Ciência da informação: diferenças entre revisões

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{{portal|Portal=[[Portal:Tecnologias de informação|Portal das tecnologias de informação]]}}
<references group="CARDOSO, Ana Maria P. et al. A Ciência da Informação na ótica da PUC-Minas. Transinformação, v. 14, n. 1, p. 63-70, 2002." />A '''Ciência da informação''' é um campo interdisciplinar principalmente preocupado com a análise, coleta, classificação, manipulação, armazenamento, recuperação e disseminação da informação.<ref>Merriam-Webster and American Heritage Dictionary.</ref>
Ou seja, esta ciência estuda a [[informação]] desde a sua gênese até o processo de transformação de [[dados]] em [[conhecimento]]. Alguns profissionais afirmam que a '''Ciência da Informação''' pode ser dividida em seis correntes teóricas.<ref>ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Correntes teóricas da ciência da informação. Brasília, DF, v. 38, n. 3, p.192-204, set./dez., 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ci/v38n3/v38n3a13>. Acesso de 23.set.2016</ref>. Elas são:
* Estudos de natureza [[matemática]] (incluindo a recuperação da informação e a bibliometria).;
* Teoria sistêmica (origem em princípios da [[biologia]]).;
* Teoria crítica (fundamentam-se principalmente nas humanidades – particularmente na filosofia e na história).;
* Teorias de classificação e representação.;
* Estudos em produção e [[comunicação científica]].;
* Estudos de usuários (seu objetivo era o de mapear características de determinada população para planejar as informações mais adequadas a serem oferecidas com fins de educação e socialização)
 
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[[Vannevar Bush]] publicou o artigo “[[As We May Think]]” no volume de julho de [[1945]] do [[The Atlantic Monthly]]<ref>BARRETO, Aldo de Albuquerque. A condição da informação. ''São Paulo em Perspectiva'', São Paulo: Fundação Seade, v. 16, n. 3, p. 03-05, 2002.</ref>, apontando os problemas decorrentes do volume e do valor da informação liberada após a segunda Guerra Mundial.
 
Acabava a guerra, e a informação mantida secreta naquele período seria colocada à disposição do mundo. Designado pelo presidente [[Roosevelt]], Dr. Vannevar Bush foi, de 1938 a 1942, o responsável pelo Comitê Nacional de Pesquisa, depois ''Office for Scientific Research and Development''. A missão de Vannevar Bush foi a de congregar cerca de 6. 000 cientistas americanos e europeus, para direcioná-los ao esforço de guerra. “As We May Think” versava sobre o problema da informação em ciência e tecnologia e os possíveis obstáculos que poderiam ser encontrados na sua organização e repasse sociedade. Os entraves seriam relativos a:
 
:a) formação dos recursos humanos adequados;
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A Ciência da Informação é originária da [[Biblioteconomia]], inclusive diversos autores destacam a utilização para sua formação os princípios técnicos e científicos biblioteconômicos. Após a sua concepção inicial, a Ciência da Informação passou a absorver outros referenciais teóricos de outras áreas do conhecimento, passou a a ter orientações paradigmáticas diferenciadas com o tempo se expandindo e assim se distanciando de sua origem - a Biblioteconomia, por este motivo o Cientista da Informação não está habilitado para trabalhar em Bibliotecas ou exercer funções como Bibliotecário.
 
A Ciência da Informação passou a ser uma instituição de reflexão da informação,<ref>BARRETO, Aldo de Albuquerque. A condição da informação. ''São Paulo em Perspectiva'', São Paulo, Fundação Seade, v. 16, n. 3, p. 04-06, 2002.</ref>, com o um campo que estuda a ação mediadora entre a informação e o conhecimento acontecido no indivíduo. Nesse sentido, a Ciência da Informação difere da Biblioteconomia pelo valor colocado no foco com cada área “reflete” a importância relativa dos fluxos de informação que são internos e os voltados para exterior em um sistema de armazenamento e recuperação da informação. A Biblioteconomia olha, essencialmente, para um fluxo interno o seu sistema, que passa pela seleção, aquisição, catalogação, classificação, indexação, armazenamento, recuperação e disponibilidade para uso de itens de informação.
A Ciência da Informação introduz um pensamento mais direcionado aos fluxos externos, localizados nas extremidades do fluxo interno a que foram referidos antes.
 
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O mercado de trabalho do cientista profissional da informação divide-se em três grandes grupos.<ref>VALENTIM, Marta Lígia (Org.). ''Profissionais para o profissional da Informação'': formação, perfil e atuação profissional. São Paulo: Polis, 2000. p. 135-152.</ref>
 
* '''Mercado Informacional Tradicional:''' que se prepõe de bibliotecas públicas, universitárias, escolares, especializadas, centro culturais e arquivos.
* '''Mercado Informacional Existente e Não-Ocupado:''' que inclui editoras, livrarias, empresas privadas, provedores de internet, banco de dados.
* '''Mercado Informacional de Tendências:''' que compreende a atuação em centros de informação/documentação em empresas privadas, banco e bases de dados eletrônicos e digitais, portais de conteúdo e portais de acesso na rede global (Internet) e em redes institucionais internas (Intranet).
 
A ''Association of Independent Information Professionals'', aponta a possibilidade de atuação do profissional da informação nas áreas de:
<ref>ASSOCIATION OF INDEPENDENT INFORMATION PROFESSIONALS. ''The independent information professional''. Disponível em: <http://www.aiip.org/HireAnInfoProfessional>. Acesso em: 5 de outubro de 2010.</ref>
 
* '''Business Research and Analysis''' - Relatórios de Negócios; empresaperfil concorrentede profilesempresa /concorrente e finanças, planejamento de cenários, projeções financeiras, demográficas e outras, a análise estratégica e de negócios e planejamentos.
* '''Mercado e Indústria, Investigação e Análise''' - Perfis da Indústria; scans de mídia, serviços de clipping ou feeds RSS em indústrias ou concorrentes; a coleta, organização e filtragem de dados; varreduras ambientais; análise da literatura de patentes, rastreamento e análise de políticas, apoio ao desenvolvimento económico; tecnologia de aferição.
* '''Negócio''' - No atendimento a empresários executivos que necessitam de informação precisas que os mantenham em nível de competição com outras empresas. Estes podem ser considerados como clientes típicos e variam desde proprietário de empresas de pequeno porte aos diretores de grandes companhias, firmas de seguro e de investimento, agências de publicidade e relações públicas, indústrias de manufatura e serviço. Muitos profissionais da informação descobriram oportunidades novas em treinar seus clientes na pesquisa básica e no desenvolvimento da intranet, e, ainda, ao fornecerem serviços como valor agregado, como análise de resultados de pesquisa.
* '''Pesquisa de Informações Online''' - Busca de Notíciasnotícias; buscas na literatura comercial de banco de dados.
* '''Informação / Gestão do Conhecimento''' - Gestão de informação e análise do conhecimento e planejamento, sistemas de gerenciamento de documentos, organização de arquivo; desenvolvimento wiki; histórias orais, auditorias de informação.
* '''Pesquisa Jurídica''' – Fornecimento de informações sobre leis, estatutos, andamento de processos, recursos ou argumentos informacionais que podem ser realizados pelos operadores do direito (advogados de defesa e/ou acusação em um julgamento, juízes, oficiais de justiça, dentre outros).
* '''Saúde''' – No processamento de informações (utilização de descritores, metadados, definição de linguagens de indexação e terminologias), desenvolvimento e gerenciamento de Sistemas de Informação, como Registros eletrônicos em Saúde e Prontuários Eletrônicos dos Pacientes, no gerenciamento de base de dados estatísticas e bibliográficas, por exemplo, sobre epidemias, cuidados com saúde, no fornecimento de informações que possam auxiliar médicos e enfermeiros no processo de tomada de decisão, subsidiar políticas públicas na área de saúde e promover programas de prevenção de doenças.
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* '''Poder Público''' – Em diversas instâncias, que vão desde atuação em universidades e centros de pesquisas até arquivos públicos e gestão de banco de dados que incluem documentos orçamentários, pesquisa sobre distribuição de renda, qualidade de vida e população.
* '''Ciência e Tecnologia''' – No fornecimento de informação para o embasamento e a consolidação de pesquisas de profissionais de todas as áreas do conhecimento, atendendo desde pesquisadores de Ciências Exatas até os de Ciências Humanas e Biológicas. Todos esses campos apresentam possibilidades de reais atuações diretamente associada à capacidade de gestão de informações, à comunicação e à interdisciplinaridade com outras áreas, tendo na tecnologia uma fonte aliada.
* '''Redação, edição e criação de documentos''' - Relatórios, white papers e propostas; publicação, edição, checagem dos fatos.
* '''Treinamento e Consultoria''' - Palestras e oficinas sobre técnicas de pesquisa, consultoria em fontes de informação.
 
== Programas de Graduação ==
<ref>{{citar web|url=http://www.dci.ufscar.br/|titulo=Apresentação — Departamento de Ciência da Informação|acessodata=2017-02-24|obra=www.dci.ufscar.br|lingua=pt-br}}</ref>"Em 1994 na UFSCar foi criado o curso de graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação, majoritário na oferta de disciplinas para o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação".O primeiro curso brasileiro de graduação Bacharelado em Ciências da Informação foi criado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC-MG, em 2000<ref>{{Citar periódico|ultimo=Magalhães|primeiro=Maria Helena Andrade|ultimo2=Moreira|primeiro2=Manoel Palhares|ultimo3=Horta|primeiro3=Eleonora Bastos|ultimo4=Neto|primeiro4=Marques|ultimo5=Torres|primeiro5=Humberto|ultimo6=Cardoso|primeiro6=Ana Maria P.|data=Jun. 2002|titulo=A ciência da informação na ótica da Puc-Minas|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-37862002000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Transinformação|volume=14|numero=1|paginas=63–70|doi=10.1590/S0103-37862002000100008|issn=0103-3786|acessodata=}}</ref> e "O Curso de Biblioteconomia foi instituído na UFPA em 1963 com o objetivo de formar profissionais para atuarem na biblioteca da própria universidade e nas demais bibliotecas e centros de documentação no Estado do Pará. Com o novo paradigma tecnoinformacional que eclodiu a partir dos anos de 1960 o bibliotecário teve seu espaço de trabalho ampliado no contexto do chamado ''mercado da informação".'' <ref>{{Citar web|titulo=Biblioteconomia|url=http://www.icsa.ufpa.br/index.php/biblioteconomia|obra=www.icsa.ufpa.br|acessodata=2020-06-08}}</ref>. Esse curso encerrou suas atividades.
A Universidade Federal de Santa Catarina criou o curso no ano de 2015. Com o início das aulas da primeira turma em 14 de março de 2016.
* [[Universidade Federal de Santa Catarina|Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)]] - [http://cin.ced.ufsc.br/ Departamento de Ciência da Informação] - [http://cinfo.paginas.ufsc.br/ Graduação em Ciência da Informação] - 2015
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* [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]] ([[UFRN]]) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Informação - Mestrado Profissional - 2015.<ref>{{citar web|url= http://www.ancib.org.br/pos-graduacoes-em-ci |titulo=Pós-Graduações em CI|data=|publicado=ancib.org.br|acessodata=17-6-2010}}</ref>
* Universidade Federal do Pará (UFPA) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Informação - Mestrado. 2017
*Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI-UFAL) - Mestrado. 2018<ref>ANDRADE, M. E. A.; OLIVEIRA, M. A. Ciência da Informação no Brasil. In: OLIVEIRA, Marlene de(Coord.). ''Ciência da informação e biblioteconomia'': novos conteúdos e espaço de atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. p. 45-60.</ref>
 
<ref>ANDRADE, M. E. A.; OLIVEIRA, M. A. Ciência da Informação no Brasil. In: OLIVEIRA, Marlene de(Coord.). ''Ciência da informação e biblioteconomia'': novos conteúdos e espaço de atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. p. 45-60.</ref>
 
== Ver também ==