Aprisionamento do vapor Marquês de Olinda: diferenças entre revisões

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=== Destino do navio ===
{{Artigo principal|Batalha Naval do Riachuelo}}
[[Ficheiro:Episódios do dia 17 de junho de 1865. Combate Naval de Riachuelo. A canhoneira Araguary, comandada por Hoonholtz, incendiando o vapor Marquez de Olinda.jpg|miniaturadaimagem|''Marquês de Olinda'' em chamas, após a Batalha Naval do Riachuelo. (''[[Semana Ilustrada]]'', nº 248, 1865)|alt=]]
Após sua captura, os paraguaios o converteram em um navio de guerra, adicionando-lhe 8 canhões.{{Sfn|Histarmar}} No dia 11 de junho de 1865, o ''Marquês de Olinda'', sob o comando do ten. Robles,{{Sfn|Donato|1996|p=440}} foi um dos navios que compôs a frota de ataque aos navios brasileiros, na chamada Batalha Naval do Riachuelo. Na ocasião, o navio brasileiro ''[[Parnaíba (navio)|Parnaíba]]'' sofreu abordagem pelos inimigos a bordo de três navios, assim como o ''[[Corveta Jequitinhonha|Jequitinhonha]]''. Este último é cercado a bombordo e estibordo, depois de disparar contra o ''[[Vapor Paraguarí|Paraguary]]'' obrigando-o a recuar do embate. Inicio-se um combate corpo a corpo no convés do ''Parnaíba'', após o ''Marquês de Olinda'' vir em auxílio dos seus e abordá-lo com centenas de soldados paraguaios experientes, armados de [[Sabre|sabres]], [[Machadinha|machadinhas]] e [[Revólver|revolveres]].{{Sfn|Almeida}}
 
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Num certo momento da batalha o comandante Garcindo percebeu que uma derrota era possível, devido as constantes levas de reforços que incessantemente agrediam o navio. Garcindo chegou a sugerir a seu [[imediato]] Felippe Rodrigues Chaves atear fogo ao [[paiol]], para fazer voar o navio em estilhaços junto com o inimigo, o que de fato iniciou a fazer. O escrivão Correa da Silva se voluntariou para tal tarefa, quando acendeu seu charuto. Porém o plano não se concretizou, uma vez que a tripulação, reanimando-se, investiu contra os atacantes que em vertiginoso delírio se batiam á louca, aos gritos de - ''mata! degola!'', enchendo o chão com seus cadáveres. Tentando ajudar seus companheiros, o ''Marquês de Olinda'' se aproximou do combate, porém foi impedido pelo ''Amazonas'', anteriormente bombardeando a artilharia costeira de Bruguez, que investiu diretamente contra o navio, fazendo-o encalhar, terminado assim sua participação na guerra.{{Sfn|Almeida}}{{Sfn|Maestri|2016|pp=20-21}}
 
No dia seguinte a batalha, o navio encalhado fora avistado e abordado pelo [[Vapor Araguari|''Araguari,'']], sob o comando do tenente [[Antônio Luís von Hoonholtz]]. A bordo haviam 55 tripulantes com vida, além de um maquinista inglês e seu comandante, o tenente Ezequiel Robles, irmão do general comandante das tropas em [[Corrientes (cidade)|Corrientes]], ferido mortalmente. Ajudado por um oficial paraguaio, Robles entregou cerimonialmente sua espada ao tenente Hoonholtz, morrendo no dia 14 devido a seus ferimentos. Sua tripulação fora recolhida na mesma data, e o navio fora desmantelado e incendiado no dia 17.{{Sfn|Maestri|2016|pp=20-21}}{{Notas}}
{{Referências}}