Exército Republicano Irlandês: diferenças entre revisões

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O IRA não era um grupo sectário e afirmava ser aberto a todos os irlandeses, mas a esmagadora maioria dos seus membros eram [[Igreja Católica na Irlanda|católicos]] com quase nenhum [[Protestantismo|protestante]] servindo como "membro ativo" do grupo.<ref name=Hart>{{cite journal|last1=Hart|first1=Peter|title=The Social Structure of the Irish Republican Army, 1916-1923|journal=The Historical Journal|date=March 1999|volume=42|issue=1|pages=207 a 220}}</ref> O historiador Peter Hart escreveu, nos seus estudos sobre os membros do IRA, que apenas três protestantes serviram como "ativos" no movimento entre 1919 e 1921.<ref name=Hart/> Dos 917 membros do IRA condenados pelos britânicos durante a [[Guerra de Independência da Irlanda]], apenas um era protestante.<ref name=Hart/> Embora a maioria esmagadora dos membros do IRA fossem católicos, havia de fato outras minorias (que eles chamavam de "pagãos"), como ateus e católicos não praticantes.<ref name=Hart/> A maioria dos soldados do IRA eram irlandeses natos, mas havia também pessoas nascidas em outras regiões do [[Reino Unido]].<ref name=Hart/>
 
Na Irlanda do Note, a principal função do IRA, durante os ''[[Conflito na Irlanda do Norte|The Troubles]]'', era defender a comunidade católica da violência sectária. Por esta razão, [[Peadar O'Donnell]], um líder de esquerda do IRA que se opunha ao nacionalismo católico predominante dentro do IRA, disse depreciativamente que "nós não temos um batalhão do IRA em Belfast, nós temos um batalhão de católicos armados". A partir de 1969, a violência sectária na Irlanda do Norte foi acentuando, com o IRA perpetrando ataques contra alvos protestantes e, principalmente, defendendo a minoria católica por lá.<ref>{{citar web|URL=http://origins.osu.edu/milestones/december-2019-provisional-irish-republican-army|título=December 2019: The Provisional Irish Republican Army|publicado=ORIGINS|acessodata=20 de abril de 2020}}</ref> Esta minoria, que costumava ser maioria em todo o território irlandês pré-colonização, passou a encarar o catolicismo como símbolo de resistência contra a agressão britânica e como elemento comum para a reunificação da Irlanda.<ref>{{citar periódico|ultimo=Guedes|primeiro=Yasmin de Oliveira|ultimo2=Luz|primeiro2=Isadora David|ultimo3=Zuquim|primeiro3=Raissa Monteiro Xavier|ultimo4=de Abreu|primeiro4=Stéfani Lino|data=30 de abril de 2019|titulo=A influência das religiões católica e protestante no processo de criação da Irlanda do Norte como província do Reino Unido|url=http://periodicos.pucminas.br/index.php/fronteira/article/view/17934/14537|jornal=Fronteira|pagina=47-61|acessodata=20 de abril de 2020}}</ref><ref>{{citar periódico|ultimo=Costa|primeiro=Leandro Loureiro|titulo=Os resultados do Acordo de Belfast: As identidades e as decorrências do processo de paz na Irlanda do Norte|url=https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/neiba/article/viewFile/13656/13515|jornal=Revista NEIBA|pagina=59-65|acessodata=20/04/2020}}</ref>
 
Em 28 de Julho de 2005, o IRA anuncia o fim da "luta armada" e a entrega de armas. O processo de entrega de armas terminou em 26 de Setembro de 2005. Todo o processo de desmantelo do armamento foi orientado pelo chefe da [[Comissão Internacional de Desarmamento]], o general [[Canadenses|canadense]] [[John de Chastelain]]. Porém, grupos de dissidentes que não aceitavam a resolução pacífica da questão política continuam tentando realizar atentados terroristas, sem sucesso.<ref>{{citar web|URL=http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,reino-unido-eleva-alerta-de-terrorismo-contra-republicanos-irlandeses,614758,0.htm|título=Reino Unido eleva alerta de terrorista contra republicanos irlandeses|autor=Estadão|data=2010-09-24|publicado=Internacional|acessodata=5 março de 2014}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://guerras.brasilescola.com/seculo-xxi/o-ira-na-atualidade.htm|título=O IRA na atualidade|autor=Guerras Brasil Escola|data=|publicado=|acessodata=5 de março de 2014}}</ref>