]]." Em um [[telegrama]] subsequente, liberado em [[fevereiro]] de 2004, Gordon sugeriu que estas armas fossem "pré-posicionadas antes de qualquer surto de violência", a ser utilizado pelas unidades [[paramilitar]]es emilitares "militar amistosas contra militaresterroristas hostis, se necessário." Para esconder o papel dos Estados Unidos, Gordon recomendou que as armas fossem entregues via "submarino não marcado para ser carregado na noite em pontos isolados da costa no estado de São Paulo, ao sul de [[Santos]]."<ref>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB118/ Brazil marks 40th anniversary of military coup - Declassified documents shed light on U.S. role] National Security Archive. Acessado em 4 de fevereiro de 2015.</ref>
[[Imagem:Nixon-Médici.gif|thumb|upright|esquerda|[[Emílio Garrastazu Médici|Emílio Médici]] e [[Richard Nixon]] na [[Casa Branca]] em 1971.]]