Vasco Fernandes de Lucena: diferenças entre revisões

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'''Vasco Fernandes de Lucena''' foi um dos primeiros europeus a viver no Brasil, tendo migrado com [[Duarte Coelho]] para a região que viria a ser conhecida como [[capitania de Pernambuco]]. Segundo o historiador e genealogista [[Candido Koren de Lima|Cândido Pinheiro Koren de Lima]], Vasco Fernandes de Lucena foi filho de [[Sebastião de Lucena]] com [[Maria de Vilhena]] e neto materno de [[Diogo de Azevedo]], 4º Senhor de São João de Rei e terras de Bouro. Neto paterno do andaluz [[Vasco Fernandes Lucena]]. Casou-se em Portugal com [[Brites Dias Correa]], com quem teve um único filho, [[Sebastião de Lucena de Azevedo]]<ref>{{citar web|url=https://books.google.com.br/books?id=RfAxAQAAMAAJ&pg=PA57&lpg=PA57&dq=sebasti%C3%A3o+de+lucena+de+azevedo&source=bl&ots=HNOBe7PF7t&sig=yhSx3BwZY1JrNs5bl2suaNKRjGE&hl=en&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=sebasti%C3%A3o%20de%20lucena%20de%20azevedo&f=false|título=Arquivo Heráldico Genealógico [Lisboa: 1873]|acessodata=10/02/2019}}</ref>. No Brasil, amancebou-se com a filha de um [[cacique]], formando assim uma aliança entre os nativos e os colonizadores portugueses. De data de nascimento incerta, é contudo sabido que era já um homem adulto, casado e com filhos em 1535, quando migrou para o Brasil na nau de [[Duarte Coelho]]. Conforme descrito pelo próprio donatário em carta ao Rei, datada de 22 de março de 1548:
 
"Por já ter escrito e por outras dado conta a Vossa Alteza do que aqui passa, como por elas, Senhor, verá, não lhe dou por esta mais conta que do seu feitor e almoxarife Vasco Fernandes, que Vossa Alteza mandou comigo há treze anos, o qual me pediu que dele desse conta a Vossa Alteza e lhe fizesse saber que há treze anos que aqui o está servindo, deixando sua mulher e filhos, sem mais tornar ao Reino, e assim é verdade. Em tudo em que foi necessário e convinha a seu serviço, o fez e deu boa conta de si, e certifico a Vossa Alteza que é muito homem de bem e desejoso de o servir e que não virá ele por mal, por ser homem manso e de boa consciência, o que em todos se não acha no tempo de agora."<ref>{{citar web|url=https://docs.ufpr.br/~lgeraldo/cartasdcoelho.pdf|título=Cartas de Duarte Coelho a El Rey - Reprodução fac-similar, leitura paleográfica e versão moderna anotada|acessodata=10/02/2019}}</ref>
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O frei [[Vicente do Salvador]] relata, a respeito da criação da [[Catedral de Olinda]], evento lendário que envolveu Vasco Fernandes de Lucena. Após a construção do primeiro forte em [[Olinda]], os colonos se viram cercados por uma tribo nativa. Lucena teria discursado para a tribo, pedindo a adesão a Portugal, no que foi seguido pela maioria dos nativos. Uma minoria, contudo, decidiu prosseguir com os conflitos. Lucena teria então traçado um risco na terra com um bordão, e declarado que quem ousasse atravessar aquele risco, morreria. Sete ou oito teriam tentado e morrido. Por causa do milagre, o risco traçado por Lucena teria sido usado como base para a construção da [[Catedral de São Salvador do Mundo]]. Os nativos, por sua vez, passarem a considerar Lucena um grande e respeitado feiticeiro, e a partir daí a união com a filha do cacique selou o pacto entre nativos e colonos.<ref>{{citar web|url=https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=44453|título="História do Brasil", de Frei Vicente do Salvador|acessodata=10/02/2019}}</ref>
 
Sua data de morte é incerta, mas sabe-se que em [[1573]] era já falecido, uma vez que em 12 de junho deste ano ocorreu a demarcação judicial de suas terras, a requerimento de seus herdeiros, conforme o historiador [[Cândido Pinheiro Koren de Lima]].
 
==Referências==