Dóricos: diferenças entre revisões

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O Épiro ficava a noroeste da Grécia e não a nordeste.
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O Épiro ficava a noroeste da Grécia e não a nordeste.
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Os dóricos quase sempre são referenciados na literatura grega antiga apenas como "os dóricos"; a primeira menção feita a eles data da ''[[Odisseia]]''<ref>[[Homero]], ''[[Odisseia]]'', Livro XIX, verso 177.</ref> onde eles são encontrados como habitantes da ilha de [[Creta]]. [[Heródoto]], ao comentar o assunto, usa o termo ''ethnos'',<ref>Livro VII, seção 73.</ref> que embora esteja na raiz de palavras do português como [[etnia]] e [[grupo étnico]], aproximava-se ao conceito de '[[tribo]]', '[[raça]]' ou 'grupo de pessoas', no [[Língua grega antiga|grego antigo]]. Os dórios faziam claramente parte dos povos tidos como [[gregos|helenos]], dos quais diferiam no entanto, em termos de modo de vida e organização social - ela própria tão variada que abrangia desde o centro [[Comércio|comercial]] populoso da cidade de [[Corinto]], conhecida pelo estilo ornamentado de sua [[arte]] e [[arquitetura]], ao Estado [[isolacionismo|isolacionista]] e [[militarismo|militarista]] da [[Lacedemônia]] (ou [[Esparta]]). Nações dóricas que se encontrassem em guerra geralmente (embora não sempre) podiam contar com a assistência de outras cidades e Estados dóricas.
 
Os dóricos se distinguiam pelo seu [[dialeto dórico]] e por suas tradições sociais e históricas características. Os relatos a respeito de seu local de origem variam; uma teoria amplamente difundida na [[Antiguidade]], que no entanto nunca chegou a ser provada, diz que seriam originários das regiões montanhosas do norte e nordestenoroeste da [[Grécia]], a [[Macedônia (região)|Macedônia]] e o [[Epiro (região)|EpiroÉpiro]], e por circunstâncias obscuras teriam se deslocado ao sul, rumo ao [[Peloponeso]], a certas [[ilhas do Egeu]], à [[Magna Grécia]] e à Creta. Outra teoria sustenta que seriam originários da costa da [[Ásia Menor]], de onde imigraram através do nordeste da Grécia e pelas diversas ilhas, até se estabelecerem definitivamente no sul da região. A [[mitologia grega]] lhes dava uma origem grega e um fundador [[epônimo]], [[Doro (filho de Heleno)|Doro]], filho de [[Heleno (filho de Deucalião)|Heleno]], o [[patriarca]] mitológico dos helenos (gregos).
 
No [[século V a.C.]] os dóricos e os jônicos, representados respectivamente pelas [[Cidade-Estado|cidades-Estado]] de [[Esparta]] e [[Atenas]], eram as duas ''[[Grupo étnico|ethne]]'' mais importantes politicamente, e o conflito entre as duas levou à [[Guerra do Peloponeso]]. O grau com que a maior parte dos helenos do período se identificavam como "jônicos" ou "dóricos" já foi discutido.<ref>Os dois pólos são representados pelas seguintes obras: {{citar livro|primeiro =Édouard|último =Will|título=Doriens et Ioniens: essai sur la valeur du critère ethnique appliqué à l'étude de l'histoire et de la civilisation grecques|publicado=Belles Lettres|local=Paris|ano=1956}} (em francês), estudo que conclui que não havia qualquer componente étnico real na cultura grega do século V a.C., apesar de elementos claramente anti-dóricos na propaganda ateniense, e {{citar periódico|último =Alty|primeiro =John|título=Dorians and Ionians|periódico=The Journal of Hellenic Studies|volume=102|páginas=1–14|ano=1982|url=http://links.jstor.org/sici?sici=0075-4269%281982%29102%3C1%3ADAI%3E2.0.CO%3B2-O&size=LARGE&origin=JSTOR-enlargePage|acessodata=27-12-2007|doi=10.2307/631122}}, onde as fontes foram reinterpretadas de modo a concluir que a etnicidade motivou as ações do período.</ref> A tradição literária dos séculos V e [[Século IV a.C.|IV a.C.]] pela qual os estudiosos modernos devem ver estas identificações étnicas foi influenciada profundamente pelas políticas sociais da época. Além disso, há também o fato de que diversos dos primeiros estudiosos [[europeu]]s dos assuntos relacionados à Antiga Grécia, no [[século XIX]], eram admiradores das virtudes que consideravam "dórias", e se identificavam como "[[Laconofilia|laconófilos]]", encontrando paralelos com a cultura de então e a de seus dias; esta parcialidade teria contribuído para distorções na interpretação moderna dos "dóricos".<ref>{{citar livro|primeiro =E.N.|último =Tigerstedt|título=The Legend of Sparta in Classical Antiquity|publicado=Almqvist & Wiksell|local=Stockholm|data=1965–1978|páginas=28–36}} Tigerstedt discusses the development of the story of the Dorian invasion.</ref>
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