Tim Maia Racional, Vol. 2: diferenças entre revisões

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|alt =
|artista = [[Tim Maia]]
|lançado = Início de {{Data de início|19761975}}
|gravado = Entre julho e agosto de 1974
|estúdio = Estúdios RCA, no [[Rio de Janeiro]]
|gênero = {{Lista horizontal|
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* [[Música gospel]]
}}
|duração = {{Duração|m=41|s=1516}}
|idioma = [[Língua portuguesa|Português]]
|formato = [[Disco de vinil|LP]] e [[Compact Disc | CD]]
|gravadora = [[Vitória Régia Discos|Seroma]]
|produtor = [[Tim Maia]]
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|miscelânea =
}}
'''''Tim Maia Racional, Vol. 2''''' é o sexto [[álbum de estúdio]] do [[Canto (música)|cantor]] e [[compositor]] [[brasil]]eiro [[Tim Maia]], lançado no início de 19761975 através do [[Selo fonográfico|selo]] [[Vitória Régia Discos|Seroma]] - pertencente ao próprio cantor carioca. As gravações ocorreram nos estúdios RCA entre julho e agosto de 1974. O álbum foi largamente ignorado pela crítica especializada na época do seu lançamento e apresentou vendagem inexpressiva, muito em função de seu baixo apelo comercial - tendo em vista as letras que divulgavam uma seita com poucos adeptos - e da distribuição semi-amadora da [[gravadora independente]] do cantor carioca.
 
Com o passar dos anos, apesar das tentativas de Tim de apagar o disco da memória popular - com destruição ativa do material, além de proibição de relançamento e desencorajamento de regravações, o álbum passou a ser alvo de um status [[cult]], com os [[Disco de vinil|discos de vinil]] originais tornando-se raros e caros. A partir dos [[Década de 1990|anos 1990]], com o resgate da música negra brasileira da [[década de 1970]], cresceu a pressão para o relançamento dos álbuns, o que só veio a ocorrer depois da morte do artista. O disco é tido como um dos pontos altos da carreira de Tim Maia, muito em razão de seus arranjos e da qualidade da voz do cantor carioca.
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== Recepção ==
=== Lançamento ===
O álbum foi lançado no início de 19761975 pelo [[selo fonográfico]] [[Vitória Régia Discos|Seroma]], [[gravadora independente]] de propriedade do próprio Tim Maia. Ao invés de lançar um álbum duplo, como pretendia, Maia preferiu lançar dois álbuns simples. Fato curioso é que o cantor carioca não fez nenhum contrato de distribuição do disco, sendo esta realizada de maneira semi-amadorística, com poucos discos deixados em consignação com lojas que aceitavam e outra parte sendo vendida durante apresentações ou até de porta em porta por Tim e pelos músicos. Desse modo, a divulgação foi prejudicada pela falta de uma distribuição nacional, além da dificuldade de Maia em vender apresentações: as poucas que conseguia realizar ou eram de graça ou eram apenas para membros da seita Racional. Assim, a estimativa de vendas é baixíssima, principalmente tendo em vista as dificuldades que o cantor carioca passou no final do período racional.<ref name="allmusic"/><ref name="Motta"/>
 
=== Recepção da crítica ===
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== Legado ==
Após abandonar a seita, em 25 de setembro de 19761975,<ref>Motta, 2007, p. 143.</ref> Tim Maia iniciou uma tentativa de apagamento desses álbuns e dessa fase da sua carreira da memória popular, destruindo todos os discos que ainda se encontravam em seu poder, além de proibir relançamentos e desencorajar regravações do material por outros artistas interessados.<ref name="digestivo"/><ref name="allmusic"/>Ainda assim, os álbuns acabaram desenvolvendo um status [[cult]], com o material sendo disputado por colecionadores e passando a valer boas somas de dinheiro em virtude de sua raridade e qualidade. Uma das razões apontadas para tanto é que essa conversão representou uma mudança significativa na conturbada vida pessoal do cantor, que parou de beber e usar drogas, algo que refletiu direta e positivamente na qualidade da sua reconhecidamente poderosa voz.<ref name="allmusic"/>
 
Assim, apesar do desgosto do próprio Tim Maia em relação ao álbum<ref name="allmusic"/> e às duras críticas recebidas na época de seu lançamento,<ref name="cliquemusic"/> os álbuns são tidos como um dos melhores momentos da carreira do cantor, tendo ficado marcado pelo seu baixo apelo comercial - com as [[letra de música|letras]] de devoção à [[Cultura Racional]] - e pela sonoridade que remeteu a nomes do soul e do funk [[Estados Unidos|norte-americano]], como [[Barry White]], [[Marvin Gaye]] e [[George Clinton]].<ref name="digestivo"/> Em 2007, a revista [[Rolling Stone Brasil]], em sua [[Lista dos 100 maiores discos da música brasileira pela Rolling Stone Brasil|lista dos 100 maiores discos da música brasileira]], listou o álbum como o 49º melhor disco brasileiro de todos os tempos.<ref>''Os 100 maiores discos da Música Brasileira''. Revista Rolling Stone Brasil, outubro de 2007, edição nº 13, p. 115.</ref>