Baida-Mariam I: diferenças entre revisões

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nova página: <!-- --> {{Info/Nobre | nome = <big>Baida-Mariam I</big><br><small> በእደ ማርያም </small> | titulo = Imperador da Etiópia<br>Imagem:Imperia...
 
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| antecessor = [[Zara-Jacó]]
| sucessor = [[Alexandre da Etiópia|Alexandre]]
| cônjuge = Romana Warqui <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=DAgkDwAAQBAJ&pg=PT206&dq=Ba'eda+Maryam&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ah|título=The Prester John of the Indies:|subtítulo= A True Relation of the Lands of the Prester John, being the narrative of the Portuguese Embassy to Ethiopia in 1520, written by Father Francisco Alvares Volume I|ultimo=Huntingford|primeiro=G. W. B.|data=2017-05-15|editora=Taylor & Francis|lingua=en}}</ref> <br> Kalyupe
| cônjuge = Romna <br> Kalyupe
| nome_nascimento =
| data de nascimento= {{dni|||1448|si}}
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==Reinado==
Ao ser entronizado ''Baida-Mariam'', e por sua mãe estar morta, deu a ''Eleni'', primeira esposa de seu pai, o título de ''Rainha Mãe''. Ela provou ser um membro efetivo da família real, e ''Paul B. Henze'' comenta que ela "era praticamente co-monarca" durante seu reinado. <ref> Paul B. Henze, ''[https://books.google.com.br/books?id=3VYBDgAAQBAJ&pg=PA75#v=onepage&q&f=false Layers of Time, A History of Ethiopia]'' (New York: Palgrave, 2000), p.75.</ref> No entanto, ''Edward Ullendorff'' observa que ''Baida-Mariam'' não foi capaz de manter o império longínquo que seu pai o deixou: "algumas das províncias periféricas conquistadas recentemente começaram a ficar inquietas; os senhores feudais que Zar'a Ya'qobZara-Jacó'' havia trazido apenas efêmera sob controle central já o estavam abandonando, reafirmoureafirmando sua antiga autoridade regional e o antigo clero sêniorvoltava recaiua sobredisseminar algumas das antigas formas de conduta e organização eclesiástica estabelecidasque já haviam sido abolidas" na reforma feita no governo de seu pai. <ref>Edward Ullendorff, ''[https://books.google.com.br/books?idredir_esc=gzwoedwOkQMCy&pghl=PA75#vpt-BR&id=onepage32-RAAAAIAAJ&focus=searchwithinvolume&q&f=falsegrow+restive The Ethiopians]: An Introduction to the Country and People'', second edition (London: Oxford University Press, 1960), p. 70</ref>
 
==Campanhas==
Sérias dissensões internas seguiram o breve reinado de ''Baida-Mariam'' que, ao morrer, deixou dois filhos menores, ainda jovens demais para assumirem as responsabilidades imperiais. As querelas de sucessão entre os partidários dos dois jovens príncipes, que se prolongaram por muitos anos, minaram o poder do império cristão. A primeira grande derrota sofrida pelo exército cristão para o [[Sultanato de Adal]] ocorreu no reinado de ''Baida-Mariam'', e pode-se dizer que, a partir desse período, o declínio do poderio cristão na Etiópia não cessou até o colapso final provocado pela djihād do imã Ahmad. <ref name=b/>
Baida-Mariam seguiu a política salomônica tradicional de converter os pagãos de [[Agaus]] do interior pela força e pela propaganda e de reprimir as potências costeiras muçulmanas. O [[Sultanato de Adal]] estava agora desgastado pela contínua vigia e para garantir uma pausa na cansativa rodada de ataques e contra-ataques [[Maomé ibne Badlai]] (1445-1471) enviou uma delegação a Baida-Mariam no início de seu reinado para prometer o pagamento de um tributo anual. Essa trégua permitiu a Baida-Mariam enviar uma expedição contra os [[Falasha]] e liderar-se contra os Dobas, uma tribo pagã islamizada que habita a região montanhosa de Woggerat ao redor de Amba Alagi e que atacavam as rotas das caravanas. <ref>{{Citar livro|url=https://en.wikisource.org/wiki/A_voyage_to_Abyssinia_(Salt)/Chapter_7|título=A voyage to Abyssinia|subtítulo=Capitulo 7|ultimo=Salt|primeiro=Henry|| página=215}}</ref>
 
A política de equilíbrio do novo sultão adalita não atraía os muçulmanos mais intransigentes do sultanato, com os quais a jihad era classificada como o principal dever do Islã e o poder político começou a passar das mãos menos resolutas de [[Dinastia Ualasma|Ualashma]] para as dos novos [[emir]]es. o primeiro deles foi ''Ladāi Uthmān'', governador de ''Zaila'',<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=igcVAAAAIAAJ&pg=PA7#v=onepage&q&f=false|título=Anqaṣa Amin|subtítulo=la porte de la foi. |autor=ʻěnbāqom|editora=Brill, p. 7}}</ref> que iniciou os preparativos para a renovação da guerra em ''1471'', imediatamente após a morte do sultão ''Muhammad''. ''Baida-Mariam'' tomou a ofensiva derrotou o exército adalita e capturou muitos desses emires. Mas a batalha não foi decisiva, pois logo depois os habitantes de ''Afar'' pagãos que tinham se aliado a ''Baida-Mariam'' em sua causa comum contra os muçulmanos explodiu em revolta por toda a fronteira oriental . Dois exércitos abissínios foram enviados para Adal em 1473/74 mas foram derrotados. Isso marcou o ponto de virada da supremacia militar etíope. <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=Kd3bAAAAQBAJ&pg=PT88#v=onepage&q&f=false|título=Islam in Ethiopia|ultimo=Trimingham|primeiro=J. Spencer|data=2013|editora=Routledge, p. 88|lingua=en}}</ref>
 
==Final do reinado==
Sérias dissensões internas seguiram o breve reinado de ''Baida-Mariam'' que, ao morrer, deixou dois filhos menores, ainda jovens demais para assumirem as responsabilidades imperiais. As querelas de sucessão entre os partidários dos dois jovens príncipes, que se prolongaram por muitos anos, minaram o poder do império cristão. A primeira grande derrota sofrida pelo exército cristão para o [[Sultanato de Adal]] ocorreu no reinado de ''Baida-Mariam'', e pode-se dizer que, a partir desse período, o declínio do poderio cristão na Etiópia não cessou até o colapso final provocado pela djihād[[jihad]] do imã Ahmad. <ref name=b/>
 
==Ver também==