Particular (filosofia): diferenças entre revisões
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Em [[metafísica]], um '''particular''' é um [[ente]] distinto de um [[universal (conceito)|universal]]. São consideradas coisas múltiplas que possuem [[Propriedade (filosofia)|propriedades]] e cujas existências estão em relação dependentes a uma única [[Substância (filosofia)|substância]] primária.<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Cohen|primeiro=S. Marc|data=2016|editor-sobrenome=Zalta|editor-nome=Edward N.|titulo=Aristotle's Metaphysics|url=https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/aristotle-metaphysics/|publicado=Metaphysics Research Lab, Stanford University}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Particulars - Routledge Encyclopedia of Philosophy|url=https://www.rep.routledge.com/articles/thematic/particulars/v-1|lingua=en}}</ref> Em geral, os particulares são definidos como entidades espaço-temporais concretas, em oposição a entidades abstratas, como propriedades ou números. Existem, no entanto, teorias de ''[[particulares abstratos]]'' ou ''[[Tropo (filosofia)|tropos]]''. Por exemplo, [[Sócrates]] é um particular (existe apenas um Sócrates, o professor de Platão, e não se pode fazer cópias dele, por exemplo, ao cloná-lo, sem introduzir novos e distintos detalhes). A vermelhidão, por outro lado, não é particular, porque é uma qualidade abstrata e multiplicada pela instanciação (por exemplo, uma bicicleta, uma maçã e o cabelo de uma dada mulher podem ser todos vermelhos particulares, mas não a [[Qualidade (filosofia)|qualidade]] da vermelhidão em si). Na visão [[nominalista]], tudo é particular. Os universais, em cada momento do tempo, do ponto de vista de um observador, são a coleção de elementos dos quais se participa.
== Visão geral ==
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[[ Sybil Wolfram|Sybil Wolfram]]<ref>[[ Sybil Wolfram |Sybil Wolfram]], ''Philosophical Logic'', Routledge, London and New York, 1989, {{ISBN|0-415-02317-3}}, page 55.</ref> escreve:<blockquote>Os particulares incluem apenas indivíduos de um certo tipo: como primeira aproximação, indivíduos com um lugar definido no espaço e tempo, como pessoas e objetos ou eventos materiais, ou aquilo que deve ser identificado através desses indivíduos, como sorrisos ou pensamentos.</blockquote>Alguns termos são usados por filósofos com uma ideia crua e imprecisa de seu significado. Isso pode ocorrer se houver falta de acordo sobre a melhor definição do termo. Ao formular uma solução para o [[problema dos universais]], o termo "particular" pode ser usado para descrever a instância ''específica'' de vermelhidão de uma determinada maçã, em oposição à "vermelhidão" 'universal' (sendo [[Abstrato e concreto|abstrata]]).<ref>{{Citar web|titulo=Universals|url=https://www.iep.utm.edu/universa/|data=|acessodata=|publicado=Internet Encyclopedia of Philosophy|ultimo=MacLeod|primeiro=Mary C.}}</ref>
O termo particular também é usado como um equivalente moderno da noção aristotélica de substância individual.<ref name=":0" /> Utilizado nesse sentido, particular pode significar qualquer entidade concreta (individual), independentemente de ser espacial e temporal ou não.
== Ver também ==
* [[Árvore de Porfírio]]
* [[Distinção tipo-espécime]]
* [[Particularismo epistemológico]]
* [[Particularismo moral]]
* [[Proposição categórica|Particular afirmativo]]/negativo
* [[Qualidade (filosofia)]]
* [[Teoria das Ideias]]
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[[Categoria:Metafísica]]
[[Categoria:Filosofia]]
[[Categoria:Conceitos metafísicos]]
[[Categoria:Corpos físicos]]
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