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{{Política}}
De acordo com [[Jean Bodin]] (1530-1596),<ref>{{Citar web|url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAuQ4AK/soberania|título= Soberania|acesso={{data|2013|7|6}}|publicado= Ebah|autor=Camila Killiark}}</ref><ref name=":0">{{citar livro|titulo=Introdução|ultimo=MOREL|primeiro=José Carlos Orsi|obra=Os seis livros da república|editora=Ícone|ano=2011|isbn=978-85-274-1131-8|series=Coleção Fundamentos do Direito.|volume=Livro primeiro.|local=São Paulo|paginas=23|citacao="Não possuímos, acerca de Jean Bodin (1529-1596),[...] informações detalhadas sobre [su]a vida pessoal."|acessodata=2 de junho de 2016}}</ref>, '''soberania''' refere-se à entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna.<ref>{{Citar livro|nome=Paulo|sobrenome=Bonavides|url=http://pt.wikipedia.org/|título=Ciência Política|edição=19|local=São Paulo|editora=Malheiros|ano=2012|páginas=550|isbn = 8539201356}}</ref>. Nas estritas palavras do renascentista francês<ref name=":0" />, "a soberania é o poder absoluto e perpétuo de um Estado-Nação".<ref>{{citar livro|titulo=Os seis livros da república|ultimo=BODIN|primeiro=Jean|editora=Ícone|outros=Tradução de José Carlos Orsi Morel|ano=2011[1576]|isbn=978-85-274-1131-8|local=São Paulo|paginas=195|acessodata=2 de junho de 2016}}</ref>.
 
Esse conceito se relaciona com a autoridade suprema, geralmente no âmbito de um [[país]]. É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre um grupo de pessoas — em regra, uma [[nação]]. Há casos em que essa soberania é atribuída a um indivíduo, como na [[Monarquia absoluta|monarquia absolutista]], na qual o líder é chamado genericamente de ''soberano'' ou se atribui a algum Deus, como no caso do [[Daesh]].<ref>{{citar web | url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2014/sep/09/isis-jihadi-shaped-by-modern-western-philosophy | título=Isis jihadis aren’t medieval – they are shaped by modern western philosophy | publicado=www.theguardian.com }}</ref>
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Porém, na [[Monarquia parlamentarista|Monarquia Constitucional Parlamentarista]] tanto o monarca quanto a nação são os soberanos sendo o monarca a identidade e representação da nação por não estar vinculado a partidos, facções ou ideologias como os presidentes e políticos da república, apenas à nação como um todo. Como dizia a [[Constituição brasileira de 1824|Constituição Imperial de 1824]]: "Art. 1. O [[Império do Brasil|Império do Brazil]] é a associação Política de todos os Cidadãos Brasileiros. Eles formam uma Nação livre, e independente, que não admite com qualquer outra laço algum de união, ou federação, que se oponha à sua Independência.<ref>{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm|titulo=www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm|acessodata=2018-03-03|obra=www.planalto.gov.br}}</ref>
 
[[Jean-Jacques Rousseau]]<ref>{{Citar web|url=http://conceito.de/soberania|título=Conceito de Soberania|acesso={{data|2013|7|6}}|data=3-2-2001|publicado=Conceito de}}</ref> transfere o conceito de soberania da pessoa do governante para todo o povo, entendido como corpo político ou sociedade de [[cidadão]]s. A soberania é inalienável e indivisível e deve ser exercida pela vontade geral, denominada por soberania popular. Interessante notar que o termo ''soberania popular'' pode ser visto na Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 14, ''caput.''<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm|titulo=Constituição da República Federativa do Brasil de 1988|data=2 de junho de 2016|acessodata=2 de junho de 2016|obra=|publicado=Presidência da República|ultimo=|primeiro=|anooriginal=Promulgada em 5 de outubro de 1988|citacao=A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei[...]}}</ref>''.''
 
A partir do século XIX foi elaborado um conceito jurídico de soberania, segundo o qual esta não pertence a nenhuma autoridade particular, mas ao Estado enquanto [[pessoa jurídica]]. A noção jurídica de soberania orienta as relações entre Estados — na qualidade de potências, como diriam [[Immanuel Kant|Kant]] <ref>{{citar livro|titulo=A paz perpétua: um projecto filosófico|ultimo=KANT|primeiro=Immanuel|editora=Lusofonia Press|ano=2008|local=Covilhã|paginas=28|acessodata=}}</ref> e Rousseau<ref>{{citar livro|titulo=Rousseau e as Relações Internacionais|ultimo=ROUSSEAU|primeiro=Jean-Jacques|editora=FUNAG/IPRI/UnB/IOESP|ano=2003|local=São Paulo e Brasília|paginas=122|acessodata=}}</ref> — e enfatiza a necessidade de legitimação do poder político pela [[lei]].
 
== Elementos ==