Miguel I de Portugal: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
Linha 76:
 
[[File:Miguel of Portugal.jpg|thumb|left|upright=0.7|175px|Retrato de D. Miguel]]
Em [[23 de junho]] de [[1825]], fruto da decisão desse encontro foi estabelecida a sua [[aclamação]] como rei<ref>[https://archive.org/stream/naacclamaodo00cost Na acclamação do magnanimo, e augustissimo senhor Dom Miguel I. Rei de Portugal, por José Daniel Rodrigues da Costa, Lisboa, 1826]</ref> pelas [[Cortes Gerais do Reino]],<ref>{{Citar web |url=http://www.iscsp.ulisboa.pt/~cepp/indexfro1.php3?http%3A%2F%2Fwww.iscsp.ulisboa.pt%2F~cepp%2Fregimes_politicos%2Fmiguelismo.htm# |titulo=Regresso às Cortes tradicionais (1828), por José Adelino Maltês, Centro de Estudos do Pensamento Político, ISCSP-UTL |acessodata=16 de novembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20161116101427/http://www.iscsp.ulisboa.pt/~cepp/indexfro1.php3?http%3A%2F%2Fwww.iscsp.ulisboa.pt%2F~cepp%2Fregimes_politicos%2Fmiguelismo.htm# |arquivodata=16 de novembro de 2016 |urlmorta=yes }}</ref> que anularam a vigência da Carta Constitucional (a qual ele mesmo havia jurado cumprir) e repuseram as [[Leis constitucionais tradicionais]]. Foi reconhecido pelo [[Papa]], por [[Espanha]] e pelos [[Estados Unidos]], cujo [[Presidente]], [[Andrew Jackson]], seguia o princípio de reconhecer oficialmente todos os soberanos e governantes de facto, ficando as restantes potências na expectativa, mas aceitando porém tratar com o seu governo enquanto entidade que "de facto" exercia o poder político sobre a quase totalidade do território nacional.
 
Ainda em Março de 1832 era lançado para propaganda do seu exercício reinante<ref>[https://books.google.pt/books?id=HGtMAAAAcAAJ&dq=Manifesto+de+Sua+Majestade+Fidelissima,+el-rei+nosso+rei+D.+Miguel Manifesto de Sua Majestade Fidelíssima , El Rei Nosso Senhor, o Senhor Dom Miguel Primeiro, Lisboa: na Impressão Régia, 28 de Março de 1832]</ref>
 
Reinou, deste modo, entre 1828 e 1832. Entre outras iniciativas, fundou em [[1828]] a Real Casa de Asilo dos Náufragos, em São João da [[Foz do Douro]], destinada a casa abrigo para [[salva-vidas]], predecessora do [[Instituto de Socorros a Náufragos]]. Esta instituição constituiu o primeiro embrião de um serviço de salvamento na costa portuguesa. A Real Escola de Veterinária, predecessora da [[Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa]], foi criada pelo Decreto de El-Rei D. Miguel I, publicado a 7 de Abril de 1830 na "[[Gazeta de Lisboa]]".
 
D. Miguel tentou o reconhecimento internacional para o seu regime, tendo até 1830 a simpatia de [[Restauração francesa|França]] e da [[Grã-Bretanha e Irlanda]]. Porém, naquele ano, grandes mudanças ocorreram na conjuntura europeia: em França uma [[Revoluções de 1830|rebelião]] colocou no trono [[Luís Filipe I de França|Luís Felipe I]] em lugar de [[Carlos X de França|Carlos X]]; enquanto no Reino Unido o Governo de [[Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington]], caiu antes que fosse concedido o reconhecimento a D. Miguel como monarca. No meio de tudo isto o seu irmão D. Pedro havia em sua regência como imperador transformado o Brasil num importante parceiro comercial e militar das grandes potências, devido ao seu tamanho continental e reservas naturais. Além destes factos, a acção diplomática de Metternich ― cujo soberano era sogro de D. Pedro, e pretendia que a sua neta, Habsburgo por sua mãe, ascendesse ao trono de [[Reino de Portugal|Portugal]] ― começou também a desenvolver-se contra D. Miguel.