João VI de Portugal: diferenças entre revisões

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Contudo, os maiores problemas que enfrentou foram os ligados à independência do Brasil, até então a maior fonte de riqueza de Portugal, e cuja perda fora de grande impacto sobre a economia portuguesa. Foi imaginada inclusive uma expedição de reconquista da antiga colônia, mas logo a ideia foi abandonada. Negociações difíceis entabuladas na Europa e no Rio de Janeiro, com a mediação e pressão da Inglaterra, resultaram no definitivo reconhecimento da independência em 29 de agosto de 1825. Ao mesmo tempo, o rei libertou todos os brasileiros que estavam presos e autorizou o comércio entre ambas as nações. Quanto a D. Pedro, foi acertado que governaria soberano com o título de Imperador Regente, mantendo D. João para si o título de Imperador Titular do Brasil, passando a assinar os documentos oficiais como "Sua Majestade o Imperador e Rei D. João VI". O Brasil ficava ainda obrigado ao pagamento do último empréstimo contraído com Portugal. Sobre a sucessão das duas coroas, nada ficou dito no tratado, mas D. Pedro, continuando na qualidade de Príncipe Real de Portugal e Algarves, permanecia implicitamente na linha de sucessão ao trono português.<ref name="Dicionário"/><ref name="Soriano">Soriano, Simão da Luz & Baril, V. L. (Comte de la Hure). ''Historia de el-Rei D. João VI primeiro rei constitucional de Portugal e do Brazil: em que se referem os principaes actos e occorrencias do seu governo, bem como algumas particularidades da sua vida privada''. Typ. Universal, 1866, pp. 117-123</ref>
 
Em 4 de março de 1826, D. João, vindo do [[Mosteiro dos Jerônimos]] onde almoçara, recolheu-se ao Paço da Bemposta sentindo-se mal. Iniciaram vômitos, convulsões e desmaios, que duraram alguns dias. O enfermo pareceu melhorar, mas por prudência designou sua filha, a infanta [[Isabel Maria de Bragança, regente de Portugal|Isabel Maria]], como regente. Na noite do dia 9 a moléstia se agravou, e perto das 5 horas do dia 10, faleceu. Os médicos não puderam determinar exatamente a ''causa mortis'', mas suspeitou-se de envenenamento. Seu corpo foi embalsamado e sepultado no mausoléu dos reis de Portugal, o [[Panteão da Dinastia de Bragança|Panteão Real da Dinastia de Bragança]], no [[Mosteiro de São Vicente de Fora]], em Lisboa. A infanta assumiu imediatamente o governo interino e D. Pedro foi reconhecido legítimo herdeiro, como D. [[Pedro IV de Portugal]].<ref>Soriano & Baril, pp. 123-124</ref> RecentementeEm 2000 uma equipe de pesquisadores exumou o pote de cerâmica chinesa que continha as suas vísceras. Fragmentos do seu coração foram submetidos a análises, que detectaram uma quantidade de [[arsênico]] suficiente para matar duas pessoas, confirmando as suspeitas de que o rei foi em verdade assassinado.<ref name="veja">[http://veja.abril.com.br/070600/p_126.html "Mataram o rei - Exames comprovam que João VI, rei de Portugal, morreu envenenado com arsênico"]. In: ''Revista Veja'', 7 jun 2000</ref><ref>[http://epoca.globo.com/edic/20000605/mundo5.htm "Assassinato na corte - Pesquisadores portugueses comprovam que dom João VI foi envenenado com doses altas de arsênico"] {{Wayback|url=http://epoca.globo.com/edic/20000605/mundo5.htm# |date=20121229002735 }}. In: ''Revista Época'', 5 jun 2000.</ref>
 
== Vida privada ==