Augusto Rademaker: diferenças entre revisões

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== A junta militar de 1969 ==
[[Ficheiro:Junta_militar_de_1969.jpg|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Junta_militar_de_1969.jpg|alt=|miniaturadaimagem|Junta governativa provisória de 1969: (da esq. para a dir.) [[Aurélio de Lira Tavares]], [[Márcio Melo]] e Augusto Rademaker.]]
Em meio à tensa atmosfera, no dia 26 de agosto de 1969 Costa e Silva apresentou os primeiros sintomas de trombose cerebral. Com o agravamento do seu estado de saúde, no dia 30 de agosto, por decisão do Alto Comando das Forças Armadas, foi editado o [[Ato Institucional n.º 12|AI-12]], pelo qual uma junta formada pelos três ministros militares assumiria interinamente a presidência da República. Após a divulgação do AI-12, através de uma cadeia de televisão, foi lida uma proclamação da junta explicando que a gravidade da situação interna do país impedia a posse do vice-presidente [[Pedro Aleixo]], sucessor natural de Costa e Silva segundo a [[Constituição brasileira de 1967|Constituição de 1967]].{{Sfn|FGV|2020|nome=FGV2020}}
 
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Em 12 de setembro os municípios de [[Santos]], em [[São Paulo (estado)|São Paulo]], e [[Santarém (Pará)|Santarém]], no [[Pará]], foram declarados áreas de segurança nacional, tendo, a partir daquela data, interventores nomeados. Pressões oficiais levaram a junta militar a convocar para o dia 15 de setembro os altos comandos de cada arma para uma reunião em seus respectivos ministérios. Ao final da reunião do Alto Comando do Exército instituiu-se uma comissão, formada pelos generais Antônio Carlos Murici, [[Emílio Garrastazu Médici]] e Jurandir de Bizarria Mamede — conhecida como Comissão dos 3Ms —, que foi encarregada de sintetizar o pensamento das forças armadas acerca do preenchimento da presidência da República. Na reunião das três armas, ficou decidido que a junta deveria ser substituída rapidamente. A Marinha e a Aeronáutica concordaram que o novo presidente fosse egresso do Exército. No dia 16, a junta emitiu nota oficial comunicando o afastamento definitivo de Costa e Silva e a constituição de uma comissão de três generais para encaminhar a questão sucessória.{{Sfn|FGV|2020|nome=FGV2020}}
[[Ficheiro:Augusto_Hamann_Rademaker_Grünewald_(1968).jpg|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Augusto_Hamann_Rademaker_Gr%C3%BCnewald_(1968).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|293x293px|Em 1968.]]
 
Em nova reunião do Alto Comando do Exército, realizada no dia 18, foi examinado o documento da Comissão dos 3Ms que seria levado aos generais de todo o país. O documento estabelecia a duração do mandato do novo presidente, um período integral a ser iniciado com a posse, devendo a indicação de nomes vir do Alto Comando das Forças Armadas e o nome do vice ser definido pelo presidente com a aquiescência do Alto Comando. A junta deveria declarar vago o cargo presidencial, suspender a linha sucessória e reiniciar a revisão da Constituição. Os nomes indicados seriam levados ao Congresso para apreciação e eleição. No mesmo dia, foi assinada a nova Lei de Segurança Nacional que previa a pena de morte por fuzilamento, nos casos de guerra revolucionária ou subversiva, podendo o presidente comutá-la em prisão perpétua. No dia 25 de setembro, a ''Tribuna da Imprensa'' foi interditada por ordem da junta militar, devido ao fato de no dia anterior haver publicado críticas ao ministro da Fazenda, Antônio Delfim Neto.{{Sfn|FGV|2020|nome=FGV2020}}